Angels and Devils escrita por FChastel


Capítulo 13
His strenght


Notas iniciais do capítulo

AEE povo! Foi rápido né? Não sei quanto demorei, mas acho que vou continuar nesse ritmo!
Se tiver muitos erros saibam que não deu tempo de revisar certinho, foi mal.
ATENÇÃO! Estou terminando de fazer a capa da fic!! Não sei se comentei, mas estou desenhando uma!
Tá ficando séquiçi!
Aproveitem meus amores e SEJAM BEM VINDAS LEITORAS NOVAS!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/525774/chapter/13

ANGELS [AND DEVILS]

HIS STRENGTH

O ambiente era como o de qualquer lojinha daquele tipo. Nada de diferente. Um sininho tocou quando este abriu a porta, mas já haviam se passado dois minutos e ninguém fez questão de aparecer por lá. Lembrou-se de sua mãe pedindo que fosse paciente. Foi então que uma das portas deslizou para o lado, revelando o homem de chapéu.

— Olá Kurosaki-san! – Disse cobrindo os lábios com um leque. Só algumas palavras e o ruivo já se sentia irritado. – Vejo que aceitou minha proposta sobre o treinamento. Kuchiki-san irá me matar, com certeza! – Ele riu um tanto escandaloso. Rukia iria matá-lo? Não entendeu, mas conteve-se.

O homem se apresentou. Urahara Kisuke. Não disse mais nada e pediu para que o ruivo o seguisse. Ao passar por duas portas o garoto percebeu que aquilo ali não era uma simples lojinha, não mesmo. Ah, se todas as lojinhas contassem com aparatos eletrônicos que pareciam alienígenas, armaduras e espadas brilhantes e vários símbolos estranhos pelas paredes com certeza Ichigo iria querer trabalhar em uma delas. O louro tagarelava algo pelo caminho, mas Ichigo não conseguiu prender sua atenção nele. Ficou fascinado com tudo que viu ali dentro. Parou quando o outro o fez.

—... Mas primeiro você tem que descobrir como ativou! – Disse animado continuando a frase que o ruivo não ouvira, porém entendera.

— Não faço ideia! – O ruivo rosnou.

— Não seja tão mau, Kurosaki-san! – Fingiu mágoa na voz. – É por isso que eu vou te ajudar. Venha! – O homem o guiou para mais uma porta, chegando a uma escada que levava a um piso inferior. Engoliu em seco e desceu.

X-------------------------X-----------------------------X--------------------------X-----------------------X

O homem olhava o seu braço, ou melhor, o que restava dele. Aquela mulher, aquela maldita mulher arrancara metade de seu braço esquerdo. Sentia raiva e ao mesmo tempo não o sentia. Por um motivo: ela era deliciosa. E em todos os sentidos. O sabor de seu sangue, que só provara uma vez, era incrível, afinal, não era só poder que o deixava mais... Saboroso. Mas a determinação também o fazia, assim como independência, lealdade e muitas outras virtudes. Demônios se alimentam do melhor de você para tornar isso o pior deles. Irônico. Ele sorriu.

A mente divagava na imagem da anjinha que conheceu, ela tinha algo de diferente. Já havia devorado tantos anjos, já havia os feito gritar e se desesperar, o que deixava o sabor um tanto ácido, já os havia feito chorar, e nesse caso o sabor era horrivelmente doce, já havia feito de tudo. Provado o gosto deles de todas as formas, e por isso fora atrás do tal Ichigo. Talvez o gosto dele o deixasse satisfeito. E isso se provou verdade quando uma única gota do sangue do ruivo tocou sua língua. Todos os seus nervos vibraram de excitação. E não só eles. Mas seus músculos, seus ossos, seus órgãos. Foi incrível.

Suspirou ao ter tais pensamentos. Queria devorá-lo a qualquer custo, e diferente das outras vezes, de pouco em pouco. Queria saber quanto o ácido do desespero dele o incomodaria, ou o quão doce podia ser a sua dor. Queria sentir aquele sabor tão poderoso, tão diferente. Tão satisfatório.

O mesmo sentia quanto à garota. Por Deus! Repetiu a exclamação de modo irônico em sua mente. Queria possuí-la! Provar seu sangue, sua força, sua determinação. Provar seu corpo. E que corpo.

Quem diria que o rei cairia pelo anjo que arrancou seu braço. Era mesmo um tremendo idiota.

Seguiu um caminho com passos desinteressados. Divagar consigo mesmo não era algo de costume, mas passara a fazê-lo. Lembrou-se de sua punição por não ter trazido o garoto vivo ao seu mestre. Ah! Podia sentir a raiva dele até aquele momento, queimando ao redor da nova cicatriz que ganhara.

Olhou para o céu escuro mais uma vez. Sem estrelas, sem lua, sem nenhum tipo de luz. Só escuridão. Seus olhos faiscaram com o plano que o mestre tinha em mente, com ele poderia ter o que queria. Ter tudo que queria.

X-------------------------X-----------------------------X--------------------------X-----------------------X

— Você está me irritando! – A voz masculina estava completamente exaltada. – Pelo amor de Deus!

A sobrancelha arqueada revelava a irritação ainda maior da pessoa que tivera que ouvir aquilo.

— Acha que vou ficar bem com isso? São seis crimes diferentes! Deixe-me ficar inquieta o quanto eu quiser! – Resmungava enquanto bagunçava os cabelos. Estava, realmente, muito nervosa.

O outro suspirou tocando o ombro da morena, que escondia o rosto entre as mãos.

— Vai dar tudo certo, Kia. – Ela o fitou. – O mais importante eles não conseguiram, e você fez o seu trabalho muito bem. Vai dar tudo certo. – Repetiu, mais para si do que para a garota que entrelaçava os dedos nos seus.

— E se não der? – Ela suspirou. – Não posso deixá-lo... – Sussurrou para si mesma.

O ruivo a abraçou por trás, os cabelos, agora soltos, roçavam na pele dela.

— Relaxe, Kia. Não vou te deixar sozinha, eu prometi, lembra?

A morena sorriu. Sim, ela se lembrava.

X-------------------------X-----------------------------X--------------------------X-----------------------X

— Pode me dizer como fez? – Urahara analisava as peças brancas sobre o corpo de Ichigo, deixando-o um tanto envergonhado.

—Não sei, só fiz! – A voz subiu uma oitava, realmente, ele não fazia ideia.

— É a décima sétima vez, Kurosaki-san. Não é possível que não saiba como o faz. – O louro suspirou. – Tente só mais uma vez e, por favor, descreva o que fez.

Mais uma vez a armadura sumia, como se uma brisa a levasse. Concentrou-se de novo e ao pensar mais uma vez nas imagens em sua cabeça a armadura voltou.

— E então?! – perguntou sem paciência.

— Eu só... Só quero proteger.

Urahara o olhou de cima a baixo. Era simples, ele sabia. Só não pensava que fosse tão simples. Que idiota, deveria conhecer melhor os luxos daquele pequeno objeto. Sorriu.

— Essa é a sua força, Kurosaki-san. – Observou o olhar perdido do ruivo. – Proteger. É o que a sua alma mais deseja. Cuidar daqueles que você ama, não importa o que aconteça consigo. Essa, Kurosaki-san, é a sua força.

Um momento de silêncio se instalou ali, palavras não eram necessárias. Era a mais pura das puras verdades. Quando pensava que seus pais podiam se machucar tentando protegê-lo, que suas irmãs não conseguiam defender-se e que ficariam sozinhas, ou mesmo quando se lembrava de todas as vezes que Rukia o protegeu, só pensava que devia ser forte para cuidar deles.

— Foi mais fácil do que imaginei... – Urahara tinha uma das mãos no queixo, coçando a barba rala. – Mas a partir de agora ficará mais difícil, Kurosaki-san. Que comecemos o treinamento.

Assim que as palavras deixaram os lábios do homem a espada dele avançou contra o corpo de Ichigo, que desviou com certa dificuldade.

— Isso foi perigoso! Que tal avisar na próxima vez? – O ruivo esbravejou, um brilho faiscou em seus olhos âmbar.

— Se eu avisasse não poderia vislumbrar essa sua cara de espanto. Vamos logo, Kurosaki-san. Essa é a melhor maneira de aprender.

As lâminas se chocaram mais uma, duas, três vezes. Ichigo já ofegava, enquanto o outro não mostrava dificuldade nenhuma. Ótima hora para parar de praticar luta. Grunhiu alto partindo para o próximo ataque. Foi parado com a lâmina fria que se encostava ao seu pescoço, no espaço milimétrico que a armadura não cobria. Segurou o ar.

— Ora, foi rápido. – Observou as sobrancelhas de Ichigo se unirem mais enquanto falava.

— De novo.

Dois segundos distantes, e no seguinte já lutavam novamente. Não diferente da primeira, as outras lutas arrastavam-se por pouco tempo, fazendo com que os olhos cobertos pelo chapéu brilhassem. Ichigo sentia os músculos rijos, tensos. Não era um exímio espadachim, pelo contrário, só havia tocado uma espada algumas vezes, e menos ainda lutara com elas, porém, ao observar o louro tentava se espelhar. Imitar a postura e equilíbrio do homem a sua frente, e tudo parecia ser absorvido em segundos.

Urahara percebera que o garoto percebia seus movimentos. Sorriu quando desviou de um ataque do ruivo. Aquele garoto era mesmo filho de Masaki. A determinação queimava nos olhos dele enquanto observava atento cada movimento. O louro sentiu uma pancada no quadril, um chute certeiro desferido pelo outro. Afastou-se depressa e limpou as vestes.

— Quanta violência, Kurosaki-san. – Gemeu. – Pelo menos você está melhorando. Amanhã terminamos.

Sem falar mais nada ele acenou e se foi, deixando um Ichigo ofegante para trás. “Desativou” a armadura e pegou o celular, junto de sua carteira. Ainda era cedo. Olhou o espaço aberto ao seu redor, nem parecia com o porão da pequena lojinha em que estava, tirou a camisa e se alongou, hora de correr.

O trote constante no silêncio daquela sala era reconfortante. Sentia as pernas trabalhando perfeitamente enquanto rodeava a ampla sala, a mente tranquila pensava sobre a espada e como Rukia manuseava-a de maneira tão fluida e sublime. Parecia algum tipo de mestra. Talvez pedisse ajuda a ela. Talvez.

O suor já escorria levemente pela lateral do rosto bonito, o corpo já estava quente o bastante. Podia começar. Deitou-se de costas no chão frio começando os abdominais. Cinquenta, depois quarenta, trinta, vinte, dez, e então vinte, trinta, quarente e cinquenta. Os músculos queimavam, mostravam-se a cada movimento que o corpo fazia, revelando suas formas sob a pele bronzeada. Respirou fundo algumas vezes antes de continuar a correr.

Após duas sessões de flexões, mais uma de abdominais e um bom tempo correndo, voltou para casa. Teria que acordar cedo na manhã seguinte, e já sabia que os músculos reclamariam. Após tomar um longo banho deitou-se na cama, admirando a lua pela janela. Não muito tempo depois adormeceu, sendo acariciado pela brisa agradável da noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews! Espero que tenham gostado!
Até o próximo, porque agora vou dar uma de Ichigo (Esse treino mata)