Princess? escrita por Thata


Capítulo 6
Capítulo 6 - Visits


Notas iniciais do capítulo

Oi seus lindos! Me desculpem pela enorme demora para postar o capítulo. Eu fiquei mais ou menos duas semanas sem postar. É que eu estive muito ocupada nesses últimos dias com trabalhos, tarefas, e essas coisas da escola. Eu vou entrar em semana de provas, então eu possívelmente irei demorar pra postar os outros capítulos. Mas esse capítulo tem mais 2.000 palavras u.u espero que gostem e boa leitura!



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POV Ally

–Eu quero saber o que aconteceu ontem e porque vocês duas estavam brigando.

Engoli em seco. Brooke me olhava com um olhar assassino, o que me deixou com medo de contar a verdade e ela fazer algo contra mim.

–Éééé...ontem? Nada de mais.

–Nada de mais? Tem certeza? Pois seu olho diz o contrário, querida. Brooke me contou a versão dela, agora quero saber a sua. - Ele disse, me deixando curiosa.

–Ela contou a versão dela? - Perguntei olhando para Brooke e me virei para a direção de meu pai, que assentiu - Então, antes de contar a minha versão, eu quero ouvir a dela. Seria possível?

–Claro. - ele respondeu pegando um gravador de baixo da mesa. - Eu gravei tudo, assim nada fica distorcido.

–Papai! - Brooke gritou surpresa e com raiva.

–O que foi filha?

–Não acredito que fez isso! É estranho!

–Brooke, silêncio!

Então ele apertou o play e pude ouvir a voz de Brooke.

–Bom papai, ontem eu fui até o quarto da minha querida irmã desejar boa noite. Então eu entrei no quarto dela e vi que ela estava tocando violão. Então eu...

–A Allycia sabe tocar violão? - Meu pai perguntou para Brooke.

–Sim papai. Posso continuar?

–Sim.

–Onde foi que eu parei mesmo? Ah, lembrei. Então eu pedi para ela tocar um pouquinho para eu escutar. Ela ficou com tanta raiva que acabou arrebentando três cordas do violão dela e começou começou a falar que a culpa era minha. Ela foi muito agressiva comigo papai. Eu fiquei assustada. Então eu disse a ela que não precisava se irritar assim o que só a estressou mais. Eu disse boa noite e fui em direção a porta, mas ela me puxou pelos cabelos e começou a me bater. Então eu me defendi. Pai aquela garota é horrível.

Não acreditei no que ouvi.

–Não acredito que inventou uma coisa dessas.

–Eu não inventei. - Brooke disse indignada. Falsa.

–O que realmente aconteceu Ally?

–Como assim “realmente”? - Brooke disse se levantando - Não acredita em mim papai?

–Brooke, deixe a Ally contar logo a versão dela sobre o que aconteceu! - Ele disse e ela se sentou novamente. - Por favor Ally, me conte o que aconteceu.

–Bom, eu estava sentada na minha cama tocando violão, então a Brooke chegou e começou a dizer para eu ficar longe do Austin, porque ele era somente dela. Então eu expliquei que eu e o Austin éramos apenas amigos e ela não acreditou. Depois ela reclamou do barulho que eu estava fazendo com o meu violão. Depois ela me bateu e eu revidei, então ela começou começou a me bater até vocês chegarem. - Expliquei com medo de Brooke fazer algo contra mim mais tarde.

O rei Lester fez uma pausa e pareceu pensar.

–Agora eu estou em dúvida. Em quem acreditar? Na minha filha que viveu comigo desde que nasceu até hoje, ou na minha filha que eu achei que estava morta, mas descobri recentemente que estava viva e agora está vivendo comigo novamente e me lembra muito a Penny?

–Papai, ela quer fazer você ficar contra mim.

–Não! Isso é mentira. - gritei - Eu não quero colocar ninguém contra ninguém.

–Quer sim, falsa. - Brooke disse cruzando os braços e eu revirei os olhos.

[...]

–Dessa vez eu deixarei passar, mas que isso não se repita. Vocês se conhecem a pouco tempo, tem suas diferenças, mas nem por isso tem que sair se batendo por aí. - ele disse depois de muito tempo de discussão.

Depois dele nos dar uma bronca, nos retiramos e eu segui em direção ao salão onde eu teria mais aulas com Cassidy, Victória e Kyle. Ao terminar, já estava na hora do almoço, mas eu não estava com fome. Então resolvi ir para o jardim que Austin havia me mostrado ontem. Então segui discretamente até lá.

Eu estava sentindo saudades dos meus antigos pais. Será que eles estão bem? E Trish, quando será que volta de viagem? Aconteceu tanta coisas desde que ela viajou.

Sou interrompida de meus pensamentos quando ouço barulho de passos.

–Oi Austin.

–Oi. Você tá bem, Ally? Você parece estar triste.

–Não é nada. Apenas estou com saudades dos meus antigos pais. É estranho.

–O que?

–É estranho falar “antigos pais”. A uma semana atrás eles ainda eram meus pais.

–E porque não vai visitá-los?

–Desde a confirmação do teste de DNA eu não sai do castelo.

–Eu te levo lá.

–Sério?

–Sim.

Ele disse sorrindo e eu o abracei.

******

O carro estacionou em frente a casa que eu conhecia muito bem. Desci do carro de Austin e caminhei até a porta. Austin fez questão de me trazer em seu carro. Ele tem sido muito fofo comigo. Mas ele está comprometido, vai se casar. Mesmo se eu quisesse, não poderia me relacionar com ele.

Tirei a chave que eu ainda guardava de minha bolsa e abri a porta, entrando logo após fazer isso, sendo seguida por Austin.

–Tem alguém em casa? - Gritei, sem resposta

–Ally, acho que não tem ninguém em casa. - Austin disse depois de alguns instantes.

–Já sei onde ela pode estar. - Disse e saí de casa, sendo seguida por Austin.

******

–Ally, que lugar é esse? - Austin me perguntou enquanto estacionava o carro.

–Uma casa, duh!

–Mas a casa é de quem?

–Minha “antiga mãe” trabalha aqui. - Falei, fazendo aspas com as mãos ao dizer antiga mãe, saindo do carro e tentando ignorar os fotógrafos que estavam por todos os cantos. Sério mesmo que, só porque agora sou da realeza, tenho que ficar sendo seguida por eles em todos os cantos?

Bati na porta e ela foi aberta por uma empregada que eu não conhecia. Provavelmente deve ter sido contratada no lugar de alguma outra que saiu recentemente. Ela aparentava ter em torno de 30 anos, era ruiva e tinha olhos verdes.

A empregada demonstrou grande surpresa ao encontrar Austin e eu na porta da casa em que trabalha.

–Princesa Allycia, Príncipe Austin, é uma honra recebê-los na residência de minha patroa. - Ela disse fazendo uma reverência.

–Não precisa disso tudo. - disse sorrindo, me referindo a sua formalidade. - Eu já estive aqui várias vezes. A sra. de La Ro...

–Ally! Quanto tempo! Eu já estava com saudades! - Disse a sra. De La Rosa, me interrompendo e me dando um abraço. - Entre querida. - Ela olhou para Austin e sorriu. - É uma honra recebê-lo em minha casa. Entre. - Ela nos acompanhou até o sofá. - Creio que veio falar com Mary. - Assenti. - Ela foi ao super mercado comprar algumas coisas mas logo já estará de volta. - Aceita algo para beber? Um café, um chá?

–Apenas um copo com água. - Falei.

–Tem vodka? - Austin perguntou e eu o fuzilei com os olhos. - Tô brincando. - Ele riu. - Eu também quero só uma água.

–Mayra, traga dois copos de água, por favor? - Ela pediu para a mulher que havia aberto a porta para mim e Austin. - Ally, Trish volta amanhã de viagem. O que acha de ir buscá-la no aeroporto? Eu não poderei ir e acho que ela adoraria te ver.

–Seria maravilhoso sra. De La Rosa! Eu estou morrendo de saudades da Trish!

–E acho que ela também está morrendo de saudades de você. - Ela sorriu.

–Mas que horas o voo chega?

–As 14 horas.

Nós ficamos conversando sobre vários assuntos, até que somos interrompidos pelo barulho da porta se abrindo.

–Mãe! - Grito indo em sua direção e dando-lhe um abraço. - Que saudade! Eu te ajudo com as sacolas, disse pegando algumas sacolas e a ajudando a levar até a cozinha.

–Ally, não sabe como fiquei com saudades. Mas, eu não sou sua mãe. E você sabe bem disso - Ela disse enquanto caminhávamos até a cozinha. - Sua mãe é a rainha Penny. Me chame apenas de Mary.

–Tudo bem, Mary. Você não sabe como senti sua falta. - Falei, abraçando-a novamente.

Desde quando eu era menor, eu estranhava ser pouco parecida com meus “pais”. Ele era loiro e tinha olhos verdes, enquanto ela tinha cabelos pretos e olhos azuis. Mary atualmente tem 35 anos e Ian 39.

–E esse olho roxo?

–Não é nada. Bom, Brooke apenas me bateu até inchar.

–E como está a vida no castelo?

–Bom, tirando que a Brooke, que agora é minha irmã, me odeia e acha que eu quero roubar seu noivo dela e por isso fez uma "visitinha" de noite no meu quarto e como eu havia dito antes me bateu até meu olho inchar, tá tudo bem. E o meu p...Ian? Como ele está?

–O estado dele não está lá dos melhores. Ele está no hospital público do reino. O hospital nos últimos dias tem estado muito cheio, mas eu tenho esperanças de que ele vai conseguir se recuperar.

–A situação do hospital está muito ruim?

–Um pouco querida, mas não precisa se preocupar.

–Mãe, eu tenho que fazer alguma coisa para ajudar.

Ela abriu a boca para falar alguma coisa mas logo desistiu.

[...]

–Ally, eu tenho que voltar para o castelo. Hoje o Dez vai voltar de Anabetth. - Austin falou entrando na cozinha e interrompendo minha conversa com Mary, que disse que precisava ir ao banheiro e já voltava.

–Quem é Dez? - perguntei confusa

–Um amigo que veio comigo, mas ele teve que voltar porque era aniversário da irmã dele. Ele volta hoje de viagem. Quer carona até o castelo ou mais tarde venho te buscar?

–Antes eu quero passar em um lugar.

–Então quer que eu peça para te buscarem e mais tarde eu te busco?

–Seria ótimo. - Falei sorrindo.

–Mas você vai para onde?

Sussurei a resposta pra ele, com medo de que Mary ouvisse. Se ela soubesse que eu iria até o hospital, não só para visitar Ian, mas também para tentar ver o que posso fazer para melhorar a situação de lá, ela insistiria para que eu desistisse dessa ideia até me convencer.

[...]

Um carro grande e preto com o simbolo do reino parou em frente a casa da sra. De La Rosa e me despedi dela e de Mary e entrei.

Ao fechar a porta, escuto uma voz conhecida vinda do banco do motorista.

–Olá princesa. - Ele fala e meu rosto se vira em sua direção.

–Willian?

–Não vou parar de te pertubar tão cedo. - Ele disse e eu ri.

Willian era jovem, aparentava ser apenas alguns anos mais velho que eu. E pra falar a verdade, ele era bem bonito. Era loiro e se não me engano tinha olhos azuis.

–Você parecia mais velho de óculos escuros, Willian.

Ele riu.

–Pode me chamar só de Will. Até o Maicon, que é meu primo mais velho, já disse que eu pareço ter mais de 19 anos as vezes.

–Você só tem 19 anos? Não é muito novo para trabalhar como motorista?

–Não se for pra ser motorista particular da princesa. - Ele disse piscando pra mim o que me fez corar levemente. Ele riu. - Para onde deseja ir princesa Allycia? - Ele disse, usando um tom formal.

[...]

–Tem certeza que não quer que eu te espere Ally? - ele perguntou ao estacionar o carro.

–Não precisa Will, o Austin vai vir me buscar mais tarde.

–Aquele príncipe engomadinho? Nunca fui com a cara dele.

Eu ri.

–Obrigada por me trazer, Will. - Falei abrindo a porta.

–De nada. Se precisar, estou a seu dispor. Até porque esse é meu trabalho.

Sai do carro e acenei para ele.

Eu estava novamente na parte da cidade onde eu morava. Eu não conhecia a maior parte da área mais pobre do reino. Normalmente, eu só saia de casa para ir a escola ou a casa de Trish.

Eu não conhecia aquelas pessoas, mas pude ver que pelas condições em que viviam, que sua vida não era fácil. Conforme eu ia andando pelas ruas, eu parava para conversar com as pessoas que me chamavam. Logo eu cheguei no centro da parte pobre da cidade. Era um círculo com casas em volta e tinha uma rua que levava até o hospital, eu ia lá quando era pequena com meus pais. Lembro-me que as pessoas se sentavam em volta de uma fogueira e contavam histórias, cantavam. Foi lá que eu comecei a gostar da música. Com o tempo meus pais foram parando de ir lá. Aquele lugar estava praticamente vazio, mas ninguém estava olhando em minha direção.

Então eu escuto o barulho de alguém caindo no chão e um grito.

************************************************** Continua.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem por favor! Leitores fantasminhas, apareçam! 42 pessoas acompanham a fic. Sabe como essa autora aqui ficaria feliz se tivesse tudo isso de comentários? Dependendo da quantidade de reviews, quem sabe eu posto o próximo capítulo mais rápido.
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O que acham da sugestão de uma leitora de criarmos um grupo no face?