Da Magia à Sedução. escrita por Charbelle Kathi


Capítulo 4
Capítulo III




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Assim que entrei no avião, guiaram-me ao meu acento e ali fiquei até chegar ao meu destino, eu imaginava que a sensação de andar nisso aqui seria igual ao de voar na vassoura... mas não, chegava nem perto, isso era sem graça, cadê o vento forte batendo contra meu rosto?!

Suspirei.

[...]

Assim que o avião posou, eu sair e fui recebida por alguns “Bem vinda a Port Angeles”, sorri de voltar para alguns trouxas e seguir outros até buscar minha mala em uma esteira.

Olhei ao redor várias vezes para garantir que eu estava realmente sozinha segui até um banco com as malas, papai havia orientado alguém para me buscar, mas até o momento estava eu e eu mesma.

Fiquei admirando os trouxas e isso até que servia de passatempo, era divertido ver o modo como se vestiam, andavam, se preocupavam com coisas tão bobas e diferentes para mim, pude perceber um casal se beijando e sorrindo apaixonadamente um para o outro, o que também me fez sorrir.

Eu gostava de ver pessoas felizes, pois sabia que no amor era difícil um casal manter-se apaixonado até porque o amor vive sempre num ciclo: Amor – traição – sofrimento, é sempre assim! Se com os bruxos isso acontecia, imagine com trouxas...

E digo isso com toda a certeza, até porque tenho Jorge como irmão e ele claramente não presta.

Amor... claramente essa palavra não existiria no meu vocabulário, pelo menos não amor entre um homem e uma mulher, até porque pra que se entregar a isso?! Você se apaixona e se fode, sempre é assim, essas coisa de ser felizes para sempre não existe.

E é triste ver essas desilusões amorosas...

– Com licença, srta. Weasley? – perguntou-me um homem, sair das minhas divagações e dei atenção ao senhor.

– Oi, sou eu... – abri um pequeno sorriso torto a ele.

– Sou Benjamin e fui orientado pelo seu pai para leva-la até sua nova residência.

Ai, finalmente. Pensei.

Ele me guiou até o carro e abriu a porta para eu entrar, quando disse.

– Seus pais mandaram uma lembrancinha para você. – ele disse gentilmente.

– E o que seria por acaso? – mordi o lábio curiosa, enquanto ele entrava no carro.

Quem sabe finalmente eu teria minha firebolt*, esperava por esse momento a tanto teeeempo.

* De acordo a loja Artigos de Qualidade para Quadribol,que fica no Beco Diagonal, a vassoura é feita com madeira de freixo, com a cauda de ramos de bétula, é capaz de alcançar 240 quilômetros em 10 segundos (o que é extremamente alto para vassouras) e também, aparentemente incorpora um feitiço inquebrável de freagem.

Eu andava paquerando desde o dia que lançou mais meus pais nunca tiveram condições para comprá-la, até se vendêssemos A Toca ainda não teríamos dinheiro o suficiente. Por isso ao passar dos tempos, esse sonho foi fica cada vez mais distante, mas quem sabe ele não tivessem se apertado aqui e ali e compraram, como um presente de boas vindas?

– Pelo o que pude ver, é uma Mercedes Guardiãn... – Que? O que era isso? Eu não conhecia essa vassoura.

– O que é isso?

– Desculpe, mas a senhorita não sabe o que é um Mercedes Guardiãn? – perguntou-me curioso.

Levantei uma sobrancelha.

– Mercedes Guardiãn é um carro. – respondeu finalmente.

Um carro? Mas o que eu farei com um carro oras? Eu nem sabia dirigir!

– Para que me deram um carro se eu não sei dirigi? – perguntei a mim mesma.

Ouvi Benjamin ri.

– A senhorita aprendera. – garantiu-me

– Por favor, para de tanta formalidade! Isso esta dando nos nervos.

– Desculpe, Is.

– Do que você me chamou? – perguntei, sério, isso foi um apelido ou um xingamento?

– De Is...

– Gostei, é diferente. – concordei animada, pela a primeira vez criaram um apelido diferente para mim.

Fomos o trajeto todo conversando, o Ben era até simpático. Depois de algumas horas e do tedio começou a me possuir e perguntei:

– Falta muito?

– Não, daqui a alguns minutos chegaremos.

– Ah, Ok. E por acaso você sabe em qual escola trouxa estudarei? – assim que perguntei, me arrependi. - Quer dizer, da escola que irei estudar? – tentei corrigir.

– Relaxa Is, posso ser trouxa, mas vivi no seu mundo. – suspirei alto, é claro, meus pais jamais contratariam um trouxa completamente.

– Ok, bem melhor então, então você sabe?

– Sinto muito, mas não, alias tem até uma pequena carta no porta-malas para você.

Abri onde ele indicou e desenrolei o pergaminho.

“Bella,

aposto que nesse momento você deve está dentro do carro com o Benjamim e também aposto que quer saber onde vai estudar.

O nome da sua escola é Forks High School, com 358 alunos, com você agora.”

Minha boca se abriu, somente 358? Somente na minha casa em Hogwarts havia bem mais que isso, imagine na escola inteira.

“e provavelmente os seus novos amigos vão te encher de perguntas, então minha filha tenha paciência, que logo passa. É sempre assim quando entra uma aluna nova. Sobre o seu carro digamos que ele é normal, é que todo mundo tem, porém o mais importante é que você ficará segura nele. E pode pedi umas aulas de direção ao Benjamin, aposto que ele não se incomodara.

Espero que goste.

Te amo muito, Isabella .

Mamãe

Bom, pelo menos é um carro normal que todos têm, assim eu não chamo muito a atenção, eu gosto de atenção, mas não no primeiro dia e é a ultima coisa que eu quero é um bando de fofoqueiros no meu pé.

– Bem vinda a Forks, Is. – disse Bem, sorrindo pra mim.

– Obrigada, espero que eu me dê bem. – o carro foi estacionado e descemos. Olhei para a casa e um sorriso nasceu em meus lábios, meu novo lar. Eu deveria esta com cara de bobona porque Bem não parava de rir.

– Aqui esta as chaves – ele me estendeu.

– Obrigada e já volto – dizendo isso corri ate a porta principal e rodei a chave.

Passei pelos os cômodos e havia uma sala pequena com umas estantes de livros, rádio, estofados e uma lareira, fui para cozinha e a mesma era toda branca, desde os eletrodomésticos até o piso do chão e havia uma escada, acima tinha três quartos, um com a janela para frente da casa da qual seria o meu, um banheiro no fim do corredor e os outros dois quartos ao lado do mesmo.

O quarto que escolhi para ser meu era pintado de lilás, uma cama de casal no centro ao lado dois criados mudos com um abajur em cada e uma porta no canto, fui até lá e descobrir que era um closet.

– O que achou? – perguntou-me Ben, apoiado na porta do meu quarto.

– Isso deve ser brincadeira, eu adorei, é claro, a casa é linda, bem diferente da A Toca.

– Fico feliz – sorriu – vou pega suas malas, qualquer coisa grite. – ele não me deu nem chances para respondê-lo e já havia sumido da minha porta.

– Ok... – respondi para o nada.

Depois de fica algum tempo admirando meu quarto, resolvi descer para ver se Benjamin precisava de alguma ajuda.

– Precisa de ajuda? – perguntei quando o encontrei na escada.

– Eu dou conta delas. – respondeu-me – e posso deixá-las no seu quarto?

– Claro – sorri e passei por ele, caminhando em direção a minha sala.

Joguei-me no estofado esperando pela a volta de Benjamin.

– Está tudo lá em cima – disse ele, fazendo-me pula de susto.

– O.k e muito obrigada – agradeci. – e onde esta meu carro? – já que eu tinha ganhado um, por que não vê-lo logo?!

– Aqui fora, venha. - o segui ate o gramado e ele apontou para o lado de casa, onde havia um carro estacionado, o mesmo era todo preto desde as rodas até os vidros.

Eu estava quase tendo um treco, o carro era simples mas lindo. Acho que valeria a pena aprender a dirigi, somente para usá-lo.

– As chaves – estendeu-me – e a documentação dele esta tudo no porta-luvas. – concordei com a cabeça. – E meus serviços aqui já estão concluídos, lhe trouxe em casa em completa segurança – segurei a tentação de revirar os olhos.

– Tudo bem e foi um prazer conhecê-lo – lhe abracei rapidamente.

– Igualmente. – sorriu antes de se afastar e caminhar em direção ao carro que viemos.

– Por favor, venha me visitar assim que puder – pedi gentilmente.

Ele concordou com a cabeça antes de afastar-se de casa.

Olhei para minha casa e sorri antes de entrar.

Eu estava parada no hall de entrada sem ter mínima ideia do que fazer. Bati o pé no chão, pelo o que eu pude perceber a casa já estava toda arrumada e limpa, fui para o meu quarto e vi minhas malas no chão ainda fechadas, tirei tudo que havia dentro delas e fui arrumando aos poucos, por fim coloquei meus pôsteres na parede, eu teria que tomar cuidado ao deixarem os trouxas entrarem no meu quarto já que não é todo dia que vemos pôsteres e fotografias se mexendo.

Vi minha varinha jogada em cima da cama e o porta-varinha no chão, peguei-o e amarrei no meu pulso e coloquei a dentro, puxando a manga da minha camisa até o pulso. Escondendo-a.

Como minha coruja só chegaria amanha ou quando ela bem entendesse, deixei a janela do quarto fechada.

Depois de tudo arrumado, sair de casa e fui dar uma volta pela as redondezas e até quem saber tentar encontra minha escola. O tempo estava nublado e batia um vento gélido que arrepiaram todos os pelos do meu corpo, mas nada comparado a Londres, abracei-me a minha blusa e continuei a caminhar. Haviam alguns carros na rua e umas pessoas pelas as calçadas, talvez elas já estivessem acostumadas com o tempo de Forks, mas por onde eu passava os olhares eram atraídos para mim.

Puxei meu cabelo para frente tentando esconder um pouco meu rosto e continuei a caminhada, totalmente sem rumo.

Um carro prata passou voando ao meu lado e jogou lama nas minhas pernas.

– SEU FILHO DE UMA MÃE – xinguei, mas ele já havia desaparecido na curva.

Que ótimo, ele bem percebeu que eu sou novata na cidade e quis me dar um presente de boas vindas. Bati na minha calça para tirar a lama, mas não resultou em nada. Eu poderia muito bem usar um feitiço básico para limpá-la, mas havia muitos curiosos pela a rua.

Depois de andar mais um pouco, parei finalmente em frente ao um prédio. E a respiração ofegante, que ótima ideia de dar um passeio pela a cidade. Olhei para o prédio do outro lado da rua e estaquei.

Havia uma placa ao lado que dizia: Forks High School, isso aqui era uma escola? Cadê o espírito da instituição? Onde estavam as cercas de tela, os detectores de metais? E os seguranças? Que Hermione e Harry tanto falavam?

A escola era um conjunto de casa igual, construído com tijolos marrons. Havia tantas arvores e arbustos que não inicio não conseguir calcular seu tamanho. Mas tinha a leve impressão que não era tão grande.

Atravessei a rua, e notei que não havia muitos carros no estacionamento. No máximo uns três ou quarto, as aulas já deveriam ter terminado. Parei em frente a uma porta que dizia: secretaria. Respirei fundo antes de abri-la.

Lá dentro o ambiente era bastante iluminado e mais quente do que imaginava. O escritório era pequeno; uma salinha de espera com cadeiras dobráveis, carpete laranja manchado, recados e prêmios atravancando paredes, um relógio grande tiquetaqueando alto. Havia plantas em toda parte em vasos grandes de plásticos, como se não houve verde o suficiente ao lado de fora, que irônico. A sala era dividida ao meio por uns balcões compridos, abarrotados de cestos de arame cheios de papéis e folhetos de cores vivas colados em frente. Havia três mesas atrás do balcão, uma delas ocupada por uma ruiva grandalhona de óculos. A própria vestia uma camiseta roxa. Será que ela não sentia frio?

A ruiva olhou para mim.

– Olá, boa-tarde posso ajudá-la? – perguntou a ruiva educada.

– Sou Isabella Weasley e gostaria de me matricular – informei-lhe, mas me arrependi pois vi a atenção iluminar seus olhos. Eu era esperada, um assunto de fofocas, sem duvida. A garota de 17 anos que veio sabe deus de onde para morar sozinha.

– É claro – disse ela. E procurou uma pilha instável de documentos na mesa até encontrar o que procurava. – Seu horário está bem aqui, esse é o mapa da escola, e os outros papeis você deve entregar aos professores e devolve ao fim da aula. – Ela trouxe varias folhas ao balcão para me mostrar.

– A senhora poderia me dizer quem me matriculou? – perguntei curiosa.

– O Sr. Waylon. Benjamin Waylon – respondeu.

Benjamin eu te amo. Pensei, um trabalho a menos para mim.

– Obrigada e quando começa as aulas?

– Amanha, Srta Weasley.

– O.k, muito obrigada e tenha uma boa-tarde – agradeci, antes de sair de sua sala.

– Igualmente – A ruiva sorriu.

Sair da secretaria e o tempo ameaçavam a torna-se cinza, eu precisava ir para casa o mais rápido possível.

Fiz todo o meu caminho de volta, mas agora correndo e olhando para o céu de vez em quanto. Peguei um atalho próximo ao posto de gasolina e vi de longe o carro que havia me dado meu presente de boas-vindas (leia-se: um monte de lamas nas minhas pernas).

Fiquei olhando o carro de longe para saber quem era o motorista. Foi quando o cara saiu, de onde eu estava eu não poderia ver muito bem sua face, mas uma coisa eu tinha absoluta certeza: seus cabelos eram lindos. Ri sozinha com meu pensamento.

Parei de olhá-lo e continuei minha corrida contra a chuva até que senti uma pontada na cabeça o que me fez parar e colocar as mãos na cabeça, era uma dor incomoda, uma dor que eu já havia sentido antes. A dor de quando tentavam entrar em sua mente... Olhei ao meu redor rapidamente, mas não havia ninguém, quero dizer... tirando o cara que estava colocando gasolina em seu carro e sem conta que o mesmo não tirava os olhos de mim.

O encarei e enruguei a testa, a dor piorando, fechei os olhos com força.

O.k. Isso era muito estranho, a dor piorava a cada segundo, abrir os olhos ao sentir a chuva cair, olhei para o rapaz uma ultima vez antes de voltar a andar rápido.

Eu precisava ficar longe o mais depressa possível.

Entrei no primeiro estabelecimento que vi e fui ao banheiro para aparatar, quem estivesse tentando invadir minha mente, parou no momento que aparatei em casa.

A chuva com raios caia forte fora de casa.

Tomei um banho quente e corri para debaixo do meu edredom, onde eu poderia ficar bem aquecida. Com a varinha, fiz um leve movimentos em direção aos livros e eles se espalharam sobre minha cama. Peguei os livros que Hermi havia me dado e comecei a estudar, tentei começar pela as disciplinas mais fáceis, porém, para mim nenhuma era fácil.

Peguei o de biologia e comecei a estudá-lo, era parecido com herbologia, só que mais complicadinho a primeira vista, preferi fazer algumas anotações ao redor do livro, talvez, me servissem para alguma coisa. Assim passei até quase a metade da noite, quando o sono chegou joguei todos meus livros no chão, apaguei as luzes e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Oi, meu amores, espero que tenham gostado desse capítulo.



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