Sunskrupt! escrita por Vinea


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :))



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Sinceramente, não sei como fui acabar num relacionamento com o Zoro. Não que eu veja problema nele ser homem ou de eu ser homem também. O problema é que, eu e o Zoro, nunca nos damos bem. E isso ainda é estranho para mim, mesmo já estarmos nesse relacionamento há dois anos.

Eramos obrigados a nos suportar porquê sempre fizemos parte do mesmo grupo de amigos. Mas isso nunca foi um impedimento de rolar uma discussão ali, uns socos e chutes lá... Nada fora do normal.

Pra todo mundo, foi um choque quando assumimos o namoro. Foi um choque até pra mim começar a namorar com ele... As únicas pessoas que não vêem nada de mais nisso, é o próprio Zoro e o tapado do Luffy.

Vou explicar agora, como uma coisa foi acabar em outra coisa completamente diferente.

...

Desde mais novo, sempre me senti um pouco estranho por não prestar muita atenção em mulheres, nos corpos delas... Nada, nada me atraía. Já tentei sair com um monte de mulheres, mas nunca me senti excitado o suficiente para transar com elas.

Até que o tema virgindade foi tocado entre nós, homens. Eu era o único virgem do grupo, até o Luffy já tinha transado. Ele não inventaria algo do tipo pra não ficar constrangido, ele nunca se importou com isso. Portanto que a carne sempre esteja do lado dele, nada mais importava.

Enfim, de certa forma, esse tema virgindade, nunca me incomodou, eu sempre achei que era meio assexuado. Porém ao ver uma cena que me deixou curioso e excitado, me fez mudar de ideia sobre eu ser assexuado.

Vi dois homens se pegando numa balada que eu tinha ido com os meus amigos. E fiquei assistindo eles de boca aberta, até que um deles percebeu que eu estava olhando e me convidou. Por mais curioso e excitado que eu estava, neguei. Ainda era inexperiente em sair com homens, nem transar com uma mulher eu tinha transado, quanto mais com um homem.

E naquele dia mesmo decidi levar uma mulher qualquer pro meu apartamento e resolver esse problema da virgindade. Àquela cena de antes não saia da minha cabeça, e isso me animou bastante. Porquê eu tenho certeza absoluta, que eu não ficaria duro. Definitivamente, mulheres não é o meu forte.

A partir daí, problema resolvido.

Logo depois comecei a sair com homens também. Claro que eu saia com mulheres só pra manter as aparências.

Eu ainda tinha dezessete anos, nem tinha muita certeza da minha sexualidade. Sempre preferi homem à mulheres, pois eles sabiam o que eu queria, sabiam onde eu queria ser tocado, chupado, beijado... Não era só em questão de sexo, eles sempre tem um assunto em que eu esteja interessado. Sou um pouco exigente; não gosto muito de sair com cara idiotas.
Mas olha só com quem eu fui acabar namorando?

Com o idiota mais completo do mundo.

...

Com o passar dos anos aceitei minha sexualidade sem problema algum, encarei isso de uma boa forma. Não me sentia estranho em relação a isso, era natural.

No entanto, eu ainda não havia assumido isso aos meus amigos, eu não estava muito preparado. Era totalmente assumir para eles. Por mais compreensíveis que eles sejam, ainda era difícil assumir isso para eles.

Continuei fingindo a minha tara por mulheres, porém, não com aquele exagero todo de antes, fui amenizando isso aos poucos. Eu iria me assumir aos poucos.

Coisa que não passou despercebida pela Nami-san e Robin-chan. Ambas me perguntaram o motivo, mas as enrolei dando qualquer desculpa.

Esse meu disfarce estava dando certo. Sempre fui muito cauteloso, nunca deixei nada transparecer. Até mesmo nas festas que eu ia junto dos meus amigos, e por causa disso esmo, eu não saía com muitos homens... Três já estavam de bom tamanho.

Mas, teve um vez, que fui sozinho. Eu estava chateado com alguma coisa nesse dia e saí sozinho mesmo. Peguei muito homem mesmo naquela festa, transei só algumas vezes, todas rapidinhas... Queria guardar minha energia pro final, onde eu iria pra minha casa e transaria até não aguentar mais.

Epra minha surpresa, Zoro estava na mesma festa que eu. Ele viu tudo, desde a hora que eu tinha chegado.

Achei muito estranho ele estar na festa aquele dia, ele nem conhecia o dono da mesma. Mas depois que ele me disse que foi sem querer pra festa errada.

Idiota maldito que não tem a merda de um senso de direção! Nunca vi uma pessoa mais desnorteada que o Zoro na minha vida.

Enfim, depois que ele me viu livre de companhia, Zoro me puxou pelo pulso e me prensou na parede me surpreendendo.

Tivemos uma grande discussão naquela noite. Não que ele me recriminava por eu ser homossexual, mas por eu não ter dito nada a ele ou pra ninguém do nosso grupo de amigos.

Nunca vi Zoro tão chateado. Eramos amigos apesar de tudo. Sempre contamos tudo um pro outro, mesmo não nos suportando. Coisa que eu sempre achei cômica entre nós dois.
Pedi desculpas a ele e expliquei o porquê de eu não ter dito nada pra ninguém antes. Na hora ele não me desculpou, mas depois conversamos melhor e ele entendeu meu lado.

Depois desse ocorrido ficamos mais próximos. Passávamos mais tempo juntos mas as discussões por coisas fúteis nunca cessaram, nem diminuíram.

Num dia qualquer, marquei com os meus amigos de se encontrarem na minha casa. Coisa que sempre fazíamos; um dia na casa da Nami-san, outro na casa da Robin-chan e por aí, a do Luffy era a única que quase não íamos. Por causa do Garp, aquele homem é de dar arrepios. Não que ele proibisse o Luffy de levar os amigos dele pra casa, a gente mesmo que preferia não ir. Na minha casa ou de qualquer outro, podíamos fazer mais barulho, gritar mais, beber mais... Fazer tudo sem ninguém nos controlando.

Enfim, todos vieram pra cá.

Bebemos, comemos, rimos, nos divertimos a beça com as palhaçadas do Luffy, Chopper e Usopp e com as músicas do Brook que ele sempre faz questão de tocar nós.

Como de costume, alguém sempre fica pra pra ajudar a arrumar a bagunça. Zoro estaria de folga no dia seguinte, então ele se ofereceu pra me ajudar.

— Oe, Marimo, não precisa ficar. — falei. — Como você vai voltar sozinho?

— Eu não sou nenhuma menininha indefesa, posso muito bem voltar sozinho.

— Eu sei que você não é nenhuma menina indefesa. — respondi, enquanto eu me agachava pra pegar os pratos sujos do chão. — O problema é esse péssimo senso de direção que você tem.

Vi uma veia saltar na testa dele em pura irritação. Ele odiava quando alguém falava do péssimo senso de direção dele. Não falei por mal, só que eu fico preocupado com esse idiota que se perde toda vez que vai sozinho pra casa. Me admira ele conseguir se locomover pelo meu apartamento. Não que meu AP seja grande, mas o Zoro tem um dom de se perder que me deixa assustado.

— Se não quiser que eu fique é só falar, merda.

— Não 'tô falando disso, idiota. — rebati. — Apenas esqueça. Passe a noite aqui e estamos resolvidos.

— Você e essa mania de ficar falando do meu senso de direção... — resmungou, levando os copos e pratos para a cozinha.

Antes que ele alcançasse o corredor, saí na frente dele só para irritá-lo.

— É pra me seguir, Marimo. — falei, sorrindo sarcástico.

— Quer morrer, maldito?! Hein?! É só falar!. — rebateu irritado, me fazendo rir.

Depois de arrumarmos a bagunça, sentamos no chão da sala e decidimos beber o sakê que tinha sobrado. Ficamos a madrugada toda bebendo, fizemos uma aposta pra saber quem beberia mais.

Claro que eu perdi. Zoro bebe cachaça como se fosse água. Não sei porque fiz uma disputa besta dessas já que eu sabia que ia perder. Acho que a única pessoa que aguenta uma disputa com o Zoro, é a Nami-san.

—Zoro, vou dormir. — anunciei me levantando e ver tudo girar ao meu redor. Caí de bunda no chão devido a tontura.

Zoro começou a rir feito um idiota. Ele teve uma crise de riso com uma coisa tão idiota, que chega a me irritar. Marimo de merda.

— Você é um fodido mesmo, Sanji! — comentou ele, limpando uma lágrima que escorria do olho dele.

— Tch! Idiota. Vai dormir no sofá duro sem travesseiro.

Como se isso fosse fazer alguma diferença para ele. Onde ele encosta, já está dormindo sem se importar. Outra coisa que me tira a paz. Esse idiota já foi assaltado mais de dez vezes por dormir em locais públicos como se fossem o apartamento dele.

— Como se isso importasse. — respondeu, já se deitando no chão.

Viu? Falei que não ia fazer diferença alguma para ele.

Mas de qualquer forma, fui ao meu quarto e peguei o futom para ele dormir.

— Aqui, Marimo de merda. — falei, jogando o futom enrolado ao lado dele, mas nada desse retardado se mexer. — Não acredito que ele já dormiu...

— Eu ainda não dormi, Ero Cook. — falou ele, abrindo os olhos.

— Hm... Que seja. — falei. — Estou indo dormir. Boa noite ou madrugada... Sei lá.
Virei de costas pronto para caminhar, porém Zoro agarrou meu tornozelo me impedindo de continuar.

— Espera. — pediu soltando meu tornozelo, se levantado e ficando à minha altura.

— O que foi? — indaguei, arqueando uma de minhas sobrancelhas.

— Eu não quero dormir aqui sozinho. Está frio...

— O futom está aí pra isso. — respondi, não entendendo a repentina mudança de comportamento do Zoro.

— Você não entendeu, Sanji. — falou se aproximando mais de mim. — Eu não quero só dormir.

A surpresa foi tanta, que eu sem resposta. Primeiro; o Zoro nem está bêbado, segundo; ele nunca me disse nada sobre essa "bissexualidade", terceiro; Zoro é gostoso sim mas ficaria um clima estranho entre nós dois se transássemos.

— Zoro, acho melhor você parar com isso. — alertei, pondo minha mão em seu peito afastando-o um pouco.

— Por quê? Você não quer? — questionou ele cruzando os braços, arqueando sua sobrancelha. — Eu quero, Sanji... E muito.

Engoli em seco. Ele estava realmente sério sobre isso, ele queria mesmo fazer isso.

— E se ficar um clima ente nós? Hein?

— Não vai ficar. — respondeu sério. — Eu tenho plena consciência disso.

Iniciou um longo silêncio na sala. Mesmo depois dessa afirmação dele, ainda fiquei hesitante. Não queria por uma amizade de anos em risco por causa de uma foda.

Mas como Zoro é um jumento, entendeu aquilo como uma permissão pra vim em cima de mim e me beijar. E eu beijei, é claro.

Resultado: transamos, gostamos, repetimos.

E a parir daí começamos a namorar. Assumimos o nosso namoro pro ''bando" depois de um ano. Coisa que deixou todos muito chocados, menos o Luffy. Ele só ficou surpreso e disse o quanto estava feliz por nós dois. E depois disso, veio a bomba:

— Eu estou namorando também! — falou Luffy, com aquele tipico sorriso dele.

— Quem?! — perguntou Nami-san, surpresa e um pouco desapontada.

Digamos que, ela era apaixonada pelo Luffy. Todo mundo ali sabia disso, menos o próprio Luffy.

— O Law!

Luffy querendo ou não, sempre consegue surpreender todo mundo. Mas isso não foi coisa o suficiente para esquecerem do mim e do Zoro. Pois eu ainda nem tinha dito a eles minha verdadeira sexualidade.

Fiquei tonto de tanta pergunta feita por eles. E tudo o que o Marimo maldito fez foi beber e não responder nada a ninguém.

...

Nesse exato momento, estou na frente do apartamento do Zoro esperando ele abrir a porta. Aposto que ele deve está procurando a entrada do próprio apartamento.

— Até que enfim! — falei, assim que ele abriu a porta. — Pensei que eu ia mofar aqui fora.

— Vai ficar reclamando ou vai entrar? — rebateu ele, com a cara emburrada.
Ignorei essa merda de mal humor dele e entrei o aparatamento jogando meus sapatos no genkan. Assim que eu entrei na sala senti aquele cheiro de maconha. Agora sei porquê ele demorou pra abrir a porta.

Abri as janelas pra sair esse cheiro forte de maconha. Provavelmente ele ainda deve está na ''onda".

Zoro não é um viciado, um necessitado de maconha. Na verdade, ele quase não fuma, só quando ele está um pouco estressado ou ansioso.

Agora entendi o motivo dele me mandar uma mensagem dizendo que querendo me ver...

Fui à cozinha preparar algo para comer. No caminho pra cá, fiz uma pequena compra. Coloquei as sacolas sobre a mesa e lavei minhas mãos. Logo peguei uma carne do congelador e a coloquei no microondas. Enquanto isso, fui cortando os ingredientes necessários.

— Vai fazer o quê? — questionou Zoro, abrindo a geladeira e retirando uma cerveja de lá.

— Carne ensopada. — respondi. — Já vai beber?

— Só um pouco. — falou, encostando-se à pia ao meu lado.

Enquanto eu fazia a comida, Zoro ficou comigo na cozinha me fazendo companhia

Em uma hora o jantar estava pronto. Zoro me ajudou arrumar a mesa, e logo jantamos.

Assim que acabamos de jantar, Zoro lavou a louça e eu fui pra sala deitar no sofá.

Estou exausto! Hoje o restaurante estava mais cheio que o normal. E amanhã irei cozinhar para o prefeito da cidade. Isso meio que me deixa um pouco ansioso. Preciso descansar bem essa noite, por mais que eu queira transar com o Zoro hoje, preciso descansar. Saco.

Deitei no sofá e tapei meus olhos com o meu antebraço, não demorou muito e peguei no sono.

...

— Oe, Sanji, vai pra cama.

Afastei meu braço do meu rosto e abri meus olhos, conçando-os em seguida. Me sentei no sofá, soltando um longo bocejo.

— Vou pra casa. — falei me levantando.

— Hm, por quê?

— Eu trabalho amanhã. — respondi, olhando para ele.

Ele segurou meu pulso, me puxando novamente pro sofá mas diretamente pro colo dele.

Estalei minha língua nos dentes e falei.

— Oe, Marimo, eu tenho que ir pra casa.

Ele não respondeu nada, só ficou beijando minha nuca de leve me causando arrepios.

— Fica aqui comigo, Sanji. — pediu num tom manhoso, mordendo meu lóbulo logo em seguida.

Preferi ignorar esse jeito como me pediu pra ficar, se não eu ia ceder. E eu tenho que trabalhar amanhã!

— Já disse que eu tenho que trabalhar amanhã! Eu não posso fazer nada que...

— Eu só quero que você durma aqui. — falou, levando sua mão em meu mebro e o amaciando por cima da calça.

Porra, só quer que eu durma... Querendo me excitar desse jeito!?

— Estou duro, Sanji. Não está sentido?

Opa, agora que ele falou... Ah! Eu quero transar, mas eu tenho que trabalhar amanhã! Merda.

Antes que eu dissesse mais alguma coisa, ele começou a fazer movimentos lentos de sobe e desce em meu membro. Para facilitar mais as coisas, Zoro apartou minhas pernas com as suas, já que eu estava sentando no colo dele.

Com sua mão livre, ele desabotoou minha blusa levando sua outra mão meu um de meus mamilos.

Joguei minha cabeça para trás, encostando-a no ombro do Zoro ao sentir ele aumentar a velocidade da punheta. Nisso, ele aproveitou para deixar uma marca na lateral de meu pescoço.

— Z-zoro, por favor...

— Quer que eu pare com você desse jeito?

Não posso estar olhando pro rosto dele, mas eu sei que ele está sorrindo! Eu sei!

Preferi ficar quieto e deixá-lo me aliviar.

...

— Dá próxima vez, eu te mato.

Acabei cedendo e transamos ali na sala. Agora estou todo acabado, porquê esse Marimo maldito não se satisfaz só com uma vez! Bom, eu também não mas eu tenho que trabalhar amanhã.

— Vamos pro quarto. — falou ele, me abraçando e afundando seu rosto na curva do meu pescoço ignorando completamente a minha ameaça.

— Não vou transar de novo. — falei firme, afastando o Zoro.

— É só pra dormir. — falou se levantando e me puxando para o quarto.

...

— Oe, Sanji-san, você está bem? Parece estar cansado. — comentou um ajudante, chamando minha atenção.

— Ah, é que eu não dormi direito essa noite. — respondi.

Sorri sem ao mesmo perceber ao lembrar do que o Zoro me disse quando fomos para o quarto.

...

— Não ache estranho, Sanji. — falou de repente.

— Do quê está falando, Zoro? — indaguei olhando para ele.

— Do nosso namoro. — respondeu. — Não ache isso estranho.

Agora sei porquê ele estava fumando maconha; por minha causa, por eu achar nosso relacionamento estranho. Deixei ele ansioso por uma coisa dessas.

Acho estranho isso, mas eu gosto dele. E não pretendo deixá-lo por achar nosso relacionamento estranho. Eu gosto dele e reconheço isso, e isso já é o motivo suficiente para deixá-lo.

Demorei tanto pra responder, que ele acabou dormindo.

Suspirei pesadamente, me aproximando mais do corpo quente dele e me deixei levar pelo cansaço.

...

Esse cara é um idiota vinte quatro horas por dia, mas quem conseguiu ser mais idiota em dois anos de relacionamento foi eu.

E ele estava todo grudento ontem, tão diferente...

Não que ele seja um ogro. Só que isso não é muito normal no nosso namoro. Definitivamente, Zoro é um idiota, mas um idiota que eu goste, que talvez, ame.

Ah, acho melhor parar por aqui antes que isso fique meloso demais.

FIM.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?Se houver algum erro, podem de avisar, okay? :))Aceitando reviews!Beijos!



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