California Girl escrita por Mellie


Capítulo 9
I Do What I Want!


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! (~le eu dando uma de Kéfera~)
I'm back!!!



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"God knows what is hiding

In this world of little consequence

Behind the tears, inside the lies"

–Chocolate.

–Certeza?

–Sim…por que?

–Você não vai dizer que chocolate engorda, e que dá espinhas?

–Por que eu diria isso?

–Porque você é uma garota.

–Eu pensei que você já tivesse entendido como minha cabeça funcionava...

–Nem você mesma entende como ela funciona!

–Isso é verdade.

–Dois de chocolate, por favor.

Ele disse ao moço atrás do carrinho de sorvetes. Ele os deu á Thomas, que me deu um e ficou com o outro.

–Vamos logo, estamos mais do que atrasados.

Super atrasados?

–Tipo isso.

Fomos até a árvore que ele tinha apontado mais cedo. Sério, o que as pessoas daqui tem com os parques? É tipo um ponto de encontro, é meio estranho, só acho.

Tinham oito pessoas agora, quatro meninos e quatro meninas, era tipo um piquenique (eu já estava ficando cansada daquilo.), ou coisa assim.

–Thomas! Pensei que não vinha mais!

–Tivemos que parar no caminho.

Ele disse olhando pra mim. Nos deram um olhar malicioso, eles tinham entendido TUDO errado!

–Não nesse sentido, pelo amor de Deus! Somos irmãos!

–Irmãos postiços.

–Eu não ficaria com ele nem pela maior biblioteca do mundo, por Deus!

–Você não vai apresentar sua ‘irmã’ pra gente, Thomas?

–Ah! Pessoal, essa é a Charlie, Charlie esse são Emma- ele apontou pra uma menina loira de olhos claros- Tyler- um garoto de cabelos e olhos negros- Amélia- essa tinha cabelos e olhos castanhos - James- olhos azuis e cabelos loiros- E Erik, Peter, Madison e Jenny, que você já conhece.

–Oi- disse com um aceno, me vire pra Thomas e disse em seu ouvido- Eu vou ler ali no canto enquanto vocês conversam, tá?

–Tudo bem.

Peguei o livro, que ele estava segurando e fui com meu sorvete até um canto mais afastado, comecei a ler, fiquei lá por uns trinta minutos até Thomas me chamar.

–O que foi?

–Tyler disse que ouviu de alguém que você vai dar aulas particulares daqui a duas semanas, é verdade?

–Sim, os professores acham que seria bom pra aumentar a média de alguns alunos.

–Você não pode fazer isso!

–Por que não Amélia?

Estava com medo da resposta.

–Porque só os nerds fazem isso! E você não é um deles.

–E se eu fosse? Qual o problema? Eu poderia entrar no clube de química, é uma das minhas melhores matérias!

–Ela não vai fazer isso!

–E por que não Thomas?

–Porque você estaria se autodestruindo!

–Eu faço o que eu quero, não são vocês que vão me dizer o que eu posso ou não posso fazer!

–Você é maluca garota!

Eu ouvi a voz fina e irritante da Jenny.

–Não se intrometa, isso é assunto meu.

–Isso é assunto nosso!

Já estávamos gritando, isso é ótimo!

–É a minha vida!

–Você está na minha casa!

–O que isso tem a ver?

Tínhamos esquecido a pequena ‘plateia’ nos olhando, era como se fossemos só nós dois.

–Eu não sei! Mas você não pode fazer isso!

–E por que não!?

–Você vai acabar com tudo! Tudo o que eu demorei quatro anos pra conseguir!

–Então isso tudo tem a ver com sua “popularidade”? É isso mesmo?

–Exatamente! Eu não quero ter nada a ver com uma menina invisível, que dá aula e que não liga pra o que os outros pensam! Porque EU ligo, e muito!

As palavras dele me atingiram como um tapa, era isso que eu era pra ele? Uma esquisita?

–Eu pensei que você fosse diferente –disse abaixando a voz- Diferente dos jogadores de ensino médio que eu vi em filmes, mas você é igualzinho, dá até dó.

Eu tentei soar como alguém que não dava a mínima, mas eu dava, e muita.

–Não tente fingir que está tudo bem, eu sei que não está.

–Está tudo ótimo! Você simplesmente disse o que pensava de mim, disse que eu era estranha, a maioria das pessoas que me conhecem um pouco melhor diz isso também. Não se preocupe, você não vai ser nem o primeiro nem o último a faze-lo.

–Eu não disse isso.

–Mas foi o que quis dizer. Eu entendo as entrelinhas Thomas, você deve saber disso mais do que ninguém.

–Eu só não quero que aconteça com você o que aconteceu com a Molly.

–Quem diabos é Molly?

–Exatamente!

–Você é ridículo sabia?

–Entendo seu ponto de vista.

–Não, você não entende. Tenho certeza.

–A DR já acabou? Eu estou com fome.

Acho que foi Tyler quem disse isso, não tenho certeza, estava muito ocupada pegando minhas coisas pra prestar atenção.

–Onde você vai?

–Pra casa.

–Como você vai pra casa?

–De taxi, ou de ônibus, não sei.

–Você pode me esperar se quiser.

–Eu não quero.

Saí de lá o mais rápido possível, eu não queria nem olhar na cara daquela coisa que todos chamam de Thomas. Logo já estava do lado de fora, vendo os carros passarem sentada num banquinho, ‘será que ele realmente queria dizer tudo aquilo, ou foi só encenação por causa dos amigos dele?’

Por que diabos eu estou pensando nisso, não faz a mínima diferença, eu não me importo!

É claro que eu me importo! Você acha que se eu não me importasse eu ainda estaria aqui, ainda com esperanças de que ele aparecesse e me dissesse que era tudo mentira e pedisse desculpas? Eu parecia uma boba apaixonada...

Não que eu estivesse apaixonada por ele, ECA, nem pensar! É só que...eu pensei que pudéssemos ser amigos e....não! Eu não vou ficar me lamentando por ele! Ele não merece!

Chamei um taxi e disse onde era minha casa, logo chegamos eu desci e o paguei, entrei em casa e meu pai e Tiffany estavam assistindo televisão.

–Charlie? Pensei que você viria com Thomas.

–Eu também.

–O que aconteceu, querida?

–Aconteceu que Thomas, pela primeira vez disse o que estava pensando.

–O que isso quer dizer?

–Quer dizer exatamente o que eu disse.

Subi para o quarto e desabei na cama, de onde eu não deveria ter saído hoje de manhã. Fiz o dever e terminei de ler o meu livro, já eram onze horas e eu estava morrendo de sono, coloquei meu pijama e já ia dormir quando Thomas entrou correndo no meu quarto.

–O que você está fazendo aqui?

–Eu...eu não sei...

A voz dele estava como da última vez...bêbado.

–Onde você estava?

–Aqui, e você?

–Eu fui a um lugar.

–Que lugar?

–ME DESCULPE!

Okay, isso foi meio estanho...

–Desculpe por que?

–Por tudo que eu te disse, eu não queria dizer aquilo.

Eu já estava começando a achar que ele tinha um problema sério com a bebida.

–Fale comigo quando estiver sóbrio.

–Fale comigo agora!

–Eu não quero falar com você, ainda estou chateada.

–Por que?

–Você sabe porquê!

–Não sei não.

–Vá dormir Thomas!

Então ele simplesmente deitou na minha cama e dormiu! Isso é possível? Tive que me controlar muito pra não enforca-lo com a alça da minha bolsa.

Já que eu não conseguiria tirar ele de lá (ele deveria pesar umas duas toneladas, depois eu sou a gorda!) eu decidi ir até o quarto dele, seria mais fácil.

O quarto dele era muito bagunçado, como eu achei que seria, mas tirando toda a bagunça, era legal até. Sua cama estava desarrumada então eu simplesmente me deitei, ela tinha o cheiro dele, baunilha (o que eu acho meio feminino) com um pouco de canela, era ótimo. Fechei os olhos e dormi.


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Notas finais do capítulo

Cap. pequeno, mas até domingo eu faço um beem grande, prometo!
Reviews suas lindas (ou lindos)!
Mellie