Pertenço a ti escrita por MaluPierce


Capítulo 1
Capítulo 1 — Os encontros


Notas iniciais do capítulo

Eu quero agradecer muito a Carla (@pridesbieber) que fez a capa da fanfic pra mim ♥ Eu realmente espero que gostem da adaptação, mesmo! Comentem, favoritem, por mim e pra história continuar! Beijos, boa leitura ♥



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So open your eyes and see
The way our horizons meet
And all of the lights will lead
Into the night with me


Ed Sheeran - The Fault In Our Stars

Todos os anos Isobel Salvatore fazia um evento beneficente para ajudar ao orfanato da cidade de Nova Orleans. De fato a cidade havia crescido bastante desde os últimos anos, tanto que, até crianças eram abandonadas por seus pais. Como ela tinha feito um dia com a sua filha.

Por isso, para se sentir "menos culpada" ela fazia esse evento. Já que conseguiu, sozinha, seu próprio ateliê de modas. Se sentia orgulhosa de si mesma por ter lutado por esse sonho de menina. Por ter lutado e conseguido. Por este motivo, dedicava praticamente à sua vida ao trabalho.

É casada com Giuseppe Salvatore, que com ele, teve uma filha, Davina Salvatore, e o ajudou a criar o seu filho, que fora abandonado pela mãe, Damon Salvatore. Mesmo Isobel dedicando à sua vida ao ateliê de moda, ela amava Giuseppe, nunca tivera problemas com a relação dos dois, mas isso havia mudado desde os dois últimos anos, devido ao fato que, depois de vinte anos, ela nunca pensara tanto na filha que teve que abandonar para viver.

Que vida poderia ter dado à pequena menina sendo uma mãe solteira? Uma mãe solteira que não tinha casa, dinheiro?

Por esse motivo teve que tomar a decisão mais difícil de sua vida, abandoná-la.

Isobel se lembra até hoje do dia que teve que fazer esse sacríficio, era um dia chuvoso, relâmpagos caiam do céu, como se aquilo fosse um aviso para não fazê-lo. Dentro de uma cesta, havia uma bebê recém nascida, olhos cor de chocolate que herdera dela, bochechas redondinhas... Era, definitivamente um anjo.

" — Sabe, acho que o que faltava pra mim, era um filho — Dizia Miranda para Isobel. — Tenho dinheiro, casa... E não posso ter filhos... Que irônia, não? — Miranda riu sem humor e em seguida abaixou a cabeça, enquanto brincava com os dedos e desabafava para a empregada."

Foi por isso que decidiu deixar à sua filha na casa de Miranda. Ela estava certa de que ela iria amá-la, cuidar dela, dar casa e comida até que um dia fosse buscá-la. Colocou a cesta na frente da casa, e limpou as lágrimas que caiam do rosto dela.

— Eu espero que me entenda algum dia, meu anjo... — Isobel murmurou para o bebê que ameaçava chorar. Isobel colocou uma boneca do lado da filha, que ela própria fizera. — Eu irei te buscar, está bem? — Mais uma vez ela limpou as lágrimas do rosto. — Só me dê tempo para organizar a minha vida. Eu vou voltar para você, eu prometo.

***

— Promete que não irá ficar nervosa quanto eu te apresentar à Isobel Salvatore, Elena Helpless? — Perguntou a Irmã Clementina.

"Helpless" significava desamparada, perdida. Esse "nome" foi dado à Elena pelo fato de que acharam a garota, com apenas três anos, perdida na rua. E a levaram para o orfanato do Convento.

Elena assentiu com a cabeça para Irmã Clementina, e deu um sorriso sem mostrar os dentes.

Foi quando ela viu Isobel entrando pela porta da frente, junto de Jenna. As duas pararam em frente ao palco que estava pronto para o desfile, e começaram a conversar sobre assuntos paralelos. Elena aproximou-se das duas, falando atrapalhamente:

— Dona Isobel... — Isobel virou-se para Elena, olhando-a. — É um prazer imenso te conhecer, eu... Sou uma grande admiradora sua. E... Eu... Posso te dar um abraço? — Isobel se viu sem reação, e Elena a abraçou.

Isobel ficou boquiaberta, e o abraço de Elena, foi como se... Foi como se visse à antiga ela em sua frente. Sentiu-se confortada com o abraço da garota, e a retribuiu. Ficaram um tempo abraçadas, uns trinta segundos, até a Irmã Clementina interromper:

— Oh, Elena Helpless — disse a Irmã, e Elena afastou-se de Isobel. — Não atrapalhe a Dona Isobel, ela deve estar muito ocupada...

— Helpless? — Perguntou Isobel, ainda com os olhos sobre Elena.

— Sim... — Respondeu a outra Irmã, que deu um riso sem humor.

— É uma longa história... Outra hora contaremos.

— Ah sim, outra hora — Concordou Isobel. — Já que estou muito ocupada com os últimos ajustes do desfile... Conversaremos depois — Disse ela, antes de se virar e começar a andar.

— Dona Isobel, não se esqueça de mim — Elena disse, indo atrás dela. Isobel se virou para Elena, e ela pegou à sua mão, segurando-a — Meu maior sonho... É ser uma modelo. Isobel virou-se para a amiga, e logo para Elena novamente, retribuindo seu aperto de mão.

— Eu prometo que depois nós falaremos sobre isso, está bem? — As duas sorriram uma para outra, e logo soltaram as mãos. E Isobel, junto da amiga, foram para o elevador.

***

Se passavam das duas horas da tarde, e Damon havia se esquecido que tinha que estar em uma reunião de manhã. Xingou-se mentalmente por ter se esquecido, e que iria levar um sermão de Isobel mais tarde. Damon entrou na sua sala, que também era de Niklaus Mikaelson, o seu melhor amigo, e naquele momento desejou uma sala só para ele:

— Ora, ora, mais um dia Damon Salvatore se esquece da reunião do mês — Niklaus disse, rindo.

— Qual a desculpa dessa vez? A mesma do mês passado? — Damon sentou na sua cadeira, olhando para Klaus que ria.

— Dormiu com uma mulher e se atrasou?

Damon riu:

— Exatamente... E sabe o que mais? Não me arrependo, é muito melhor estar na cama com uma mulher do que ir à essas reuniões.

— Concordo meu querido amigo — disse Niklaus, e os dois riram. — Quando você vai largar essa vida de garanhão, mhm?

Damon jogou a cabeça para trás.

— Quando aparecer a mulher certa — Damon respondeu — E dessa vez irei garantir que seja a mulher certa, porque você sabe o que aconteceu com a... — Ele parou de falar ao se lembrar da sua ex. — Enfim, você lembra...

— Claro, claro que lembro... Também lembro como você chorou — disse Niklaus.

— Ah, vai se foder — Murmurou Damon, que fez Niklaus rir, em seguida olhou para a pasta em cima de sua mesa.

— Esse é o relatório da reunião?

— Sim... Se eu fosse você nem olhava...

Damon pegou a pasta e a folheou, franzindo as sobrancelhas, dizendo: — Preços baixos? Minha mãe enlouqueceu? — Isobel não era de fato a mãe de Damon, não de sangue, claro, mas a considerava como uma, e a chamava de tal. — Irei falar com ela — disse por fim, fechando a pasta.

— Ela não está por aqui — Disse o amigo. — Ela está no evento beneficente...

— Que seja, irei até lá para falar com ela — Damon disse saindo da sala com a pasta em mãos.

***

— Mãe, desculpe pela insistência mas isso não é possível. Não podemos baixar de categoria depois do trabalho que custou colocar o ateliê de modas como número um — falava Damon para Isobel.

No local onde estavam, pessoas terminavam de arrumar os últimos ajustes para o desfile, estava uma correria.

— Pessoas de baixo recurso também merecem roupas de qualidade, mhm? E você sabe que nunca escondi a minha origem... — Respondeu Isobel.

— Mas depois conversamos sobre isso. Está bem?

— Tá — Damon respondeu simplesmente enquanto se direcionava para onde seria a apresentação.

Isobel dirigiu-se a Jenna, que a mesma aparentava estar nervosa: — O que há, Jenna? — perguntou Isobel à amiga.

— Eu perdi o buquê do vestido de noiva — respondeu Jenna que roia as unhas do quanto nervosa estava.

— Você o quê? — Isobel perguntou baixo.

— Eu perdi o... Ah, você escutou... — Disse Jenna. — Mas não se preocupe, já pedi para a garota, a Elena comprar um na loja do hotel da frente.

— Falando nessa garota... — Isobel cruzou os braços — Quando ela me abraçou... Foi como se meu coração fosse sair do peito, sabe? — Desabafou. — E parece que eu me vi refletida nela... — Jenna sorriu. — Ah, não liga pra mim... É que sempre que vejo essas meninas abandonadas... Eu possa reencontrar a minha filha...

***

Elena entrou no elevador com o buquê em mãos, foi quando ouviu uma voz:

— Segura o elevador — ela colocou a mão na frente da porta para que não fechasse, e ficou boquiaberta quando viu o famoso Giuseppe Salvatore na sua frente. Giuseppe era um famoso ator de seriados muito conhecido por todos, e claro que Elena o havia reconhecido:

— Oh meu deus, você é...

Giuseppe respondeu por ela, com um sorriso nos lábios:

— Giuseppe Salvatore... Sou eu mesmo.

Os dois sorriram, e ele entrou no elevador, ficando do lado da moça que ainda estava surpresa por conhecer o tal famoso Giuseppe Salvatore. Foi quando o elevador travou, e Elena se assustou, agarrando o braço do famoso:

— Vai ficar tudo bem menina, fique calma...

***

Depois de alguns minutos esperando Elena Helpless com o maldito buquê de noiva, Isobel se estressou:

— Onde ela está? — perguntou nervosa.

— Ela não é de se atrasar, algo aconteceu... — respondeu a Irmã Clementina.

Isobel ignorou, virando-se para Jenna:

— Marque um horário com a Elena, pelo que ela diz, o "maior sonho" dela é ser modelo.

***

E Giuseppe, para aliviar a tensão, perguntou à Elena, olhando-a:

— Você é uma das meninas do grupo das freirinhas, não? Você faz parte do evento?

Elena fez que sim a cabeça diversa vezes, antes de respondê-lo:

— Sim, sim, e tá vendo esse buquê? — ela ergueu o buquê — É para a Dona Isobel, é pro desfile... Tenho que entregá-lo rapidinho.

Giuseppe riu da inocência da garota, achando-a divertida. Foi quando o elevador voltou a funcionar e Elena agradeceu mentalmente por isso.

Quando o elevador chegou no andar que precisava, e as portas se abriram, ela aproximou-se do rosto de Giuseppe e deu um beijo em seu rosto:

— Obrigada por não me deixar ficar nervosa na hora que o elevador travou.

Ele riu: — Não foi nada, garota.

Pouco distante ali, Isobel olhava para aquela cena muito irritada, enciumada, pela aproximação dos dois.

Os dois sairam do elevador, e Elena avistou Isobel, entregando-a o buquê:

— Desculpa a demora, Dona Isobel... É que...

Isobel a intrometeu.

— Sem desculpas! Já percebi que você não serve pra nada.

Giuseppe ficou ao lado de Elena, e repreendeu a esposa:

— Isobel!

— Depois conversamos, Giuseppe, estou muito ocupada agora — Isobel pegou o buquê das mãos de Elena o jogou no chão, saindo dali muito irritada.

— Me desculpe por isso... Não sei o que deu ela, irei conversar com... — Elena deu seu sorriso fraco, e interrompeu ao homem.

— Não precisa, Doutor Salvatore, mas muito obrigada por tentar... — disse ela antes de deixar Giuseppe ali sozinho.

Logo após isso uma mulher estranha veio com rosário em mãos, estendendo-o para Giuseppe:

— É seu? É que estava dentro do elevador...

— Não. Mas já sei de quem é. Obrigado — respondeu ele, pegando o rosário.

***

Logo após a última modelo desfilar no palco, Isobel subiu nele, com um microfone em mãos, muitos aplausos foram ecoados pelo local:

— Muito obrigada — Isobel disse, com um cheque em mãos — Eu agradeço a presença de vocês aqui hoje, por essa nobre causa — falava — Peço a Irmã Clementina subir aqui para entregar o que arrecadamos no dia de hoje.

Mais aplausos se seguiram.

Foi quando olhares de Elena e Damon se encontraram.

Damon viu a pureza da garota nos olhos cor de chocolates dela, e deu seu sorriso de canto.

Elena nunca tinha visto um homem tão lindo em sua vida, apesar de que não havia conhecido muitos.

Ficaram um bom tempo se admirando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?????? Comentem! xoxo