Alizée et Chermont escrita por Velvet


Capítulo 3
Troi


Notas iniciais do capítulo

EU ESTOU TÃO IMENSAMENTE FELIZ QUE MEU NOTEBOOK TÁ CONECTANDO NA CELESTIAL INTERNET NOVAMENTE! VAMOS LEVANTAR AS MÃOS E DAR GRAÇAS!
Falando em dar graças, vou agradecer à Nanda Mason pelo comentário do último capítulo, e digo: tretas começam agora.



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–Surpresa!

Eu desejava que ele fizesse aniversário pelo menos umas três vezes por ano pra ver a cara de Chermont bobona daquele jeito, o queixo dele dando uma esfregadinha no chão. Qual é? Ele realmente achava que eu ia deixar o aniversário dele passar em branco?

Eu deixei os amigos dele irem à frente para cumprimenta-lo (além de Enzo e de uns três ou quatro, eu não conhecia ninguém), e depois dei um abraço nele. Ele então sussurrou ao meu ouvido por causa da música alta:

– E você sabia disso tudo? – Seu tom, pelo pouco que eu peguei com a música estourando os tímpanos de todo mundo, parecia verdadeiramente surpreso e até agradecido.

– Uma dama tem direito a manter seus segredos – respondi sorrindo, claramente dizendo que sim.

– Você arrota na minha frente, Alizée, você não é uma dama – Maldito! Eu me despenco pra fazer meio mundo de coisas para o aniversário dele e ele me agradece traindo meus segredos!

Chermont sorriu e outro grupo veio cumprimentar-lo. A essa altura, umas pessoas dançavam perto das caixas de som e os coolers de bebida estavam escancarados, algumas pessoas às vezes petiscando um pouco das taboas de queijos e frios e outras tipos de comida que alguém trouxe.

Peguei uma cerveja no cooler e fui atrás de um amigo de um amigo do amigo de Chermont que estava me encarando alguns minutos atrás.

Em algum ponto da madrugada, eu já estava tão bêbada quanto todo mundo, e muitos haviam ido nadar em algum lugar (não pergunte). Então a festa para mim estava melhor, sem um monte de gente pra te impedir de ver alguma poça ocasional de vômito de alguém com estômago mais fraco, e a chance de caras segurando pelo braço para te cantar era menor. Ponto ruim: já haviam começado as músicas lentas e as antigas.

Depois de ver todo mundo se juntando em um coro bêbado de I’m Gonna Always Love You, eu decidi que era a hora do banheiro. Nessa caso, como é provavelmente sua primeira experiência comigo em festa, eu vou explicar: em algum ponto da madrugada eu, invariavelmente, procuro um banheiro, ou o canto mais individual possível, para um momento de reflexão bêbada sobre minha vida.

Cheguei a porta do banheiro entre meu quarto e o de Chermont (sim, tínhamos que dividir), e estava para fechar quando uma mão comprida e com dedos infinitos me impediram. Eu estava quase entrando em pânico, quando a cabeça que apareceu na fenda foi a de Chermont e eu relaxei.

Sorri meio debilmente, meu raciocínio completamente comprometido, mas eu sabia que ele estava tão bêbado quanto eu. Ele sorriu de volta e entrou no banheiro, encostando a porta atrás dele.

– Alizée, eu quero te agradecer, Enzo me contou que você fez tudo – ele disse com a voz explode ovários dele. – Eu nunca, nunca tive uma festa de aniversário – ele se estendeu bastante no segundo nunca, e por algum motivo aquilo foi extremamente engraçado pra mim.

– Me desculpa, pode falar isso outra vez? – Eu disse rindo que nem retardada.

– O que você veio fazer aqui? – Chermont olhou confuso ao redor e por um momento eu também, então me lembrei e sentei na banheira.

– Eu queria pensar – foi impressão minha ou “ar” de “pensar” explodiu na minha boca de um jeito legal?

– Pensar no quê? – Ele perguntou se sentando ao meu lado, só que ele sentou dentro da banheira, deixando as pernas pendendo fora, e como aquilo parecia muito legal, eu me sentei do lado dele.

– Eu gosto do seu olho – me virei para o lado, com o rosto dele a uns cinco centímetros do meu, já que estávamos lado a lado. Eu toquei a sua pálpebra fechada com os dois dedos e brinquei um pouco com as pestanas, a boca dele abriu-se em um sorriso. – Você tem que ficar com o olho aberto, eu gosto do seu olho – eu pedi quase silenciosamente, brincando com um tom suave do som da minha própria voz.

Quando ele abriu os olhos, esquadrilhou meu rosto com aquelas lâminas hazel, parando na minha boca por longos segundos e depois voltaram para os meus olhos, enquanto eu observava o movimento dos seus.

– Eu gosto da sua boca – ele murmurou, e segurou meu queixo. – E você tem que manter ela aberta.

A próxima coisa que eu senti foram seus lábios nos meus. Eles eram suaves como veludo e compartilhavam o mesmo gosto de álcool que os meus, sua língua se movia com maestria, e eu movia a minha em igual perícia.

Mudamos-nos de posição quase sem notarmos, seu corpo encostado na extremidade da banheira e o meu sobre o seu colo, com os braços ao redor de seu pescoço, o puxando mais e mais para mim, enquanto ele beijava meu pescoço. Mas ao recostar na outra borda, trazendo-o comigo, eu girei o registro da banheira, fazendo a água quente brotar.

Nós gargalhamos como só os muito além da sobriedade fazem e nos entregamos a um beijo outra vez. Depois de uns minutos naquilo, minhas roupas já estavam ensopadas e as dele também, mas é claro que não era nenhum problema insolucionável para duas jovens e inteligentes pessoas. Em dois minutos estava tudo no chão.

[...]

A mãe das ressacas veio me dar um beijinho de bom dia, e eu preferiria mil vezes ter sido deserdada. Minha cabeça parecia que ia explodir de tanto latejar, fora minha boca seca como o deserto do Saara no bê-erre-o bró.

Levantei a cabeça e olhei ao redor. Que merda, eu dormi no banheiro. Minhas roupas estavam ensopadas debaixo da minha cabeça e eu nua, aparentemente eu as havia usado para fazer um travesseiro. Usei a borda da banheira como apoio para me levantar e olhei outra vez ao redor, vendo a banheira cheia. Eu provavelmente havia tido a brilhante ideia de tomar um banho as quatro na manhã ou coisa assim, mas que tinha ficado uma puta bagunça, ah, isso tinha.

Peguei uma toalha debaixo da pia e me enrolei nela, colocando as roupas ensopadas no cesto. E que comecem os nada excitantes jogos de tentar descobrir o que aconteceu na noite passada...

Olhei para os dois lados do lado de fora da porta do banheiro, mas não havia ninguém na pequena antessala que havia entre o banheiro, o quarto de Chermont e o meu, e a sala. Escapuli para dentro do meu quarto, me metendo dentro de uma confortável calça de pijama e meu moletom de Harry Potter, meu cabelo também foi para o alto em um rabo de cavalo. Nem me dei ao trabalho de olhar no espelho para confirmar o quão horrível eu estava.

Arrastei minhas meias no chão de madeira até a cozinha, passando pela sala sem um sinal de Chermont ou de qualquer estranho aproveitando nosso chão como um bom substituto de uma cama. Resolvi retribuir a gentileza de ontem no café da manhã fazendo alguma coisa, e o trabalho de preparar qualquer coisa para comer até ajudou na minha ressaca (junto com um bom vidro de comprimidos jogados pra dentro com o café mais forte que consegui fazer).

Não era nada como o café da manhã de ontem, mas era comestível e o café era forte o suficiente para ajudar na ressaca de Chermont também.

Por que eu tive uma sensação engraçada de tentar lembrar alguma coisa que eu sabia que precisava lembrar? Aquelas coisas bem de ressaca mesmo...

Deixei de pensar nisso, torcendo para ser qualquer coisa estúpida. Levando os pães que havia requentado no micro-ondas para a varanda. O vento estava frio e o céu estava meio nublado, o que era maravilhoso, já que não ia me sentir culpada por ficar o dia todo dentro de casa com um perfeito dia de sol atrás de uma parede.

Fui procurar por Chermont logo depois de constatar o tempo lá fora, e acabei o encontrando deitado no quarto, com os olhos fechados, mas muito tenso para estar dormindo.

– Chermont – cutuquei ele com delicadeza, até porque minha própria cabeça não aguentaria nenhuma brutalidade. Ele abriu os olhos que naquela manhã pareciam completamente verdes, contrastando absurdamente com o vermelho das veias injetadas dos seus olhos.

– Você lembra alguma coisa da noite passada? – Ele me perguntou na lata.

Olhei ao redor, e franzi as sobrancelhas.

– Foi tão ruim assim? Eu fiz striptease em cima da mesa?

Ele engoliu em seco e eu vi seu pomo-de-adão descer, mas sem quebrar contato visual.

– Nós transamos.


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Notas finais do capítulo

Sim. Eu. Sei. Babado.
Vão aqui em baixo e comentem o que vocês acharam, que sou uma pessoa maravilhosa que responde todo mundo e só quer bater papo, PORQUE MINHA MÃE ME DEU ÁGUA DE CHOCALHO QUANDO EU NASCI. E vou embora, porque senão eu não paro de falar.