After Earth - Interativa escrita por triz


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu tive essa ideia a muito tempo, mas estava em dúvida se deveria ou não postar. Acabei postando. Eu vou tentar manter uma regularidade de aproximadamente um capítulo por semana durante as férias, vejam bem, TENTAR. Não garanto nada. Quem me conhece de outras fics sabe muito bem como eu sou.Aproveitem >3



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Os primeiros raios de sol já nasciam no céu quando Kimbra se levantou. Era mais um dia enfadonho de trabalho num lugar absurdamente tedioso. Fazia aproximadamente um ano que ela começara a trabalhar naquela empresa, numa função que a seu ver era no mínimo ridícula. Crianças com a metade da idade dela podiam resolver os “grandes problemas tecnológicos” daquele lugar com uma mão nas costas. Mas que opção ela tinha? Precisava daquela coisa que eles chamavam de dinheiro para quase tudo. Preguiçosamente, ela se levantou de sua cama e foi tomar um banho, precisava estar totalmente desperta quando fosse pegar o ônibus.

Pelo vidro da janela do veículo chacoalhante, ela podia ver a cidade adormecida dar os primeiros sinais do início de uma nova manhã. Ela gostava de observar tudo ali, talvez por ser tão diferente de Sitrizk ou apenas por se tratar de um infindável desconhecido. Apesar de estar naquela cidade há cerca de um ano e já ter explorado cada canto claro ou escuro dela, todas as manhãs acontecia algo novo, digno de ser registrado. As mãos foram aos cabelos, amarrando-os num rabo de cavalo imperfeito. Algumas mechas rebeldes sempre escapavam e pendiam emoldurando seu rosto.

Todas as manhãs ela realizava o mesmo trajeto de seu modesto apartamento para a empresa na qual conseguira um emprego. Não havia sido exatamente difícil, mas ela não havia usado uma maneira exatamente “limpa” para consegui-lo. Ela quebrara o firewall do computador central e corrompera os arquivos mais importantes: transações, contratos, ordens de pagamento, assegurando-se de não deixar rastro e depois colocando uma chave criptografada quase impossível de ser decifrada. Depois disso, foi fácil conseguir uma chance em meio às centenas de especialistas que se candidataram à vaga para tentar resolver o problema. Como diziam ali, havia sido fácil como tirar doce de criança.

A parte tediosa era que nenhum dos problemas que traziam para ela era verdadeiramente desafiador. Eram sempre os mesmos problemas que ela resolvia quando estava aprendendo com os mestres normais, antes de virar aprendiz de Skräm: problemas com programas, no disco rígido do computador ou perda de arquivos. Por conta própria, ela desenvolvera um software inteligente que mantinha um backup dos arquivos da empresa, assim, ela sempre recuperava os arquivos perdidos. Os adultos achavam incrível como uma criança como ela tinha tamanho domínio sobre todo o maquinário daquele verdadeiro “império” tecnológico.

Muitas coisas ela aprendera em sua estadia na Terra. Aquele lugar era repleto de sutilezas, tanto no falar quanto no agir, e mesmo vivendo cem anos ali, ainda era difícil se acostumar com os padrões. Em seus primeiros anos naquele planeta, o choque cultural foi inevitável. Ela ainda se sentia tonta quando precisava ficar em lugares com muitas pessoas ao mesmo tempo. Por alguma razão, os humanos não conseguiam ficar calados por um minuto sequer. Em Sitrizk, o único barulho realmente constante era o som das máquinas estalando e apitando.

O ônibus começava a se encher. Ela colocou fones em seu ouvido para abafar os ruídos antes que acabasse passando mal novamente. Ouvir a voz de Ryan Key e o violino meio nervoso de Sean sempre a acalmavam. Na verdade, música em geral a acalmava, mas aquela banda era a melhor em sua opinião. As melodias eram uma das coisas que ela aprendera a apreciar durante sua estadia. Ela duvidara de Skräm quando ele dissera a ela que haviam coisas muito interessantes na Terra, coisas que ela jamais sonharia em encontrar em sua terra natal. Mas ele estava coberto de razão, certamente haviam coisas incríveis ali.

Apesar da música, o barulho ainda incomodava Kim. Ela acabou pedindo parada bem antes de seu ponto. Ouvir o barulho dos carros era muito melhor do que lidar com pessoas, ao menos carros eram máquinas, e disso ela com certeza entendia. No caminho, passou por uma padaria e sentiu o cheiro de pão recém-saído do forno. Olhou o relógio, ainda tinha bastante tempo. Não faria mal entrar e comer um pouco faria?

– O que é isso? – ela perguntou curiosa ao vendedor, apontando para um doce.

– Isso? – ele riu da ingenuidade dela. – Chama-se pudim.

– Eu quero um pedaço. – ela disse decidida. Estava ali para experimentar coisas novas, e era isso que iria fazer.

O homem partiu um pedaço generoso e entregou a ela. Depois de pagar, ela se sentou numa mesa e continuou a olhar o movimento dos carros e das pessoas apressadas, iniciando mais um dia de suas vidas.

Assim que colocou o primeiro pedaço na boca, ela sentiu como se dançasse no céu. Aquilo era realmente maravilhoso. De fato, a comida da Terra era muito mais gostosa. Terminou o doce sem pressa, e continuou sua caminhada. Era uma manhã preguiçosa, daquelas onde você não tem vontade nem de sair de debaixo do cobertor. Ela gostaria de ter passado o resto do dia dormindo, mas infelizmente, o senso de dever falava mais alto.

O complexo da empresa era simplesmente enorme. Composto de duas torres de sessenta andares e mais alguns níveis subterrâneos usados para testar máquinas novas, era fácil se perder ali dentro. Felizmente ela memorizara as plantas de cada andar para não correr riscos. Kim entrou no elevador, ocasionalmente cumprimentando alguns de seus colegas de trabalho, tentando ser o mais simpática possível. Na verdade, ela estava desesperada para chegar ao silêncio de sua sala. Uma das vantagens de se ser a chefe de um setor é ter seu escritório particular.

– Algum dia eu ainda vou entender como aquela pirralha conseguiu esse emprego. – ela ouviu um homem resmungar depois que ela passou.

Era de se admitir que era um pouco estranho ter uma garota de mais ou menos catorze anos como chefe de um dos setores mais importantes de uma empresa grande como aquela. Mas ela não ligava muito para os comentários ruins que as pessoas faziam sobre ela, aprendera que o melhor era fingir que nem havia escutado.

Dentro de si, ela sentia que algo bom aconteceria naquele dia. Fechou a porta e ligou o computador a fim de checar sua caixa de e-mail. O coração quase saiu pela boca quando viu a mensagem que a esperava. Eram apenas três palavras, mas foi o suficiente para a fazer sorrir de orelha a orelha.

“Estamos chegando Kimbra”.


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Notas finais do capítulo

Então, ansiosos? Eu estou super ansiosa para receber algumas fichas, então, eis os links:
Sitriz:
https://docs.google.com/forms/d/1yKmdimrq-H_1NWx5hx_7QVGPCrCnYTrHt_l-p9JV0qA/viewform
Krümns:
https://docs.google.com/forms/d/1mTqOZ4-4mRK6kv4pK0XTxspdk2A3GYKluEmGIcwxZHk/viewform
Humanos:
https://docs.google.com/forms/d/1B7QpPleKJqvoV4ZYTPZlBiQ2PzzhM3dZTKeEoqlx2CA/viewform
Lembrem-se de ler as informações sobre as outras raças e pelo amor de DEUS, comentem para eu saber quem são vocês e poder dizer se a ficha foi aprovada.Inicialmente temos cinco vagas para cada raça, dispostas da seguinte maneira:
Sitriz: Meninas (2/2) // Meninos (2/3)
Krümns: Meninas (2/2) // Meninos (2/3)
Humanos: Meninas (3/3) // Meninos (2/2)
*Caso eu esqueça de atualizar essa informação, eu vou analisar com base na ordem de recebimento, as demais ficarão em espera.