Stars Auslly escrita por C H C


Capítulo 42
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Parece que estamos no fim, não é? Aw. Eu odeio despedidas. Mas prometo que esse é um até breve! Por enquanto. Nós nos vemos nas Notas Finais, tudo bem? Enjoy it!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/524781/chapter/42

Às vezes a vida é extremamente estranha. Às vezes a vida é extremamente gentil. Às vezes é extremamente cruel. Palavras não são suficientes para descrever o que a vida realmente é, ou, especialmente, o amor. Não há como definir um sentimento, uma emoção, por simplesmente fazerem parte da vida. É um ciclo natural.

Você jamais conseguirá descrever um sentimento com palavras exatas, tentar fazer com que o outro entenda o que está sentindo. O amor é um exemplo perfeito. O melhor de tudo, em amar, eu quero dizer, é ter a certeza de que a pessoa ao seu lado sente a mesma coisa em relação a você. Que não é rotulada como uma pessoa próxima a você, como um amigo, melhor amigo, seu pai ou sua mãe, sua família, ou seu namorado.

Eu amo os meus pais, que, ainda que não estejam comigo, sei que ainda podem estar presentes em mim. Eu amo os meus amigos, especialmente Dez e Trish, que sempre estiveram lá por mim. Que jamais nem ao menos consideraram abandonar-me. Eu amo os meus fãs, que, mesmo quando eu e Ally terminamos em carreiras solos, acompanharam ambos de nós. E amo a minha namorada, melhor amiga, Ally, que sempre esperou por mim. Que jamais desistiu de mim.

A nossa história é, realmente, interminável e sempre fora inacabada quando estávamos separados. Enquanto ainda não tínhamos nenhuma noção do que o amor realmente seria, imaginávamos se o outro ainda sentia alguma coisa, quando demonstrávamos menos carinho do que o costume. Atualmente, é tão normal quanto uma picada de pernilongo.

Eu jamais trocaria a minha vida por nada. Eu amo cada pedaço, seja bom ou ruim. Há vezes em que desejo apenas acabar com ela e penso nas pessoas que são boas para mim. Penso em Dez, quem sempre chamo quando está por perto, e não em Los Angeles com a namorada Carrie para as aulas de cinema, e que sempre me acalma. Trish, que, após ter o bebê, está noiva e estamos presentes em seu casamento como uma parte importante, onde eu sou seu padrinho.

–Austin? - escuto o meu nome ser chamado mais uma vez. Eu me viro, onde Ally aguarda sorrindo suavemente para mim. Beija a minha bochecha levemente, colocando-se na ponta dos pés. - Está tudo bem? A porta está prestes a abrir. - sussurra. A porta de madeira enorme em nossa frente desperta-me.

Eu sou o padrinho de Trish. Eu e Ally somos o primeiro casal a adentrar a Igreja, esperando pelos noivos. Carrie e Dez estão por trás de nós. Consigo enxergar, pela fresta, Jace, nervoso no altar, ainda que tente permanecer calmo. O seu filho, com apenas seis meses, está nos braços da mãe de Jace, parecendo empolgado. Observa tudo com os olhos pequenos herdados do pai arregalados, com um sorrisinho brincando em seus lábios.

–Estou. Eu estou com você. É o dia perfeito para Trish. Tudo está... tão perfeito. É difícil de acreditar que Trish está casando. - comento, em um sussurro igualmente baixo. Ally assente, rindo baixo.

–Eu também tenho dificuldades em acreditar. - sorri. Escutamos a música que narrará a nossa entrada e eu me posiciono, ereto, com um sorriso nada forçado em meu rosto.

É o dia mais importante na vida de minha melhor amiga, Patricia de La Rosa. Sendo assim, é tão importante para mim, Ally e Dez também.

Quem diria que, algum dia, chegaríamos aqui?

Adentramos a Igreja, sorrindo, seguidos pelos outros casais padrinhos. Todos estão elegantes, bonitos, confortáveis e estonteantes no casamento de Trish, que é uma pessoa querida para todos os presentes. Jace acena para mim e Ally, sorrindo nervosamente, do altar. Eu retribuo com um aceno de cabeça, e observo enquanto Ally sussurra que está tudo bem. Jace não parece completamente, mas bastante relaxado por ora.

Assim que nós nos acomodamos a cada lado do altar, esperamos por mais alguns minutos. Não silenciosamente. As pessoas comentam. Tão engraçado. Parecem felizes. Os pais de Trish sorriem formalmente, ainda um pouco relutantes com o casamento e com o nascimento do neto quase sem o seu conhecimento durante toda a gestação. Entretanto, parecem saber o quão feliz a sua filha está. Uma família formada atualmente.

–Eu aceito. - batemos palmas, alguns apenas cordialmente, animados com o beijo que está vindo a seguir. O bebê de Trish está nos braços de Ally agora, brincando com a minha namorada. Brinco um pouco com o bebê também, que recebera o nome de Louis. É um belo nome. Não tão adulto quanto não tão criança. Ally cobre os olhos do afilhado, rindo, em brincadeira quando os pais se beijam em sua frente. Aplaudimos mais arduamente.

**

Ninguém imaginaria como as nossas vidas mudaram desde que decidimos procurar por Ally naquela tarde. As imagens ainda correm soltas em minha mente, da tarde em que abandonamos toda a praia para fugirmos a um raio de cidade para procurar por uma amiga e futuramente o amor de minha vida. A decepção estampada em meu rosto quando pensáramos que Gavin seria o seu novo namorado. A culpa que amedrontava-me a cada passo.

O medo que eu havia superado, o primeiro Eu te amo. A cada Eu gosto muito de você que trocáramos para não forçarmos a nossa relação. Como nós dois tínhamos o nosso próprio mundo, ainda assim tão iguais, como notávamos as coisas bonitas ao mesmo tempo.

O amor que nascera. E que permanecera. Talvez um dia nós decidamos que não vale mais a pena. Que não dê certo.

Contudo, neste momento, eu não quero brigar como fizemos muitas vezes por sermos tão diferentes, também. Neste momento, eu quero aproveitar a felicidade de Trish como se fosse a minha porque, de certa forma, também é.

Como no famoso ditado, a sua dor é a minha dor. E o seu sorriso é o meu sorriso. Trish, eu, Dez e Ally somos um só. Nos conhecemos há tanto tempo. Somos basicamente o quarteto fantástico. Além disso, agora tínhamos o novo marido de Trish para o grupinho básico. Tínhamos Carrie, também, que tornara-se uma grande amiga.

–Eu vou jogar o buquê! - Trish anuncia, e as meninas gritam. Mulheres, atualmente. Rio comigo mesmo. Ally pisca para mim, sorrindo, e eu estendo os meus braços para tomar conta do pequeno Louis em seu colo. Ally corre para a amiga, juntamente a Carrie, e as duas riem com a multidão feminina parada esperando pelo buquê. Por seu casamento. - Um! Dois! Três!

–Parabéns pelo casamento, Jace! - cumprimento-o com um abraço quando ele se aproxima. Jace olha por trás de mim com um sorriso apaixonado para Trish, e alarga-o mais quando encara-me novamente.

–Obrigado. Eu digo o mesmo. - olho-o com uma expressão confusa. Jace ri enquanto aponta para trás de mim. Eu me viro. Dez está ao meu lado, com a boca aberta, o queixo caído, um sorriso enorme em seu rosto.

Tão brilhante. Especial. E sem saber de nada, tão inocente quanto Deus lhe moldou, Ally encara, piscando incansavelmente, o buquê em suas mãos. As rosas brancas fazem um par justo com o seu vestido majestoso. Trish corre para abraçar a amiga, que murmura algo em seu ouvido. As duas engatam uma conversa com Carrie, e divertem-se.

E os nossos olhares se encontram. Aponto o queixo para o lado de fora do Salão de Festas, onde está o jardim. Trish empurra com um sorriso imenso a melhor amiga para mim, e as duas despedem-se rapidamente enquanto caminhamos na mesma direção, ela ainda com o buquê de rosas em suas mãos.

–Parece que alguém estará casando em breve. - brinco, quando chegamos ao jardim e nos sentamos sob um banco, em frente a um lago. Ela gargalha e deita a cabeça em meu ombro, quebrando o contato visual.

–Parece que sim. - provoca, inocentemente. Eu rio e deposito um beijo em sua testa, e a retiro sobre mim lentamente. Ally encara-me com os olhos castanhos arregalados enquanto caminho e agarro uma das folhas de uma planta que desconheço próxima ao lago. Faço um círculo não tão pequeno com o pedaço verde e ajoelho-me a seus pés. O seu queixo cai e a sua cabeça inclina-se levemente. Eu pisco, sorrindo enormemente.

–Alison Dawson. - inicio, suavemente. Ally levanta-se lentamente, sorrindo. Pego em sua mão delicadamente, e posiciono o anel improvisado à ponta de seu dedo. - Aceita casar-se comigo?

Aceito. – sussurra. Eu encaixo perfeitamente o anel verde em seu dedo, e Ally agacha-se à minha frente. Contudo, nos levanto sem esforço e seguro-a pela cintura. Suas mãos movimentam-se até os meus ombros, e entrelaço uma das minhas com uma dela. Dou um passo para o lado. E nós iniciamos a nossa pequena dança valsa novamente.

–Ainda não é um pedido oficial. - sussurro, e selo os nossos lábios novamente. - Eu farei novamente. Com um anel verdadeiro na próxima. E eu preciso que aceite novamente. - sussurro.

–Eu aceitarei quantas vezes você quiser. - sussurra de volta. E nós selamos o nosso amor através de um beijo lento, ainda em uma valsa, mais uma vez.

E eu espero que eu ainda sinta-me dessa forma para sempre, ainda que eu não tenha certeza do nosso futuro.

"Hope you need my love, babe, just like I need you." – The Beatles (Eight Days A Week).


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada. De coração, sinceramente, a todos. Por terem apoiado a história, principalmente por terem ME apoiado. Por serem tão incríveis quanto eu sei que são. Por serem pessoas maravilhosas e leitores perfeitos. Por cada recomendação, por cada favoritação (inventei! Hehe), por cada lida, visualização, por cada tudo. Por terem considerado ler e lerem até aqui. E principalmente por fazerem parte disso, de serem o motivo de cada atualização demorada da lerda aqui.
Eu não sou uma ótima autora, e nem chego perto. Mas só por ter escrito Stars Auslly valeu a pena. E eu provavelmente amadureci com os personagens. Adorei desenvolver cada personalidade que eu imaginei para Austin, Ally, Trish, Dez, Jace, qualquer um.Espero que tenham curtido tanto quanto eu!
Estou triste e feliz que a história tenha terminado. Nada é para sempre, e essa foi uma oportunidade para que, pelo menos alguns, esperem por mais alguma história minha. Me desculpe se não foi o que pensaram, se foi tão ruim, mas foi a ideia que eu tinha em mente. Desculpe se não teve emoções. Eu só quis passar a importância do amor adolescente que, de alguma forma, marca. Que, de alguma forma, pode, sim, durar, como um filme americano. Como o clichê que deveria ser.
Obrigada por terem comentado. Então eu acho que nós nos vemos na minha próxima escrita, pode ser? Espero encontrar todo mundo migrando pra lá! Beijo!

—CHC



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stars Auslly" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.