Guardioes de Deus: a Batalha nos Ceus escrita por cardozo


Capítulo 38
Capítulo 13 - A Aura, Parte II




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            Bal e Dafne esperavam ansiosos por Arão.

-Seu amigo Arão está atrasado.

-Eu sei, não precisa me lembrar disso, mas você sabe como são as mulheres...

Dafne exibia seu olhar reprovador. Bal ficou em silêncio, seus pensamentos corriam soltos.

"Arão onde você se meteu? Será que está em apuros?"

A voz de Dafne tirou a Bal de seu transe.

-Não podemos esperar mais senão iremos chegar atrasados.  Dafne se aproximou. -Não fique preocupado, ele está bem, quando chegar com certeza ira nos encontrar.

-Acho que você tem razão. Preciso parar de  ficar pensando besteira.

Ela sorriu por vê-lo mais descontraído. Bal acenou com a cabeça, no fundo algo lhe dizia que as coisas não estavam bem e ele sabia que Dafne pensava da mesma maneira.

 

         Encontraram com Cassi e Kitrina no corredor, as duas se espantaram em não ver Arão com eles. Trataram de expor todos os assuntos da noite passada.

-Fico contente que Damira esteja bem. Apesar da tristeza que sinto ao pensar em Etality. Kitrina segurou a mão de Cassi.

-Com certeza alguém  virá perguntar o porquê de Arão não estar conosco, como explicaremos isso?

-Não sei. Respondeu Bal a pergunta de Cassi.

-Poderíamos falar que ele teve uma pequena indisposição e que virá depois?

As três olharam para o garoto como se dissessem: "Ninguém acreditará nesse absurdo".

-Eu só estava tentando ajudar.

-E se aconteceu alguma coisa com ele? Precisamos falar com alguém. Disse Kitrina.

-Se falarmos seremos expulsos da cidade. Medar nos avisou...

Bal não sabia qual decisão tomar.

-Mas  e se ele estiver em perigo? Precisando de ajuda... Insistiu kitrina.

-Vamos esperar um pouco se ele não aparecer logo procuramos ajuda.

-Dafne tem razão Bal.  Cassi tinha tomado a palavra. -Vamos dar mais um tempinho para Arão. Iremos para os treinamentos e se ele não aparecer procuramos Medar.

         Todos concordaram.

 

 Dirigiram-se para o local onde seria realizado o treinamento daquele dia. O lugar era todo aberto, um coreto sustentado por colunas brancas, estava perdido no meio de muitos jardins. O som de pássaros cantando era ininterrupto.  Varias borboletas voavam despreocupadas pelas folhagens. O dia estava claro, sem nuvens e a Lua de Sangue já havia sumido.  Tiror veio conversar com Cassi.

-Tudo bem com você? Está com uma cara estranha.

Ela ia responder, mas Odrin o interrompeu.

-Olha só. Cadê seu amiguinho Arão? Ele estava sendo irônico. -Finalmente ele percebeu que não estava à altura dos garotos da Cidade Superior. Sim, por que a culpa de não conseguirmos completar a missão foi dele. Acho que vocês deviam ter o mesmo bom senso que ele.

Olhou para Teles que concordou. No início ninguém soube o que responder, foi Cassi que tomou a iniciativa, partindo para cima dele. Bal e Kitrina a detiveram antes que algo pior acontecesse.

-Calma Cassi. Olhe o tamanho dele. Dizia Bal enquanto tentava detê-la.

-Quem se importa com tamanho.  Berrava ela.

"Eu me importo".  Pensava Bal.

-Não ouse falar mal do Arão.  Continuava ela.

-Ele é um covarde mesmo.

Ao ouvir estas palavras, Bal empurrou Cassi para trás, olhou para Odrin, Dafne estava ao seu lado, ele ergueu as mãos e pronunciou algumas palavras. Um raio partiu de suas mãos, atingiria Odrin, mas um escudo apareceu a sua frente repelindo o ataque. Ao lado de Odrin apareceram Irian e Mary.

-Se é briga que vocês querem, é briga que terão.  Havia ódio nos olhos de Irian.

-Só que vocês devem lutar com alguém com os mesmos poderes seus.

A confusão estava armada, o primeiro que fizesse qualquer movimento desencadearia um terrível combate entre os jovens. Iam começar quando uma força maior repeliu todos para o chão. Um ser calvo,   com uma enorme barba branca até a cintura apareceu. Ele usava uma bata verde. Andava de olhos fechados, porém possuía um terceiro olho no centro da testa que nunca se fechava.

-A juventude sempre impulsiva. Que confusão é essa? Sua voz era calma e pausada.

-Nós estávamos...

A frase de Odrin foi interrompida pelo ser, que mais parecia um ancião.

 -Quietos todos vocês. Não quero desavenças neste local sagrado. Guardem suas forças  para usarem contra nossos inimigos e não entre vocês. Seria um desperdício.

Todos ficaram quietos, ninguém parecia conhecer o ser que se encontrava parado perante eles. Isto de certa forma foi bom, pois ele  nem sentiu a falta de Arão e também evitou que os jovens comentassem alguma coisa.

-Meu nome é Calisto, tenho a missão de orientá-los, para que conheçam o caminho para vossas auras. Peço a todos que se acalmem sentem-se numa posição confortável e  cruzem as pernas.

 -Nós iremos meditar?  Bal fizera o comentário muito baixo com Cassi.

-Não meu jovem, não iremos meditar.

Bal ficou surpreso que Calisto tivesse ouvido suas palavras, afinal ele estava  distante de onde o garoto se encontrava.

-Hoje vou guiá-los numa viagem muito interessante. Talvez a maior de suas aventuras e a mais difícil também. Já que estão confortáveis, fechem os olhos, ouçam minha voz ela os guiará. Os garotos da Cidade Superior já devem ter feito este treinamento, mas peço que o realizem assim mesmo.

O vento batia na face dos garotos, fazendo seus cabelos voarem, suas roupas colavam ao corpo. O som dos pássaros continuava... Aos poucos a voz de Calisto foi tomando conta deles, o vento, os pássaros, o coreto, nada mais parecia existir. Era como se tivessem à deriva no espaço fazendo uma longa viagem pelo sistema solar.

-O bem e o mal existem desde o princípio dos tempos, convivem em constante tensão. Uma pequena linha separa ambos. Nossos pensamentos e atos podem ser voltados tanto para um como para outro. Cabe a cada um decidir para qual lado tomara partido. Todos possuímos uma aura, muitos nem tomam conhecimento disso, mas ela existe e nela reside  o poder máximo de cada um.

Calisto falava com calma, sua voz orientava todos os pensamentos dos garotos. 

-A espessura da aura de cada um, dirá o quão poderoso essa pessoa é. Quanto maior for, maior será o seu poder. A espessura é proporcional à quantidade de bons ou maus pensamentos. Quando alguém realiza uma boa ação esta se converte em luz, aumentando a luminosidade de seu corpo espiritual. Da mesma forma quando o mal é praticado, ele se converte em sombras, aumentando as trevas ao redor da pessoa. Os pensamentos reforçam esta luz ou as trevas que envolvem cada um.

Sua voz pareceu sumir por um breve momento, mas logo retornou.

-O ódio, a inveja, o ciúme e a ganância existentes no mundo dos Homens também estão presentes no firmamento,  isto não novidade. Eles fazem com que as trevas sejam um inimigo intransponível. Porém, o pouco de bondade e amor que ainda resta nos mantém vivos.

-Nosso corpo aqui é parecido com os dos homens, mas entendam, nossa força e poder reside nesse campo energético que se cria em nós, a ''Aura''. A potência de um soco, a agilidade nos movimentos, a intensidade de um encantamento ou mesmo a força da mente, tudo vem do poder da aura. Ela nos protegerá das energias negativas.

-A aura pode se desenvolver durante toda nossa existência, por isso temos que estar em constante treinamento. Ela pode ser sentida quando nos aproximamos de alguém, mas isto só é possível para pessoas que tenham muita experiência. Para alguns isto se torna  mais fácil, como  no caso das sacerdotisas, mas mesmo elas tem que treinar muito para desenvolver este dom.

Cassi estava um pouco desconfortável, em alguns momentos perdia a concentração, em sua mente ecoavam gritos, imagens de um rosto desfigurado que às vezes se tornava conhecido, vindos de um local pequeno e pouco iluminado. Uma dor a invadia...

-Ninguém poderá lhes mostrar como desenvolver a aura isto depende de cada um... Lembrem-se apenas uma linha separa o bem do mal, todos podem desenvolver a sua luz interior, mas cuidado para não alimentar as trevas, elas consomem e destroem. Foi isso que aconteceu no começo dos tempos, isso que levou as  grandes guerras nos céus e é por isso que estamos aqui hoje...

 

         Arão foi acordado com a água escorrendo pelo seu rosto, tomando conta de todo seu corpo. Suas vestimentas estavam ensopadas. Seus braços e pernas estavam presos a uma parede por correntes. Olhou em volta, o local onde se encontrava parecia ser uma torre, feita de pedras por todos os lados. O chão e as paredes estavam muito frios. A única luz proveniente do lugar vinha de uma pequena janela acima. O garoto não conseguia ver nenhuma porta de entrada, já que a maior parte do local não era iluminado pela luz da janela, encontrando-se em completa escuridão.

Tentou em vão fazer força para escapar, mas as correntes eram muito resistentes. O máximo que conseguiu foi machucar os pulsos e os tornozelos, onde os grilhões estavam presos.

-Está se divertindo, meu jovem?

A voz vinha da escuridão bem a sua frente. Um balde  apareceu rápido a sua frente, jogando muito mais água sobre ele.

-Eu quero você bem acordado para vê-lo sofrer.

A voz lhe era familiar, mas ele não conseguia ver quem as proferia.

-Quem é você? O que quer de mim?  Arão estava receoso sobre o que ia lhe acontecer.

-O que eu quero?  A voz estava tomada pelo ódio. -Quero ver você sofrer. Quero te machucar, até você desmaiar e não acordar mais.

Parte do ser saiu das sombras.

-Inimis! O que você está fazendo?

-O que eu estou fazendo? Você pensa que pode fazer coisas escondidos, que ninguém irá descobrir e puni-lo?  Pois fique sabendo que posso não ver, mas minha visão não se limita somente aos meus olhos. Tudo o que ocorre no Santuário eu tomo conhecimento.

Saiu totalmente das sombras, em uma de suas mãos trazia um bastão de energia.

-Você sabe o que é isto?

Mostrou-lhe o bastão. Arão não respondeu, mas é claro que sabia, lutara com Tiror usando um destes, sabia que seu contato com o corpo causava uma dor insuportável.

-Isto é para castigá-lo. Você sabia que ele se torna muito pior em contato com a água?

-Eu só queria avisar as...

Calou-se com o tapa que Inimis aplicou-lhe no rosto. O garoto sentiu o gosto de essência em sua boca.

-Cale-se!

A fúria parecia estar aumentando, os traços de seu rosto mostravam alguém sem o mínimo controle sobre si mesmo.

-Só emita algum som quando eu mandar ou quando não agüentar mais a dor! Pensou que ia passar impune com seus truques.

Rasgou a camisa de Arão com as mãos, o garoto estava com o peito e o abdômen a mostra. Inimis encostou o bastão em sua barriga, a dor foi latente, seu corpo tremeu todo. Arão perdeu as forças e o equilíbrio, só não foi ao chão, por que estava amparado pelas correntes.

 -Os celestinos são uma vergonha para todos nós. Jamais o grande Set deveria permitir que vocês viessem a Cidade Superior. Eu tentei avisá-lo, mas fui veemente repreendido.

Encostou outra vez o bastão em Arão, o garoto tremeu todo. A dor era insuportável.

-Mas não irei matá-lo. Você servirá de exemplo para os outros.

Ele tinha dificuldade em falar.

-Vou... Vou procurar Medar...

–Medar! Gritou Inimis. – E o que vai dizer a ele? Que eu o castiguei por você ir ver uma das candidatas à deusa? Ele dará razão a mim e você será expulso se fizer isso...

-Não importa.

Arão praticamente sussurrava com a cabeça abaixada, não tinha forças para levantá-la.

 Inimis aproximou-se, ergueu a cabeça  do garoto pelos cabelos, a dor era tanta em seu corpo, que ele nem parecia sentir o cabelo.

-O que você acha que acontecerá com Damira se você falar? Já pensou nas conseqüências para ela? Não, você não irá falar.

Arão viu as palavras dele tinham fundamento, se o pai da garota soubesse, com certeza ela seria punida. Inimis jogou mais água sobre ele.

-Não vá desmaiar ainda, quero você bem acordado para mim. O que você pensa que está fazendo chegando perto das candidatas?

-Existe... um complô para derrubar...

Outro tapa.

-Complô? Não diga besteira. Você quer arranjar uma desculpa para se safar do castigo. Está mentindo! Jamais ouse chegar perto das candidatas a Deusas outra vez. Elas nunca poderão ser de um celestino, entendeu?

Novamente o bastão exerceu toda a sua força sobre o corpo de Arão. O jovem gritava, queria que a tortura acabasse logo. Não suportava mais aquilo, mas seus gritos pareciam não atravessar as enormes paredes, e mesmo que passassem, ninguém parecia se importar, pois nenhuma ajuda surgia. O bastão continuava a funcionar, aos poucos a voz de Inimis foi sumindo,   as expressões de ódio ainda surgiam em seu rosto. A dor já não o incomodava mais, a sala começou a rodar, sua cabeça ficou pesada e  sua boca estava seca. Imagens distorcidas vinham a sua mente. Uma sensação de paz o dominou, perdeu os sentidos,  mergulhando na escuridão.

 

Os jovens não perceberam o tempo passar, Calisto continuava sua narrativa sobre a aura.

-A aura, além de dizer o quão poderosa é a pessoa, também ajuda a identificá-la, mas cuidado muitos conseguem escondê-la. Por exemplo, as Deusas adquirem aura prateada, possuem muita sensibilidade, com seus poderes tem o dom da cura e podem dar a vida às pessoas. Já um Deus no começo de sua vida também possui a aura prateada, mas com o tempo ela começa a mudar para a coloração dourada. Os deuses possuem poderes muito especiais, que não discutiremos neste momento, mas muitas vezes eles podem mudar a cor de sua aura.

A sensação de dor e sofrimento passara, Cassi finalmente relaxou, tudo acabara... Mas ela ainda continuava preocupada. Calisto foi explicando sobre a Aura de cada grupo do firmamento.

-As sacerdotisas possuem aura azul, sua energia espiritual é muito forte, agem sobre os outros de forma a tocar os seus sentimentos, independente dos poderes que possua. É a aura de quem mais se preocupa em ajudar os outros.

-Os magos têm aura amarela, conseguem trabalhar em grupo harmoniosamente é o guia da sabedoria dos que estão ao seu lado. Tem  capacidade para resolver problemas. Adora saber como as coisas funcionam, prezam pelo estudo da ordem superior do universo e de leis e princípios que as governam.

 -Já os guerreiros possuem aura laranja. A aura dos destemidos, corajosos e poderosos. Deles nascem os grandes líderes. Muitas vezes se tornam descuidados com a segurança pessoal, por excesso de confiança em sua força.

 -Os sábios, conselheiros e anjos normalmente possuem a aura branca. Mas as piores almas são aqueles que cultuam as trevas, pois eles desenvolvem a tão temida aura negra.  Não iremos discutir detalhes das virtudes de cada aura, devido ao tempo escasso que temos. Vocês descobrirão por si só no decorrer de vossa caminhada,  mesmo por que como disse antes não há modo de ensinar, como  desenvolver  a aura. Mas devo avisar mais uma vez para terem cuidado ao fazer isso, lembre-se o bem  e o mal andam juntos.

Calisto parou por um momento, sabia que o assunto a seguir causaria espanto nos que o ouviam pela primeira vez.

-Do mesmo modo que temos as sacerdotisas, magos e guerreiros  no firmamento, outros reinos também os tem. As sacerdotisas do reino dos Titãs, são as Videntes,  no reino inferior as Sagas ou Hereges. Os magos do reino dos Titãs, sãos os Feiticeiros, no reino inferior os Bruxos. Os guerreiros do reino dos Titãs, são os Sentinelas,  os Bárbaros, Ciclopes e outros. No reino inferior temos os Zumbis, as Caveiras Negras, que formam a temível Tempestades de Ossos...

O homem esperou por alguma pergunta, mas esta não veio.

-Conhecemos pouco dos outros reinos, devem existir muitos outros perigos, que nem imaginamos.  Vocês que tem pouco conhecimento sobre as auras devem começar a tentar desenvolvê-las,  concentrar-se, livrando-se de todos sentimentos ruins, os pensamentos bons trarão a luz interior de cada um e ela se expandira  para fora do corpo. Procurem sentir a energia fluindo... Deixem-na sair... Tentem...

Os jovens se empenharam ao máximo, mas poucos obtiveram sucesso, mesmo entre os candidatos da Cidade Superior. Teles foi o melhor, conseguiu aos olhos de Calisto emanar um pouco de brilho de sua aura.

-Você é um jovem muito especial. Disse Calisto  olhando-o com curiosidade e espanto.

Kitrina foi a que conseguiu superar todas as sacerdotisas. Por fim, Bal ficou muito atrás, entre os garotos  que seriam os futuros magos.  Calisto pediu para que os garotos abrissem os olhos e descruzassem as pernas.

-Confesso que este é o resultado que eu esperava mesmo. Tive uma surpresa. Olhou para Teles.

-Mas no geral eu sabia que ia ser assim mesmo. Procurem sempre se aperfeiçoar,  buscando o desenvolvimento da aura, pois é ela que lhes trará as vitórias. O treinamento acabou.

-Aos jovens magos, tenho  três livros de encantamentos para irem treinando sem suas ninfas.

-Como assim? Perguntou Bal a Dafne ao seu lado.

-Logo você se tornará muito poderoso e não precisará mais de mim. Este é seu primeiro livro de encantamentos, estude-o, guarde o máximo de magia que puder nessa sua cabecinha.  Dafne tocou de leve a cabeça de Bal.

-Comece a praticá-los sem minha ajuda. No início será difícil, porém quanto mais treinar mais fácil  se tornará o aprendizado. Para que num futuro próximo consigas derrotar os inimigos do firmamento sem ajuda de ninguém.

-Podem vir buscar. Calisto colocou os livros no chão. -Todos devem pegar um bastão de energia. Vocês irão precisar daqui para frente. Eles possuem duas pedras de energia cada, podem fazer um estrago considerável.

-Legal. Gritou Odrin.

Bal pensava em Arão, o amigo ficaria sem bastão, a menos que... Todos já haviam pegado um, sobraram dois. Os garotos estavam entretidos com os objetos, ninguém prestava a atenção em Bal. Ele se aproximou queria pegar os dois restantes, mas Calisto estava ao seu lado observando. Não teve jeito, teve que pegar somente um, virou para partir quando a voz de Calisto soou.

-Jovem Balduíno, venha cá.  Ordenou. -Deixe-me ver o seu bastão.

O garoto ficou espantado por Calisto saber seu nome. Pegou-o na mão, olhou com atenção.

 -Hhhumm!  Fez uma cara de reprovação. -Este bastão não parece estar muito bom... Faça o seguinte leve este último também, se por acaso, ele não funcionar,   você pode utilizar o outro. Piscou para Bal.

"Será que ele lê pensamentos ?"

Calisto se foi do mesmo modo que chegou, rápido e  sem deixar vestígios. Os garotos  retornavam do treinamento, não tinham percebido o tempo passar, ficaram o dia todo ouvindo sobre a aura. Estava quase anoitecendo esta seria a quinta e última noite da Lua de Sangue e Arão não estava entre  eles.

 


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