Beacon People Story escrita por Guga673


Capítulo 1
Capítulo 1 - Deixando Storybrooke


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo acontece bem quando storybrooke está sendo destruída pela maldição que Peter Pan fez, no momento que todos estão no limite da cidade se despedindo de Emma e de Henry.



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O clima em Storybrooke está fechado como se uma tempestade estivesse prestes a chegar. Há uma garota jogada na mata semi-inconsciente. Semi, pois ela começa a acordar. Ruby é seu nome e ela se sente perdida. Ela não sabe exatamente o que aconteceu com ela nos últimos dias. A época é de lua cheia e algumas vezes podem acontecer certos apagões e ela perder o controle de sua transformação, independente da lua aparecer no céu ou não. Ela estava acostumada. Isso sempre acontecia na Floresta encantada, mas aqui no mundo real é mais complicado.

Ela senta-se no chão apoiando-se numa árvore e leva a mão a cabeça se sentindo um pouco zonza. Ela faz um esforço para se levantar e se equilibrar. Olha para os lados e grita por alguém, mas ninguém responde e então resolve usar o faro para alcançar o centro da cidade. É uma longa caminhada, algumas vezes tropeçava em um galho ou outro, ou em uma raiz mas não perdia o equilíbrio. Logo Ruby alcança a cidade que parece abandonada e uma certa ventania esquisita começa a assoprar. Ruby olha para o céu, atrás uma nuvem verde vem se alastrando pela cidade. Ela começa a correr para longe da neblina verde e ao mesmo tempo procura por ajuda. É a magia agindo mais uma vez sobre Storybrooke mas Ruby não consegue ver ninguém na cidade. Aonde estão todos?

Perto do limite da cidade, o temido limite aonde por alguns tempos atrás, cruzá-lo seria fatal, todos de Storybrooke estão juntos. Regina lidera o grupo, eles estão se despedindo de Emma e de Henry. Os únicos que foram feitos para morar no mundo real. O fusca amarelo de Emma segue pela avenida principal enquanto a magia se alastrava destruindo a cidade. Pouco antes de Regina quebrar a maldição alguém no grupo se manifesta.

— Ruby? Alguém viu minha neta? — Grita Granny em um tom de desespero.

— Não podemos ir atrás dela. — Regina responde. — A cidade já deve estar destruída numa hora dessas.

— Mas ela está lá, eu sinto que ela está.

Regina mantém um olhar concentrado no feitiço que levará eles de volta para a Floresta Encantada. Ela torna a olhar para Granny que parece estar aflita. Regina rasga a maldição e leva suas mãos até a altura dos lábios e sussurra algo. Um globo de energia roxo e lançado para o alto.

— Regina o que você fez?

— Um feitiço que vai tirá-la de lá. Não garanto que ela irá conosco, mas, pelo menos, ela não estará mais lá quando a cidade explodir do mapa.

Regina fecha os olhos e diz algumas palavras e sela o feitiço na neblina verde que se torna roxa fazendo todos desaparecerem de volta para a Floresta Encantada. A neblina torna-se mais densa para Ruby farejar algo. Aliás, está até difícil para ver. Ruby se sente perdida e agora para piorar, o chão começou a tremer fazendo Ruby perder o equilíbrio e cair no chão. Ela tenta olhar para cima e ver algo e o chão começou a se desfazer nos pés dela. O desespero toma sua voz, e ela percebe algo vindo na sua direção. Um globo luminoso roxo, ela não sabe ao certo e quando aquela energia mágica a atinge tudo em volta dela começa a girar e rodopiar como se estivesse caindo infinitamente e do nada, blackout.

Ruby acorda em outra floresta mas dessa vez, de noite e está três vezes mais frio. Ela não está tão desnorteada quando a última vez. Ruby se abraça na tentativa de se aquecer. E agora? Ela não tem a menor noção. Será que ela está na Floresta Encantada? Ruby olha para as suas roupas, sujas de terra, e percebe que não está com o seu capuz vermelho, ou seja, ela ainda está de alguma forma no mundo real. Mas aonde? A floresta é densa com muitas folhas secas no chão. O vento gélido atravessa entre as árvores carregando um cheiro bem característico. Ela decide andar um pouco e explorar o lugar cuidadosamente. Após alguns metros caminhando Ruby tenta gritar perguntando por alguém e logo escuta uns barulhos de galhos quebrados logo atrás dela, o que a deixa assustada, fazendo com que ela vire-se para trás e ande de costas dando passos lentos. Ela não percebe nada de errado, o silêncio da mata se resume a barulhos aleatórios de animais pequenos, mas ainda sim consegue sentir que tem algo a seguindo. E de trás de uma árvore um coiote surge e começa a se aproximar de Ruby lentamente.

Ao ser pega de surpresa acaba tropeçando no que parecia ser uma árvore grande, mas só existe por lá uma base e as raízes, e bem no meio há uma rachadura profunda. Algo estranho acontece. Do pedaço da árvore certos pontos brilhantes saem da principal rachadura. São vaga-lumes. Mas Ruby não tira os olhos do coiote, ela não tem medo. Logo seus olhos se tornam amarelos e Ruby começa a grunhir. Algo naquele pedaço de árvore fez Ruby conseguir usar algumas habilidades de lobo sem ter que completar a transformação. Sem ter que esperar a lua cheia. Afinal Ruby só conseguiria se transformar em lua cheia e quando não possuía o capuz. O coiote ao perceber algo estranho em Ruby se afasta um pouco e assume uma expressão normal, sem toda aquela agressividade. Quase como uma expressão de curiosidade. Ruby ficou sem entender o que estava acontecendo ao perceber que os olhos do coiote estavam azuis, assim como os seus estavam amarelos. O coiote sentou-se perto do que uma vez foi uma grande árvore, depois levantou-se sobre as quatro patas e se aproximou de Ruby para farejá-la. Ruby aproximou sua mão sobre o coiote e quando estava prestes e coçar a orelha dele, o coiote saiu correndo floresta adentro. Ruby ficou sem entender o que estava acontecendo, fez uma careta rápida e se levantou para olhar melhor a tal árvore cortada e se perguntou por qual motivo deixariam apenas as raízes e a base da árvore daquele jeito e o que saiu da árvore naquele instante? Foi magia? Ruby ouve um barulho de um galho sendo quebrado e ao procurar o barulho percebe que o coiote retornou a observá-la.

— Escuta... — Disse Ruby se sentindo muito idiota ao conversar com um coiote mas lembrando que já fez isso antes com Pongo e deu certo. - tem alguma forma de sairmos daqui?

O coiote aparentou entender o que Ruby disse, levantou-se do chão e começou a correr. Ruby também começou a correr atrás do coiote e o mais rápido que ela conseguisse para alcançá-lo, mas depois de alguns segundos Ruby perdeu o rastro do coiote. E então começa a cheirar o ar percebendo que o coiote escalou uma montanha de altura mediana, o suficiente para Ruby subir também. Ela se ajeita pisando sobre uma pedra e se lança o suficiente para alcançar um galho de um arbusto. Com muito esforço ela vai se puxando e subindo. Ao alcançar o local aonde o rastro do coiote fica mais forte, Ruby percebe uma pequena caverna, ou uma toca, ela não tem certeza. Ruby teme entrar e encontrar uma matilha de coiotes famintos mas eles não seriam páreos se ela completasse sua transformação. Infelizmente não é lua cheia. Ruby lentamente se esgueira pela entrada da toca e ao olhar bem, não tem nada lá além de objetos estraçalhados. Mas ela percebe que o Coiote está num canto, e está puxando um pedaço de pano com a boca. Ruby logo fica chocada pois o coiote cai no chão e começa a se contorcer. E de seus pelos, uma tonalidade rosada surge, algo próximo ao tom da pele humana. Era uma garota, completamente nua, debruçada no chão da toca. Longos e ondulados cabelos castanhos descem suavemente pelo seu rosto. Ruby se apressa para alcançar a garota e cobri-la com o pedaço grande de pano que ali perto estava. A garota se apoia na parede se sentindo um tanto zonza, põe a mão na cabeça e com seus olhos castanhos passa a olhar diretamente para Ruby que estava estupefata com o que viu.

— Não achei que haviam outros lobisomens por aqui neste mundo. — Disse Ruby

— Eu não sou exatamente um lobisomem, sou algo mais para um coiote humano. Meu nome é Malia.

Ruby se ajeita na caverna enquanto observa Malia se cobrir com outras roupas que estavam jogadas ao longo da toca.

— Eu não entendo. Já vi de tudo na Floresta Encantada. Mas um coiote? Bem. Meu nome é Chapeuzi... Ruby. Meu nome é Ruby. E eu não sei aonde eu estou. Mas provavelmente sei como cheguei aqui.

— Bom você está em Beacon Hills, Boston. E eu nunca vi alguém como você por aqui. E olha que eu já vi diferentes shapeshifters.

— Desculpe-me mas eu não sei o que é isso.

— Bem eu sou um coiote e você? Mulher-Poodle?

— Como você sabe que eu me transformo?

— Quando você tropeçou perto do Nemeton e caiu sobre ele, seus olhos brilharam numa cor amarela. Então eu suponho que você seja um lobisomem também.

— Aquele pedaço de árvore tem um nome? — diz Ruby um tanto impressionada — É eu sou sim um lobisomem e eu só me transformou durante a lua cheia quando estou sem meu capuz vermelho. Mas não sei por que, eu senti que minhas habilidades de lobo estavam mais apuradas sem que eu precisasse me transformar.

— Por aqui sempre chegam as coisas sobrenaturais. De onde você veio? Surgiu do nada? – Malia começa a coçar atrás da orelha com as unhas.

— Não estranhe mas, sim, eu apareci do nada. - logo Ruby começa a lembrar de onde ela realmente esteve— Essa não, o feitiço! — Malia a encara com uma expressão curiosa e diz:

— Que feitiço?

— Longa história, poderia virar um livro infantil se você quisesse. Mas eu acho que minha... Família, se é assim que posso chamá-los, voltaram para a terra deles e eu não consegui alcançá-los a tempo.

— E por isso eles a largaram aqui?

— Não sei exatamente o que aconteceu— Disse Ruby um pouco confusa.

— Algo me trouxe para cá antes que eu evaporasse junto com a cidade.

Malia solta um leve riso abafado e diz:

— Bem eu não sei quanto a você mas eu posso viver aqui na mata por muito tempo. Eu acho melhor te levar a algum lugar mais agradável para sobreviver a essa noite. — Ruby acena com a cabeça enquanto Malia termina de vestir algo.


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Notas finais do capítulo

É minha primeira fic então eu deixo aberto para opiniões e principalmente criticas.



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