Dias depois, algum feriado chegou, um que eu não consigo me lembrar o qual, desses que ninguém faz nada. Eu acordei novamente abraçado a minha esposa, sentindo seus seios fartos roçando contra meu peito, e sorri beijando sua bochecha, logo seus lábios, e depois seu pescoço.

            Sorri porque ela me fazia sorrir, porque Victor me fazia sorrir. Mas o problema com a guerra ainda continuava em minha cabeça, porém, parece que houve uma brecha, algum lado cedendo, eu não compreendia bem, só soava para mim que nós não seriamos recrutados afinal de contas. Isso também me fazia sorrir.

            Rosalie gemeu manhosa, remexendo-se um pouco na cama, por pura preguiça antes de abrir os olhos, para olhar para mim e sorrir. E eu sorri de volta.

            - Bom dia – sua voz saiu meio grogue ainda e eu gargalhei beijando sua boca novamente, porque eu nunca me cansaria disso.

            - Bom dia – eu respondi e me afastei, sabendo que Victor já estava acordado, porque, há poucos minutos eu o havia ouvido resmungar, e me inclinei para beijar seus lábios, e depois procurar por minha cueca que devia estar em algum lugar no quarto.

            Ela riu se acomodando na cama, e puxou o lençol para enrolar seu corpo – que parecia mais inchado, mas eu não lhe diria isso. Rosalie pegou a camisola, só pelo caso de Victor aparecer andando com seus olhinhos bem abertos, que era a nova diversão dele, ser tirado do berço pela manhã para sair correndo, em seus passinhos curtos, até o nosso quarto e se enrolar nos braços de Rosalie, esperando para mamar.

            Que era um hábito, amamentá-lo, que Rose não parecia pensar em descartar tão cedo, mesmo que agora ele só mamasse pela manhã.

            - Bom dia meu amor – ela murmurou erguendo-o do lado da cama, para colocá-lo sobre a nossa cama, vendo-o dar passinhos desajeitados sobre o colchão até estar ao seu lado.

            - Dia – ele murmurou com sua voz infantil, e Rose sorriu, como ela sempre fazia ao estar com ele, e beijou seu pescoço.

            - Hey mocinho – eu sentei na cama ao lado dele, vendo Victor virar o rosto para mim, e beijei sua bochecha, só para vê-lo resmungar antes de voltar para o colo de Rosalie. – Depois você diz que eu não devo ter ciúmes – resmunguei –, além dele não dar bola pra mim, monopoliza você.

            Ela gargalhou aconchegando-o em seus braços, e eu ri beijando sua bochecha.

            - Hey – ela resmungou com Victor, assim que ele agarrou seu mamilo para mamar. – Vai com calma, mocinho.

            Mas ele continuava sugando com vontade, alheio aos resmungos dela.

            - Tudo bem querida? – perguntei encarando-a preocupado.

            - Só meus seios estão doloridos – ela resmungou.

            E logo veio qualquer explicação sobre suas regras que estavam para vir, por isso ela se sentia mais inchada e cansada, mas que logo passaria.

            - Ah – eu suspirei resmungando, mas sem intenção. De verdade.

            - Que foi? – ela franziu o cenho me encarando, e eu me arrependi na hora de ter resmungado, quer dizer, eu tinha mesmo algo planejado, mas isso nunca ficaria acima da saúde dela, e se Rose não se sentia bem, não seria eu a obrigá-la a sair de casa.

            - Eu só tinha algo planejado – dei de ombros. – Mas você não está bem, então, fica para o próximo feriado.

            - O que você tinha em mente, Emmett? – ela me chamar de Emmett não deveria ser um bom sinal.

            - Só passarmos um final de semana em Lakeville, ou em Long Beach.

            - Meus pais me levavam a Grand Beach quando eu era pequena – ela comentou olhando para mim.

            - Eu sei – sorri lembrando da vez que ela havia me contado a primeira vez que conhecera um lugar diferente, claro, ela era um pouquinho maior que Victor, e ele provavelmente não lembraria de nada daqui a alguns anos, mas passar um feriado com eles num lugar diferente, que eu, por não ser daqui nunca tive curiosidade de conhecer, só para variar um pouco.

            - Você quer exibir seu carro novo – ela riu enquanto eu revirava os olhos, tinha até me esquecido do carro novo, Rosalie havia ficado com meu carrinho pequeno, e eu havia conseguido comprar um desses automóveis mais robustos.

            - Não – eu toquei seu nariz e beijei seus lábios, enquanto Victor continuava fazendo muxoxos, agora agarrado ao outro seio. – Eu só quero passar um tempo com a minha família, mas, você não está bem, por isso vai ficar para outra ocasião.

            - Emmett...

            - Sem discussões – eu acariciei sua bochecha e ela fechou os olhos. – Eu vou ficar cuidando de você.

            O que não me incomodava no mais mínimo.

            - Com uma condição – ela disse e eu revirei os olhos, era sempre assim.

            - Qual dessa vez? – ela bateu em meu braço, como se estivesse ofendida, e eu revirei os olhos novamente.

            - No próximo feriado, folga, qualquer brecha que você tiver, nós vamos para qualquer outro lugar.

            Só então eu reparei que Victor já havia largado seu seio, e nos encarava com um fina linha de leite escorrendo ao lado de sua boca, que Rosalie apressou-se em limpar com uma toalha pequenina que sempre havia em sua cômoda.

            - Certo? – ela perguntou me encarando, enquanto Victor se enroscava em seus braços.

            - Certo.