POV Autora

Os dois ficaram abraçados por mais uns minutos, Gajeel não queria solta-la tão cedo agora que finalmente a tinha, mas não havia mal, ninguém os veria mesmo ou era oque ele pensavam. Ele só não desconfiava que dentro da loja, havia alguém que podia vê-los.

– finalmente...- disse uma garota albina de cabelos compridos.- Demorou um pouco, mas agora eles finalmente vão poder ficar juntos.

Se aproximaram dela um homem grande também de cabelos brancos e uma menina mais nova albina de cabelos curtos. O homem paresia compartilhar a felicidade da albina, mas a mais nova não paresia feliz.

– Não tenho certeza disso Miranee-chan...- disse a pequena.-... eu acho que não devíamos ter deixado eles se reencontrarem, e se a historia se repetir?

– Falhar duas vezes não é coisa de Homem!- exclamou o rapaz. – Eles merecem uma segunda chance.

A mais velha assentiu, concordando com o irmão, porem a menor ainda não estava convencida.

– Mesmo depois da tragédia que aconteceu da primeira vez Elfman? – ela paresia triste ao recordar do acontecimento. - E mesmo assim agora é pior do que antes, eles são diferentes demais, isso é perigoso!

A mais velha pensou um pouco, mas depois retomou o sorriso.

– O conselho dos anjos nunca nega o amor, amor não é pecado! E se negasem já teriam ido atrás daquela demônia da fonte.

– Claro, mas...- a menor não queria ceder, não queria ver tudo de novo. - ... os demônios é que são o problema, Levy foi marcada, eles agora vão vir atrás dela!

O menino pôs a mão no ombro da irmã mais nova.

– Um homem protege sua mulher! – disse confiante. – Confie nele!

– Além disso Lisanna! – disse a Mira se virando para ir embora. – Nós somos cupidos, temos que ter fé no amor, mesmo que todos os outros a percam!

Depois que os dois cupidos mais velhos foram embora, Lisanna ainda ficou olhando a cena com tristeza.

– Me perdoem... – disse encarando o chão. -...mas eu não posso deixar isso se repetir...

–x-

Os dois voltavam para “casa” lado a lado, Gajeel não estava acostumado com a proximidade da anja, mas não a repeliria de qualquer forma, logo que começaram a andar Levy se apoiou abraçando braço do demônio para poder acompanha-lo melhor.

Era muito estranho pra ele ver a facilidade que aquele minúsculo ser tinha de estar perto dele. A anja prometera que nunca mais sairia do seu lado, mas ele não tinha muita certeza, mas agora pela primeira vez em muito tempo ele pode sentir que alguém era importante para ele.

Gajeel até mesmo começou a se perguntar se durante seu tempo vivo chegou a conhecer alguém como Levy, se fosse esse o caso já se considerava um idiota por ter deixado essa pessoa ir embora, então ele já sabia, nunca mais faria nada que fizesse a anja se afastar dele, nunca mais.

–Gajeel eu me esqueci de perguntar uma coisa...- a voz de anja o quebrou seu pensamento.- Você sabia que eu tinha uma marca estranha nas costas?

– A marca do pacto. – disse com naturalidade. – Sabia sim.

A anja parou de andar.

– E não me disse nada?- ela ficou emburrada. – Eu tenho usado só esse meu vestido que deixa as costas amostra, porque não me avisou? A Lucy disse que é perigoso!

Ele pensou um pouco, não sabia bem o porque não tinha falado nada. Ele simplesmente gostava de deixar bem claro que ela tinha dono, mas achou melhor não dizer isso a ela porque senão ela cobriria a marca... mas também não podia dar essa explicação pra ela “Quem manda ser possessivo idiota!” a voz de Lily ecoava na sua cabeça, “Esse gato me persegue até no pensamento?”

– To esperando uma resposta Gajeel... – de novo Levy o puxava pra fora de seus devaneios, mas e agora? Ele não tinha uma boa desculpa.

–Eu só... há... – “Droga, oque eu falo?” -...Achei que você ficava bem com ela... – “Serio? Essa foi sua melhor desculpa?” bom, não era de fato uma mentira, ele gostava de vê-la carregar sua marca, era uma coisa dele.- É coisa de demônio, você não ai entender...

Levy suspirou, por um minuto Gajeel acho que não tinha conseguido, até que a anja tirou a camisa polo, ficando apenas com seu vestido com decote nas costas.

– Melhorou? – disse sorrindo, tinha pego ele de surpresa, a anja se virou de costas enquanto dobrava a camiseta amarela, tinha de devolve-la em bom estado, dando uma boa visam da marca que ele tinha feito em suas costas, uma marca branca por dentro que representava a asa que ele tirou, mas que em volta era avermelhado como os olhos de Gajeel, Levy nunca tinha visto sua marca, mas ele sim, via sempre, mas nunca esperou que ela a aceitasse. Era possível?

Aquela anja estava disposta a expor seu pecado apenas para agrada-lo? Por quê? Ele não tinha a resposta, mas talvez se tivesse prestado mais atenção na explicação de Juvia ele soubesse, soubesse o que era aquele sentimento...

Agora era a vez dele de pega-la desprevenida, Gajeel se aproximou por traz dela, a abraçou e beijou a marca em suas costas.

– Não tem que fazer isso. – disse ainda sem solta-la.- Sua amiga esta certa, é perigoso.

– Confio em você.- disse simplesmente, abrindo um sorriso logo depois.- Além do mais você disse que fico bem com ela!

Ele nunca tinha se sentido especial na vida, até aquele momento, alguém queria mostrar que se importava com ele, coisa que ele nunca achou que fosse possível, desde que suas coisas foram parar o galpão. Estava feliz, novamente ele a pegou e jogou nos ombros.

– Ei, que isso??? – reclamou a anja.

– Calada baixinha, que eu sei que você odeia andar.

Levy também tinha as coisas que gostava nele, mas não teve como manter uma conversa com Gajeel até o galpão, era um pouco desconfortável para ambos esse novo sentimento, então eles só ficaram calados, ambos aproveitando a companhia um do outro.

–x-

POV Lily

“Droga Gajeel, cadê você?” eu tinha uma coisa muito importante pra entregar pra ele, muito mesmo. De manhã quando sai para entregar a carta para a mãe da Srta. Mc, nunca imaginei o que aconteceria lá “Como pode dar tão errado?”

–Flash Back Time-

Sai do galpão as presas, o lugar onde a carta seria entregue era muito longe e eu queria ir rápido pra poder voltar rápido, não tinha tanta confiança de que Gajeel cuidaria bem da anja, o cabeça de bagre era capaz de aprontar cada uma...

Depois de algumas horas de voo encontrei um casa, uma casinha afastada e bem modesta, mas parecia bem cuidada, lembrava vagamente uma casa de boneca, o problema é que não tinha caixa de correio “onde eu vou enfiar a carta?” achei melhor passar a carta por debaixo da porta, não tinha o risco de ser pego afinal ser invisível para os humanos tinha suas vantagens, mas a desvantagem era que quem olhasse ia ver uma carta se auto entregando.

Me aproximei com cuidado e pousei na frente da porta, encima de um tapete de boas vindas, mas quando ia passar a carta alguém me parou.

– Não faça isso! - Quando olhei para ver quem era dei de cara com uma garota, ele usava um vestido azul claro e tinha um cabelo platinado curto, parecia muito preocupada. – Você não pode entregar essa carta!

– Como? Porque não? – isso foi a primeira coisa que veio a minha mente, mas havia algo mais importante, a aura dela me preocupava, não era nem clara como a de uma anjo, nem escura como a de uma demônio e muito menos colorida como a de um humano. – Quem é você? Ou melhor, oque é você?

Ele pareceu meio sem graça, porém mais aliviada.

– Sou um cupido, me chamo Lisanna. – disse com um reverencia.

– Tudo bem Lisanna, e porque não posso estregar essa carta? – não fazia sentido, oque um cupido fazia aqui? Eles cuidavam dos sentimentos, o que teriam haver com essa carta?

– Porque já é muito tarde, essa menina já morreu a muito tempo, a mãe não vai gostar de ler essa carta. – tudo bem agora me chocou!

– Srta. Mc esta morta? – “Como? Droga, Levy vai ficar muito chateada...” suspirei, se o cupido estava dizendo então devia ser verdade. – Tudo bem, eu entendo e já estou indo.

Quando eu estava prestes a sair voando, a doida daquela cupido me agarrou.

– Espera me leva junto! – eu até tentei me soltar, mas ela estava me abraçando com força.

– Qual é a tua? Me solta!!!

– Não, eu preciso falar com o Gajeel, é importante, por favor!!!- não estava nem ai, levar pessoas pra lá a força já era bem ruim, mas a partir do momento que elas se oferendem pra ir era porque a coisa estava muito feia! – É sobre a Levy, por favor!!!

–Fim do Flash Back-

Agora tinha uma cupido estupida na nossa casa e eu nem sabia direito o motivo, ele ia me trucidar por isso, mas de certo a culpa era dele "Idiota!".

–x-

POV Gajeel

Quando estava chegando em casa alguma coisa aconteceu, quando eu estava abrindo a porta do galpão ainda levando a baixinha nos ombros, uma imensa energia nos atingiu. Eu apenas fui jogado para traz, mas a anjinha pareceu perder todos os sentidos “ Oque esta acontecendo?”

– Gajeel, quanto tempo? – olhei pra cima, uma pressão esmagadora estava sobre o meu corpo me impedindo de levantar. – Agora nós vamos conversar!

Quem dizia isso era uma garota albina que eu nunca tinha visto na vida, mas ou ver Lily desmaiado no colo dela eu já tinha certeza de uma coisa, eu a odiava!