Guardioes de Deus: a Batalha nos Ceus escrita por cardozo


Capítulo 13
Capitulo 8 - Na cidade. Parte II




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-Cassi aqui !!

-Arão onde você estava? Não consigo achar o Bal em lugar nenhum. Talvez ele já tenha voltado. Quando eu colocar minhas mãos nele...  Pelo visto você também não teve muita sorte.

-Eu estava com uma mulher, ela  estava...  Parou de falar subitamente.

-O que foi Arão? Por que está assim tão espantado???

-Ela me disse: Vá Arão! E que Deus o acompanhe..."

Ficou pensativo tentando recordar-se de algo que havia se passado.

 -Sim e daí foi um modo carinhoso de dizer adeus.

–Curioso, em nenhum momento eu disse a ela o meu nome, como poderia ter adivinhado... Será que realmente ela pode prever o... 

Pegou Cassi pelo braço.

-Temos que voltar. Venha  comigo, só  preciso de um minuto para esclarecer um pequeno assunto.

Correram até o local onde estava a velha.

-Calma Arão.

Para sua surpresa ao chegar à tenda não havia mais porta alguma somente uma parede.

-Arão, acho que viemos a tenda errada.

-Não! É esta! Tenho certeza absoluta.

Arão parou e perguntou a um senhor que estava em uma barraca ao lado.

-Por favor, o senhor não reparou o que aconteceu com a porta que havia nesta parede?

-Ai? Impossível meu filho, eu estou nesta barraca a centenas de anos e a senhora que ocupava  ai ao lado já partiu há muito tempo. Hoje o local está abandonado. Mas muitos dizem que um dia ela vai voltar.

-Você  está bem? Será que simplesmente não imaginou tudo isso. Acho que é por que estamos na Cidade pela primeira vez e você está vislumbrado com tudo...

-Claro que não. Tenho certeza do que vi. Veja isto.  Mostrou as cartas para Cassi.

-A mulher me deu estas três cartas. Como era o nome dela mesmo?

O garoto se esforçava para lembrar.

-Nesália! Este era o nome dela. Olhe, observe os símbolos.  Arão frisou os desenhos.

-Sim e daí?  O que tem os símbolos?

-Não compreendo são todos iguais.

-Se você não compreende, eu muito menos, vamos embora senão estaremos perdidos. Abdala não deve estar nada contente conosco.

Puxou Arão pelo braço rua abaixo.

 -Ele ainda não voltou? Cassi estava furiosa. -Mas onde será que aquele Bal foi se meter...

Abdala conversava descontraído com outra pessoa, gesticulava tanto que  parecia um louco. Ambos davam altas gargalhadas de uma piada que ele acabara de contar.

-Desculpe amigo não posso mais acompanhá-lo, tenho uma missão a cumprir. Até mais.

Finalizou a conversa se dirigindo aos jovens.

-Que caras são essas? Até parecem que perderam alguma coisa importante.

-E perdemos mesmo! Aquele bobo do Bal sumiu. Disse por fim Cassi desanimada. - Já estamos atrasados e não conseguimos achá-lo.

-Ora, mas por que vocês não disseram que era isto que os afligia, ele está ali naquela tenda comendo. Ele saiu para procurar comida e voltou, mas você já tinha saído com seu amigo rua abaixo. Ele me pediu para avisá-la que estaria na tenda das frutas.

Abdala parecia estar com ótimo humor.

-Aquele comilão. Então desde o começo você sabia onde ele estava?

Abdala fez um sinal de positivo respondendo a pergunta de Cassi.

-E mesmo assim nos deixou procurá-lo? Estávamos preocupados, andamos por muitas ruas e o tempo todo ele  estava aqui perto. Falou Arão.

-Por que não nos impediu?

-Eu  bem que tentei, mas vocês não me deram ouvidos e saíram correndo feito loucos.

Bal vinha todo despreocupado comendo uma fruta que aparentava estar deliciosa. Cassi o pegou pela manga da camisa e o advertiu:

-Hei! O que você pensa que está fazendo?

-Eu estava me abastecendo se não se importam, afinal andamos muito e comemos pouco hoje.

-Eita saquinho sem fundo você.  Disse Cassi.

-Não resisti a elas. Eu até voltei, mas vocês tinham desaparecido. Perguntei a Abdala se tinha tempo para mais algumas frutas, ele disse que vocês iam demorar um pouco. Bom, aproveitei o tempo para comer esta delícia.

Bal exibiu uma linda maçã.

-Mas vai pagar com o quê? Perguntou Arão.

-Sabe, no início eu pensei em pegar umas dessas pedras que estão nas paredes para trocar pela fruta, porém desisti.

-Como você pagou? De onde venho sempre trocamos comidas por favores. Não vá dizer que você...  

Cassi ficara tão incrédula que nem terminou a pergunta.

-Não! Não roubei nada, apenas peguei.  Respondeu-lhe Bal.

-Assim, apenas pegou.

A garota  falava muito rápido e debochado. Olhou para Arão e cada um segurou um braço de Bal conduzindo-o de volta para a tenda.

-Você vai devolver isso agora é muito feio roubar. Disse Arão.

–Peraí, não empurra não. 

Foi arrastado em direção a tenda.

-Sou inocente eu juro. Gritava.

Abdala os acompanhava sem falar nada, divertia-se com a situação. Chegaram à tenda onde um homem estava atrás de uma banca cheia de frutas. Ao ver os três chegarem  e soltarem Bal a sua frente ficou com a expressão preocupada. Perguntou com um sotaque estranho:

-Problemas Senhor Bal? Não gostar da fruta? Ter outras. Muitas outras. Eu pegar a  mais bonita e suculenta.

 -Sim eu gostei, ela estava maravilhosa, mas meus dois grandes amigos acham que eu roubei a fruta.

-Não, não, não. Dizia o homem com simplicidade querendo  explicar a todos o que aconteceu. - Senhor Bal não roubar, eu dar pra ele fruta. Vocês querer? Eu poder lhes dar umas também.

Sorriu para Cassi.

-Mas não temos como pagar-lhe? Respondeu Arão.

-Pagar? E por quê? Eu não cobrar. Um belo sorriso e a satisfação em servir já será mais que eu merecer.  Disse o homem.

-Mas como pode isso? Não cobra nada. Não podemos fazer algo pelo senhor? Perguntou  Cassi constrangida pela bondade do homem.

-Acho que vocês se esqueceram de onde estão. No firmamento o maior pagamento de uma pessoa é poder ajudar e acho que se vocês não aceitarem estarão fazendo desfeita para este humilde, porém feliz vendedor. Verão que a Cidade Superior é diferente de tudo que já presenciaram, mesmo para vocês que são de outras comunidades.  Interveio Abdala.

Puderam ver um imenso sorriso em seu rosto enquanto indicava as frutas.

-Obrigado. Cassi ia pegar, quando foi interrompida pelo vendedor.

-Parar, parar...

-Mas o Senhor disse que podíamos pegar. Respondeu assustada com a reação do homem.

-Sim, poder pegar, mas essa, essa não boa.

Tirou a fruta da mão de Cassi, pegou em seu bolso  a maior e mais bonita fruta que se podia ver na tenda.

-Esta sim,  merecer ser mordida. Sorriu carinhosamente.

-Obrigada. Agradeceu Cassi vendo que o homem queria agradar-lhes ao extremo.

-Bom vamos indo. Mas o que você está fazendo Bal ?

Ele enchia uma sacola com algumas frutas.

-Só por precaução, não sabemos ainda quanto vamos andar e se der fome...

-Deixe isso aí.  Implicou Cassi.

-Calma Cassi. O Homem está oferecendo as frutas. Vamos aceitá-las. Disse Arão.

-Está bem, mas somente desta vez. Obrigado senhor.

Agradeceram e preparavam-se para partir. Quando Bal foi sair notou grande peso em sua sacola. As frutas faziam muito volume, havia muito mais do que ele tinha colocado, ele não entendeu como aquilo aconteceu até que percebeu que o homenzinho as estava  colocando sem ele ver.

-Frutas levar, não poder passar fome. Dizia o homenzinho e não parava de encher a sacola.

-Ei! Peraí! Tá bom! Já está cheia. Pelo que você colocou  vou passar a eternidade toda comendo frutas.  Reclamou Bal saindo rápido, pois o homenzinho tinha saído para buscar mais frutas.

-Na verdade você tem toda a eternidade para comer essas frutas. Comentou Arão com um sorriso.

-Vamos partir, não podemos demorar muito mais a chegar ao Santuário. Disse Abdala

-Puxa! Só de pensar que vamos ter que caminhar mais já me faz sentir cansaço. Não existe um modo mais rápido de chegar a esse tal Santuário? Desde que saí de minha comunidade não parei de andar um só minuto. 

Bal parecia uma criança choramingando.

-Nossa como você reclama. Depois dizem que as mulheres é que são choronas.  Debochou Cassi.

-Estamos muito distantes do Santuário? Perguntou Arão a Abdala.

-Não estamos longe, mas acho que  Balduíno tem razão, estamos muito devagar e vocês devem estar cansados. Apesar da revigorada que a cidade causa, vocês andaram muito, nada mais justo do que facilitarmos o restante do caminho. Vamos pegar um trenó de Orzário assim iremos mais rápido e vocês poderão chegar no fim do treinamento descansados. Respondeu.

-Trenó de Orzário?  Mas como um trenó poderá nos levar mais rápido? Mesmo por que  essas ruas estão cheias de pessoas. Perguntou Cassi.

-Vocês já vão ver.  Me sigam. 

 

 

 

Abdala guiou-lhes através de uma porta  em uma tenda mais adiante. O lugar estava cheio de ferramentas, pedaços de madeira, tábuas, potes  de vidros contendo parafusos, velas, algumas roupas esquisitas e vasos cheios de plantas. O cheiro da madeira era forte  e a luz só penetrava por  pequenas saliências no teto. Nas janelas cortinas marrons claro impediam a claridade de se propagar mais.  O local aparentava estar deserto.

-Não toquem em coisa nada, Orzário  é muito organizado e não gosta que tirem coisa alguma  lugar. Advertiu Abdala.

Os três olharam entre si, Bal fez um gesto com os ombros como quem não  entendesse as palavras de Abdala, como não viu ninguém decidiu explorar o lugar.

 Que mal teria? Este lugar esta cheio de coisas interessantes”. Pensou.

Começou a olhar uma prateleira cheia de frascos,  todos tinham dentro um espécie de  pó, cada um de uma cor diferente.

-Interessante isso, o que será que é? Perguntou Bal a si mesmo, enquanto tentava abrir o vidro sem obter muito sucesso.

-Não mexa nisso!

Ouviu uma voz grave que vinha de trás  do balcão. A figura de um homem surgiu. Ele possuía  estatura mediana, olhos claros, cabelos alongados de coloração branca e nariz empinado. Não era nem gordo nem magro e suas mãos estavam sujas de graxa. Ele usava um avental que  estava com a mesma aparência de seus membros superiores.

Bal quase derrubou o vidro perante o grito do homem que avançou sobre ele, tomou-lhe o pote das mãos lhe dirigindo a voz  calma e pausada.

-Você não ia gostar de abrir este vidro. Advertiu o homem.

-Por que não? Perguntou Cassi se intrometendo na conversa.

-Por que este vidro contém uma fórmula que o incomodaria muito, é o pó da aversão.

-Pó da aversão? O que significa isso?  Perguntou Bal.

-Bom, ele lhe daria uma coceira interminável. 

Olhou para o lado e viu o guia que os acompanhava.

-Eu lhes disse que Orzário  era ciumento com as coisas dele. Comentou

-Abdala meu amigo!  Como vai você? Há quanto tempo? Cumprimentou-lhe Orzário.

-Realmente, muito mesmo meu caro Orzário, os tempos são outros  e neles temos muito mais tarefas a realizar. Mas é sempre bom poder estar à disposição para ajudar e o que seria de nós, se não fôssemos mais necessários. Sorriu

-Você tem razão meu caro. Aceitam alguma coisa para beber? Quem sabe aquele velho licorzinho sagrado que tomávamos juntos?

Abdala assentiu com a cabeça. Orzário  pegou uma toalha colocando-a sobre a mão direita. Puxou-a rapidamente e como num passe de mágica  sobre sua mão surgiram, uma bandeja com um jarro e cinco copos que foram servidos a  cada visitante.

-Mas precisamos reservar um tempinho para conversarmos, sair como antigamente. Como aquela vez nas cachoeiras celestiais, Lembra-se das meninas? 

Orzário deu um cutucão na barriga de Abdala e o olhou  com um ar de arteiro.

-É foi muito divertido. Respondeu Abdala com a face corado de vergonha.

-Então vocês já se conheciam? Perguntou Cassi.

-Sim, já nos divertimos muito juntos, nos conhecemos à séculos e quando digo séculos, quero dizer séculos realmente.  Posso dizer que cultivamos uma bela amizade, toda vez que nos encontrávamos, recordávamos as velhas histórias que passamos. Como  aquela vez no monte dos cinco dias eu você e...

-Já chega. Podemos passar sem isto. Interrompeu Abdala meio encabulado. -Eles não estão interessados nisso.

-Como não? Pode mandar os segredos dele pra gente. Disse Bal tomando um belo gole da bebida, ao qual teve que cuspir imediatamente. -Como vocês conseguem beber uma coisa ruim dessas.

-Já vi que um de seus amigos não tem gosto refinado meu caro Abdala.

-Você tem uma loja muito organizada, com muitas coisas interessantes. Aposto que vive pesquisando sobre os mais diversos assuntos. 

Afirmou Arão desviando o assunto e salvando assim Abdala das suas recordações que pareciam ser bem constrangedoras, porém muito divertidas.

-Realmente, pesquisar é minha vida, buscar novos desafios.  Comentou Orzário. -Sempre gostei de estudar e  cada descoberta  é um grande motivo de muita alegria para mim.

-Orzário é a nossa cabeça pensante,  procura sempre obter conhecimento e estar bem informado. Eu diria que é um grande sábio, pois todas as coisas práticas que existem aqui foram criadas por ele.

-Não é para tanto Abdala, assim você me deixa constrangido, mas o que o traz por esses lados? Não creio que tenha vindo me convidar para um passeio, muito menos para relembramos nossas  velhas peripécias, como aquela vez nas cavernas...

Novamente Abdala interrompeu o amigo, antes que esse se empolgasse e passasse a tarde contando histórias.

-Acertou caro amigo, estou levando estes três jovens ao Santuário, gostaríamos de chegar  mais rápido, se é que me entende, então me lembrei que você tem os melhores trenós do reino e seria muita gentileza se nos emprestasse um para terminarmos nossa jornada.

-Mas claro! Será um prazer. Por que não disse logo? Venham comigo.

Acompanharam Orzário  entre vários compartimentos antes de chegaram a uma sala vazia.

-Você fabrica trenós? Puxa, deve ser muito interessante. Eles são bons? Questionou Arão.

-Pode ter certeza que são os melhores. Respondeu Orzário se gabando.

-Mas cadê eles? Aqui só tem uma sala vazia? Indagou Bal cheio de curiosidade.

-Ah! Me desculpem.

Orzário  estendeu uma toalha ao chão, quando puxou-a  de volta, surgiram  três trenós, um azul escuro , um vermelho fosco  e o outro rosa, um mais belo que o outro.

-Pronto amigos! Sintam-se à vontade para escolher o que mais lhe agradam. Todos são excelentes.

-Eu escolho. Interveio Cassi. -Vamos ficar com o rosa.

-Nnnãããooooo. Gritou Bal.

-O rosa não.

-Bela escolha minha jovem. Aplaudiu Orzário.

-Que preconceito Bal, o importante é chegar. Concluiu Arão fazendo sinal para que todos subissem.

-Não está faltando alguma coisa? Perguntou Bal.

-O quê? Questionou Orzário  com ar de preocupado.

-Alguma coisa errada? Isso é impossível!  Fiz todos os acertos necessários nele. Voa como uma flecha.

-Claro, mas quem vai puxá-lo?  Como iremos sair dessa sala? Ele não passa por aquela porta.   Concluiu Bal.

Abdala piscou para Orzário que estava com o rosto aliviado.

-Puxar? E quem disse que ele precisa de alguém para puxá-lo? Você não prestou atenção nas minhas palavras. Eu disse que ele voa como uma flecha.

-Voa? Como assim? Questionou Bal.

Orzário pegou em uma alavanca no meio do veículo movendo-a para trás, o trenó se elevou um pouco do chão. Os três jovens gritaram de espanto.

-Adeus caro amigo, a gente ainda vai  se sentar para conversar sobre nossas aventuras.

Abdala acenava enquanto deixavam a sala por uma imensa janela  aberta à frente.

 

Sobrevoaram grande parte da Cidade Superior, as coisas que viram eram inacreditáveis,  praças, torres, lagos, estátuas, tudo muito diferente e belo, talvez as coisas mais belas que já haviam presenciado.

-Vamos seguir o arco-íris. Sugeriu Abdala. De repente surgiu à frente do trenó  um enorme arco-íris, sobre o qual o veículo foi sendo guiado.

-Que lindo! A vista daqui é maravilhosa!!!  Exclamou Cassi com entusiasmo.

O veículo foi perdendo velocidade gradativamente até chegaram a uma grande muralha. Um pequeno túnel iluminado em ambos os lados dava passagem através da muralha. Seu o aroma era muito agradável e as  gravuras nas paredes pareciam contar uma pequena história entre dois anjos,  eram tão reais...

-Bom, agora vou-lhes explicar o que desejavam saber. O Santuário é o local onde vocês ficarão enquanto ainda não forem guardiões. Ele é composto de um templo e um castelo.  O castelo que mais parece uma cidade será usado para vocês repousarem, enquanto no templo receberão os ensinamentos. Este por sua vez possuía uma arquitetura incrível sendo composto por um aglomerado de basílicas. Dentro dele existem muitos locais cultuados a Osíris e Set...

No final do túnel uma luz começou a surgir,  primeiro como um pequeno ponto, para depois ir aumentando até cegá-los complemente, quando conseguiram abrir os olhos a visão que tiveram era inacreditável. O túnel  era a passagem que levava a um outro mundo dentro da Cidade Superior, totalmente diferente do resto. Não compreendiam como a cidade podia comportar tudo aquilo, mas como este era um mundo formado por magia...

Um enorme vale se agigantava à frente, com árvores, pássaros e um grande lago de águas cristalinas para onde convergiam vários rios. Um castelo se localizava ao centro, ligado por uma ponte a um templo. A frente do templo três  pilares se erguiam, cada um com uma estátua cravada em seu cume, duas prateadas que representavam figuras femininas  segurando um semi-círculo à altura do peito, estes quando unidos formavam a figura da lua. Elas faziam reverência à estátua central, dourada,  um representante masculino com uma tocha acesa na mão direita,  sua chama era não era muito intensa. Embaixo do pilar da estátua dourada havia uma abertura  que era preciso atravessar para chegar à entrada do templo.

-Parecem surpresos meus caros amigos, Já se esqueceram que estamos no mundo dos sonhos. Mesmo para  os que já fazem parte do Firmamento as surpresas serão constantes. O Santuário é o coração da magia, portanto risquem do vocabulário de vocês a palavra "impossível". Comentou  Abdala.

-Mas isso é incrível, este lugar é imenso. Olhem as águas correndo tão cristalinas e as aves voando, acho que nunca vi algo assim e  veja o tamanho daquele templo!

-Acho que a senhorita não é a única a ficar impressionada com o local. Riu Abdala ao se dirigir a Cassi.

-Olhe seus amigos.

Ambos estavam em silêncio, hipnotizados pela beleza do local e o templo... o impossível tinha acontecido Bal estava de boca fechada a alguns minutos  sem dizer uma palavra sequer.

-Aquelas estátuas que vocês estão vendo representam os dias e as noites do firmamento. Conforme o dia vai surgindo, o homem dourado que estava ajoelhado se levanta e a chama de sua tocha se acende,  vai ficando mais forte até chegar ao ponto máximo que é ao meio dia. Com o cair da tarde e a chegada da noite, ele cai de joelhos e sua chama se torna mais fraca até se apagar completamente.

Explicava Abdala

-Com as duas mulheres acontece o contrário, elas fazem  reverência ao dia e a noite se impõem, suas mãos se levantam, as semi luas brilham incessantemente, ao nascer do sol elas novamente voltam a fazer reverência, e as luas tem  seus brilhos  ofuscados. Isto ocorre desde o início dos tempos e nunca mudou.

-Muito interessante. Arão olhava intensamente para a chama.

O fogo  parece que nos hipnotiza. Chamando nos  para ele.

-Sim, o fogo... Um dos quatro elementos mais poderosos do reino. O fogo, a terra, a água e o ar. Os quatro elementos básicos. No Santuário vocês terão os melhores mestres, o conhecimento se faz presente  a todo o momento neste lugar.  Tenho certeza que com o tempo conseguirão as melhores amizades.

Sua face ganhou traços de seriedade antes de completar seu raciocínio.

-No inicio talvez vocês encontrem um pouco de dificuldade de se relacionar com as pessoas deste lugar, mas com respeito, lealdade e dignidade conseguirão conquistar a confiança de qualquer um. Serão merecedores de sua admiração. Afinal, pelo pouco que estive com vocês sei que são pessoas puras e com ótimos corações.

Abdala bateu forte com a mão ao peito. Arão ia fazer uma perguntar, mas algo chamou-lhe atenção.

 -Olhem à frente do templo. Apontou Bal.


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