Princesa industrial escrita por AmanteSolitária


Capítulo 8
Decepções


Notas iniciais do capítulo

A partir de agora a fic vai tomar um rumo bem diferente. Eu espero que gostem e continuem lendo. mas por favor, se não gostarem me digam o motivo pra eu poder mudar.
Queria dar as boas vindas a uma leitora nova: Leh Mills e a uma leitora fantasma que saiu da escuridão: Mandy Hunter.
Beijinhos.



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Acordei no dia seguinte sem parar de sorrir. Tateei a cama ao meu lado e estava vazia. Levantei e fui a procura de Miguel. Não consegui encontra-lo em lugar nenhum. É claro que não, ele havia conseguido o que queria. Como eu era tola, ingênua de achar que ele realmente gostava de mim. É um casamento arranjado, ele não precisa gostar de mim. Ele só precisa fazer o que os pais mandam.

Eu me sentia usada, frágil. O oposto do que sentira na noite anterior. Depois de duas horas esperando Miguel com um resquício de esperança, eu não conseguia ficar nem mais um minuto naquela casa. Subi, arrumei minhas coisas e voltei para a casa dos meus pais. Tomei um banho e me deitei. Como eu pude ser tão boba? Ele nunca iria me querer da forma que eu imaginava. Eu sou praticamente uma criança se comparada a ele. Ele apenas cumpriu seu dever como um Havonteccio. Eu, como uma Depuleto, sou obrigada a me casar com ele. Se não fosse pela minha família… Acabaria com o noivado nesse instante. Ei, eu posso não ter como fugir do casamento, mas tem como eu não ser a única usada nesta história. Levantei, me troquei (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=167656281), peguei meu celular e liguei para Felipe:

–Oi, gostosa. - Respondeu assim que atendeu.

–Fala, seu lindo. Tudo bem? - Respondi.

–Tudo e você? Como vai o noivado?

–Como seria? Insuportável, obvio. Eu preciso sair, pra qualquer lugar. - Respondi com um sorriso se formando em meus lábios.

–Eu estou livre no momento, passo aí em dez minutos, esteja pronta. - Eu sabia que podia contar com ele.

Exatamente dez minutos depois seu carro estacionou em frente a minha porta. Desci as escadas e ele estava escorado no carro a minha espera. Passei pelo portão e ele me encarou por mais alguns segundos:

–Podemos ir? - Perguntei.

–Você sabe que eu não posso te agarrar e por isso fica tão bonita, não é? Isso é injusto. - Como eu adoro este ser. É quase como se ele adivinhasse meus pensamentos.

–E quem disse que não pode? A noite é uma criança. - Ainda bem que com ele eu não precisava fingir ser a princesinha perfeita.

Fomos até uma boate no centro da cidade. Sentamos no bar e eu comecei a noite com um shot de tequila para esquecer aquele dia péssimo. Logo depois pedimos as bebidas. Eu bebi toda a minha em um gole só, tirei a camisa jeans e fui para a pista de dança. Felipe veio em seguida e segurou em minha cintura enquanto eu dançava. No meio da música ele beijou meu pescoço. Me virei para ele e uni nossos lábios com urgência. Ficamos mais duas horas na pista e entre beijos e danças eu vi a última pessoa que eu gostaria de ver naquele momento. Miguel, se agarrando em uma loira qualquer. Antes que ele pudesse me ver, saí rapidamente e voltei para o bar. E depois de mais alguns minutos conversando com Felipe, ele lançou uma pergunta que eu não esperava:

–O que um cara tem que fazer pra te levar pra cama? Eu te conheço, Milena. Eu realmente te conheço e sei que você não é daquelas apaixonadas que esperam o príncipe encantado. Eu gosto disso em você, a gente se entende. Você sabe disso. E além do mais, esse noivado é só de fachada. Você me provou isso hoje.- Depois desse discurso e do ódio que eu já estava de Miguel eu sabia exatamente o que tinha que fazer pra me vingar.

–O que um cara tem que fazer pra me levar pra cama? Muitas coisas. Mas você? Nada. Me diga que seu apartamento está vazio e vamos para lá agora. Você tem razão, você me conhece e eu só preciso disso neste momento. - Eu não sei se foi a raiva ou a necessidade de provar para mim mesma que eu era desejada que me fez dizer isso, mas agora não tinha como retirar.

Fomos para o apartamento de Felipe. Eu ja tinha estado lá várias vezes, mas nunca dessa forma. Assim que entramos ele começou a me beijar. Eu realmente queria me sentir culpada por estar traindo meu noivo, mas com Felipe não tinha como. Era quase como se tivéssemos uma conexão. Ele sabia exatamente do que eu gostava e quando fazer cada coisa pra me fazer delirar. Eu me entreguei para ele e ele fez o possível para me enlouquecer. Quando nenhum dos dois conseguia mais, deitamos lado a lado e ficamos nos beijando enquanto ele acariciava meu cabelo.

Conheci Felipe alguns anos atrás em um daqueles tediosos eventos sociais. Fugimos juntos para uma festa e lá ficamos pela primeira vez. Com o passar dos anos ficamos muito próximos. Nunca nos apaixonamos um pelo outro, mas sempre houve uma atração física. Nos encontramos diversas vezes por nossas famílias serem muito próximas. Ele verdadeiramente é a pessoa que mais me conhece. Conhece meu lado santo, quando estou próxima a minha família ou alguém que devo impressionar e meu lado eu, quando eu faço o que eu quero sem pensar muito. Ele sem dúvidas é o homem mais bonito que eu conheço: Olhos azuis, cabelo escuro, corpo definido(muito bem definido) e um sorriso perfeito. O sonho de toda garota. Gentil e safado ao mesmo tempo e um charme que conquista qualquer uma. Anda de moto, toca bateria, guitarra e canta. Não tem como não ficar caidinha por ele.

–Seus pais podiam ter mandado você se casar comigo. -Disse ele rouco depois de um tempo. Arrepiei com aquela voz. -Com você em casa eu nunca precisaria de amante.

– O que é uma pena para nós dois, porque eu provavelmente vou. - Disse logo antes de beijá-lo.

–Por que, princesa? O filhinho de papai não consegue dar conta de você? -Ele me puxou pra perto.

–Comparado com você? Não chega nem aos pés. - Respondi com sinceridade.

–Você sabe que pode vir pra cá quando quiser, não sabe? Estarei sempre a disposição. -Ele ficou sobre mim e beijou meu pescoço. - Vou tomar banho, volto já. - Ele se levantou e foi em direção ao banheiro.

Assim que ele saiu, diversos pensamentos me invadiram. Eu tinha errado. Eu disse que amava um homem e no dia seguinte fui pra cama com outro. Mas o homem que eu amava não me amava da mesma forma. Ele me abandonou e eu vi ele agarrando outra. Eu estava certa. Ele não podia apenas tirar o que queria de mim e depois sumir sem dar explicações. Pra ele eu sou apenas uma bonequinha ingênua que lhe pertence de qualquer forma.

Eu não pertenço a ele, é apenas um contrato que nos une. E mais um contrato que vai nos unir em alguns anos. Nosso único elo não passam de papeis… E agora a minha primeira vez. Eu fui usada mais uma vez pra ser o elo entre duas empresas. Para eles eu não passo disso. Mas eu sou muito mais. Eu sou um ser humano que precisa de carinho e de atenção e a única pessoa que sabia exatamente a dose certa estava bem próxima. Antes que mais pensamentos me perturbassem, entrei no banheiro:

–O que foi, anjo? Precisa de algo? - Felipe perguntou assim que me viu.

–Preciso. - Entrei no box junto com ele. - Preciso de atenção.- Selinho. - Preciso me sentir viva. -Selinho. - Preciso de você. - Ele me agarrou pela cintura e me deu um beijo de tirar o fôlego.

–Achei que nunca fosse pedir. - E uniu nossos corpos mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

EU SEI, ELA VIROU UMA PUTA!! MAS VOCÊS VÃO ENTENDER OS MOTIVOS DELA MAIS PRA FRENTE!!! me digam o que acharam, de verdade!!



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