A escolhida escrita por Mia Chan


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Aee, mais um capítulo pra vocês !
Sabe, essa eu e a minha escravinha estamos gostando muito de fazer essa fic e estamos nos dedicando muito para atualizar ela o mais rápido possível. Na verdade, esta é a minha primeira fic em que eu demoro tão pouco para atualizar, que tal demonstrarem o quanto gostam dessa famfic deixando um comentário?



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Amanheceu, os raios de sol começaram a atingir o quarto onde Gabi e Lucas estavam dormindo.
Gabi, ao acordar e perceber a posição em que estavam, corou e o empurrou para fora da cama.

— O que você esta fazendo, sua louca? — Perguntou Lucas nervoso, passando a mão sobre a cabeça.

— V-você e eu... Por quê? — Perguntou Gabi ainda deitada na cama sem se lembrar o que aconteceu no dia anterior.

— Eu gosto de você, quando vai entender isso? — Quando percebeu o que falou, Lucas colocou a mão na boca e corou.

— C-como assim? — Perguntou Gabi chegando mais perto dele.

— Eu me apaixonei por você, por esse seu jeito, quando você me arrasta para me acordar... — Lucas disse com vergonha.

— V-você só pode ser um masoquista. É isso! É só uma brincadeira de mau gosto! Você não... — Ela tentava entender o porquê dele ter dito isso, mas para ela era algo impossível. Até que ela sentiu algo em seus lábios... Era Lucas a beijando.

***

Enquanto isso, Ana e Zoe estavam no corredor do primeiro andar a procura de Rafael.

— Onde será que ele está? Nós já olhamos na mansão inteira praticamente... — Falou Ana enquanto olhava para os lados.

— Não pode ser! Temos que... Pensar... Qual foi o último lugar em que o vimos? — Perguntou Zoe também olhando para os lados.

— Na piscina! — Exclamou Ana, já correndo até lá.

Zoe saiu correndo atrás dela. Elas chegaram à porta da piscina e se depararam com a madeira arranhada com o que pareciam ser marcas de garras. Então abriram a porta com pressa para saber o que tinha acontecido.

Da entrada, viram a piscina cheia de sangue e o corpo do Rafael boiando. Ele estava inchado, as pontas dos dedos dos pés e das mãos estavam roxas, tinham mordidas grandes por todo o corpo expondo a carne e os ossos, e logo ao lado da piscina se encontrava uma barra de ferro suja de sangue.

Ana, ao ver aquela cena, deu alguns passos para trás até ser parada pela parede. Ela caiu de joelhos no chão e começou a chorar horrorizada, enquanto Zoe soltava algumas lágrimas.

— O-o que aconteceu? — Perguntou Ana, ainda horrorizada com a cena.

Zoe não respondeu. Mesmo se quisesse, não conseguiria. Ana acabou dando um grito sem enquanto ainda estava em choque.

— Quem estragou meu sono de beleza? — Sophia apareceu com uma máscara hidratante verde, reclamando.

Ana olhou para Sophia chorando junto com Zoe.

— O que aconteceu? — Perguntou Sophia, carinhosa ao ver Zoe.

— O-o Rafael... — Disse Ana, tremendo.

Sophia entrou na frente delas e deu um grito também ao ver Rafael na piscina, desmaiando logo em seguida.

Depois de seu grito, os outros começaram a chegar.

— O que está acontecendo? — Perguntou Mari, bocejando.

— Afinal qual é o problema? — Reclamou Matheus que só depois se aproximou mais da cena.
Ao verem Sophia caída no chão e Ana chorando, nenhum deles pôde deixar de olhar o que tinha naquela piscina...

E as reações sempre eram as mesmas: espanto, choro, desespero.

— O que aconteceu? Como... Por que... Por quê? — perguntou Daniela, com as mãos na cabeça, enquanto chorava.

— Quem fez isso? — Perguntou Matheus. De todos ali, ele era o que conseguia manter a calma com mais facilidade.

— Alguém, por favor... Poderia levar a Sophia e a Ana para a enfermaria? — Perguntou Zoe com uma expressão séria no rosto. — Daqui a 5 minutos, todos vocês, sala de jantar.

— Mas... — Começou Amelia.

— Sem perguntas! Tudo será esclarecido. — Zoe saiu da sala, apressada.

— E então... Quem vai leva-las? — Perguntou Mari, enquanto olhava para os outros.

— Eu e Enzo vamos levar. — Falou Daniela, pegando Sophia no colo.

— Mas e tudo o que ela fez? — Perguntou Amelia.

— Não vou me rebaixar ao nível dela e deixar de ajudar.

Enzo tentou fazer Ana se mover, mas ela estava tremendo, suas mãos suavam e seu olhar estava vidrado no cadáver que estava na piscina. Assim que Enzo pegou Ana no colo e Daniele colocou Sophia em suas costas, os dois foram para a enfermaria, e os outros seguiram para sala de jantar.

***

Todos já estavam sentados nos seus respectivos lugares na grande mesa da sala de jantar. Ana e Sophia estavam desacordadas na enfermaria.

— Todos estão aqui? Podemos começar? — Perguntou Zoe, entrando na sala, com livro velho na mão.

— Começar o que? Estamos aqui parados enquanto o corpo do nosso amigo está lá boiando e nós... — Começou Lucas, que foi interrompido por Zoe.

— Ele não está mais lá, nem seu corpo nem seu sangue... Pelo menos é o que diz esse livro aqui. — Zoe abriu o livro. As páginas eram brancas como novas, haviam várias figuras de criaturas, uma mais aterrorizante que a outra. — Ele conta uma lenda, que se baseia em "Tudo que acontece de noite, deve ficar na escuridão, e tudo que aparece à noite não poderá encontrar a luz do dia."

— Eu... Eu não consigo entender... — Falou Gabi, que estava com suas roupas normais.

— Você deve saber muito sobre essa lenda não é mesmo? Anda, fale logo que você sabe! — Disse Matheus, irritado. Zoe respirou fundo e começou a falar.

— Quando me contrataram... Me contaram sobre uma lenda. A cada 700 anos, criaturas aparecem à noite para matar quem está na mansão. Eles não podem ser tocados pela luz do dia. Eles matam tudo o que tem cheiro de carne humana. Até que apenas uma pessoa sobre, e ele será o escolhido... M-mas... Já se passaram 800 anos desde a última vez que isso aconteceu! E esse é o tempo limite... Então eu... — Ela começou a chorar. — E-eu achei que fosse tudo mentira!

— Mas e porque nenhum desses caras tentou fugir? — Perguntou Lucas.

— Porque não existe saída. — Todos a olharam, assustados. — Alguém por acaso viu o portão enquanto estávamos no salão principal? — Assim que Zoe falou isso, todos saíram correndo até o primeiro andar.

Mas no lugar onde havia o portão apenas restava uma parede vazia.

— I-Isso é um farsa! É tudo um sonho! Quando eu acordar vou estar na minha cama confortável. — Amelia fechou os olhos com força.

— Sabe... — Começou Tom, com um sorriso forçado. — Parece até que entramos em um game de terror, adolescentes presos em uma casa...

— Mansão... — Corrigiu Mari.

— Tanto faz, adolescentes presos em uma mansão. — Tom deu ênfase na última palavra. — Com monstros por todas as partes prontos para devorar... Todos vocês! — Mari e Amelia gritaram, se abraçando. — O primeiro item que temos que achar é uma lanterna! — Ele saiu correndo.

— Nunca ouvi tanta idiotice... — Disse Matheus, procurando uma possível saída ao redor.

— Acho que esse é o jeito dele lidar com a situação. Ele tem um mundo para se abrigar além da realidade. — Falou Zoe, com uma voz calma.

— Como você consegue ficar assim? Vamos todos morrer e você está tranquila? Por quê? — Perguntou Enzo.

— Não importa. Vamos todos nos espalhar e procurar alguma saída, portas, janelas, dutos de ventilação... Ei! — Disse Daniela, então olhou para Matheus que estava subindo as escadas para o segundo andar. — Escute o plano!

— Por mim vocês podem fazer o que quiserem, mas eu tenho o meu próprio jeito de fazer as coisas, então não interfiram. — Nisso Matheus saiu, e todos olharam uns para os outros, procurando em vão uma resposta um porque, uma esperança.

Cada um foi para uma direção, procurando portas, janelas que pudessem ser abertas... Mas era como se eles estivessem em uma prisão, sem chances de ver o mundo exterior. Pelas janelas não se podia ver nada, apenas o brilho do sol...

E pouco tempo depois as estrelas e a lua...

Depois de algum tempo procurando, assim que anoiteceu todos correram até as portas dos quartos, mas antes de entrarem eles escutaram alguns avisos de Zoe.

— Não deixem as suas portar abertas, não saiam por nada! Apenas quando tiverem certeza que amanheceu. Temos que descansar para amanhã pensarmos em algo. — Assim que ela acabou de falar, os outros foram entrando em seus quartos.

— Espera! — Gritou Gabi, antes que fechassem as portas. — Não estão se esquecendo de Sophia e Ana, ou estão?

— Essa não! Elas vão ser devoradas vivas enquanto gritam por suas vidas! — Disse Mari com medo.

— Ou elas podem estar servindo de isca para quando chegarmos lá, todos sermos devorados! — Disse Amelia. — Eu é que não vou lá.

— Alguém quer ir? — Perguntou Daniele, mas nenhum ousava levantar a mão.

— Isso que é amizade. Ai, ai... O instinto de sobrevivência sempre fala mais alto — Falou Matheus, fechando a porta e a trancando, aos poucos cada um fez o mesmo.

— Fracotes — Disse Gabi, começando a andar.

— Ei, ei, você acha mesmo que eu vou deixar você ir? — Perguntou Lucas, segurando o braço de Gabi.

— Me obrigue! E seja mais um daqueles que não quiseram ajudar suas amigas! — Gritou Gabi, se soltando e começando a correr, com Lucas a seguindo.

Eles corriam o mais rápido que podiam sem olhar para trás. Podiam escutar barulhos de feras ao longe, e isso só aumentava o desespero.

Quando chegaram perto da porta, viram marcas de sangue pelo chão, alguns espelhos quebrados e a porta estava totalmente destruída.

E quando entraram...

— Não me diga que...

—... Chegamos tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Se lembram do que eu falei nas notas iniciais?
—---Campanha anti-fantasma: Por um mundo com autores mais felizes.----



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