Da Magia à Sedução. escrita por Charbelle Kathi


Capítulo 2
Capítulo I




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/524112/chapter/2

Bruxa...

Qualquer trouxa que ouvisse essa palavra acharia incrível, “uau, ela é uma bruxa. Já pensou nas maravilhas que ela pode fazer apenas com um balançar de varinha?” , mas quem me dera se assim fosse, facilitaria tanto a minha vida. Mas ser o que sou não é fácil, é trabalhoso porque você tem que aprender cada feitiço, cada balançar para que não saia pela a culatra e o pior: ter o maior alto controle para não soltar uma azarração em ninguém.

Então poderia dizer “ser bruxa não é tão legal, mas trouxa... Aí sim”, Harry e a Hermione eram os únicos que viveram em um mundo onde a magia não existe, ou como chamamos, no mundo trouxa e a cada história deles eram fascinantes. Já pensou em como seria legal pegar o metrô e arrumar a casa sem um pingo de magia?

Era nesse tipo de mundo que eu queria tentar viver, voltei à realidade com o pio de minha coruja, levantei-me da cama e fui até sua gaiola para destranca-la, a ganhei de presente quando completei 11 anos para poder me comunicar com meus pais em Hogwarts e no mesmo ano a batizei de Josefina, bem... o motivo desse nome eu não sei, provavelmente eu fosse uma criança um pouco retardada.

Observei Josefina sair voando as pressas da gaiola até janela a fora, se perdendo no meio da escuridão de Ottery St. Carchpole.

– POR FAVOR, NÃO TRAGA RATOS MORTOS! – berrei para ela.

Voltei para a cama e tentei retornar aos meus antigos pensamentos quando cabelos ruivos invadiram minha visão. Era Gina. Minha irmã.

Gina e eu éramos as garotas mais nova da casa, perdendo para mim por apenas um mês de diferença, seus cabelos igual ao resto de família (exceto a mim) era de um ruivo forte e altura média e seus olhos castanhos.

– Ela continua trazendo os ratos para a gaiola? – perguntou-me sorridente.

– Infelizmente, deve achar que gosto do seu lindo presente. – bufei, sentando na cama e fazendo minha irmã ri. – Mas então, o que foi?

– Ahhh é. – riu – mamãe e papai estão lhe chamando e acho que é importante porque a Dona Molly não para de brigar com o pai. – pausou - O que você aprontou dessa vez?

– O que? Eu não aprontei nada. – e era verdade, o que quer que tenha acontecido, não era minha culpa.

Sair do meu pequeno quarto e desci as escadas com Gina seguindo-me curiosa, pude ouvir a voz de mamãe discutindo com o pai “Arthur, melhor não. Deixe-a aqui, onde é seguro!” e ele respondia apenas com um “mas querida...” apressei os passos e vi o pai sentado confortavelmente em sua poltrona na sala e mãe em pé com um olhar preocupado para ele.

Nossa sala era bastante simples como o resto dos cômodos, havia livros arrumados em fileiras tripas sobre o console da lareira, livros do tipo “enfeitice o seu próprio queijo ou feitiços no forno e festas de um minuto”, havia também um espelho que expõe sua opinião sobra à aparência da pessoa. E sem esquecer-se de seu maravilhoso e estranho relógio com dez ponteiros, cada um deles com o nome de cada membro da família onde o qual indicava a sua posição atual de cada um.

– O que houve? – perguntei a eles.

– Gina, você pode sair? Queremos falar a sós com a Bella – disse mamãe a minha irmã.

– Mas mãe... – choramingou Gina.

– Agora! – Gina bufou e deu-me um último olhar antes de sair de casa e ir para o jardim. Não adiantaria teimar... Não com Molly.

Esperei pacientemente eles começarem a falar.

– Viemos pensando há muito tempo sobre o seu desejo de ir morar no mundo trouxa... – iniciou o homem magro, começando a ficar careca, mas o pouco cabelo que tinha era ruivo. Usava sempre vestes verdes e longas e no rosto óculos.

– Mas eu não apoio! – disse mamãe rapidamente.

– Molly, posso continuar? – pediu ele a mulher, ela concordou de mau gosto.

– E chegamos à conclusão de que você poderá ir, Harry e Hermione nos ajudaram e já arrumamos um local e uma cidade para ficar.

A felicidade radiou dentro de mim, isso era ótimo. Sempre pedir deles para que eu pudesse morar sozinha no mundo trouxa, apesar de saber que eles não teriam condições para tal, mas sabia que esse dia chegaria e chegou. Era a melhor noticia do mundo.

– Estão falando sério? – cantarolei.

– Estamos.

Céus, isso era demais. Eu finalmente moraria sozinha, sem mais e sem menos corri para abraça-los e agradeci diversas vezes. Eu poderia morar em Londres agora, na parte trouxa.

– Quando me mudarei para Londres? – perguntei animada.

– Londres? – perguntou mamãe – você não vai para lá.

O que? Como assim????!

– Você não ouviu o que falamos? Nós já conseguimos a casa e uma cidade para ficar.

Ah, não...

– Se não é em Londres, onde será? – perguntei receosa.

– Em Forks – mamãe respondeu sorrindo.

– Onde?

– Forks, Bella, é uma cidadezinha em Washington. Achamos melhor uma cidade pequena para você.

– Lorks? – voltei a perguntar.

– Forks, Bella. É tranquila e bonita.

– Ah, tudo bem – encolhi os ombros e tentei esconder minha decepção. Eu queria me mudar, mas queria ir pra um local que eu já conhecia... Mas Forks não. – Bem, muito obrigada. – eu precisava agradecer porque... eles haviam realizado o meu pedido, por mais que não fosse onde eu queria, porém já era alguma coisa, né?!


– Então, é... vou subir, ok? – precisava ficar longe deles para não perceberem a minha decepção.

Sem prestar atenção na resposta de ambos, dei apenas um beijo no alto da testa dos dois, e subi rapidamente para meu quarto que ficava no segundo andar da “A toca” ou em outras palavras: Minha Casa. Meu quarto antigamente era junto com o de Gina, mas como meu irmão Jorge, se mudou para a loja “Gemialidade Weasley’s” que fica no Beco Diagonal, e ele passou a ser meu. O quarto era pequeno, mas era o que dava, havia uma mesinha de cabeceira com uns portas retratos da família e com um abajur para iluminar o quarto. Havia também uma janela, um grande guarda-roupa e uma cama de casal para mim.

Meu vaso de flores estava sobre a escrivaninha próxima à pequena janela, mas o perfume das flores não eram o suficiente para sumir com o cheiro de pólvora do quarto. Meu pequeno esconderijo – como eu chamava meu quarto – era parecidíssimo com o de Gina, por conter em uma parede, um grande pôster da nossa banda preferida As Esquisitonas e, na outra uma foto de Guga Jones, a capitã do time de quadribol Harpias de Holyhead.

Sentei-me na borda da cama tentando racionar direito. Meus pais haviam comprado uma casa para mim em um fim de mundo que nunca havia ouvido falar, e pior, eu não fazia a mínima ideia de quantos quilômetros Forks ou Lorks ficava de Ottery St. Carchpole. Meus pensamentos foram interrompidos pela a porta aberta e a cabeleira ruiva de mamãe no quarto.

A Senhora Molly – ou seja, mamãe – era baixinha e gorducha, do rosto bondoso. E uma ótima bruxa sem comentar que sua comida era extremamente maravilhosa, além der ser uma mãe muito zelosa, mas severa diante do mau-comportamento da família.

– Está tudo bem, Bella? – perguntou-me sentando ao meu lado com um olhar preocupado.

– Está – sorri mais não alcançou meus olhos, ela notou.

– Sei que você está zangada conosco, mas será bom você. E além de ser uma cidade segura e o uso da magia será totalmente desnecessário assim como você queria. – eu não queria que o uso fosse totalmente desnecessário só queria que eu pudesse diminuir um pouco.

– Mãe, esqueceu que fiz parte da Armada de Dumbledore? Sei me defender. – lhe assegurei.

– Eu sei, Isabella, mas eu preciso me preocupar contigo, você é irracional quando está com raiva e agora vai morar tão distante de mim... Eu preferia tê-la por perto assim não precisaria mais estudar.

Estudar? Opa!

– Mas eu já concluir meus estudos em Hogwarts, ou seja, não precisarei estudar. – respondi segura, não havia motivos para mais estudos.

– Terminou aqui e lá? É uma cidade pequena, podem comentar e você não quer chamar atenção, não é? E já que quer taaanto viver como uma trouxa, terá que começar pelo os estudos e você vai ter que se virar para conciliar os dois até porque esse ano terá que retornar para concluir os N.I.E.M. 's *.

Gemi de frustação.

– Tudo bem, durante a janta nos conversamos mais sobre isso, Ok? – falei, eu queria deixar esse assunto de lado me preocuparia somente na hora, por enquanto eu queria descansar somente.

– Tudo bem – ela sorriu e me deu um beijo na testa e assim, saiu do meu quarto.

Quando eu penso que não tenho mais que estudar... como vou estudar para os N.I.EM.’s e para os trouxas? Eu não sou uma Hermione da vida. E pior, estudar sobre algo que nunca vi na vida... mas pelo menos uma parte estava pronta, eu sairia de casa apesar da saudade gigantesca que sentiria de todos, Forks até que poderia ser um bom lugar para se viver, eu acho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N.I.E.M's: Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia são os exames finais que os estudantes de Hogwarts realizam ao final do sétimo ano.


Oh céus, como eu amei ler cada comentários do capítulo anterior. Sério, muito obrigada e sejam todas bem vindas. Vaamos ao capítulo de hoje: Gostaram? *-*
Espero muito pelo o feedback de vocês porque só assim saberei a opiniao de todas e acredite, eu levo cada comentário a serio e dentro do possivel coloco na história, viu?

Então, meus amores, nos veremos em breve... se quiserem.

Um grande beijo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Da Magia à Sedução." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.