Ex-amigos escrita por Aivillapot
Notas iniciais do capítulo
Odeiem o Jorge ou se internem! E se você tem algum tipo de problema cardíaco, não leia esse capítulo, ou sim e morra de amores pelo Kal.
Boa leitura, ou não.
Depois da divertida tarde com Lucas e a nova amiga Alanis, Kaleb chegou em casa, ou pelo menos a sua rua. De longe ele viu Dona Susana em uma fresta da porta e Jorge, o visinho inquieto do lado de fora. Susana tentou fechar a porta, mas Jorge a impediu com o pé, depois abriu a porta, puxou a loira para fora, segurando-a firme pela cintura e pressionando os lábios contra os dela. Era obvio que era contra a vontade da mulher, ainda mais para Kaleb que sabia o quanto Susana odiava as investidas de Jorge.
– Mãe! – Gritou Kaleb, indo em direção a casa.
Jorge empurrou Susana para dentro e entrou com ela na casa pouco antes de Kaleb chegar varanda.
– Mãe! – Kaleb gritava e batia nas portas e janelas, mas ninguém respondia. – Mãe! – Ele chorava.
Kaleb pegou o celular e discou para o 190, contando o que havia acontecido. Eles estavam demorando e gemidos nojentos vinham de dentro da casa e Kaleb sabia que eram de Jorge. Então Kal arrombou a porta e viu Jorge deitado entre as pernas de Susana que se contorcia.
– Kaleb! Socorro, filho! – Ela gritou em prantos.
Kaleb voou até os dois e chutou a cabeça de Jorge, com força suficiente para derruba-lo.
– Seu filho duma puta! – Ele sussurrava enquanto socava o rosto do homem. – Eu vou matar você!
O garoto bateu no rato até a policia chegar, o que levou dois ou três minutos. Depois de médicos tirarem Jorge, desacordado, de dentro da casa, Kaleb abraçou a mãe com toda cautela e carinho. Ela então acalmou o choro que agora era só um soluço. Nada havia acontecido com ela, pois Jorge não conseguiu tirar sua calcinha, por que ela se debatia muito. Ela contou a policia que o visinho estava bêbado e foi até sua casa pedi-la em namoro e a recusa resultara nisso.
– Cuida da sua mãe rapaz, ela vai precisar sempre da sua ajuda. – Disse um policial muito gentil. – Se precisar de qualquer coisa é só ligar. – Ele disse entregando um cartão para Kaleb. – Um amigo meu, de total confiança, vai ficar na frente da casa até amanhã, por causa da porta.
– Obrigado. – Kaleb estendeu a mão para o alto homem negro.
– Me liguem. – Ele apertou a mão de Kaleb. – Eu estou aqui pra cuidar de vocês. – Ele disse, sorriu e foi embora.
Kaleb pegou sua pequena mãe no colo.
– Filho, não precisa disso. – Ela disse, mas Kaleb ignorou.
Ele a levou para o quarto dela e a deitou na cama.
– Espera ai. – Ele disse indo até o banheiro.
O garoto ligou a banheira, voltou ao quarto, desfez a trança dos longos cabelos loiros da mãe, tirou os brincos, colar e anéis. Despiu Susana como se ela fosse uma criança de porcelana. Levou ela até a banheira e se sentou ao lado da cabeça dela, fazendo carinho em seus cabelos até ela ficar com sono.
– Eu nunca vou deixar nada acontecer com você. – Ele dizia baixo. – Nunca mais.
– Eu te amo, meu herói. – Ela sussurrou.
Depois do banho Susana e Kaleb se deitaram e dormiram abraçados. Kaleb como um anjo, guardando a paz de mãe. No dia seguinte, ele acordou antes dela e ligou para o hospital, explicando que ela não iria e depois para escola, avisando o porquê de ele não poder ir, ambos acharam justa e gentil as explicações do garoto. Ele preparou o café e levou na cama pra Susana.
– Filho, não precisava fazer isso. – Ela apontava o telefone. – Acabei de ligar no hospital e eles me disseram pra não ir hoje, pra eu descansar, porque eu tenho um filho muito, muito preocupado. – Ela sorria.
– O que? – Kal riu. – Eu só acho que uma mulher tão linda, merece um dia de descanso.
– Ta tentando me comprar? – Perguntou ela.
– É que eu estourei a porta ontem e to sem dinheiro... – Kleb esfregava a nuca. – O cara, que o policial Matias mandou pra por a porta, ta ai.
– Ele manda o cara, mas não manda o dinheiro? Eu acho que eu podia ter escolhido sozinha. – Disse Susana irritada.
– Na verdade eu que liguei pra ele e perguntei se ele conhecia alguém com uma porta bem forte e cheia de trincas. – Disse Kaleb rindo. – Ele foi bem legal, até.
– Nossa, preciso conhecer esse anjo então! – Disse Susana, pegando uma torrada.
– Mãe! – Kaleb disse perplexo.
– Filho, o que aconteceu ontem, já passou. Eu estou assustada, eu estou mesmo com medo de sair por aquela porta e dar de cara com alguém que ao menos se pareça com aquele cara, mas sinceramente, a vida tem que continuar. – Susana segurava as mãos de Kaleb. – Eu amo você e o que você fez ontem por mim foi lindo e eu te agradeço muito, mas não quero mais que se machuque. – Ela olhava fixamente os punhos machucados de Kaleb. – Eu vou me cuidar e isso nunca mais vai acontecer, eu te prometo.
– Não foi culpa sua. – Dizia Kaleb.
– Meu amor, não importa. – Riu Su – Eu não quero um pirralho grudado no meu pé. – Ela riu. – Só finge que não aconteceu, o resto deixa comigo. Inclusive o dinheiro do ‘’cara da porta’’. – Ela fez uma careta. – Pega ali na segunda gaveta. – Ela apontou para a cômoda.
– Eu te amo, mãe. – Disse Kal abraçando sua mãe.
– Também te amo, mas me explica uma coisa?! – Perguntou Susana encarando a porta do quarto. – Porque o segundo menino mais lindo dessa cidade ta parado na porta do meu quarto?!
Kaleb se virou para a porta.
– Bom dia, tia, eu fui buscar o Kal na escola hoje e eu não sei se você sabe, mas ele não foi. – Disse Lucas indo até Susana e lhe dando um beijo na testa. – Ia perguntar se você não quer almoçar lá em casa. - Ele se virou para Kaleb.
– Hoje não, Lucas. – Disse Kaleb olhando para o amigo com aquela típica lagrima presa.
– Tia, você pode me dar um minuto? – Lucas estava sério.
– Claro, meu amor. – Ela sorriu e pegou o copo de suco.
Lucas puxou o pulso de Kal e o arrastou para o quarto do garoto.
– O que houve? - Perguntou Lucas fechando a porta.
Kaleb não respondeu, mas deixou a lagrima cair. Lucas levantou a mão para bater no loiro, mas Kal segurou seu braço.
– Eu não preciso de um soco agora. – Kaleb encarava os olhos castanhos de Lucas.
Lucas puxou o braço e abraçou Kal, que chorou até perder as forças. O loiro caiu e seu amigo o levantou por debaixo do braço e o colocou na cama.
– O que houve? – O moreno perguntou se sentando no chão ao lado da cama.
Kaleb contou tudo sobre Jorge e Susana, dês de quando era só um flerte até a noite passada. Lucas ergueu as mãos até o rosto de Kal e limpou seu rosto com os polegares.
– Não chora, por favor... – Lucas sussurrou.
Kaleb se sentou na cama e esticou a mão para o moreno, que a segurou com um sorriso. O loiro puxou Lucas até ele se sentar ao seu lado.
– Você quer que eu pare de chorar? – Soluçou Kal.
– Quero sim, por favor! – Sorriu Lucas.
Kaleb tampou os olhos de Lucas e encostou os lábios no queixo de rapaz.
– Ta fazendo o que? – O moreno afastou o rosto.
– Você quer ou não quer que eu pare de chorar? – Perguntou Kal.
Lucas bufou e encostou o rosto na mão de Kaleb. O loiro sorriu e beijou Lucas, devagar.
– Obrigado! – Kaleb disse tirando a mão de frente do rosto de Lucas e sorrindo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*morta* Nem eu esperava muito por esse capítulo, mas ele teve o peso exato que eu precisava que tivesse.
COMENTE PLEASE!!!!