Princesa industrial escrita por AmanteSolitária


Capítulo 20
A felicidade dura pouco.


Notas iniciais do capítulo

Genteee... vcs sabem que eu amo vcs, ne?? mas eu to muito lotada de coisas da escola pra fazer e por isso eu provavelmente não vou conseguir postar mais nada ate sabado, mas juro que vou tentar.



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–Eu estou grávida. - Disse mostrando o teste a ele. Ele ficou alguns segundos em silêncio até que respondeu.

–Isso é perfeito. - Ele disse sorrindo e me levantando.- Vamos ter um filho. - Me soltei por um instante de seus braços.

–Você não está entendendo. Eu vou ter um filho seu, mas vou me casar em duas semanas. Eu tenho 17 anos e você nem terminou a faculdade. Como você pode ficar feliz com uma coisa dessas?

–Como você pode não ficar feliz, Milena? É uma criança… Que vai comprovar ainda mais o nosso amor. É a desculpa perfeita pra te tirar desse casamento. Seus pais não vão querer que você se case com Miguel estando grávida de outro homem.

–Você não está entendendo, Felipe. Eles vão me obrigar a me casar de qualquer forma e é capaz de me obrigarem a dizer que o filho é dele. - Ele pensou por um segundo.

–Então fuja comigo. - Disse ele sério. - Eu posso pedir para ficar em outra sede do escritório em outra cidade e sumimos desse lugar. Assim você não vai precisar se casar e podemos criar nosso filho.

–Você acha realmente uma boa ideia? Eu acabei de terminar o colegial e você está a um passo de terminar a faculdade. Não temos pra onde ir e nem com quem contar neste momento.

–Eu tenho você e você tem a mim, isso deve bastar. E eu tenho algum dinheiro no banco o que deve ser suficiente para nos acomodar. Então… Você vem? - Perguntou ele com os olhos brilhando.

–Eu vou pra qualquer lugar com você! - Disse pulando em seus braços.

Fiquei com ele mais algumas horas para decidir quando tudo aconteceria. Ele iria me buscar hoje em duas horas e amanha cedo ele falaria com a empresa e partiriamos. Voltei para casa para arrumar minhas coisas.

***

Assim que entrei em casa fui direto para o meu quarto. Meu pai estava lá segurando a caixa do teste de gravidez. Como pude ser tão burra? Não era possível que quando eu realmente ia tomar as rédeas da minha própria vida algo assim aconteceria. Decidi inventar uma mentira qualquer:

–Não pense nada errado, pai. Isso é da Ana. Ela precisava de um lugar para fazer onde os pais dela não soubessem de nada.

–Você realmente me acha idiota a esse ponto, Milena? Se sim, você não vai se importar se eu olhar a sua bolsa. - Apertei a bolsa contra o corpo. - Me dê a bolsa e me poupe de gritaria. - Entreguei a bolsa a ele que remexeu e encontrou o bendito objeto. - Você é realmente uma inútil. Nem pra se proteger você serve. Eu sei que o babaca não é o Miguel. Você vai me contar quem é ou eu serei obrigado a descobrir sozinho?

–Mas eu… Miguel… Espere… - Ele trancou a porta atrás de si.

–Você vai me falar quem é! E eu sei que não é o Miguel. - Ele agarrou meu braço e me lançou do outro lado do quarto. - Você é uma vadia. - Senti uma dor muito forte em minha face direita. Ele nunca tinha me batido daquela forma. - Você não presta. - Ele me bateu mais uma vez e eu caí sentada no chão. - Usando aquelas roupas curtas. - Me bateu. Cada tapa ele aumentava a força e eu comecei a chorar. - Dormindo fora nos fins de semana. - Ele continuava a me bater. - Você ao menos sabe quem é o pai dessa criança? - Ele não gritava. Toda a sua raiva era descontada nos tapas que ele nunca me dera na vida. - Provavelmente não. Onde foi que eu errei com você? - Ele me pegou pelo braço e me lançou novamente. Bati a cabeça na quina da cama. - Até eu descobrir quem é o pai dessa criança você não sai desse quarto.

Comecei a chorar até que senti uma forte dor no abdome. A dor foi aumentando. Me arrastei até a porta e bati várias vezes na mesma. Ninguém respondia. A dor aumentava a cada segundo. Eu soluçava e as lágrimas não paravam de cair. Senti uma forte pontada, quase insuportável. Quando tentei bater mais uma vez na porta ouvi vozes. As vozes foram aumentando junto com a dor até que tudo se apagou ao meu redor.

***

Acordei em uma sala branca. Felipe estava sentado com a cabeça apoiada no canto da minha cama. Eu estava no hospital…

POV Felipe

Eu não podia estar mais feliz. Minha princesa teria um filho meu, nós iríamos fugir e tudo estava dando certo. Estacionei em frente a sua casa e mandei uma mensagem avisando que tinha chegado.

Dez minutos e nada dela descer. Liguei para ela, o celular estava desligado. Tinha algo errado. Ela não teria desistido, teria? Decidi entrar. O segurança logo me reconheceu e liberou a minha entrada sem ao menos interfonar. Parecia que ele já sabia que eu entraria. Abri a porta sem me importar em tocar a campainha.

Assim que entrei na sala, dei de cara com o senhor Depuleto com o celular de Milena nas mãos:

–Então você é o cachorro. É sério, Felipe? Depois de tantos anos de amizade entre nossas famílias. - Gelei.

–Eu me apaixonei por ela. Não é algo que eu possa controlar. Onde ela está?

–Está a salvo, não se preocupe. - A ouvi gritando e barulhos vindos do andar de cima.- E você não está apaixonado por ela, apenas quer o que não pode ter.

–Eu terei que discordar. Já era interessado nela antes de saber que era comprometida. Onde ela está? Ela vai vir comigo.

–Você é um estudante de direito e por isso deve saber que ela sendo menor, se for tirada desta casa sem o consentimento dos pais você, sendo maior de idade, pode ser preso por sequestro, além de indução de menor e pedofilia.

–Não me importa, você é um otário e eu só preciso tirar ela e meu filho de perto de você. - Ainda ouvia os barulhos constantes no andar de cima.

–Você estragou tudo, seu infeliz. O plano de uma vida toda. - Ele se aproximou com velocidade e acertou meu olho em cheio.

Eu cambaleei por alguns segundos até me dar conta do que ele poderia ter feito com Milena. Subi as escadas e ele subiu atrás. Ele tentou me socar novamente, mas eu segurei seu punho.

–Abra esta porta. Agora. Não é um pedido. - Ele tirou a chave do bolso com uma mão enquanto eu segurava a outra atrás de suas costas. O soltei assim que me deparei com Milena no chão, desmaiada e sangrando. A peguei no colo. - Agora estamos quites. Você me prende por sequestro e eu te prendo por agressão. - Saí correndo e a coloquei no carro me dirigindo para o hospital mais próximo.


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Notas finais do capítulo

Beijinhoos