Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 69
Capítulo 69




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Mas, diferente do que eu pensava, meu pai não nos procurou de imediato. Não que a ideia não me agradasse, pelo contrário, eu estava podendo acompanhar o desenvolvimento do meu filho, vendo-o começar a se sentar sozinho, até os primeiros dentinhos nascerem, ele engatinhar, e as primeiras palavras serem pronunciadas. Que por sinal, como eu já imaginava, a primeira palavra de Victor foi “mamãe”, e não, eu nem sequer fiquei com ciúmes, porque eu sabia que aquele garotinho era tão apaixonado por Rose quanto eu então estava tudo certo. E também não demorou muito para que ele começasse a me chamar de papai.
Minha mãe é que ficava cada vez mais encantada com nosso bebê, não que a mãe de Rose fosse diferente.
Quando Victor já havia completado mais de um ano foi que meu pai voltou a aparecer, e ele sequer se importou em conhecer o neto, segundo ele, tinha assuntos mais importantes a tratar comigo. Pois quem perdeu foi ele, pois meu filho estava realmente precioso! Os olhos claros como os meus, o cabelo e a pele clara como a de Rose, de fato características assim não haviam mudado desde que nascera, e eu desconfiava de que continuaria assim.
- Você não quer nem ao menos vê-lo? – perguntei mais uma vez vendo meu pai parado a minha frente.
- Eu vim para conversar com você, só isso.
O assunto era simples, a I Guerra Mundial havia acabado e o país queria estar preparado para caso as coisas voltassem a complicar, meu pai e sua linguagem técnica deduzia que alguns pontos não foram corretamente firmados nessa guerra, que brechas foram deixadas para um posterior ataque. Eu não discutiria com ele.
- Vamos Emmett, nós temos um acordo... E você sabe que se eu não recrutá-lo, eu o farei com seu filho, e não tenho intenção alguma de ser piedosa.
Mais do que nunca eu percebi que jamais havia tido um pai, e sim um completo soldado no lugar, não que ainda me restasse alguma dúvida. Talvez eu ainda possuísse alguma esperança.
- Mais nós temos um trato – eu o encarei firme. – Se eu for, não importa quantos milhões de guerras houverem, meu filho jamais chegará perto de um campo de concentração! E será você a providenciar isso caso algo ocorra, não importa que história você vai inventar, mas Victor ficará longe das guerras.
- Temos um trato – ele me disse com um sorriso de conquista. Nada amigável.
Mais tarde eu fui me dar conta de que meu pai queria que eu fosse, ele insistia tanto porque seu orgulho era ver um herdeiro num campo de concentração, e ele bem sabia dos riscos, já era quase um “milagre” estar vivo para presenciar o momento em que eu finalmente me submeti a isso, quem dirá esperar até seu neto crescer.
- Eu darei ordens expressas para que Victor jamais vá a uma guerra.
- Eu vou confiar no senhor – murmurei pensando em seguida se devia mesmo tê-lo feito.
Digo, ele nunca foi muito presente e não é como se eu de fato o conhecesse, mas não havia muita opção no momento.
- Se tem algo de que posso me orgulhar é de ser um homem de palavra – ele disse deixando claro quão orgulhoso se sentia.
Ótimo então.


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Notas finais do capítulo

n/a: espero que gostem


beijos.