Guardioes de Deus: a Batalha nos Ceus escrita por cardozo


Capítulo 56
Capítulo 24 - A Invasão




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A Invasão ...

 

Os portões da muralha se abriram, deles saíram milhares de cavaleiros, todos com armaduras brancas, com cabeças de tigres ao peito e patas pretas entalhadas nas ombreiras esquerdas, eram os Potências de Osíris, que defendiam a comunidade do Sul. A visão dos cavaleiros  partindo em filas todas organizadas era muito bela.

Nos muros olhos observavam aqueles corajosos guerreiros partirem em uma missão suicida: Não morrer e impedir que muitos outros não fossem mortos.

Diana acompanhava a partida com tristeza, sabia da coragem de seus homens. Eram guerreiros valorosos, que dariam a vida por um ideal. Seus ancestrais lutaram nas grandes guerras. Em suas essências, corria a coragem dos seus antecepassados.  Eles marchariam até o fim, até o último dos homens cair. Seguiriam sem hesitar seu líder, Uriel... Pena que tinha que ser assim, ela jamais imaginou que tudo fosse desenrolar dessa forma e com tamanha rapidez. Se  pudesse voltar atrás, reatar as alianças. Mas mesmo  no Firmamento o tempo não parava, estavam pagando pelas suas decisões passadas.

            Krisna estava com Ernn em frente a uma das tabernas da vila. As pessoas amontoavam seus pertences em carroças, selavam seus cavalos. Tudo tinha que estar pronto para a hora decisiva. Mulheres e crianças corriam assustadas fazendo os últimos preparativos para partir.

As legiões das trevas varriam a região, saqueando, destruindo e matando. Na vila os dois grupos existentes iam se separar, os que se preparavam para partir e aqueles que  ficariam para tentar conter o avanço das criaturas. Garantindo assim a fuga de muitos para a Comunidade do Sul. Sabiam que não havia futuro para eles, mas seu sacrifício seria em prol de um bem maior.

Krisna estava sentada despreocupada olhando para o horizonte, sabia que em breve estaria em uma batalha sem futuro, pelo menos para ela.

-Tem certeza que  não deseja partir conosco? Insistiu um homem ao seu lado. -Temos um lugar em nossa carroça. Se ficar vai encontrar a morte com certeza. Não desperdice sua vida, você é tão jovem...

Krisna pensou em seu pai, em Juni lutando para salvá-la, toda a sua aldeia em chamas, as pessoas queridas  que tinham partido.

-Não, obrigada. Meu destino já foi traçado. Eu vou ficar. Respondeu com desdém. -Por favor, leve Ernn e  cuide bem dele para mim.

-Pode deixar. Lamentou o homem.

O cachorro relutou, não queria se separar dela. Porém a criança da carroça o acolheu com tamanho carinho que logo ele se acalmou. Ela passou a mão na cabeça do animal.

-Cuide dele com carinho. Ele é um cão muito esperto.

-Vou cuidar.

"Adeus Ernn".

Falava em seus pensamentos enquanto a carroça partia. Olhava para a última esperança de partir, de ficar com vida, exitou por um instante, teve vontade de correr atrás dos que partiam. Mas logo recobrou seus pensamentos anteriores. Caminhou para ajudar os homens  a tombarem as carroças e fazer uma barreira. Iriam dificultar ao máximo a passagem das criaturas. Muito dos coches foram deixadas no meio do caminho com palha dentro.

Ao lado deles, Barris foram enchidos com material inflamável, acenderiam assim que os seres surgissem. Suas fechas incendiárias cruzariam os céus em busca dos barries e do terrível inimigo. O terreno plano com dois pequenos morros ao lado era o único caminho para chegar a vila. Ela daria aos homens uma pequena vantagem. Primeiro atirariam suas flechas para causar o caos no inimigos que estaria em terreno aberto. Após isso dois pelotões de homens desceriam os morros fazendo uma carga sobre as criaturas de ambos os lados. Essa era a melhor estratégia para lutar contra um inimigo mais numeroso. O terreno os favorecia. Se tinham alguma chance, essa era ela. Agora só tinham que esperar o tempo passar até a hora do combate.

Uma garoa fina caia, acompanhada de um  frio incomum para aquela época. Krisna cochilara embaixo de uma carroça, foi acordada com vários gritos desesperados. O horizonte estava tomado por um mar negro que se movia em direção a eles. A visão era inacreditável.

–Acendam as flechas.

Gritavam os homens, enquanto as criaturas marchavam em um único bloco em direção a eles. Krisna obedeceu.

-Esperem os desgraçados chegarem até as carroças.

O inimigo passava pelos coches,  flechas incendiárias foram atiradas, cruzaram os céus atingindo a palha. O fogo se alastrou para os barris e indo logo após para as criaturas, muitas tombavam com seus corpos em chamas. Mas mesmo isso não diminuía sua marcha. As setas também foram direcionadas aos seres que se moviam. Acertavam várias delas, mas seu número parecia não reduzir. As flechas de Krisna estavam no fim assim como as de seus companheiros. As criaturas já tinham passado pela barreira das carroças.

Foi quando dois contingentes de homens saíram de seus esconderijos nos morros,  atacando sem piedade de ambos os lados. Portavam espadas, machados, lanças e foices, começaram a matança nos flancos do inimigo. A estratégia surtira resultado, a carga fora perfeita, eles estavam conseguindo conter as feras sedentas por vidas humanas.

De repente as nuvens se tornaram mais escuras, o vento soprava mais forte e as criaturas surgiam mais e mais. Os homens perdiam terreno na batalha, já não conseguiam mais segurar o inimigo. No chão corpos de homens e criaturas  se misturavam sem vida.

Krisna pegou uma espada,  partindo para o combate corpo a corpo. Vários seres tombavam ante a sua arma, após muito combater,  o cansaço começou a domina-la. Sua visão estava ficando limitada. Não tinha forças para prosseguir, em breve estaria a merce das criaturas. Sentiu um pancada nas costas, uma clava a atingira. Caira ao chão sob os pés de um dos seres. Sua vista estava turva, conseguia ver um vulto negro a sua frente levantando as mãos com a clava para desferir um novo golpe. As imagens ficaram distorcidas.

Viu o corpo negro tombando em cima de si. Tudo se apagou de repente, foi tragada pelas trevas.


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