Fairy escrita por Caroline


Capítulo 2
Vingança




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Capitulo 2-

Querido Diário

Tanto tempo presa em um orfanato me fizeram repensar sobre quem eu sou, sobre quem eu quero ser.Meus pais morreram tentando me salvar da morte ou era isso que eu pensava, a verdade é que não conhecemos as pessoas que estão ao  nosso redor qualquer um poderia sim ser os meus pais.Klaus tem sido legal comigo mas eu sei que é tudo falsidade e que ele quer me usar para conseguir o que quer, mas me manipular não será tão fácil como ele imagina.

—Precisa de algo?-perguntou Klaus e eu tive que debochar.

—Respirar seria uma boa, meu querido.-ele sorriu da minha resposta e em seguida voltou a se focar em meu rosto.

—Vamos direto ao ponto...

—É tudo o que eu mais queria.-cortei-o .

—Eu te tirei do orfanato por um motivo...

—Você quer usar os meus poderes e mais blá, blá, blá.-tornei a cortá-lo.

—Certo fique quieta antes que eu me arrependa.

—Sejá mais pragmático por favor.

—Olha só a fadinha sabe pedir por favor.-disse já se irritando e eu não pude deixar de sorrir. —Sei que as fadas do bem e do mau estão atrás de você e eu poderia ter te entrego a elas mas não fiz isso então agora você me deve uma.

—O que você o “todo poderoso” quer?-perguntei fazendo áspas.

—Finalmente você perguntou.Você será a minha nova arma secreta.

—Está brincando né?-perguntei.

—Acha mesmo que eu perderia o meu tempo com uma adolescente sem querer algo grandioso em troca?

—Pra que quer o meu poder?-perguntei deixando o diário de lado.

—Amanhã partiremos para Nova Orleans e aí teremos um tempo para falar sobre isso e muito mais.

“Que idiota!”-sussurrei.

—Você deveria calcular mais o que diz.-Klaus usou velocidade e em segundos estava a me enfocar na parede. —Eu não gosto de aturar idiotices.-completou enquanto eu o encarava mais séria do que nunca.

—Eu vou te passar uma listinha do que eu preciso e depois que ela acabar quem sabe talvez eu possa pensar em te ajudar em alguma coisa que favoreça apenas a você.-disse enquanto ele ainda me enforcava.

—Tudo bem, se você não quer me ajudar eu posso te levar de volta ao orfanato e aí o ano que vem nos veremos novamente.-disse me soltando. —Você decide se quiser vir comigo terá que me encontrar no aeroporto amanhã.

—Klaus espera.-disse mudando de ideia, ele poderia ser o que for mais tinha me tirado daquela prisão horrível e eu estava grata por isso.

—Vai ser petulante comigo novamente?-perguntou irônico.

—Não, preciso de você.

—Que declaração.-disse debochando.

—Sério Klaus, as fadas querem me matar e se você precisa de mim é porque não dá conta de seus inimigos...

—Escute aqui querida eu dou conta de meus inimigos facilmente, entretanto serei um pouquinho mais esperto e terei uma arma secreta que possa me favorecer.-cortou-me.

—Teremos chances se ajudarmos um ao outro, então eu vou com você.-respondi antes que ele me cortasse novamente.

—Até que foi fácil.-respondeu.

—Olha só velhinho eu vou para Nova Orleans hoje a noite então se vire para conseguir as passagens ok.

—Você não se cança de debochar?-perguntou e eu balancei a cabeça negativamente.

—Vá e não demore me buscar eu odeio esperar, me deixa entediada e aí eu pratico magia o que não será bom pra ambas as partes.-disse e ele sorriu como se eu não fosse uma ameaça para ele.

Assim que ele saiu eu me sentei na cama e voltei a escrever no meu diário

É errado querer algo que nunca conseguiremos?Klaus esteve aqui ele me quer.Na verdade ele só está interessado no meu poder.Durante anos eu sofri humilhações dos outros órfãos daquele maldito orfanato, mas agora que vou embora tenho assuntos inacabados e se o Klaus pensa que não terá troco está muito enganado.Todos que um dia me fizeram chorar ou sofrer pagarão caro.Eu tenho uma vingança para colocar em pratica adeus...

N

Andando pelos corredores do orfanato eu pude ter certeza que algumas horas foram o suficiente para que eu mudasse completamente.Passei os dedos pelas paredes e então me lembre que um dia uma das órfãs me empurrara bem alí e a parede ainda tinha um pouco do sangue, logo após ficaram me chamando de sequelada, maluca e louca.Quer saber o que eu estou fazendo aqui?Estou querendo justiça e opitarei pelo mais rápido e menos doloroso, não pense que eu sou má porque eles nunca pensaram duas vezes nas brincadeiras e travessuras de crianças que faziam comigo então se você sabe como é ser o alvo de “brincadeiras” estará me apoiando nesta decisão.

—Lacey por que voltou?-perguntou Edgar descendo as escadas.

—Eu vim tirar você daqui, vamos Edgar.-disse fazendo sinal para que ele me acompanhasse.

—Você está estranha Lacey, me diz o que está acontecendo?

—Quer sair daqui?-perguntei.

—Quem não quer?

—Não me responda com uma pergunta.Sabe que eu não gosto, agora vamos embora.Arrume as malas.

—está se rebelando contra o orfanato e as madres?-perguntou sorrindo.

—Estou fazendo o que me der na telha.Isso é que é liberdade.

—Eu vou arrumar as malas então.-respondeu.

Edgar era como eu, ele também era uma fada ou “fairy” como eu preferia chamar e ele também.A única diferença entre eu e ele era que ele era uma fada da morte, não pense que pelo fato de morte ser algo ruim ele também seja afinal jamais devemos julgar um livro pela capa.Edgar não era mau e sabia se controlar perfeitamente e estava muito avançado nisso tudo.Ele não conheceu os pais dele como eu e o fato de estarmos juntos nessa era tipo uma casamento na saúde e na doença seríamos amigos e protegeríamos um ao outro.Ele foi arrumar as suas malas e eu fui resolver um assunto inacabado.

—Endy estava com saudades?-perguntei entrando em meu antigo dormitório.

—Pra falar a verdade sim, eu gostava de ter um brinquedo nas horas vagas.-respondeu e aquilo sim me irritou.

—Obrigada.

—Pelo quê?-perguntou parando de fazer o que estava fazendo e me fixando.

—Por dizer exatamente o que eu queria e precisava ouvir.-respondi encostando a porta e fazendo uma ventania começar, mas apenas dentro do quarto fezendo tudo flutuar.

—Que diabos está fazendo?-perguntou mais assustada do que nunca.

—Não preciso aturá-la mais, afinal eu não moro mais aqui.Não esqueci o que me fez desde a minha chegada Endy e tudo que vai volta assim como todo ato gera uma consequencia.Você brincou com fogo e agora que tal se queimar com ele.-disse e a fixei concentrada e o fogo começou.

A princípio era apenas ela, eu só precisava assustá-la um pouco, deixá-la com medo como ele fez comigo mas no final o fogo aumentou e ela acabou morrendo queimada e apesar de ter sido o meu primeiro assassinato em série eu não me senti nem um pouco culpada afinal a que se faz a que se paga.Tudo tem uma justificativa mas matá-la naquela tarde fez com que o meu ser se libertasse, o ser que a tempo ficava aprisionado dentro de mim e eu pude ter certeza de que aquilo foi uma péssima ideia.


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