Pertenço a ti escrita por MaluPierce


Capítulo 4
Capítulo 4 — A história


Notas iniciais do capítulo

Eu quero começar agradecendo a linda Gwen Stacy pela recomendação!!
Será que preciso dizer o quanto fiquei feliz???? Hahahaha ♥
E agradecer as demais pelos comentários na maioria dos capítulos: Natasha Castro, MaraSalvatore, Lalis, e Giovanna Somerhalder.
Desculpa se alguma de vocês ficaram sem o spoiler, é que o Nyah me deixou extremamente irritada >
Boa leitura! ♥



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Escrito nessas paredes estão as histórias

Que eu não consigo explicar

Deixo o meu coração aberto

Mas ele fica bem aqui, vazio por dias

"Story of My Life - One Direction (Alex Goot Cover)

 

Quando as crianças abandonadas completavam uma certa idade, elas tinham que sair do Convento para ter uma nova vida fora daquele lugar. Elena era grata por tudo que as freiras haviam feito por ela, a acolheram, alimentaram-a e deram uma boa educação. Ela jamais iria se esquecer disso. Mas, infelizmente, para ela a estadia naquele lugar havia acabado, pois já completara a idade dada.

Claro que o Convento não iria simplesmente jogá-la na rua sem dinheiro ou sem algum lugar para ficar. Por isso, as pessoas que já completavam a idade para sair do Orfanato, iriam para uma pequena Casa de Assistência até conseguirem um emprego e uma casa para morar.

Elena agradeceu as freiras, despediu-se das crianças, e arrumou a sua mala para partir. Após sair do Convento com a sua pequena mala, esbarrou-se com um certo homem de olhos azuis.

***

— Oi — disse Elena esboçando um sorriso para Damon.

— Oi... — respondeu Damon, colocando a mão esquerda sobre o portão já fechado, apoiando-se e sorrindo para a garota dos olhos cor de chocolate.

— Eu te vi no desfile da Dona Isobel...

— Ah sim, eu também te vi lá... — Damon olhou para a mala de Elena — Vai para algum lugar? Se quiser podemos te levar...

— Não — respondeu Elena rapidamente, séria, logo deu um sorriso novamente — Eu mal te conheço... E não pego carona com estranhos...

Damon riu, respondendo-a em seguida:

— Ah claro... — ele assentiu com a cabeça, mudando de assunto, disse: — O motivo pelo qual eu vim aqui... É que você me chamou muito a atenção no desfile... E não sei... — sorriu, retornando a falar logo depois: — Queria te conhecer melhor... Isso se me permitir.

Elena corou em questão de segundos.

— Me desculpe... Mas não vou entrar no seu carro — ela mudou de assunto — Aliás, o lugar que eu vou é aqui pertinho... Prefiro ir andando.

Elena levou a mão até a mala para pegá-la, e Damon também, então houve um toque de mãos entre ambos.

— Então vamos andando juntos — eles levantaram a mala juntos — Te acompanho.

— Me permite? - Elena perguntou olhando para a mala.

—Me permite? — Damon deu ênfase na frase, e Elena soltou a mala para ele levá-la.

— Obrigada...

E Damon sinalizou para Klaus avançar com o carro, para ir atrás deles, e o amigo bateu no volante murmurando algo e ligando o motor do carro em seguida.

***

No ateliê de modas...

Jenna e Isobel andavam pelo ateliê de modas conversando sobre algo relacionado aos tecidos, quando viram Pipino Pichoni, o estilista entrando na sala de provas onde várias modelos provavam roupas:

— Meu deus do céu! Que coisa mais feia! Per favore, tira a mão desse desenho já! - ele deu seu berrinho para uma mulher que estava mexendo em um dos seus vestidos prediletos — Não, não, não pode ser assim! Parece uma corcunda! — a mulher riu e largou o vestido — Gracie! — agradeceu.

— Oi meu amor — disse Jenna cumprimentando o amigo — Me disseram que você teve uma intoxicação... Como foi?

— Nem me fale disso! Eu fiquei super mal... — ele fez um gesto com a mão abanando o rosto, como se fosse desmaiar, logo sentando-se na cadeira — Com os olhos inchados... A boca torcida... O nariz parecia de um palhaço!

— Oh! - Jenna fingiu espanto.

— Foi horrível! Parecia um dos modelos que o Luciano Ferrete apresentou... Foi horroroso!

— Sim! Horrível! - disseram Isobel e Jenna em uníssono, rindo.

***

Enquanto caminhavam para a Casa de Assistência eles conversavam, apesar de Elena estar bem tímida no começo com o belo homem. Ela sentia que Damon lhe transparecia segurança, confiança...

Apesar de terem se visto apenas duas vezes.

Quando chegaram no local indicado, Damon perguntou:

— Nós conversamos mas ainda não sei o seu nome... Qual é?

— Ah - Elena sorriu — Elena... Elena Helpless... Me deram esse nome porque me acharam perdida em uma rua... E o seu?

— Klaus — Damon mentiu, sorrindo. Por que diria seu nome à ela se a mesma só seria uma diversão? — E aquele — ele apontou para o "verdadeiro" Klaus — É Damon... E nós trabalhamos para a Isobel...

— Ah... — Elena desmanchou seu sorriso ao lembrar do incidente no desfile — Enfim... Eu preciso ir...

— Olha o doce! — um garoto que aparentava ter apenas 13 anos gritava para anunciar a sua venda de doces.

Damon o chamou pedindo um com formato de coração, pagou o menino e em seguida estendeu o doce de coração para Elena:

— É pra você.

— Oh - Elena exclamou, surpresa: — Muito obrigada... — pegou o doce e olhou-o, logo retornou a olhar para Damon quando ele começou a falar:

— Olha... Eu vou precisar viajar por uns dias para buscar alguns tecidos em Nova Iorque... E quando eu voltar, podemos nos encontrar novamente?

Elena sorriu e assentiu com a cabeça. Damon deu seu sorriso de canto, aproximando-se da garota e dando um beijo no rosto dela.

Logo entrando no carro e indo embora para o aeroporto. Ela esperou até o carro sumir de vista, sorriu, e entrou na Casa de Assistência.

***

Isobel estava indo para a Igreja neste momento, como fazia na maioria das vezes depois de sair do trabalho. Estacionou o carro em uma vaga, saiu do carro, trancou-o e caminhou para dentro do local. Sempre estava vazio nos dias que iria, por esse motivo escolhia aquele horário para rezar um pouco.

Ela sentou-se em um dos bancos e logo juntou as mãos para começar a orar, rapidamente caíram lágrimas do olho da mulher que praticamente sussurrava para si mesma:

— Eu sei... — a boca dela praticamente só se mexia, quase não saia som — Que sou culpada... Que fui castigada por amá-lo algum dia... Mas precisava fazer isso tirando-a de mim?

Vinte anos atrás...

Isobel não teve coragem de deixar o seu bem mais precioso na casa de Miranda, quando atravessou a rua e olhou para trás, havia percebido o quão seria errado seria se fizesse aquilo... Então correu para buscar a sua filha. E ela jurou para si mesma que jamais pensaria em fazer aquilo novamente.

Ao passar dos anos Isobel teve que trabalhar muito para sustentar a sua filha. Se juntou com uma mulher que tinha uma costuraria pequena, mas ali dava para ganhar um bom dinheiro para conseguir viver.

A filha de Isobel já tinha 3 anos quando se perdeu na rua. Elas voltavam do trabalho de Isobel, a garotinha sempre carregava consigo a boneca de pano que sua mãe dera a ela algum dia... Enquanto estavam caminhando, ela estendeu os pequenos bracinhos para a mãe, que logo a pegou, aninhando-a em seu colo.

Mas Isobel sabia que a filha não iria ficar muito tempo em seu colo, ela era impaciente. E logo pediu para descer do colo dela. Quando a garotinha foi para o chão, avistou uma bola no meio da rua e correu para ir buscá-la.

Isobel não havia percebido o quão rápida tinha sido sua filha, e só avistou o carro indo em sua direção. Em um ato, Isobel foi atrás da garotinha e a empurrou para a calçada. Sendo ela a atropelada.

Em questão de segundos algumas pessoas fizeram um círculo ao redor da mulher — excluindo a pequena garotinha —, algumas ligando para os paramédicos e outras tentando acordar a mulher.

Elena estava assustada e correu para longe, afastando-se do acidente, segurando a sua bonequinha em mãos.

No hospital naquele mesmo dia...

— Isobel? — Jenna perguntou ao ver a amiga acordando — Oh céus... Você está bem?

— Estou... — Isobel, com certa dificuldade sentou-se na cama, logo olhando ao redor — Onde está a minha filha? — perguntou em um tom baixo. Jenna abaixou os olhos, como iria dizer aquilo para Isobel? — Onde está a minha filha? - Isobel perguntou em um tom mais firme: — Jenna! Onde ela está? Me responda!

— Ela se perdeu... - Isobel ficou encarando a amiga por um tempo antes de começarem a escorrer lágrimas dos olhos dela.

— Não, não! - Isobel gritava — Eu quero a minha filha, Jenna! — Isobel começou a arrancar os fios que estavam em seus braços, e Jenna gritou por ajuda — Eu a quero aqui! Jenna!

***

Agora

Isobel limpou as lágrimas de seu rosto e terminou de rezar, quando levantou-se escutou uma voz atrás de si:

— Isobel? - perguntou a voz masculina.

Ela virou-se em seguida, olhando com a face espantada após ver quem era:

— Grayson.


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Notas finais do capítulo

Desculpa pelas pessoas que não receberam os spoilers ):
Enfim, se recomendarem receberão um pedaço da história por mp :O
Isso não é bom?
E se comentarem receberão agradecimentos das notas do outro capítulo e saberão quando irei postá-lo.
Ah, sobre o capítulo de hoje:
O Pipino (sim gente, é esse o nome dele hahaha) ele é gay, pra ter melhor contato visual:
Pipino: http://imgur.com/8T27jr0
Isobel: http://imgur.com/AVSZk5q
Bernarda: http://imgur.com/FWuZSqX
Grayson: http://imgur.com/1ugb80B
Jenna: http://imgur.com/k1s2IaB
Então é isso meus queridos ♥
Até a próxima!!