'Til We Die escrita por Mrs Jones


Capítulo 16
Once Upon A Time & A Vida Na Televisão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sentiram minha falta? Um mês sem postar o.O Sorry, não tive tempo, nem criatividade. O último capítulo teve pouco retorno, o que aconteceu? Não estão gostando da história? Não custa nada deixar um little coment. Por favor, gente, eu não ganho nada escrevendo fics, só experiência e leitoras que viram minhas amigas. Escrevam pelo menos que parte mais gostaram do capítulo, se não for pedir muito.
Bom, esse capítulo não ficou lá grande coisa, mas espero que gostem. Eu não estava muito bem da cabeça quando escrevi, por isso ignorem as loucuras kkkkk Ah, o grupo no whattsap já está rolando, já tem um bocado de gente por lá. Quem quiser entrar, só me passar o número por MP. É isso, aproveitem a leitura! Tem spoilers no final!



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Episódio de hoje: A unha encravada da Rainha Má – anunciou Gabriel, em sua voz de narrador.

Risos. Gancho e eu nos entreolhamos e caímos na gargalhada. O Brincalhão realmente tinha um maravilhoso senso de humor.

– Eu não sei o que ele quer ganhar com isso, mas parece que vai ser divertido – disse Killian, acariciando a ponta do gancho, que brilhava sinistramente à luz do luar.

– Oh, eu não pretendo ganhar nada, amigo. – Gabriel surgiu por trás de nós, mastigava jujubas. A casa da vovó voltara a aparecer e o letreiro do programa de TV sumira. – Só quero dar a vocês uma pequena lição por se meterem em meu caminho. Jujubas?

– Não, obrigada! – Encarei o baixote parado à minha frente e estreitei os olhos, tentando parecer ameaçadora – Que tal acabar com essa palhaçada antes de eu quebrar sua cara?

– Que já não é muito bonita – completou Gancho, sorrindo zombeteiro.

Gabriel sorriu tranquilamente, nem se importando com a ameaça. Guardou o saquinho de jujubas no bolso do uniforme de zelador e lambeu os dedos sujos de açúcar.

– Eu tenho uma ideia melhor: vocês jogam meu jogo, aprendem uma lição, então os liberto e voltam à suas vidinhas pacatas. – dizia, andando à nossa volta. Parou e cruzou os braços, nos encarando sem deixar de lado o sorrisinho jocoso – Ou... vocês podem bancar os durões e, como castigo, os deixo presos na televisão para sempre... – sorriu largamente – A escolha é de vocês...

– Só precisamos jogar seu jogo? – arqueei uma sobrancelha, desconfiada. O que ele ganharia com isso, afinal? – Que temos de fazer?

– É simples! – estalou os dedos e um mapa carcomido e cheirando a mofo surgiu em minhas mãos – Tudo o que têm de fazer é encontrar seus amigos. Estão espalhados pela floresta, vivendo uma vida de mentirinha... coitadinhos, pensam que são personagens de contos de fadas...

– Peraí... – disse Gancho, dando um passo à frente e agarrando Gabriel pelo colarinho – Você os fez esquecer quem são?

– Eu dei a eles uma nova chance – respondeu o outro, meio sufocado pela pressão que Killian fazia em seu pescoço – Vocês deviam me agradecer! Eu poderia fazê-los esquecer de tudo. Teriam novas vidas, novas personalidades... nenhum de vocês precisaria caçar...

– É claro, seria bastante conveniente se não estivéssemos mais no seu caminho, não é? Pois eu vou sempre me lembrar da sua cara, não adianta tentar me fazer esquecer... Eu sou o filho da puta que vai enfiar uma estaca no seu coração!

Gritos de apoio. Gabriel murmurou algo sobre sua própria plateia ter se voltado contra ele. Antes de desaparecer deixando Gancho de mãos abanando, sorriu:

– Encontrem seus amiguinhos e os acordem da ilusão que estão vivendo. Lembrem-se: crianças boazinhas ganham doces! – e desapareceu com o som de um pluft!

– Droga! Ele só pode estar brincando! – exclamei, com o mapa em mãos. No topo do pergaminho estava escrito Floresta Encantada em letras floreadas. As ilustrações indicavam um lago não muito distante, algumas pequenas vilas e o castelo da Rainha Má, que podíamos avistar ao longe. – Vai ser uma enorme perda de tempo.

– Ele só quer nos manter ocupados – Gancho suspirou, aproximando-se para dar uma olhada no mapa – O que podemos fazer? Vamos ser crianças boazinhas... No final das contas ele vai se cansar dessa palhaçada.

– Tudo bem. E então, por onde começamos?

***

Tão logo amanheceu, Gancho e eu paramos para tomar o café da manhã. Ainda carregava minha cestinha de pães e, por incrível que pareça, ainda estavam quentinhos. Sentamo-nos sob um imenso salgueiro e apoiei a cabeça no ombro de Killian, que examinava o mapa. Ainda não encontráramos nenhum de nossos amigos e agora achávamos que tínhamos sido enganados por Gabriel.

– Capaz de ele nos deixar presos aqui para o resto da vida. Não que eu me importe muito. Tendo você ao meu lado, suporto qualquer coisa – Gancho sorriu pra mim, passando um braço por meus ombros e me puxando de encontro a seu peito.

– Hum, você já está até gostando da ideia de ser o Capitão Gancho, não é? – dei risada e ele confirmou com a cabeça.

– Mas gosto mais de você sendo a Chapeuzinho. Tão fofa!

“Awwww”.

– Já estou cansada dessa plateia intrometida! Ei, você não está ouvindo alguém cantar? Parece até a Mary Margaret...

(Fundo musical de filme da Branca de Neve começa a tocar. Voz ao longe começa a cantar).

No meu mundo feliz todos vivem sorrindo, cantando um canto de paz que meu mundo traz. No meu mundo feliz, só existe uma grande alegria, isso também, só meu mundo tem. Todos vão passando a vida sonhando, falando só de amor, na beleza que uma flor tem...

– É a Mary Margaret! – dissemos juntos e corremos a seguir o som de sua voz doce e melodiosa.

Encontramos Branca sentada no meio de uma clareira. Os cabelos volumosos e encaracolados soltos, um laço vermelho no topo da cabeça e usando um vestido idêntico ao da Branca de Neve do filme da Disney. Rodeada por coelhos e passarinhos, cantava alegremente, mal notando nossa presença.

– Ó que lindo dia para se cantar uma canção! – exclamou exageradamente. Apanhou um coelhinho branco que cochilava a seus pés e o apertou com excesso de força, quase sufocando a pobre criatura – Querem ouvir uma linda melodia, amiguinhos?

– Que diabos está fazendo? – perguntou Killian, assustando Mary.

– Ó, por Deus! Por favor, não me assalte! – ela botou as mãos no coração, amedrontada. Os animais fugiram quando Gancho se aproximou.

Risos.

– Eu não vou assaltar você. – ele revirou os olhos – Só viemos conversar.

– Oh... vieram se juntar a mim! – ela abriu um sorriso de mostrar as covinhas – Estou tão contente! Venham, amiguinhos, temos companhia! – berrou em direção às árvores e arbustos a nossa volta e os passarinhos e coelhinhos se aproximaram um tanto receosos. – Oh, aí estão vocês!

– Você conversa com animais? (Risos). – Killian arqueou uma sobrancelha, contendo a vontade de rir da cena. Nem parecia a Mary durona que conhecíamos. Aquela estava mais pra uma versão ingênua de Branca de Neve cantora.

– É claro que sim! Você não? Pois devia... Sentem-se, amigos! Querem uns cogumelos?

Ela nos ofereceu uns cogumelos feios e amarelados que cresciam rente à relva. Como recusamos, deu de ombros e enfiou três de uma vez na boca, arrotando depois de engoli-los.

– Está explicado... acho que esses cogumelos não fizeram bem a ela – Gancho sussurrou no meu ouvido e concordei com um aceno de cabeça.

– Hum, Branca? Você não acha que há algo de errado acontecendo por aqui? – perguntei, sentando-me ao lado dela.

– Algo de errado? Não, por que haveria? É um lindo dia! Um lindo dia para se cantar uma canção – respirou profundamente e recomeçou a cantar (fundo instrumental começa a tocar) – No meu mundo feliz todos vivem sorrindo, cantando um canto de paz que meu mundo traz. No meu mundo feliz, só existe uma gran...

– Ei, quer parar de cantar? – interrompeu Killian, irritado pela cantoria – Talvez não tenha percebido, mas você não é a Branca de Neve!

– Claro que sou, é meu nome de batismo! (Risos).

– Talvez seja difícil acreditar, mas você não é quem pensa que é, porque alguém alterou suas memórias e agora você acha que é uma pessoa, mas na verdade é outra.

Branca levou uns momentos tentando assimilar o que Gancho acabara de dizer.

– Não entendi! – e ficou olhando de um para o outro, esperando descobrir do que falávamos. Por fim desistiu e foi brincar com um dos coelhos, puxando suas orelhinhas.

– Quer saber, Killian? Vai levar tempo até fazermos ela se lembrar. Devíamos procurar pelos outros, enquanto isso – sugeri, erguendo-me e espanando a poeira da roupa – Ei, Branca, quer dar uma voltinha?

– Sim, sim, mas é claro que sim! – ela se levantou de um pulo, enérgica – Oh podemos visitar meu amigo Grilo, faremos um show musical, o que acham?

– Ó céus, isso não vai prestar! (Risos).

– Killian!

***

– Eu não falo cricrilês! – bradou Gancho pela centésima vez, já cansado do cricrilar de Archie, digo, do Grilo Falante.

– Killianzinho, quer ficar calmo? Não vai conseguir nada na brutalidade... – suspirei, dando tapinhas no ombro de Gancho, que por fim respirou fundo e se acalmou.

Archie, que virara um grilo de uns dez centímetros e que usava cartola e casaca, voou para o meu ombro e se pôs a cricrilar, como se assim eu pudesse entender alguma coisa do que ele queria dizer. A única coisa que eu ouvia era um cricricri sem fim. Por sorte, Branca retornava da colheita de Cogumelos Duvidosos e, percebendo nossa frustração, afirmou saber falar cricrilês.

– Não se preocupem, vou falar com ele. Cricricricri cricri cricri. Cricricricricricricri cri?

E o grilo respondeu:

– Cricricricri cricricricricri cricricri.

– Oh não! – Branca exclamou preocupada.

– O que foi? – Gancho e eu perguntamos juntos.

– Ele disse que a Rainha Má está furiosa comigo! Ela quebrou o pé por minha causa... e ainda disse que sou uma péssima manicure...

– Hã?! Explique direito, mulher! – disse Gancho.

– A Rainha tem a unha do dedão do pé direito encravada. Dia desses ela me pediu pra dar um jeito na tal unha, mas a coisa era tão torta, mas tão torta, mas tão torta, que foi impossível dar jeito nela. Só sei que a unha entortou ainda mais e a Rainha, distraída que só ela, meteu o dedão numa antiga armadura de guerra e quebrou o pé inteiro. Coitada... (Gargalhadas).

Gancho soltou um risada asmática, dobrando-se ao meio sem conseguir conter-se. Branca o encarou com exasperação e eu apenas balancei a cabeça. Quanto ao grilo, esse voou para a cestinha de cogumelos de Branca e foi tirar um cochilo.

(Som de madeira sendo cortada ao longe. Folhagens sendo revolvidas. Um grito ecoa pela floresta).

– MADEEEEIRAAAAAA!

De repente, uma sombra tapou nosso sol. Só tivemos tempo de correr quando percebemos que uma enorme árvore vinha caindo em nossa direção, levando junto um mar de galhos, folhas e ninhos de passarinhos. Com um baque que tremeu o chão, o tronco caiu bem em cima dos cogumelos que Branca cultivara, amassando-os. Foi o suficiente pra ela dar chilique.

– Porra, Gepeto! Que merda, hein? Tá vendo minha plantação aí não?

– Desculpe, senhorita Neve, só estou fazendo meu trabalho – Gepeto veio abrindo caminho por entre a bagunça de galhos que se formara no chão. Carregava um machado e estava vestido como um autêntico lenhador. Pôs-se a cortar o enorme tronco em pedaços menores de madeira – Pinóóóóquioooo! Vem me ajudar, seu traste!

– Já vou, meu pai, já vou! Arre, arre que canseira...

Eis que surge August, que já não era mais humano, mas um boneco de madeira. Gancho caiu na gargalhada, o que deixou o pobre Pinóquio profundamente irritado. Ele fez menção de atacar o pirata – que tinha lágrimas de riso escorrendo pelo rosto –, mas seus movimentos eram limitados, uma vez que suas articulações de madeira estavam longe de ser boas. Pinóquio tropeçou numa pedra no meio do caminho e sua cabeça fez um som oco ao ir de encontro ao chão (Gargalhadas escandalosas). Killian se dobrou ao meio, rindo feito hiena, e todos os outros fizeram o mesmo, menos Gepeto, que apenas balançou a cabeça.

– Vem cá, eu te ajudo! – fui levantar o pobre, que, se pudesse, estaria chorando naquele momento – Pobrezinho!

– Ave Maria, quase quebro a cabeça! – disse ele, pondo uma mão na cabeça e piscando os enormes olhos de boneco – Quem pôs essa pedra filha da puta no meio do caminho? Arre! Ave Maria, tô toda quebrada! (Risos).

Killian recomeçou a rir. Pinóquio agora falava fino, o que, obviamente, Gabriel o obrigara a fazer quando apagara sua memória.

– Ai, papi, nem pra me ajudar, hein? – pôs uma mão na cintura, fazendo cara feia para Gepeto, que continuara a cortar o tronco, mal se importando com a queda do filho. – Se não fosse essa dona bondosa... (Risos).

– Dona? – arqueei a sobrancelha. Gancho riu mais ainda.

– Moça – corrigiu Pinóquio. Voltou-se para Branca – Ai, mulher, falei pra meu pai que ele devia ter mais cuidado com essas árvores... Olha aí, amassou os cogumelo tudo...

– Aff, já cansei de falar com esse velho – respondeu Branca, brincando com uma mecha do cabelo – Pra quê tanta madeira, Gepeto? Tem vergonha na cara, não? Seu desmatador!

– E você quer que eu viva do quê? – retrucou Gepeto, brandindo o machado na direção de Branca, que se encolheu atrás de Killian – Tá pensando que é fácil se manter hoje em dia? Tenho direito nem à aposentadoria! E a Rainha, aquela vadia mal amada, tá lá vivendo à custa do nosso dinheiro. Devíamos fazer um impeachment pra tirar ela de lá...

– Imp o quê? – perguntaram Branca e Pinóquio ao mesmo tempo.

– Ah, deixa pra lá!

– Olha só, gente – começou Gancho, já assumindo sua expressão séria – o papo está muito bom, mas temos algo muito sério pra dizer a vocês. Seja lá o que pensem que são, estão errados. Vocês não são personagens de contos de fadas.

– Como não? – Pinóquio botou as mãos na cintura, indignado – Sou a Pinóquia, filha de Gepeto. Pode perguntar pra qualquer um! Papi me criou num dia de muita inspiração. Fui feita de tronco de jatobá, esculpida pelas mãos calejadas desse velho. No começo era apenas uma pequena boneca de madeira. Imóvel, não podia me expressar, falar, cantar, mostrar ao mundo que vim pra ficar... Aí veio a bondosa Fada Azul e me deu a vida! Ó, bondosa Fada Azul, me deu uma chance de ser feliz! – enxugou uma lágrima imaginária – Mas Pinóquia ainda continuou a ser uma simples menina de madeira. O maior sonho de Pinóquia é ser... uma mulher de verdade!

(Gargalhadas escandalosas. Pinóquia começa a cantar).

Quem quiser realizar aquilo que sonhou, basta o eco repetir o que você falou. Um dia– pombinhas brancas fazem vocal de apoio ao fundo – (um dia), eu serei feliz. Sonhando (sonhando), assim (assim).

– Epa! Pode parar! Essa música é minha, querida! – bradou Branca de Neve, interrompendo a cantoria da outra. – Vá compor sua própria canção.

– Tá, tanto faz! – interferi, antes que começassem a discutir por bobagem – Será que vocês não percebem? Estão vivendo uma vida de mentira! Vocês são caçadores de criaturas sobrenaturais, não personagens de contos de fadas.

Branca fez “hã?!”, Pinóquia me encarou como se fosse louca, Gepeto fez cara de confuso e o Grilo fez um cri enquanto dormia. Já Gancho, nem preciso dizer, ainda tentava controlar o riso.

– Que história é essa, mulher? Tá bem da cabeça? Cê comeu aqueles cogumelo da Branca? Quando é que Pinóquia, filha de Gepeto, aquela que foi esculpida no jatobá, vai ser caçadora de criatura? Presta atenção, menina! (Risos).

– Que tolice, conversa pra boi dormir – Gepeto juntava os pedaços de madeira, atirando-os num tosco carrinho-de-mão que aparecera magicamente. – Vamos, Pinóquia, digo, Pinóquio. Temos muito trabalho a fazer!

– Ah eu vou também, tô cansada dessa conversa! – Branca seguiu os outros dois, acenando – Adeus!

– Quer saber? Eu desisto! Gabriel fez um bom trabalho ao alterar as memórias deles – disse a Gancho, vendo-os se afastarem.

– Querida, Capitão Gancho nunca desiste – respondeu ele, pegando meu rosto entre as mãos – Talvez você não saiba, mas eu adoro um desafio!

***

– Ô povo que gosta de cantar! – exclamou Gancho, quando nos aproximamos da casa de Gepeto, onde uma verdadeira cantoria se fazia ouvir.

Branca varria a casa, enquanto Gepeto pregava as tábuas soltas do assoalho. Grilo cricrilava e sapateava em massa de pão, sovando-a. Já Pinóquia, essa batucava na mesa com duas colheres de madeira (“Olha o batuque! Olha o batuque!”). E o mais impressionante é que faziam tudo em perfeita sintonia. O som da vassoura raspando no chão, o barulho do martelo, o cricrilar do Grilo e o batuque na mesa se transformaram em música. Branca cantava uma de suas muitas canções, que na verdade eram do filme da Disney.

Pra quem vai trabalhar/Há uma coisa que evita o tempo demorar/Aprenda uma canção/Que isso ajuda muito a tarefa terminar/É fácil de aprender/Qualquer uma canção/ E você vai achar que isso faz alegre o coração...

– Gabriel está se superando... – comentei, boquiaberta.

Ninguém percebeu quando Gancho e eu entramos pela porta aberta. Branca rodopiava, dançando com a vassoura. Pinóquia estava se sentindo a melhor baterista do mundo. O Grilo grudou na massa e agora pelejava para conseguir sair dela. E Gepeto martelou o dedo, soltando um berro de dor. Branca largou da vassoura e nós duas fomos acudir Gepeto ao mesmo tempo. Já Gancho foi ajudar o Grilo, que por pouco não morreu na massa movediça.

– Pinóquia, para com essa batucada! (Risos) – mandou Gancho, irritadíssimo.

– Arre! Que moço mais ranzinza! Olha, papi, ele não quer me deixar batucar.

– Quieta, Pinóquia, digo, Pinóquio! Tá vendo que martelei meu dedo?

– Ai, papi, que distraidinho!

– Não se preocupe, vou fazer um curativo – disse, examinando o dedo ensangüentando do velho. Gabriel já estava passando dos limites e eu já não sabia se ria daquelas besteiras ou se tentava cumprir a tarefa que ele nos dera.

– Ai, dona da capa vermelha, você é uma anja que caiu do céu! Papi, contrata ela como empregada. Sabe fazer café, dona? (Risos).

Fiz cara de indignação e Gancho tossiu pra disfarçar uma risada. Dali a pouco ouvimos um estrondo. A porta caiu com um baque e Encantado surgiu empunhando uma espada (gritos escandalosos das fãs).

– BRANCA DE NEVE, VOCÊ ESTÁ PRESA PELO COMÉRCIO ILEGAL DE COGUMELOS DUVIDOSOS! – bradou, entrando na casa e agarrando Branca pelo braço. Ela guinchou de pavor.

– Ave Maria! Eu não fiz nada, homem!

– Ó moço, os cogumelos tão ali na cesta! – Pinóquia apontou para a cestinha escondida embaixo de uma cadeira de balanço.

– Muito obrigada, Pinóquia! – Branca fez cara feia.

– Aha, te peguei no flagra, sua pilantra! – Encantando a ergueu nos braços com a facilidade de quem carrega uma folha – Bem que a Rainha estava certa! Você anda traficando Cogumelos Duvidosos pela floresta!

– E isso é crime por acaso, moço?

– Sem dúvida! Vai passar o resto de seus dias apodrecendo nas masmorras do Castelo Negro! (Risada macabra). – Encantado saiu levando Branca e a jogou numa daquelas carruagens com grades, onde a coitada começou a esgoelar, implorando pra que não fosse levada. Sem que pudéssemos fazer nada, foi levada para longe, em direção ao castelo da Rainha, que se erguia na colina.

***

Some day my prince will come (Algum dia meu príncipe virá)/Some day we'll meet again (Algum dia nos encontraremos de novo)/And away to his castle we'll gooooo (E embora para seu castelo iremos)/To be happy forever I knoooooow (Para ser feliz para sempre, eu sei).

– Cala a boca, Pinóquia! – gritamos todos juntos.

– Pode nem cantar mais, arre! Povo ignorante! Quem canta seus males espanta. É por isso que são tão rabugentos, sabem nem cantar...

– Pinóquio, meu filho, temos que lidar com coisas mais importantes. Por favor, poupe nossos ouvidos.

– Gente, será que não estamos indo na direção errada? Que raio de castelo longe! – reclamei. Meus pezinhos já estavam doloridos e parecia que quanto mais andávamos, mais longe o tal Castelo Negro ficava.

– Gabriel está dificultando as coisas. Aquele baixote desgraçado! Quando eu puser minhas mãos nele... – Gancho estava furioso e, por mais que eu gostasse de vê-lo bravo, temia que realmente pudesse matar Gabriel. Matar criaturas era uma coisa, mas matar algo que era quase humano...

– Ai que moço bravo! – disse Pinóquia, agarrando-se ao braço de Killian – Adoro homem rude!

– Sai pra lá, boneca! Tá pensando o quê?

– Calma, Killian! – tentei apaziguar seus ânimos. Pinóquia foi chorar no ombro de Gepeto – Violência não vai resolver nada.

– Não vai resolver, mas pode destruir o sorrisinho cínico daquele Brincalhão. Minha vontade é de socar a cabeça dele na parede! (Gritos histéricos das fãs).

(Som de folhagens sendo revolvidas. Gold, ou melhor, Rumplestiltskin, surge fazendo “buuuu”. Pinóquia grita escandalosamente feito mulherzinha e vai se esconder atrás de Gepeto. Killian assusta e puxa a espada).

– Ave Maria! Quase me mata do coração, moço! – guincha Pinóquia – Crendeuspai! Que bicho feio!

– Buuuu! – faz Rumplestiltskin e Killian tem crise de riso. Rumple solta risadinhas. Está vestido com estranhas roupas de couro e tem os cabelos bagunçados e ensebados, como se não os lavasse há semanas. Sua pele é enrugada e áspera, assemelha-se a pele de crocodilo – Olá, queridinhos! A que devo a honra de recebê-los em minha humilde residência?

Estávamos no meio de um pântano. É claro, ele era uma espécie de crocodilo do pântano... Nossos pés afundavam numa água escura e senti minhas botas ficando escorregadias e encharcadas. Pinóquia boiava na água (“Olha, papi, eu bóio!” “É claro, Pinóquio, madeira flutua...”), Killian se matava de rir, Grilo cricrilava e eu encarava Rumple, muito séria.

– Será que você pode, pelo amor dos céus, nos indicar a direção do castelo da Rainha? – pedi, já muitíssimo estressada – Tenho a sensação de que estamos andando em círculos.

Rumple ergueu as mãos feias e enrugadas.

– Vou fazer melhor do que isso!

Fomos envolvidos por uma fumaça roxa e no segundo seguinte nos vimos parados no topo da colina, bem em frente ao castelo da Rainha. A atmosfera sinistra me deu calafrios e me agarrei ao braço de Gancho, que voltara a ficar sério. O castelo era completamente negro, desde os tijolos até as janelas. Não havia uma única árvore ou planta nos jardins que o circundavam. O solo era morto. O lugar parecia até a moradia da morte.

As enormes portas duplas se abriram e por ela saíram Zangado e Caçador, carregando um trono negro.

– Mais depressa, seus trastes! – ordenou a voz de Regina, que se sentava gloriosamente em seu trono, com a perna direita esticada para frente. - Andem, energúmenos! Imprestáveis!

– Tá pesado, majestade! – disse Zangado, que suava em bicas. Estava vestido de anão, tinha um enorme nariz e orelhas gigantescas.

– Como ousa chamar-me de gorda, anão? – Regina lhe deu um tabefe na cara e Zangado acabou por soltar o lado que carregava. O trono desabou em seu pé e ele berrou agarrado ao mesmo.

– ANÃO IMPRESTÁVEL! LEEEEVEM-NO PARA AS MASMORRAS!

Encantando veio correndo, agarrou Zangado com a facilidade de quem carrega uma folha e foi-se embora.

– Que está esperando? – A Rainha berrou para Caçador, que nos encarava entre confuso e amedrontado – Erga meu trono, antes que arranque seu coração!

– Com licença, queridinha! – Rumple se pronunciou, o que salvou a pele do pobre Graham.

– Rumplestiltskin! – Regina exclamou em surpresa, finalmente notando nossa presença – O que traz seu traseiro enrugado até aqui? Vejo que trouxe amigos...

Regina estava realmente se portando como alguém da realeza, o que era engraçado. Estava acostumada à Regina caçadora, mas imaginava que ela se comportasse daquele jeito arrogante quando estava fazendo seu papel de prefeita. Rumple desapareceu e reapareceu ao lado da Rainha.

– Vim falar com você sobre a Branca de Neve. – disse ele, apoiando um braço ao encosto do trono, o que incomodou Regina profundamente. Ela torceu o nariz ao ouvir aquele nome.

– A traficante? Não há o que ser falado sobre aquelazinha. Ela teve o que mereceu, cometeu um crime.

– Ora, pelo amor de Deus! – Gancho, impaciente, trocava o peso de uma perna para a outra – Vamos parar com essa palhaçada?

– Que foi que disse, pirata? – Regina se ergueu minimamente na cadeira, encarando-o – Por acaso discorda de meus métodos? Que tal eu prendê-lo por pirataria? Seria uma pena deixar esse rostinho bonito apodrecer no esquecimento. Eu gostei da sua cara... do corpo inteiro, na verdade... (Fãs loucas vibram em apoio. Regina sorri maliciosamente).

– Isto não será necessário, minha Rainha! – respondeu ele, caminhando em direção ao trono e ajoelhando-se aos pés de Regina. Tomou sua mão direita e depositou um beijo – Serei seu servo fiel e... se me permitires... seu amante!

(Gritos escandalosos).

– Killian! – meu queixo caiu em surpresa. Será que Gabriel acabara de alterar as memórias de Gancho e agora ele acreditava ser apaixonado por Regina?

Naquele momento, Chapeuzinho Vermelho se sentiu traída. Seu amante a trocara pela Rainha Má, que o faria de gato e sapato. – narrou o Brincalhão.

– Oh, darling, convenhamos, você não tinha chance contra mim... – riu a Rainha Má, exultante. Não bastasse isso, puxou meu Killian para um beijo e precisei me segurar pra não dar na cara dela. Calma, Ruby, eles não sabem o que estão fazendo...

– Ai gente, que traição! – exclamou Pinóquia, tão pasma quanto eu – Tem vergonha na cara não, seu cafajeste? Onde já se viu, largar a dona da capa vermelha pra ficar com a dona da unha encravada...

– Quieta, boneca de madeira! – Regina ergueu as mãos e no segundo seguinte Pinóquia saiu rodopiando pelos ares. Foi aterrissar no meio de uma roseira seca e ficou se vangloriando por ser feita de madeira e nem ter se machucado. – Da próxima vez te jogo no fogo! Onde estávamos? Ah sim, Branca de Neve... Como eu ia dizendo, ela cometeu crimes, vai apodrecer nas masmorras, fim da história!

– Mas... – eu ia dizendo.

– Caçadoooor! Me leve para dentro, traste, não posso pegar friagem. Venha, Gancho, mandarei servirem sopa de Cogumelos Duvidosos a você.

– Sopa! – Pinóquia se desvencilhava dos galhos quebrados da roseira – Ai, dona Rainha, será que eu posso entrar pra tomar um pouquinho dessa sopa?

– Estão todos convidados! – berrou Regina, sendo levada em seu trono, que era carregado por Graham e Killian – Soooopa de graça! – gargalhou escandalosamente – Vamos comemorar a prisão de Branca de Neve.

Todos pareceram se animar em tomar a tal sopa. Fui deixada para trás. Até Killian se esquecera de quem realmente era. E Gabriel, aquele desgraçado, devia estar rindo da nossa cara.

– Já chega, Gabriel, nos tire daqui! – disse em voz alta, recusando-me a entrar no castelo da Rainha, no qual os outros desapareceram – Já se divertiu o bastante!

– A diversão nunca termina! – ele surgiu atrás de mim. Dessa vez comia um enorme pedaço de bolo de chocolate com glacê. – Tá servida?

– Não, obrigada, eu só quero retomar minha vida! – gritei, incapaz de conseguir me conter. Aquela brincadeira já passara dos limites. – O que quer de nós, afinal? Já fizemos o que queria, agora nos liberte.

– Ah querida... o show tem que terminar. Esse foi só o primeiro ato... – estalou os dedos.

***

Agora me encontrava num palco. À minha frente, um mar de poltronas. Às minhas costas, um cenário típico daquelas peças infantis encenadas na escola. Gancho, Rainha Má, Zangado, Pinóquia, Gepeto, Caçador, Grilo, Branca, Encantado e Rumplestiltskin entraram por um dos lados do palco. Tagarelavam feito maritacas e, por um momento, Regina pareceu ter se esquecido de Branca e seus cogumelos.

– O que estamos fazendo aqui? – alguém perguntou e um segundo depois Gabriel apareceu no palco. Usava um terno escuro com gravata borboleta de cor vermelha e, munido de um microfone, começou a falar para uma plateia imaginária.

(Som de gritos e assobios preenche o ar. Uma luz forte se acende no palco, destacando Gabriel).

– Boa noite, senhoras e senhores! Começa agora Once Upon A Time, oooo musicaaaaal! (A plateia vibra. Um enorme letreiro luminoso com o nome do programa aparece ao fundo do palco) E nesta linda noite, nossa banca de jurados irá escolher o ganhador do prêmio Personagem-Revelação-Da-Música. Quem levará o grande prêmio de uma tonelada de cogumelos em barra? Façam suas apostas! E agora, antes que nossos candidatos se apresentem, devo dar um aviso: quem não cantar leva torta na caraaaa! (Plateia faz barulho).

Era só o que me faltava...

– É óbvio que sou em quem vai ganhar este prêmio! – Regina tomou à frente do palco, apoiando-se num par de muletas rústicas. Começou a cantar, ou melhor, berrar – A NOITE DA ARÁÁÁÁÁBIA E O DIA TAMBÉÉÉÉM, É SEMPRE TÃO QUENTE QUE FAZ COM QUE A GENTE SE SINTA TÃO BEEEEEEM.

– Sai pra lá, menina, agora é minha vez! – Pinóquia, com um laço na cabeça e batom nos lábios secos e duros, empurrou Regina para o lado. A Rainha Má caiu do palco e a plateia gargalhou - Some day my prince will come (Algum dia meu príncipe virá)/Some day we'll meet again (Algum dia nos encontraremos de novo)/And away to his castle we'll gooooo (E embora para seu castelo iremos)/To be happy forever I knoooooow (Para ser feliz para sempre, eu sei)/Someday when spring is heeere (Algum dia, quando a primavera estiver aqui)/We'll find our love aneeew (Encontraremos nosso amor de novo)/And the birds will sing and weddingbells will riiing (E os pássaros cantarão e os sinos de casamento tocarão)/Someday when my dreams come true (Algum dia quando meus sonhos se tornarem realidade) – Pinóquia começou a chorar escandalosamente no meio da música, aí Branca tomou seu lugar.

Quem quiser realizar/Aquilo que sonhou/Basta o eco repetir/O que você falou/Um dia (Um dia)/Eu serei feliz/Sonhando (sonhando)/Assim (assim)/Aquele (aquele)/Com quem eu sonhei/Eu quero (eu quero)/Pra mim (pra mim).

Encantado tomou as mãos de Branca entre as suas e como um verdadeiro bobo apaixonado, cantou pra ela.

Ouça, eu lhe peço/O que eu quero dizer/Esta canção que eu canto/É só para você/O amor compôs o tema/E o poema vem de você/Sinto que algum dia/Esta canção que eu fiz/Venha fazer o nosso/Destino muito feliz!

– Sai pra lá, meu filho! Pensa que eu esqueci que você me prendeu e me levou até a Rainha? – ela deu um tabefe na cara do pobre, que chorou em frente à plateia.

Zangado cantou sua versão de “Eu vou pra casa eu vou”. O Grilo emocionou a todos com seu cricrilar. Gepeto, Caçador e Rumplestiltskin cantaram “Eu uso o necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais”. Fui obrigada a cantar “Pela estrada afora eu vou bem sozinha, levar estes doces para a vovozinha”, para não levar torta na cara. Já Killian fez uma apresentação extraordinária, que arrancou gritos e aplausos do público. Com seu vozeirão, cantou Hoist The Colours, de Piratas do Caribe.

The king and his men (O rei e seus homens)/Stole the queen from her bed (Roubaram a rainha de sua cama)/And bound her in her bones (E a amarraram em seus ossos)/The seas be ours (Os mares a nós pertencem)/And by the powers (E pela força)/Where we will we'll roam (Onde quisermos, caminharemos)/ Yo, ho, all hands (Yo ho, todas as mãos)/Hoist the Colours high (Icem as cores bem alto)/Heave ho, thieves and beggars,(Vamos lá, ladrões e mendigos)/Never shall we die (Nós jamais morreremos).

Gabriel anunciou que iriam agora escolher o grande ganhador da noite. A um canto, três jurados – que nada mais eram do que cópias de Gabriel – apareceram. O primeiro jurado era Gabriel em seu uniforme de zelador, o segundo era Gabriel de pijamas e o terceiro era Gabriel de boina, óculos e bigodinho francês. Depois de muita discussão, acabaram por decidir.

– E em terceiro lugaaaaar – anunciou o Gabriel apresentador – A Rainha Má com a música Noite da Arábia! (aplausos. Regina cruza os braços e faz cara de descontentamento). E em seeeegundo lugaaaar... Branca de Neve com a música Sonhando Assim! (Aplausos. Branca chora de emoção). E em priiiimeeeeiro lugaaaar... Capitão Gancho com a música Hoist The Colours! (Explosão de gritos, assobios e aplausos. Killian recebe uma tonelada de cogumelos em barra e sorri para o público imaginário).

Uma briga começou a se desenrolar no palco, porque ninguém concordava com a classificação imposta pelos jurados. Regina e Branca se atracaram, Pinóquia tentou roubar o prêmio de Killian, Gepeto entrou no meio pra separar a briga... Logo todos estavam atracados. Gabriel e suas cópias apenas gargalhavam junto com o público imaginário.

– Já chega! – bradei, sem saber exatamente pra qual dos Gabriels olhar – Acabe logo com isso, já conseguiu o que queria!

– Oh, como você é chata! – o Gabriel apresentador rolou os olhos – Por que é tão incapaz de se divertir? Apenas aproveite o show – e começou a mastigar pipoca doce.

– Pelo amor de Deus, eles vão se matar! Gabriel! Já jogamos seu jogo, agora nos liberte...

– Pra vocês me matarem depois? De jeito nenhum!

– Nós tínhamos um acordo!

– O acordo era vocês acordarem seus amigos da ilusão. Isso não aconteceu.

Pinóquia caiu do palco. Mary e Regina puxavam os cabelos uma da outra. Killian e Graham brigavam sem saber o motivo. O Grilo, muito esperto, voou para longe e ficou só observando. Os Gabriels mastigavam pipoca como se assistissem a um filme e faziam comentários uns com os outros.

Se ao menos eu tivesse uma estaca banhada no sangue de uma das vítimas do Brincalhão... Continuei a insistir pra que ele acabasse com aquela idiotice e, por fim, ele se cansou. Me chamou de chata e sem humor e bateu as mãos uma vez.

Acordei na cama do nosso quarto de hotel. A meu lado, Gancho respirava profundamente. Me perguntei se aquilo realmente acontecera ou se tudo não passara de um sonho.


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Notas finais do capítulo

NÃO LEIA SE NÃO QUISER SPOILERS!
1. Um parente do Killian, que não é o Liam, vai aparecer mais pra frente.
2. Uma das ex-namoradas do Killian aparece mais pra frente.
3. Descobrimos quem roubou os poderes da Cora (Lembrem que ela nasceu bruxa, perdeu os poderes, depois fez um pacto com o demo pra ter alguns poderes de volta).
4. Regina corre um grande perigo.
Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar. Beijos e até a próxima!



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