Depois do que aconteceu, não conseguiu mais dormir, por mais imbecil que pudesse parecer, sentia que a partir de agora poderia perdê-lo para sempre, perder aquilo que nunca foi seu.

Viu a porta ser aberta e lá estava Alec, resistiu ao impulso de abraçá-lo, pois não tinham tempo para isso.

– Sabe onde estão os outros? -ele perguntou

Sabia que no fundo esse outros para ele era apenas Magnus.

– Por aqui -ela disse o puxando

A sensação ruim continuava, mas não demonstraria nada.

Passaram por tantas portas, até que chegaram a uma que realmente a importava, sem ligar para o que Alec estava dizendo e lentamente entrou, olhou e em um canto do quarto estavam suas armas e sua estela, pegou-as e os dois sairam, depois conseguiram libertar os prisioneiros, mas acabaram sendo pegos pelos crepusculares que os levaram para sala dos tronos.

Jace, Clary, Izzy e Simon já estavam lá, ver o olhar que Sebastian lançava a Clary foi pior que qualquer golpe que já tenha recebido, apesar disso manteua cabeça erguida não demonstraria fraqueza na frente dele de novo.

No mesmo instante os olhares se cruzaram, poderia ter baixado a cabeça e até seria mais fácil, mas não manteve-se firme e segurou o olhar mais frio que pôde.

– VAMOS ACABE COM O SEU SHOW DE UMA VEZ -ela disse

– Calada, não estou a fim de ouvir sua voz -ele disse em um tom extremamente frio e foi como uma facada, mais uma, para a caçadora

Logo viu Clary caminhar em direção ao irmão

– Minha irmã finalmente fez a escolha certa, decidiu ser minha rainha -ele disse e a ruiva apenas concordou levemente

A loira estava achando tudo muito estranho Jace apenas mantinha sua cabeça baixa, havia algo errado ela stinha a certeza que Jace não permitiria que Clary fizesse algo assim sem que os dois tivessem um plano.

Mas a partir daí tudo foi muito rápido e doloroso, Clary o atacou quando ia beijá-lo, ao invés de ir para onde ele estava caido, ela apenas caiu de joelhos vendo ele ali no chão, viu ele dizer aalguma coisa, mas que não conseguiu ouvir e logo depois ele destruir o cálice infernal e fechar os olhos.

Com esforço conseguiu levantar-se e aproxirmar-se dele, sentiu um pequeno alivio ao constatar que não estava morto, estava como se estivesse dormindo, e que poderia nunca acordar e naquele momento podteria dizer que ele parecia um anjo, estava com uma expressão serena.

Não se importava mais com o que os outros iriam pensar, as lágrimas já desciam sem controle, sabia que estava fazendo tudo que nunca fazia demonstrar fraqueza, chorar, mas era como Jace a havia dito fazia algum tempo, amar é destruir e ser amado é ser destruído.

Ao passar a mão sobre ele sentiu um pequeno volume sob a camisa e ao ver o que era surpreendeu-se era seu anel que ele usava pendurado em uma fina corrente.

Precisava dar um jeito de tirá-lo dali.

...

No dia seguinte ela ainda estava no Basilias, nada havia mudado, ele continuava em um estado de coma, e ela se recusa a sair do seu lado mesmo que ele não soubesse que estava ali, ficaria ali até que ele acordasse, se não fosse por sua insistência não teriam permitido que ele ficasse ali.

– Precisa ir descansar um pouco -Robert disse ao entrar

– Não posso -ela disse, não o considerava um pai, mas naquele momento não fazia a mínima questão de ser irônica, de discutir, nem nada disso

Sem pensar muito bem no que estava fazendo abraçou ele e involuntariamente lágrimas caíram, ele apenas afagava os cabelos da filha, ela não fazia ideia do quanto ele esperava por isso...