Com um sorriso doce Rosalie voltou a acariciar o rosto de Emmett, já fazia meses que ele estava de volta a casa, mas cada manhã ao acordar e comprovar que ele estava ali, abraçando-a daquele jeito que ela tanto adorava, era uma realização, seu coração se enchia de amor e a certeza de que nada mais poderia separá-los a atingia.

E naquela manhã não foi diferente.

Ficou a observá-lo até ouvir os passinhos de seus filhos, Elle vinha na frente pondo a cabecinha pela fresta da porta, e logo atrás surgia Victor, ambos sorrindo e prontos para acordar os pais.

Sorriu dando espaço para que subissem na cama, ajudou Elle e a pequena sorriu subindo no peito do pai, que com o rosto virado para Rose, apenas sorriu, fingindo continuar dormindo até as pequenas mãozinhas da pequena acertarem seu rosto. Em pensar que ela já havia completado um ano...

Soltando muxoxos que refletiam seu protesto, Elle se abaixou dando um beijo babado no pai, que sorriu a abraçando e ouvindo o gritinho infantil da menina que gargalhava. Enquanto isso Victor se abraçava a Rose, ainda meio sonolento sendo acariciado pela mãe.

Rindo também Emmett pôs a menina na cama, que ria se debatendo para escapar das cócegas que viriam.

- Você vai machucar a mamãe assim – ele murmurou trazendo-a de novo para o seu peito, ela se sentou sobre sua barriga e com os olhos bem abertos ficou encarando a mãe com um sorriso de poucos dentes.

- Machuca o irmãozinho – disse Victor abraçando a mãe de modo ciumento e protetor, que fazia Emmett encará-lo com orgulho, mas muitas vezes com um pouquinho de ciúmes também.

Afinal Victor era tão grudado a mãe que muitas vezes esquecia-se do pai... Mas Emmett sabia que não poderia reclamar, afinal Elle era tão ou até mais grudada ainda nele, sempre chamando por ele para qualquer coisa, o que ele sabia que chateava um pouco Rose, ainda mais depois de ter parado de amamentar a pequena quando descobriu da nova gravidez.

Emmett estava certo quando lhe disse que a saudade e o desejo que sentia por ela era tão grande que ele só poderia parar quando houvesse lhe feito outro filho, e não fora diferente, agora ali estava ela entrando no oitavo mês de gestação, com o ventre avantajado e o bebê se mexendo preguiçosamente em eu ventre.

- Não é muito cedo para vocês estarem de pé? – Emmett perguntou puxando o filho, que riu.

- Vovó tá fazendo café – ele disse abraçando o pai, até que uma Elle muito geniosa e ciumenta empurrou o irmão, abraçando o pescoço do pai e o fazendo rir.

- Papai – ela murmurou uma das poucas palavras que falava correta, fazendo Rosalie fazer uma careta. Eram raras as ocasiões que sua filha chamava por ela.

Por isso Rosalie adorava dizer a Emmett que teriam outra menininha, assim Elle seria só dele e ela teria com quem ficar além de Victor; se vendo em desvantagem Emmett mandava ela se cuidar, pois então se uma menininha nascesse, logo ele lhe faria outro filho e eles estariam em igualdade.

Pensando nisso Rose voltou a rir, e quando Emmett a encarou com uma sobrancelha arqueada ela só maneou a cabeça, mas tarde teriam tempo para ficarem juntos.

Arrumou a camisola que havia posto no meio da noite, desde que Emmett voltara para casa, haviam aprendido depois de serem pegos nus pelo filho, que por semanas tentou entender porque seus papais dormiam sem roupa se havia pijamas, que agora por mais que adorassem dormir nus, um corpo agarrado ao outro, tinham de se cuidar e durante a noite colocavam pelo menos as roupas íntimas.

- Diz pra vovó que nós já vamos – pediu Emmett ao filho, que assentindo desceu rapidinho da cama e correu até a avó no andar de baixo, sendo seguido com os olhos por Elle, que deu alguns passinhos até a escada, e sentou no primeiro degrau esperando que alguém a levasse para baixo.

Enquanto isso Rosalie e Emmett ainda tinham alguns minutinhos juntos... Ele abraçou a esposa, beijando seu pescoço e depois seus lábios enquanto sua mão acariciava o ventre avantajado.

- Como estão? – ele perguntou erguendo a camisola dela, para beijar a pele lisa do ventre saliente.

- Agitado – ela respondeu acariciando a região que o bebê acabara de chutar.

- Ainda aposta que é uma menina? – Emmett perguntou divertido.

- Aposto – ela riu em pura teimosia.

- E ainda insiste que Elle não dá atenção para você? – ele perguntou com uma sobrancelha arqueada, sabendo que cada vez que Rosalie via como Elle o abraçava, seu coração se comprimia.

- Você sabe que ela só tem olhos para você – Rose respondeu de mal humor, parecia que sempre Emmett lhe fazia essa pergunta para afrontá-la.

- Você vai ver quando o bebê nascer, sua mãe sempre diz que você era igualzinha, sempre colada ao seu pai, mas bastou Anna nascer e você já mudou um pouco de lado – ele beijou a bochecha rosada dela, que apenas revirava os olhos.

Sua mãe adorava dizer que ela estava pagando pelo que fazia quando pequena.

- Só espero que ela encontre alguém como você – Rose disse beijando seus lábios, sua vontade era de voltar a ficar naquela cama com seu marido, mas sabia que não demoraria e já estariam ali chamando por eles.

- Mas tarde você não me escapa – ele respondeu mordiscando seu lábio. Nessa gestação mais do que nunca ela se sentia bem com seu corpo, e noite após noite Emmett mostrava o quanto a amava.

- Essa noite eu sonhei com a nossa história – ela comentou ao se levantar para trocar de roupa, pegando uma bermuda Emmett a encarou com um sorriso. – Com a que você me mandou.

Ele sorriu se aproximando e a beijou, logo ajudou-a a tirar a camisola e por um vestido leve e solto.

- Você lembrou de muita coisa da nossa história que eu nem fazia ideia – ela comentou enlaçando as mãos ao redor do pescoço dele.

- Faria diferente? – ele perguntou com um sorriso malicioso no rosto.

- Só se fosse pra ter você desde o início – ambos riram e ela roçou seus lábios de leve. – Não, eu não mudaria nada... Foi tão especial desse jeito, foi perfeito ao nosso jeito.

- E vai continuar sendo, sempre! – ele lhe respondeu beijando seus lábios com volúpia, não importava mais nada, só que o fato de estarem juntos. Para sempre.