A escolhida escrita por Mia Chan


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal! Ta aqui o segundo capítulo (Nãããããão, é o capítulo 2+472x514=doritos )
Enfim, espero que gostem =^.^=



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— E pensar que no noticiário dizia: “Nos próximos três dias, haverá sol o dia todo”.

— Ninguém acredita quando eu falo! O governo controla as redes de televisão para elas dizerem o que eles quiserem! É tudo uma farsa! E blábláblá... — Amelia foi, como sempre, ignorada por todos.

— S-será que um raio vai cair na minha cabeça quando eu sair do ônibus? — Perguntou Ana, se encolhendo por causa do frio.

— Olha aqui queridinha, pode cair o raio que for na sua cabeça, mas eu não molho o meu cabelo nessa chuva nem morta! — Sophia falou revirando os olhos.

— Nem se preocupe, baby. Eu te acolho em meus braços e nada vai te acontecer... Ai! Quem foi? — Um caderno foi arremessado, atingindo a cabeça de Rafael.

— Alunos, silêncio, por favor... Eu disse silêncio! — Ao ouvir a professora, todos os que estavam conversando dentro do ônibus ficaram quietos. — Muito bem alunos. — Ela voltou ao seu tom de voz normal. — Vocês vão ter uma experiência única! Quantas pessoas tiveram a oportunidade de passar uma semana em uma mansão centenária? Esse lugar tem uma grande importância histórica!

— A quantidade de teias de aranha também deve ser histórica — Comentou Mari

Os alunos começaram a rir.

— Mari e suas piadas... Comece com as suas gracinhas e você volta agora para o colégio! — Falou a professora irritada.

— Sério que só precisamos fazer isso para voltar? É mais fácil do que eu achei que seria — Falou Matheus, no fundo do ônibus.

— Contanto que lá tenha Wi-Fi, para mim, tanto faz — Disse Tom, não tirando os olhos do seu vídeo game.

— Contanto que eu possa ficar com a minha fofuchinha, por mim tudo bem — Disse Enzo abraçado a Daniele, que o beijou logo em seguida.

— Eu vou mofar... Mofar! Aqui dentro é tão chato, quero sair! — Gabi cruzou os braços e inchou as bochechas, irritada.

— Bem, parece que a chuva só vai piorar... — A professora falou enquanto olhava pelo vidro da janela. — Alguém trouxe um guarda chuva ou uma capa? — Todos negaram com a cabeça. — Como ninguém aqui é feito de açúcar, vamos sair daqui agora! — Mesmo com as reclamações vindas por parte dos alunos, todos pegaram as suas malas e saíram do ônibus.

— Ei, você ainda está dormindo? — Gabi checou mais uma vez, observando Lucas que dormia como uma pedra no assento do ônibus. — Eu não mereço... — Ela se aproximou do seu ouvido com cuidado. —Acorda desgraça!

Lucas continuou dormindo, mas dessa vez se aconchegando mais no assento.

— Porque tinha que sobrar pra mim? Você me paga... — Gabi puxou o braço dele com força, o derrubando do assento, logo depois ela começou a arrasta-lo até a porta do ônibus, onde o deixou cair na poça de água junto a sua mala.

— Cadê o Lucas? — Perguntou a professora para Gabi, que foi correndo com sua mala até o portão da mansão para se encontrar com os outros.

— A bela adormecida? Ele só vai demorar um pouquinho, mas já deve chegar. — Gabi riu, olhando para Lucas ainda dormindo no chão.

Depois de alguns minutos esperando, o portão da grande mansão se abriu, mas não tinha ninguém do lado de dentro.

— Entrem e fechem o portão rápido, não quero que peguem mais chuva. — Eles obedeceram e entraram.

— M-me esperem! — Lucas entrou logo depois, todo encharcado e com sua mala molhada. — Como eu fui parar ali?

— Quem sabe? — falou Gabi, assoviando.

Após a professora fechar o portão da mansão, uma garota de cabelos curtos e prateados, com um dos olhos em cor azul e o outro verde, vestindo um vestido de empregada veio até eles trazendo toalhas.

— Me desculpem por ter demorado tanto para abrir... Estava preparando algumas coisas para vocês. — Ela entregou as toalhas para todos, que se enxugaram.

— Olha o meu cabelo! Minha escovinha linda... Arruinada... — Choramingou Sophia, enrolando a toalha em seus cabelos.

— Mais uma vez, me desculpem. Bem... Deixe-me apresentar, meu nome é Zoe, durante a ausência do proprietário, estou zelando por essa mansão. — Zoe sorriu, mas desfez o sorriso assim que olhou para a professora. — Poderiam me seguir, por favor? Irei lhes mostrar os seus aposentos. — Ela se virou e começou a caminhar, com todos a segundo.

Eles passaram por corredores com as paredes pintadas de branco e belos detalhes de flores douradas, com espelhos de cristal por todos os lados. O chão era forrado por um longo tapete vermelho. Os grandes lustres com pedras em tom prata deixavam cada cômodo mais bonito.

— "A quantidade de teias de aranha também deve ser histórica." Não é, Mari? — Comentou alguém.

Todos riram, menos Zoe que não estava prestando atenção na conversa.

Após subirem alguns andares, eles chegaram a um corredor onde tinham 12 portas, 6 de cada lado.

— Cada um terá o seu próprio quarto, os nomes nas placas das portas são dos donos de cada quarto. As chaves estão no criado mudo ao lado de cada cama. Sintam-se em casa. Assim que se acomodarem, venham para a sala de jantar. Tem uma refeição esperando por vocês. — Depois de falar, Zoe se retirou e todos foram para os seus quartos, arrumando suas coisas e explorando o que podiam.

— A-Amelia, os nossos quartos não são incríveis? Nossa! O seu é igual ao meu! — Falou Ana, entrando no quarto de Amelia.

O chão era de uma madeira clara com as paredes douradas, os móveis eram brancos, tinha um criado mudo com um abajur ao lado da cama, um guarda roupa e um centro de vidro no meu do quarto.

— Aposto que eles estão tramando alguma coisa. Vão nos escravizar e nos fazer usar uniformes de empregadas fofos. — Falou Amelia, olhando o quarto.

— Acho que não... Bem, vamos! Já estão todos descendo para a sala de jantar.

As duas desceram e começaram a andar pelos corredores.

***

— Então, como é mesmo que vamos chegar à sala de jantar? — Perguntou Amelia, cansada de tanto andar.

A barriga das duas começou a roncar, e logo depois um cheiro de comida invadiu o corredor. As duas então seguiram o cheiro, chegando a uma grande sala de jantar, com uma grande mesa e com várias comidas sobre a mesma. Todos já estavam comendo. Lucas como sempre estava dormindo na cadeira, Mari contando piadas, Sophia se olhando no reflexo no espelho, Rafael paquerando a Gabi, que jogou comida nele, os outros apenas comiam.

— Como assim? — Gritou Tom, mexendo no seu celular. — Aqui não tem sinal de internet, nem dá para ligar para ninguém! Minha vida acabou. Eu vou apodrecer aos poucos até morrer...

— Não se preocupe com isso senhor. Deve ser apenas temporário. — Zoe tentou o acalmar, enquanto isso Tom batia a cabeça na mesa e chorava.

Assim que todos acabaram de comer, aos poucos eles subiram para os seus quartos.

Mas quando anoiteceu apenas a professora estava na sala de jantar.

Ela gostava muito de apreciar os detalhes de cada cômodo; aquilo a encantava, era como estar em um sonho...

— Mas o que... — Todas as luzes se apagaram, mas ela não se importou com isso, apenas com o objeto que estava em um canto escuro daquele cômodo.

Se agachando, pegou um ursinho que tinha uma faca suja de sangue perfurando a sua barriga.

— Como eu não tinha visto isso antes...

— Idiota... — Uma voz se fez presente. Ao se virar, a professora viu uma menininha de pele branca, e de longos cabelos castanhos, em seus braços haviam alguns curativos e em suas pernas cicatrizes que se assemelhavam a marcas de garras. — Vá embora. Você não pode ficar parada aqui.

— Como assim? Quem é você? — A professora não entendia a situação.

— À noite, as feras perseguem quem tem cheiro de carne humana, e isso inclui você e eu.

— Você deve ser a filha do proprietário não é? V-você sabia que fazer essas brincadeiras com as visitas é feio? — A professora tentava manter a calma.

— Eu sinto muito. Não posso te salvar, apenas... Corra, e não olhe para trás! — A menininha saiu daquele cômodo, apenas quando os seus passos não podiam ser mais ouvidos foi que a professora começou a pensar em suas palavras, e começou a temer que elas fossem mesmo verdadeiras.

Então ela andou apressada para o seu quarto sem olhar para trás. Suas mãos tremiam e já estava suando frio, tudo o que ela mais precisava era a sensação de estar protegida em seu quarto.

Mas a porta estava trancada, e sua chave não estava consigo.

— O-onde ela está? — Ela procurou em todos os bolsos, sem sucesso.

Ela escutou um barulho vindo de trás de si e sentiu sua blusa molhar com algo semelhante à saliva. Então ela virou lentamente para trás, e aquele barulho ficou mais alto...

E logo foi seguido de um grito, que não pôde ser escutado por ninguém.


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem, queremos saber o opinião de vocês :D



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