Medos dos Primórdios escrita por Glória San


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi. É o meu primeiro yaoi, peguem leve. Essa é simplesmente a única fanfic minha que não sinto vontade de imprimir só para rasgar, eu realmente gostei do resultado desse negocio. Um beijo pra Lara, a minha BF que foi a minha beta nesse projeto e foi bem sincera (o problema da BF ser a beta). Seu houver algum erro, avisem, por favor, que eu concerto assim que der. Logo. Enfim, espero que gostem.



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Byakuya Kuchiki não era o tipo de homem que fugia dos problemas. No caso, a coisa nem era realmente um problema, estava mais para medo estúpido. Contudo, algumas coisas deixam as pessoas apavoradas. Veja bem, ele nunca fugiu de um confronto direto, mas isso... Enfim. Quando estava a sós com seu tenente, ambos acabavam não se controlando. Começava com uma troca de olhares, coisa que deveria ser absurdamente simples e banal, mas, acabava de forma tão ardente que,se houvesse um terceiro no local em que se encontravam, coraria com a intensidade. Os olhares evoluíram para pequenos torques, começando com os dedos do Abarai passando pelos cabelos negros e sedosos do mais baixo. Alguns momentos depois, os lábios do Kuchiki passariam para a bochecha do ruivo,chegando ao pé do ouvido,deixando tímidos gemidos escaparem em decorrência as mãos experientes que acariciavam-lhe o corpo. Os lábios se encontrariam com necessidade,quase uma fome quenão poderia ser saciada. Então, quando os carinhos estivessem se intensificando para uma massa de algo que não podia ser controlado... o capitão da sexta divisão fugia. Oh, ele não saia correndo feito um louco por porta a fora, mas a vontade de fazê-lo não faltava. Não realizava esse vergonhoso desejo pelo fato de que provavelmente estranhariam Byakuya Kuchiki, tão frio,sóbrio e sério com as maçãs do rosto vermelhas, a respiração ofegante e o kimono aberto, mostrando o tórax branquinho e plano, correndo por aí. Ah,encarariam a situação da forma mais maliciosa possível e teriam todo motivo para tal.

Pois bem.

O moreno queria se entregar para Renji. Desejava aquilo do mesmo modo que desejava aquelas mãos grandes afagando cada pedaço de pele que encontrava no caminho, isto é, com o seu corpo e a sua alma, o que era impossível, já que é apenas uma alma.

Mas, na hora "H", parecia que toda a sua coragem sumia.
Compreendam, ele é um dos homens mais íntegros que viviam na Seireitei e algumas coisas simplesmente pareciam erradas há certo período de tempo; porém, o tatuado parecia estar ali apenas para quebrar cada barreira que o Kuchiki havia construído ao redor de si. E o problema nem era todo esse. Só esteve em uma cama fazendo... hum... “aquilo" e foi com Hisana. E, acredite, não se pode comparar Hisana com Renji. Ela era toda doçura e delicadeza. Ele é totalmente intenso e apaixonante, quase violento, mesmo que fosse uma das pessoas mais compreensivas e pacientes que já conhecera. Mas, o que o capitão não queria confessar a ninguém, nem a si mesmo era mais simples do que se pensa: tinha medo. Não o medo da dor física. Medo de se entregar a tal ponto que,se fosse uma brincadeira de seu tenente (mesmo que soubesse que tal possibilidade não existia), sua alma e seu coraçãoiria quebrar até não sobrar mais nada. O maior medo era de não ser correspondido o tanto que gostaria, o não saber o que fazer. Mas estava decidido. Iria atrás de Renji e eles iriam, hum, ter uma conversa bem séria.
...
Estavam em mais uma sessão de amassos (que termo pejorativo). Já até havia esquecido o que queria dizer para Renji antes de ir a casa dele. Todavia, tudo fugiu de sua mente assim que ele lhe olhou. Que patético, observem onde foi parar o 28° líder do Clã Kuchiki. Estático e sem controle de si mesmo nos braços de um homem, que, por acaso, é seu subordinado. Mas, a verdade é que, de tanto se martirizar por isso, nem ligava mais. Era simplesmente gostoso demais ter os lábios de Renji em seu pescoço, sussurrando coisas desconexas, um “detalhe” desse calibre poderia ser facilmente ignorado.

- Senhor... eu não posso mais me segurar.– Sussurrou o ruivo com a voz rouca e falha. Ah, se soubesse o que aquilo causava em seu corpo.

- Bom, então não se segure. - Em troca, recebeu um olhar de pura surpresa.

- Tem certeza, capitão?

- Sim. – Respondeu, com alguma frieza que deixou a resposta vaga. O homem a sua frente lhe olhou desconfiado.

- Bem, eu posso esperar.

- Eu quero.

- Não gosto da ideia do senhor achar que eu sou alguma espécie de desesperado...

- Renji, cale-se. – Interrompeu com suavidade. - Eu quero... - Engoliu em seco. - Eu quero que você me faça seu.

- Não precisa disso, Taichou. – Ele pôs uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. – Não quero que faça isso por obrigação. – Byakuya mandou um olhar duro e o outro apenas riu. - Nos pertencemos. - O que houve a seguir foi claramente inexperiente da parte do Kuchiki. Uma ação realizada por duas pessoas apaixonadas. Byakuya não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas,a mistura da dor,do prazer e da vergonha pareciam familiares para Renji.
As mãos bobas, as pernas abertas,os fluidos saindo de cada poro. Tudo era tão novo, estranho e ao mesmo tempo tão maravilhoso.E,depois, enquanto derretia por Renji,Byakuya só pode pensar no quanto o ruivo era perfeito e em quanto o amava. Resolveu verbalizar seus pensamentos. Claro,não antes sem passar por uma luta interna entre o amor e o orgulho. Pelo que percebeu,o orgulho estava perdendo e sem chances de vencer. Com o rosto corado pelo constrangimento,declarou com meia hesitação.

- Renji... eu te amo. – Escondeu o rosto no pescoço do amado. O tenente sorriu de forma sapeca antes de responder.

- Eu sei. Eu também te amo,Taichou.

- Eu só quero que você pare com isso enquanto estamos sozinhos. – Declarou, com seu corpo roçando no corpo nu daquele homem maravilhoso.

- É o costume.

- Tente.

- Por você? Qualquer coisa.


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Notas finais do capítulo

Minha primeira one-shot, que orgulho *o* estou trabalhando em um projeto com quatro drables (Kuroshitsuji) e uma fic nova (original). Se alguém se interessou, posto assim que eu puder. Um beijo para os masoquistas que leram até aqui. Então, eu espero vossas opiniões.