Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 84
Capítulo 84


Notas iniciais do capítulo

Leiam com a música tocando!



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In your arms – The Last Goodnight
http://www.youtube.com/watch?v=1kmd3m9PAL4

Durante a noite eu acordei inquieto, havia tido um sonho esquisito, havia Rosalie e mais alguns risos infantis, era delicioso de se ouvir, mas eu me sentia meio perdido naquela cena. Eu parecia ter sido deixado de lado, vendo apenas como se fosse um retrato móvel o que parecia uma família feliz. Havia um anel enorme no dedo anelar de Rosalie, mas parecia bruto, nada comparado a aliança delicada que ela havia escolhido para o nosso casamento.
Eu não sabia onde estava ou o que acontecia, só podia me sentir como um intruso ali, por isso eu me afastei.
Quando acordei, era meu rosto que possuía uma fina capa de suor. Tentei não ofegar muito, Rose dormia ao meu lado como uma bela dama, que ela era, e eu não queria acordá-la.
A garrafa de vinho ainda estava no chão junto das taças, cuidando aonde pisava, eu peguei uma taça e virei um pouco do líquido, sentindo descer por minha garganta. Ajudou a me acalmar.
A janela estava aberta, era natal, e mesmo com o clima frio, não havia vento aquela noite, assim que eu me apoiei contra a mesma, olhando a cidade iluminada lá embaixo. Não havia ninguém na rua, uma ou outra casa ainda estava acesa, e era como se o clima descontraído pela festa natalina ainda carregasse o ar.
- Você não deveria estar ai – eu ouvi a voz suave de Rosalie sussurrar atrás de mim.
Virei e vi como ela esfregava os olhos, sentada em nossa cama, o cobertor envolvendo seu corpo nu enquanto eu estava ali, nu encostado a janela.
- E eu não gosto de cuidar de homem doente – ri sorvendo o último gole de vinho, para deixar a taça sobre a mesinha de cabeceira e voltar ao lugar que eu deveria estar. Naquela cama junto dela. – O que houve querida?
Rose sempre foi um livro aberto para mim, não seria diferente dela comigo. Era como se fossemos transparentes.
- Nada.
- Não diga nada – ela murmurou acariciando meu rosto. – Não quando sabe que eu sei o que está sentindo, não quando você é como um livro aberto para mim. Agora me diga a verdade, o que houve?
- Só um sonho estranho – eu respondi a aninhando entre meus braços.
Ela sorriu dedilhando sobre meu peito.
- Sabe com o que eu estava sonhando? – ela perguntou e ergueu um pouco o rosto para me ver negar. – Com o dia em que fizemos amor pela primeira, era natal, lembra-se?
Eu assenti, não havia como não me lembrar daquela noite.
- E sabe, desde aquela noite eu tenho uma dúvida na minha cabeça – ela murmurou e eu abri bem os olhos, já fazia anos desde aquela noite.
- E nunca disse nada – eu murmurei pincelando seu nariz.
- É coisa da minha cabeça – ela murmurou e se sentou sobre a minha cintura, seu corpo arqueando para frente para encarar bem no fundo de meus olhos.
- O que tem te incomodado? – perguntei acariciando sua bochecha.
Você sempre soube que poderia me dizer qualquer coisa.
- Por que eu? – ela perguntou e vi a emoção carregada em seus olhos. – Eu passei aqueles anos fora, e, ainda assim, você esperou por mim... Você me esperou enquanto eu seguia em frente, eu ia casar com outro homem – ela fechou os olhos para que nenhuma lágrima escapasse.
Neguei com a cabeça, estava até agora pouco pensando que talvez não me encaixasse numa cena de família feliz de Rosalie, então ela me perguntava isso.
A resposta era muito mais do que eu poderia dizer, querida, acredite em mim.
- Eu... – ela tocou meus lábios antes que eu pudesse falar mais.
- Por que eu? – ela voltou a repetir, seus olhos ainda brilhavam. – Depois de tudo que aconteceu, teria sido tão mais fácil você largar de mão, há tantas moças nessa cidade, moças perfeitas para alguém perfeito como você – ela acariciou o meu rosto, e eu senti vontade de deixá-la entre meus braços, embalando-a ali até que voltasse a dormir e parasse com essa dúvida sem noção.
- Eu não gosto do que é fácil – respondi acariciando o seu rosto, ela soltou um riso fraco e seus dedos se enrolaram em meus cachos.
- Eu acho que nunca disse isso, mas eu estive com Royce – por mim ela nunca mais citaria esse nome. – Porque eu tinha medo de voltar e ver que você havia seguido em frente, eu não queria parecer boba, mas então aquele dia, no nosso lugar, no dia em que eu voltei, eu vi que você estava sozinho e que aquele continuava sendo o nosso lugar... Então eu percebi que nós havíamos mesmo crescido, mas nada havia mudado.
Ela dedilhou meus lábios e eu beijei seus dedos. Havia dúzias de palavras entaladas em minha garganta, mas eu não interromperia seu momento. 
- Então quando eu voltei e você estava sozinho, eu me dei conta de como tudo aquilo era errado – ela respirou fundo. – Mas meu medo falou mais alto, eu havia sido sempre sua, eu havia lhe prometido que seria sua e eu não cumpri – ela abaixou o olhar. – Eu tive medo de você mudar de ideia, você ficou bravo comigo, eu tive medo. Eu fui covarde...
Minhas mãos pousaram em sua cintura, mostrando que eu estava ali, dizendo a ela que eu queria ouvir tudo que ela tinha para falar.
- Então todos estavam tão animados com o casamento, eu aceitei – ela murmurou. Nenhuma lágrima escorria, por mais que seus olhos estivessem aguados. – Eu preferi correr o risco de ser infeliz com Royce, do que ser rejeitada por você.
- Você deveria ter tentado me falar – eu sussurrei e ela assentiu.
- Eu deveria, assim como eu deveria ter te dito tudo antes... Mas eu tive medo de ver nos seus olhos que eu não era mais a sua Rose, e querido, você estava tão bravo comigo – ela acariciou meu rosto.
- Eu estava amando você – e toquei seu rosto e ela fechou os olhos. – Mesmo julgando ser uma estrada de mão única, mesmo sofrendo, eu estava amando você – pousei sua mão sobre meu coração que batia forte. – Eu estou amando você.


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Notas finais do capítulo

n/a: eu acho esse capítulo, e o próximo que virá que é continuação desse, um dos mais bunis
espero que gostem também!

logo eu posto mais
beijos.



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