Diários da semideusa escrita por bulletproof disturbance


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Gente, então............ RECEBEMOS NOSSA SEGUNDA RECOMENDAÇÃO!!!! FIREGIRL SUA MARAVILHOSA, ESSE CAPÍTULO É PRA VOCÊ.
Essa menina samba na cara de todos. Seus reviews e o da Bianca Di Angelo me fazem até chorar de emoção. Tá, não chegou a esse ponto, mas só falta isso, porque né. Enjoy o capítulo
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Também queria pedir desculpas ao Luan Saissem... Ele sabe o motivo.
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Agora::::: vamos ao capítulo, espero que gostem e vejo vocês nas notas finais.



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Voamos com o pégaso - que eu descobri se chamar Blackjack - por um longo tempo, alto o suficiente para que as pessoas normais não nos vissem (até porque não seria muito legal ver a reação delas ao dar de cara com cavalo com asas) e baixo o suficiente para que não perdêssemos o ônibus branco que levavam os campistas e as caçadoras.

Observei o ônibus. Vi Thalia, Zöe e Grover, mas não vi Pheobe e Lisa.

— Hey, não ta faltando gente ali não? - perguntei. - No ônibus... - continuei depois de perceber que ele não havia entendido a pergunta.

— Ah, você não sabe né? Pelo o visto os irmãos Stoll atacaram novamente. A única que "sobreviveu" foi a Zöe, já que estava na reunião.

— Mas Connor e Travis também.

— Você não os conhece mesmo. Isso não é um obstáculo para aqueles dois.

Sorrio. Então faltaria duas pessoas se eu e Percy não estivéssemos indo escondido, e provavelmente só um ou dois dos três sobreviveriam, já que no mínimo uma pessoa vai morrer nessa missão.

De repente, olhei pra baixo e novamente não encontrei o ônibus. Novamente porque não era a primeira vez que o perdemos de vista. Avisei a Percy e ele fez Blackjack virar de direção. Foi muito repentinamente, então segurei Percy mais forte para que eu não caísse. O coração dele estava batendo rápido, provavelmente por causa dessa virada que poderia ter me jogado longe – e o soltei assim que me “recuperei”. Voltamos um pouco e encontramos o ônibus de novo. O veiculo estava ainda mais lento que já deveria ser, graças ao trânsito da cidade.

Aterrissamos no topo do prédio Chrysler .

Percy falava coisas com o cavalo como “não vou comprar rosquinhas pra você. As pessoas vão ter um ataque cardíaco se virem um pégaso!” e ainda esperava que ele respondesse.

Eu perguntei se ele estava bem, mas nem sei se ele ouviu.

Enquanto isso o ônibus continuou serpenteando em direção ao Túnel Lincoln.

— Percy, vamos perdê-los de vista... De novo - alertei. Olhe olhou surpreso pra mim, como se tivesse acabado de lembrar que eu estava ali.

— Bem, vamos - ele disse subindo em Blackjack e me ajudando a subir em seguida. Nossa proximidade me deixava um pouco incômoda e também com um pouco de falta de ar, mas ignorei isso por um bem maior.

Estávamos prestes a pular do prédio quando Blackjack relinchou, alarmado, me fazendo cair.

Tentei me virar pra cair de lado, senão poderia machucar a cabeça e ter um problema mais sério. Senti uma enorme dor no braço, mas tudo parecia no lugar.

Me levantei com dificuldade, mas senti algo me agarrando pela perna, me fazendo cair novamente. Quando vi o que era eu me assustei: nada mais, nada menos que videiras. Isso é o que eu chamo de "brotar do inferno". Olhei para Percy e ele estava na mesma situação, e Blackjack, ainda pior.

Tentei me livrar das videiras sem sucesso. Pareciam até sobrenaturais de tao firmes. Espera aí...

— Indo a algum lugar? - uma voz que reconheci como a do Sr. D perguntou. Então suspirou e disse: - A próxima pessoa, ou cavalo, que me chamar de "cara do vinho" vai acabar em uma garrafa de Merlot!

Ok. Primeiro o Percy e agora ele fala como se o Blackjack tivesse dito alguma coisa. Ou eles estão malucos ou eu estou.

— Sr. D, o que você quer? - Percy perguntou.

— Oh, o que eu quero? Vocês pensaram, talvez, que o imortal todo-poderoso diretor do acampamento não ia perceber vocês saindo sem permissão?

É exatamente o que eu pensava, pensei.

— Bem, talvez - Percy respondeu.

— Eu deveria te jogar daqui sem o cavalo alado e ver o quão heroico você vai parecer caindo prédio a baixo. - ele disse se dirigindo somente ao Percy dessa vez. Ainda bem, já que senti medo mesmo não sendo pra mim a ameaça. Quer dizer, ele é literalmente um deus!

— Por que você me odeia tanto? O que eu fiz pra você? - Percy pergunta com o punho cerrado.

— Você é um herói, garoto. Não preciso de outra razão.

Gente.

— Eu tenho que ir nessa missão! Tenho que ajudar os meus amigos! Isso é algo que você não entenderia. Você é tão egoísta. Mas pensando bem não é nada mais do que os deuses em geral são, não é mesmo?

Gente.

Mais videiras surgiram, nos prendendo, e o ônibus, cada vez mais distante.

— O ponto é que vocês heróis nunca mudam. Vocês acusam os deuses de serem egoístas e convencidos. Deviam olhar a si mesmos. Vocês pegam o que querem. Usam quem tiverem que usar. E depois traem todos que estiverem a sua volta. Então me desculpe se eu não tenho nenhum amor pelos heróis. Eles são um bando de egoístas ingratos. Pergunte a Ariadne. Ou a Medéia. Sobre essa questão, pergunte a Zöe Nightshade.

— Como assim devo perguntar a Zöe?

— Vão. Sigam seus tolos amigos - o deus diz, ignorando Percy e fazendo um gesto de despedida com a mão.

As vinhas se desenrolaram e eu consegui me levantar.

— Está mesmo nos deixando ir? - Percy perguntou, incrédulo.

— Sim. Mas marque minhas palavras, filho de Poseidon. Vivo ou morto, você nunca provará ser o melhor herói.

E dizendo isso estalou os dedos. No momento não entendi o gesto, mas no segundo seguinte ele havia desaparecido, deixando eu seu lugar fumaça dourada e um aroma de uva.

— Vamos, Blackjack - Percy disse. - Vou comprar umas rosquinhas para você em Nova Jersey.

No final das contas, não compramos rosquinhas para o Blackjack. Zoe estava dirigindo que nem uma louca, e nós já estávamos em Maryland quando eles finalmente decidiram parar. Blackjack estava quase despencando do céu. Não me surpreendia. Se eu estava cansada, imagina ele!

— Fique aqui - disse Percy acariciando o pégaso. - Vou explorar.

Ele também pediu que eu ficasse, já que ele colocaria o boné da invisibilidade e não haviam dois. Pensei em subir de novo em Blackjack e dormir sobre sua crina, mas decidi deixar que ele descansasse um pouco, então me deitei do lado dele e fechei os olhos. Minha intenção não era dormir, mas sim absorver tudo aquilo. Era muita informação para uma pessoa só.

Um tempo depois, Percy voltou e continuamos seguindo eles.

Enquanto chegávamos mais perto de Washington, Blackjack foi perdendo velocidade e altitude. Aquele meio tempo de intervalo não foi o suficiente para que ele descansasse.

— Você está bem? – Percy perguntou. Já ia responder que sim, mas percebi que ele estava falando com o cavalo. – Você não parece tão bem assim – continuou.

Comecei a ficar realmente preocupada, mas felizmente o ônibus começou a desacelerar.

— Deixe-me ali – Percy pediu ao Blackjack. – É perto o suficiente – ele falou e no mesmo momento o pégasus negro obedeceu.

O ônibus estava apenas a alguns quarteirões adiante.

— Quero que você volte para o acampamento. Descanse um pouco. Vá pastar. Ficarei bem – Percy disse e comecei a pensar em como nós continuaríamos sem um transporte... – Você já fez o suficiente. Vou ficar bem. Vamos ficar bem. E uma tonelada de obrigados – continuou.

Então o enorme pégasus negro partiu em direção ao acampamento.

Todos estavam saindo do ônibus. Grover apontou na direção de um dos grandes prédios alinhados do shopping. Thalia confirmou e os três marcharam contra o vento frio.

Nós os seguimos, mas uma quadra depois eu congelei e simplesmente não consegui mais me mover. Ele falava com alguém no telefone e muito por pouco não nos viu. Era o diretor da Westover Hall, ou melhor, o manti-sei-lá-o-que. Hades podia me emprestar o elmo dele pra que eu pudesse ficar invisível, mas sei que ele não devia ser muito amigável.

— Tome – Percy disse e me senti melhor sabendo com quem ele estava falando. Olhei para sua mão estendida, que segurava o boné. – Pode ficar invisível. Ficará segura desde que ninguém esbarre em você.

— Mas e você? – digo pegando o boné.

— Eu já estou acostumado em não estar seguro – ele disse e eu considerei um bom argumento.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas... Eu leio umas fanfics que escrevem alguns detalhes opcionais como as músicas que escutava enquanto escreviam e resolvi fazer a mesma coisa...
Agora que terminou esse capítulo, que tal visitar a história My Last Resort, da Tia Ally Valdez? É muito perfeita, super recomendo...
Se leu isso, comente #LNF (Li notas finais) no final do review... -> ESSA IDÉIA FOI TIRADA DA HISTÓRIA DELA, só pra avisar.