California Girl escrita por Mellie


Capítulo 6
Hey Kitten!


Notas iniciais do capítulo

Relou!



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–Thomas! O que aconteceu?

–E-eu na-não sei.

A coisa ‘tá feia mesmo. O puxei pelo braço até o carro, estávamos no jardim quando ele parou e vomitou, fiz uma careta, mas continuei andando, o coloquei no banco detrás do carro e subi no do motorista. Eu tinha carteira de habilitação, mas não a usava muito.

–Você é tão linda Charlie...- ele dizia com a voz meio cambaleante- Pena que somos irmãos...

Ótimo ele pirou de vez...

Chegamos em casa, estava tudo apagado, eles já tinham ido dormir. Tentei fazer o mínimo de barulho. O levei para o banheiro e o sentei no chão.

–Tão linda- ele repetia- Tão...

Ele apagou lá mesmo, tentei acorda-lo mas ele tinha praticamente desmaiado no chão do banheiro, liguei o chuveiro e o coloquei embaixo d’água gelada de roupa mesmo.

O levei para o quarto enquanto ele murmurava coisas que eu não entendia, tirei a sua roupa (nem quero comentar essa parte) e coloquei um pijama, por fim o deitei na cama. Fiquei um tempo observando-o enquanto dormia, ele parecia tão em paz, tão meigo...com os cabelos caindo na testa, eu não podia negar que ele era lindo. Deixei aqueles pensamentos de lado e voltei ao banheiro, tomei um banho rápido, coloquei um pijama e deitei na cama, dormi na mesma hora.

(...)

Acordei com Thomas me balançando, o que ele queria agora?

–Ahn? -disse sonolenta- Tho-Thomas?

–Acorda Bela Adormecida.

–Pelo amor de Deus, me deixa dormir!

–Você tem noção de que horas são?

–Uhn?

–Quase três horas.

–Dane-se. Eu ‘tô com sono então vou dormir mais. Vaza.

–Seu pai está mandando.

–Ah, manda ele ir se ferrar.

Me virei e voltei a dormir, passaram-se uns 10 minutos até que eu ouço alguém abrindo a porta novamente, resolvo ignorar. Até que ÁGUA gelada me atinge!

–EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO!

–Desculpe se molhei seu cabelo.

Disse sarcástico.

–Iria ser bom se tivesse sido só meu cabelo sua peste!

–Foi seu pai que mandou.

Ele disse erguendo as mãos como em forma de rendição.

–Até parece!

–Verdade! Ele disse ‘’ Faça Charlie acordar.”

–De um jeito aceitável ele quis dizer!

–Ah, deixa de drama!

–Vou jogar um balde cheio d’água em você um dia desses então, vamos ver se você vai gostar.

–Vamos, vai se vestir e desça, seu pai quer falar com você.

–Qual a palavra mágica?

–Abracadabra?

–Nope.

–Por favor?

–Não chegou nem perto.

–Abre-te Sésamo? (n/a: não sei escrever essa bagaça...)

–Acho que vou dormir mais um pouco...

–Desisto! Qual a palavra mágica?

–Zack.

–Zack? Que Zack?

–Efron, qual mais?

–Você é ridícula sabia?

–Já me disseram isso.

–Vai se trocar sua ninfomaníaca!

–Que palavra feia senhor Thomas! Vou ter que lavar sua boca com sabão?

–Engraçadinha!

–Cai fora, vai!

–Saindo!

Aquele garoto tem problemas, só pode! Onde já se viu jogar água em alguém, pra mim isso é só em filme!

Me troquei e desci, estavam todos juntos na sala. Momento família feliz! EBA! (sinta minha ironia!)

–Então família, me tiraram da cama pra quê?

–Nós vamos sair.

–Correção: Vocês vão sair, eu tenho o dia inteiro livre, vou ficar comendo besteira e assistindo ‘Supernatural’ como uma garota normal.

–Você ultrapassou o normal a muito tempo...

–Você é tão engraçado Thomas, já pensou em ser humorista?

–Você também se acha ‘a’ engraçadinha, né? Pois saiba que não é!

–Irritante.

–Boba.

–Nossa, muito maduro você, seu feioso!

–Chega vocês dois! Parecem duas crianças!

–Ele quem começou!

–Eu é que sou o infantil?

–Exatamente.

–Eu disse chega! E você Charlie, vai sim.

–Mas paiê...

–Você vai e ponto.

–Ai que chatice, nem ser adolescente eu posso mais.

–Vai ser legal, querida. Dá uma chance, vai!

–Tanto faz. Onde vamos?

–Ao parque.

–Que coisa brega.

–Vamos. Pro carro, todo mundo!

–Mas eu ‘tô com fome!

–Me diz, quando você não está com fome?

–Finja que eu não existo, tá?

–Com prazer.

Entramos no banco detrás do carro, coloquei meu fone e escorei minha cabeça na janela.

Depois de uns 20 minutos meu pai estacionou onde eu acho ser o Central Park. Me conta, o que EU vou fazer aqui? Dar uma de Jared Leto e abraçar árvores? Meu pai não satisfeito em me tirar de casa, pra completar, trouxe uma cesta de piquenique! Ele acha que isso aqui é o que? Passeio romântico?

Entramos no parque e aí eu percebi o porquê das pessoas irem até ali, o lugar era lindo, bem cuidado e tinham até alguns gatinhos. Achamos um bom lugar embaixo de uma árvore e meu pai e Tiff foram arrumar as coisas lá... Percebi que tinha muita coisa verde naqueles potinhos, isso é estranho, meu pai quase não comia comida verde.

–Tem alguma coisa comestível aí?

–Como assim?

–Eu me recuso a comer essa gororoba saudável!

–Eu achei que poderíamos fazer alguma coisa menos gordurosa, mais saudável, que não faça mal à saúde.

–Entenda uma coisa Tiff: eu não sou saudável, nunca vou ser. Nem você, nem ninguém vi conseguir me mudar.

Disse rígida. Percebi que ela ficou um pouco chateada, mas não liguei.

–Vou procurar um pipoqueiro.

Virei as costas sem nem esperar eles responderem. Dei uma volta pelo parque e achei o bendito do moço da pipoca, pedi um pacote grande e sentei num banco perto de um laguinho. Estava admirando tudo em volta quando sinto alguém se sentar ao meu lado.

–Nem um pouco de paz eu posso ter agora?

–Seu pai ficou chateado.

–Eu não dou a mínima.

–Deveria.

–ELE me arrastou pra cá, ele que tem que arcar com as consequências.

–Ele te ama, você sabe disso.

–Eu sei, tá bom, eu sei disso. Mas eu não consigo admitir que ele deixou minha família pra trás, me deixou pra trás, e agora está querendo dar uma de ‘paizão companheiro’.

–Eu entendo.

–Não, você não entende. Tenho certeza.

–Dê uma chance a ele.

–Acabou o sermão?

–Acho que sim.

Ele pegou um punhado da minha pipoca! Quem deu autorização pra isso?

–Que assanhamento é esse, Lewis?

–Eu também quero pipoca, ué!

–Então vá comprar a sua!

–Mas o tiozinho já ‘tá lá longe...

–Olhe pelo lado bom: você vai poder se exercitar no caminho.

–Engraçadinha.

Ele soltou um suspiro meio que de frustração.

–Quando a sua pipoca acabar não venha pedir da minha, ouviu?

–Sim senhor!

–Eu já volto, não saia daqui.

–Pra onde mais eu iria?

–Sei lá, perseguir um esquilo, talvez?

–Há há.

Ele se levantou e foi até o carrinho, que estava quase do outro lado do parque, ele deu uma olhada pra trás uma última vez e continuou andando. Continuei comendo minha pipoca até que sinto alguém colocar o braço por cima dos meu ombros, isso não pode estar acontecendo, pode?

Olhei para o lado e dei de cara com um loiro de olhos castanhos amendoados, muito bonito até.

–O que uma menina linda como você faz desacompanhada?

Ai Deus, mais essa agora!

–Engordando.

–Eu adoro seu censo de humor!

‘Onde Thomas se meteu?’

–Ahn...Valeu?

–Qual seu nome?

–Charlie.

–Nome legal...Stuart.

–Prazer...

–Então Charlie...você vem sempre aqui?

AI MEU DEUS! Essa é a cantada mais velha que existe, como alguém ainda tem coragem de faze-la?

–Olha...Stuart, eu realmente acho que você deveria seguir seu caminho.

–Mas eu acabei de sentar aqui, florzinha.

–Vai embora!

–Não ‘tô afim.

–Você não ouviu o que ela disse Stewie?

THOMAS!

–Tho-Thomas?

–Ela vai ter que repetir?

–Na-não! Eu já estou indo!

Ele simplesmente levantou num pulo e saiu correndo pelo parque.

–Quem era esse?

–Stuart Clark. É da escola.

–Que mané.

–Com toda a certeza.

–Você não acredita em qual cantada ele usou!

–Deixa eu adivinhar! A do “Você vem sempre aqui”?

–Exatamente!

–É bem a cara dele. – ele deu um sorriso de canto, que eu odiava- ele deveria estar bem desesperado.

–Por que?

–Pra cantar você o cara deveria estar bem carente, mesmo!

–Seu ridículo! Só por isso você vai ter que dividir sua pipoca comigo!

–Por que?

–Porque a minha acabou, ou você quer ir lá comprar outra?

–Tudo bem. –ele cedeu! –Mas eu vou comer mais!

–Ah, mais não vai mesmo!

Então comemos toda a pipoca em menos de 10 minutos e eu fiz ele ir comprar mais.

Ficamos o resto da tarde comendo pipoca (lê-se fazendo guerrinha de pipoca) e olhando as nuvens, por mais piegas que fosse, eu gostei de ter a companhia dele por algum motivo ainda desconhecido por mim. Em um momento ele teve a brilhante ideia de deitarmos no chão, mas eu recusei, meu cabelo ficaria cheio de grama e ele ficaria rindo de mim depois, não que eu ligasse, óbvio. Então ele disse que eu poderia deitar em seu ombro, aceitei depois de pensar por um tempo, mas não faria mal algum, faria? Deitamos, então, na grama, eu apoiada em seu ombro e ele fazendo piadinhas e brincadeiras sem graça, fiquei meio tensa no início, mass depois fui relaxando, ele era meu ‘irmão’ não faria mal pra mim (ou faria?)

Depois de um tempo acabei adormecendo. Adormeci com ele fazendo cafuné em meus cabelos...


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Notas finais do capítulo

Bai Bai!

XOXO- Mellie :3



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