Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 78
Capítulo 78




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/52310/chapter/78

Com oito meses Victor era todo um prodígio, já engatinhava a algum tempo e hora ou outra arriscava ficar de pé, parecendo mais determinado depois de cair – Rosalie dizia que ele havia puxado isso de mim, mas ele ainda era novinho para sair andando pela casa.
Já possuía um ou dois dentinhos e mamava pela manhã, nem sempre pela noite, o que nos dava um tempo a mais para nós dois.
Meu pai continuava sem pegar leve nos treinos, o que algumas vezes me fizera voltar para casa com hematomas ou passar o final de semana com dores musculares, mas agora estávamos no máximo – eu acho – e, de fato, muitas coisas haviam melhorado.
Eu tinha mais disposição e havia voltado trabalho pela tarde, dia ou outro eu ia de manhã, mas basicamente era assim, eu acordava cedo e ia para o campo de concentração, almoçava com minha mulher e meu filho, e normalmente minha mãe ou sogra, e de tarde eu ia para o banco, para quando o sol se fosse eu pudesse voltar e curtir mais tempo com meu filho e minha esposa.
Parecia uma boa rotina, e o melhor, estava dando certo. Eu tinha meus momentos para paparicar meu filho e acompanhar seu aprendizado, eu certamente estava perdendo alguns momentos, como a primeira vez que ele engantinhou, ou a primeira tentativa de ficar em pé, já que ambas foram pela manhã e eu estava treinando.
Mas não importava, quando eu o via era como se fosse a primeira vez que ele estava fazendo e a emoção certamente não era menor. Eu estava bem quanto a isso.
Era sábado de tarde e minha mãe e sogra haviam levado Victor para exibi-lo para as mulheres perfeitas de Rochester, então estávamos só nós dois em casa. Eu a abracei quando estávamos sentados no sofá, ela me abraçou de volta e suspirou.
Nos últimos meses com Victor cada vez mais ativo a casa possuía sempre algum murmurinho, era estranho esses momentos em que estávamos só os dois e tudo parecia em silêncio, era como se faltasse uma parte – o que de fato acontecia.
- Isso me lembra a nossa primeira noite aqui – Rosalie disse um momento, quebrando o silêncio.
Eu sorri, não era um momento que eu poderia esquecer.
- Nós fizemos um bom trabalho esses anos – eu murmurei beijando seus lábios.
Em pensar que quando havia começado, nossa primeira vez aqui, erámos apenas dois jovens apaixonados. Não que houvesse mudado muito, mas agora com um filho era como se fossemos outras pessoas... Havia outros interesses a serem vistos antes dos nossos.
- Vem – eu fiquei de pé, me lembrando daqueles momentos que éramos só nos dois, eu sorri. – Vamos relembrar aqueles tempos...
Ela gargalhou antes de ficar de pé e me enlaçou pelo pescoço, depois me dando um selinho.
- Só se eu puder dirigir...
Uma coisa que eu nunca superaria, o medo de andar de carona quando era Rosalie a dirigir. Mas eu tinha de ceder de vez em quando...
- Vamos. Eu sei aonde devemos ir... – ela disse me puxando pela mão.
Então, minutos depois lá estávamos, ela jogada sobre o chão coberto de neve e a cabeça apoiada em minhas pernas. Nosso lugar em seu belo explendor a nossa frente.
Não importava o quê, aquele seria sempre sendo o nosso lugar.
- Victor ainda não veio passar um dia aqui – ela comentou brincando com meus dedos.
De fato nós não íamos com muita frequência ali, era como se deixassemos para os momentos mais especiais, talvez momentos de carência ou quando precisávamos pensar depois de discutir – porque nós não éramos perfeitos e sempre haveria uma discussão ou outra.
De qualquer modo era sempre em um momento espontâneo, nunca planejamos “amanhã nós vamos ao nosso lugar”, por isso eu acho que nunca trouxemos Victor aqui, nessa fase que cada piscar é uma descoberta, nós estivemos tão entretidos nele que não importava o lugar.
Sorri imaginando como seria vê-lo por ali, agora que o inverno estava ai, como seria vê-lo brincando com toda essa neve num lugar tão aberto assim – provavelmente Rosalie ficaria preocupada para que ele não se resfriasse.
- Nós tínhamos que trazê-lo aqui um dia – eu disse acariciando o seu cabelo.
- Imagine ele, branquinho como você, no meio dessa neve fofinha e branca – ela sorriu e eu soube que ela estava mesmo tentando imaginar o momento.
Nós nos olhamos por um instante e eu sabia o que ela queria dizer, nós tínhamos que trazê-lo aqui, mas nada mudaria, tinha de ser do nosso jeito espontâneo de ser.
- Ele adoraria – eu disse acariciando o seu cabelo.
Aquele era um desses momentos em que paramos para pensar – apesar de eu ter parado o dia todo – e ver como tudo muda, antes éramos nós dois aqui, há não muito tempo, jogando bolas de neve um no outro e gargalhando, agora estávamos pensando no nosso filho, sempre com a maior naturalidade.
É, eu acho que eu havia mesmo me tornado um homem e nem havia percebido.
Isso soou como um papo melancólico de minha mãe, portanto era melhor esquecer.
O pôr do sol visto dali era lindo, e Rose sorriu se abraçando a mim quando o sol sumia no horizonte. Eu a beijei e ela sorriu enlaçando os braços em meu pescoço.
Havia sido bom voltar ali, ver que continuava sendo nosso e sabendo que continuaria ali – era só um sentimento de conforto – eu sorri lhe dando a mão assim que fiquei de pé, ela ficou ao meu lado e de mãos dadas fomos até o carro.
Era hora de voltar para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

n/a: mais um!
e vamos lá meninas, eu vejo que várias pessoas marcaram que leem a fic, mas nem metade comenta. deixem reviews!!!

logo eu posto mais
beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Para o Meu Amor, Emmett" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.