Uma Nova História escrita por Mia


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite,
Me desculpem pela demora e não me matem.
Eu tive a falta de sorte, ( Eu não estudei. KKKK) de ficar
de recuperação em uma das mateias da faculdade, ou seja eu tive que estudar em pouco tempo o que não quis estudar o período inteiro, mas graças a Deus consegui me recuperar. ( :
Espero que me perdoem pela demora... kkk

E de novo, muito obrigada pelo comentários, eu amei todos.
Agora vamos ao que de fato nos interessa...
Eis um capitulo novinho para vocês,
Comentem bastante



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Capitulo 3

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...É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Por que se você parar
Prá pensar
Na verdade não há...

Renato Russo

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– Não é uma possibilidade.... - Respirei fundo e disse o que está guardado comido durante um bom tempo. – Eu estou apaixonada por você, Marina Meirelles.

– Nossa! Não sabe o quanto estou feliz em ouvir isso, nunca imaginei que eu pudesse ter alguma chance... – Senti que a distância entre nossos lábios começava a diminuir. Meu coração batia tão forte, que cogitei a possibilidade de ter um ataque do coração. – Confesso que eu também...

– Marina! Onde você está? .... Marina! – Ouvimos a voz da Gisele, chamando em desespero.

– Estou aqui no estúdio. – Gritou e ao mesmo tempo ela adentrou ao estúdio ofegante e com um olhar assustado. Marina e eu nos afastamos imediatamente.

– O que aconteceu mulher? Fala de uma vez! – Disse Marina com a voz trêmula e assustada.

– A Vanessa... Ela...

– Fala logo! Você está me assustando! Ela está bem? - Gritou, apresando Gisele para que falasse de uma vez.

– Ela... A Flavinha tentou impedir que ela cometesse uma loucura ... Mas veio um carro... Atropelaram a Vanessa, Marina! – Gisele começou a chorar compulsivamente.

– Como assim Gisele, me explica essa história direito. Onde ela está? – Marina começou a entrar em desespero. Assustada e sem saber o que fazer fiquei ali parada olhando, eu queria ajudar, queria fazer alguma coisa, mas meu corpo não obedecia.

– A ambulância acabou de leva-la desacordada para o pronto socorro mais próximo e a Flavinha foi com ela. - Disse Gisele ainda chorando muito pelo que estava acontecendo.

– Não acredito que isso possa estar acontecendo! – Balbuciou Marina ainda não acreditando. – Eu vou pegar minhas coisas e vou para o hospital agora mesmo, você vem comigo Clara? – Perguntou subindo as escadas do quarto.

– Claro! – Respondi, pegando minhas coisas e a acompanhando até o quanto.

Ao olhar o cômodo da casa que antigamente era arrumado e decorado aos mínimos detalhes, fiquei assustada, pelos diversos objetos espalhados, sendo que muitos deles estavam quebrados, me parecia que um terremoto tinha passado por ali a pouco tempo. Vendo que eu olhava o quarto um pouco assustada, Marina tratou logo de me explicar o que havia acontecido.

– A Vanessa não aceitou muito bem o termino do nosso namoro, mas isso não é o mais importante agora. Não é mesmo? – Explicou pegando uma bolsa em meio a bagunça e agradecendo aos céus por todas as coisas já estarem dentro da bolsa, evitando assim uma caçada em meio a tanta desordem.

Seguimos todas para o hospital, chegando na recepção encontramos Flavinha andando de um lado para outro sempre olhando para os corredores do imenso hospital esperando que alguém viesse trazer informações

– Flavinha? – Falou Marina se aproximando e lhe dando um abraço apertado. – Como ela está? Tem alguma notícia?

– Ela está bem? E o motorista que atropelou ela? – Gisele e Marina começaram a bombardear Flavinha com milhões de perguntas.

– Meninas! Por Favor! Uma de cada vez – Disse me intrometendo.

– A única coisa que me disseram até agora é que ela acordou e está consciente, mas não está conseguindo sentir as pernas, os médicos estão fazendo uma bateria de exames e que vão fazer todo o possível para que ela fique bem.

– Eu não acredito que isso possa estar acontecendo. – Disse marina aos prantos – Tudo isso é culpa minha! - Tetei abraça-la, mas ela não aceitou.

– Ninguém tem culpa do que aconteceu. Ela atravessou a rua sem olhar, o motorista tentou frear, mas não deu tempo. Eu estava lá e vi tudo. – Flavinha tentou amenizar um pouco a situação.

Durante todo o tempo eu ficamos esperando, Marina pareceu se transformar em outra pessoa, ela mal olhava em minha direção, parecia me ignorar completamente, claro que eu compreendo que uma pessoa que ela gosta muito está passando por uma situação delicada, mas a mudança dela estava evidente para quem quisesse ver.

– Está tudo bem Marina? – Perguntei, depois de algum tempo de silêncio.

– Claro que não! Uma pessoa que eu amo está dentro desse hospital e eu não tenho notícias a horas. – Respondeu friamente – Clara! Acho melhor você ir para casa.

– Não vou deixar você sozinha – Respondi mesmo sabendo que minha presença ali não ajudaria em nada.

– Eu vou ficar bem, as meninas estão comigo. – Disse apenas.

– Parente mais próximos da senhorita... – Parou para olhar a ficha e voltou a falar - Vanessa? – Gritou um médico do corredor.

– Sou eu – Respondeu Marina imediatamente.

– O que a senhorita é dela? – Perguntou

– Eu sou namorada dela. – Apesar da situação ser delicada, senti um aperto no coração com a afirmação. Elas não haviam terminado?

– Me acompanhe por favor. – Disse o médico lhe mostrando o caminho

– E os pais dela, alguém avisou? – Perguntei depois de vê-la sumir de vista.

– Eu liguei para eles e já estão vindo para o hospital – Respondeu Gisele

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Hoje está fazendo cinco meses desde o dia em que a Vanessa sofreu um acidente ficando paraplégica, hoje faz cinco longos meses que não tenho mais notícias da Marina. A mesma alegou que era melhor para nós duas e para a recuperação da Vanessinha que ficássemos afastadas. Achei melhor tentar esquece-la, meu marido acabou aceitando minhas desculpas, depois de dizer a ele que Marina e eu não nos veríamos mais.

Pensei que com o tempo a dor pela separação iria se amenizar, engano meu, ela parece aumentar a cada dia, a cada hora. Comecei a ter pesadelos a noite e com tempo começaram a ficar frequentes, acordando sempre no meio da noite aos gritos, suando frio. O Cadu tem sido um fofo comigo nessas horas, ficando acordado comigo quando não mais conseguia dormir. Apesar do meu filho saber muita coisa, eu venho tentando mostrar a ele que estou bem e que estou feliz. Talvez essa seja a pior parte, tentar parecer feliz quando o coração está em pedaços.

POV Marina Meireles

– Senhorita Marina! Tem uma criança querendo falar com você, deixo entrar? Ela disse ser importante.

– E quem é essa criança? – Perguntei Curiosa

– Ele disse que é filho da Clara – Respondeu

– E o Ivan! É claro que pode deixar ele entrar. – Respondi sentindo uma felicidade enorme me invadir por poder vê-lo. Por ter um pedacinho dela tão perto de mim.

– Era só o que me faltava - Disse Vanessa, insatisfeita pela visita do menino.

– Boa Tarde, Marina! – Falou ele entrando no meu estúdio.

– Bom Tarde, meu anjo! – Respondi lhe dando um abraço apertado. – Quem está aqui com você? – Perguntei

– Digamos que eu tenho vindo sozinho, vai brigar comigo? – Disse, fazendo cara de quem estava aprontado.

– Eu não acredito que você fez isso! Sua mãe deve estar maluca atrás de você! – Falei o repreendendo - Porém deve ter um bom motivo. Estou certa?

– Totalmente - Disse - Preciso conversa com você... A sós.

– Meninas, podem me deixar a sós com o Ivan? - Falei

– Eu tenho outra opção! - Respondeu Vanessa de mau humor.

– E claro! Vamos esperar lá fora -Disse Flavinha, saindo e levado a Vanessa com ela.

– Pode falar, agora que estamos sozinhos... Aconteceu alguma coisa com a sua mãe? - Perguntei preocupada.

– De certa forma ela está bem! Ela sente a sua falta e eu tenho que fazer alguma coisa, não consigo mais ver minha mãe chorando pelos cantos por sua causa. – Senti um aperto no peito ao ouvir ele dizer tais palavras. – Na minha frente ela finge que está tudo bem, mas eu vejo que não.

– Acho que você é muito pequeno para entender... – Falei segurando as lagrimas.

– Eu só quero que você me responda o que você sente pela minha mãe? E quero que você seja sincera. – Eu não tinha como mentir, eu não podia.

– Eu amo a sua mãe, amo muito – Respondi, deixando as lagrimas caírem de vez. – Porém, é tudo muito complicado.

– O que é complicado? Vocês se amam, estão sofrendo e eu posso ver... O que adianta você ficar aqui chorando pelos cantos, com uma pessoa que você não ama? Você está atrapalhando a sua vida, a vida da Vanessa, a vida da minha mãe e a vida do pai. Além de vocês duas estarem sofrendo, está atrapalhando para que a Vanessa possa seguir em frente e encontre alguém que realmente a ame. E sinceramente eu acho que a essa tal de Vanessa não te ama, porque se ela te amasse iria querer te feliz. – Tão pequeno e tão cheio de razão.

– Acho que eu tenho que concordar com você – Falei sorrindo em meio as lagrimas – mas não posso abandonar a Vanessa no estado em que ela se encontra, não é fácil viver em uma cadeira de rodas.

– Você não tem que abandona-la, ela irá continuar sendo sua amiga. só não tem que abrir de quem você ama.

– Mas tem muito tempo que sua mãe e eu não nós falamos, acho que ela não quer me ver mais ... – Falei me sentindo culpada por pelas decisões que havia tomado.

– Agora é com você, Marina! Você fez a burrada, agora trata de concertar! – Respondeu cruzando os braços.

– Prometo que vou fazer o que é melhor para todos. – Disse levantando a mão direita – E agora vou te levar para casa antes que chamem a polícia.

– É melhor mesmo. – Falou sorrindo

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Chegamos ao apartamento da Clara e todos os familiares já estavam lá preocupados pelo sumiço repentino do menino. Entre todas as pessoas estava a pessoa que eu tanto amava. Ela parecia mais magra, abatida. Minha vontade era de correr até ela e disser que tudo ficaria bem

– Ivan! Onde você estava? Estávamos todos preocupados. – Falou Clara correndo e abraçando a criança. - Estava quase chamando a policia, como sai assim sem me avisar?

– Eu fui até a casa da Marina. – Respondeu, segurando a minha mão. Dessa vez ela não teve como fingir que eu não estava presente.

– Acho que você já pode ir embora – Respondeu clara, rudemente.

– Acho que nós duas precisamos conversar – Disse

– Não tenho nada para falar com você.

– Mas clara...

– Não ouviu a minha mulher, ela não tem nada para falar com você, portanto pode ir embora e não se atreva a chegar perto da minha família novamente.

– Não precisamos falar esse tipo de coisa na frente das crianças, não é verdade? – Disse Helena tentando amenizar a situação.

– Cinco minutos clara, e tudo que eu peço e se depois disso se você decidir que não quer me ver nunca mais, prometo que desapareço. – Falei, segurando para não cair no choro na frente de todos.

– Você tem um minuto... - Pelo tom da sua voz, pude perceber que além de tristeza e angustia ela tinha raiva. Pior, raiva de mim.

– Se você sair com essa mulher clara, considere-se uma mulher separada. – Disse Cadu esbravejando na frente de todos.

– Clara! Eu te amo. Eu sempre te amei. - Comecei a falar na frente de todos os presentes - Durante todo esse tempo que estivemos separadas eu sofri, e sofri muito por ter que abrir mão da mulher que amo, por causa de uma pessoa que naquele momento precisa muito de mim e ainda precisa. Mas graças a um anjo de Deus, eu percebi que ter tomado essa decisão que eu tomei, foi um grande erro. Abdicar do meu amor por você, para aliviar a culpa que eu sentia pelo que aconteceu com a Vanessa foi péssimo. Afinal de contas não foi culpa minha me apaixonar por você. – Falei tudo que eu queria antes que perdesse a coragem – Não espero que me perdoe, apenas que me compreenda.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Prometo que dessa vez não demorarei tanto.
beijinhos



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