Cupido

Seu nome? Cupido, Amyp, Kupidon, Amoro, Cupid, キューピッド, dependia muito de onde ela estava – apesar de gostar de ser chamada apenas de Hinata.

Sua função? Unir pessoas solitárias e tristes, que simplesmente ficariam bem juntas.

Seu trabalho continuaria sendo executado perfeitamente bem, até que ela o achou, um garoto que não ficava bem com ninguém.

Ah, como Hinata ficou com raiva dele!

Primeiro, quando recebeu a ordem, juntou-o com uma loira muito bonita, de quem nem se interessou saber o nome. A paixão não aconteceu, pois ele só reclamava de como a loira era metida, burra e apaixonada por roupas. Hinata engoliu em seco, ao perceber que eles realmente não eram um tipo apropriado. Pensou que o erro fora seu, por juntar duas pessoas sem nem ao menos conhecê-las direito – afinal ela fazia aquilo há tanto tempo, que não pensava que podia errar mais.

Procurou alguma menina menos metida, burra e apaixonada por roupas. Achou-a lá, morena, roupas largas e um skate numa mão. Pensou que, já que ele levava o cachorro para passear todos os dias, e ela sempre estava na pista perto, com certeza formariam um casal formidável. Talvez um dos melhores que ela já juntara. Novamente falhou. Ele só reclamava do quão masculina Tenten – a morena – podia ser, que ela tinha alergia á cachorros (ok, Hinata errou nessa também) e que odiava as roupas dela.

Hinata se inflou de raiva, pois odiava perder tempo daquele jeito. Procurou novamente: teria que ser alguém com notas medianas, roupas nem feias demais, nem muito bonitas, que gostasse de cachorros e que soubesse ser feminina e amiga ao mesmo tempo. Que serviço complicado!

Achou uma que se encaixasse, Konan, bonita, legal, trabalhava numa clínica veterinária. Ele reclamou da idade dela – mais velha – e dos piercings no rosto.

Tentou Sakura, não tinha piercings e sorria amigavelmente, não que gostasse de cachorros, mas odiava gatos. “Ruiva demais, peitos pequenos”.

Temari, seios grandes, sorriso amigável, roupas confortáveis, um cachorro de estimação. “Não posso ficar com alguém que só sabe mandar em mim”.

Matsuri, colegial, animada, amava cachorros e tinha um corpo bonito. “A voz é muito estridente, quase me deixa surdo”.

Karin, ruiva, bonita, estava na faculdade e era muito pervertida; Hinata pensou que talvez isso o distraísse sobre qualquer defeito, mas estava extremamente enganada. “Se eu quisesse alguém para foder, ia para um puteiro”.

Essa frase a deixou tão raivosa, além de já ter passo uns bons meses tentando juntá-lo com alguém, que Hinata resolveu descer como humana e dar um jeito naquilo. Não precisaria ouvir os pensamentos reclamões dele, que ela concluía que era um chato sem tamanho, então o trabalho fosse menos cansativo.

Ela realmente desceu, arranjou outras cinco garotas diferentes, tentou tudo que seus poderes deixavam – pois o escolhido tinha sempre que se apaixonar naturalmente. Ao ver que nenhuma havia conseguido essa proeza – que ela começava a chamar de milagre –, completamente irada resolveu dar uma bronca nele.

Ela mal pode falar mais que umas duas frases, pois algo apitou na sua cabeça. Ah, o trabalho estava completo, Kiba havia se apaixonado!

Não fora exatamente do jeito que Hinata planejava, mas ela nunca havia conseguido um amor á primeira vista, então aquilo era uma conquista dupla.

E até que ele tinha um sorriso muito bonito...