17º Desafio Sherlolly escrita por MandyCillo


Capítulo 3
Encantada - Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas voltei! :)

Espero que gostem!

Boa leitura!



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–Não tema, Molly! Eu vou te salvar! – Gritava o príncipe Tom ao pular no poço dos desejos para salvar Molly. Toby veio logo atrás querendo saber quem o salvaria naquela confusão toda.

Tom saiu voando do mesmo bueiro que Molly e encontrou alguns homens trabalhando em volta dele. De espada em punho, Tom pediu silêncio para as pessoas que o olhavam espantadas. Um dos homens disse que iria resolver a situação quando Tom o interrompeu apontando a espada para ele.

–Seu nome plebeu! Rápido!

–Arty!

–Você está aliado a velha bruxa que mandou minha pobre Molly para este lugar horrível, Arty?

O homem se preparava para falar quando começaram a ouvir um grito vindo de dentro do bueiro. Era Toby que também saiu voando, mas Tom conseguiu segurá-lo a tempo.

–Amigo esquilo, este homem faz parte deste plano malvado?

Toby só conseguiu soltar alguns grunhidos e colocou a mão na boca espantado, pois no mundo real esquilos não falavam.

–Pobre esquilinho, fica sem palavras em minha presença. – Tom completou e foi em direção a Arty. – Responda senhor! Não provoque minha paciência.

–Eu não sei do que você está falando! – Tom agora estava com a espada no pescoço do pobre homem.

–Procuro uma linda moça. Minha outra metade, minha adorada, a resposta a meu dueto amoroso.

–Gostaria de uma dessas também. – Arty respondeu sem jeito.

Então Tom o soltou e saiu correndo pela Times Square atrás de Molly.

– - -

No dia seguinte, Molly despertou ainda no sofá de Sherlock. Olhou em volta não acreditando no que estava vendo. O apartamento estava uma verdadeira bagunça. Papéis espalhados, roupas fora do lugar, tigelas de comida em cima da mesa de centro e na cozinha, mal se via a pia de tanta louça suja.

–Assim não pode ser! Isso não pode ficar desse jeito. – Molly foi até a janela e cantou para conseguir ajuda para limpar o apartamento de Sherlock. Mais que depressa apareceram vários animais para ajudar, mas eram animais bem diferentes do que ela estava acostumada em Andalasia. Ratos, pombas, moscas e baratas logo estavam ajudando Molly na limpeza.

–Bem, é sempre bom fazer novos amigos. Muito bem pessoal, vamos arrumar essa casa.

♫♪♫

Pombas, ratos e companhia estavam ajudando Molly na limpeza, até que uma pomba – que não tinha uma pata – deixou um prato cair, fazendo com que Claire, que estava dormindo na cama do pai, acordasse e fosse ver o que estava acontecendo. Uma pomba passou voando e deixou uma meia cair na cabeça de Claire. Por mais que a garotinha acreditasse em contos de fadas, até para ela aquela cena parecia bizarra. Molly terminou a limpeza e se jogou no sofá.

–Isso não foi divertido? – Perguntou para seus novos amigos ao mesmo tempo em que uma pomba devorava uma barata.

Claire foi correndo acordar Sherlock para que ele também pudesse presenciar a cena.

–Acorde, acorde!

–O quê?

–Acorde papai! – Claire lhe deu uma travesseirada nas costas – Acorde!

–O que foi?

–Levante, você tem que ver isso! – Claire arrastava Sherlock pelo braço para fora da cama.

–Ver o quê?

–Não dá pra explicar, você tem que ver!

–Qual o problema? Você está bem?

–Olha só papai!

Quando Sherlock se deparou com milhares de animais em sua sala, ficou estarrecido sem entender o que estava acontecendo.

–Ah, meu Deus! Fora, fora! – Falava enquanto espantava as baratas que estavam em cima da mesa.

Claire pegou dois ratos pelo rabo – O que eu faço com eles?

–Ponha para fora! Rápido!

–Mas eu os coloco aonde?

–Para fora Claire! Não traz de volta não! Abra a porta!

Sherlock espantou todos os ratos e pombas porta afora e bateu a porta atrás de si. Sherlock e Claire estavam se olhando quando ouviram o barulho do chuveiro.

–Fique aqui.

–Mas, pai...

–Shhh, fique ai. – Sussurrou.

–Olá – Sherlock bateu na porta do banheiro que estava entreaberta.

–Pode entrar!

–Sim, posso...?

Molly acabara de desligar o chuveiro e duas pombas a ajudaram com a toalha, por pouco Sherlock não a viu nua, mas mesmo assim ele ficou bastante constrangido com a cena.

–Ah. Bom dia, Sherlock! Espero que tenha tido belos sonhos.

–Acho que ainda estou sonhando.

–Este lugar é tão mágico. De onde vem a água?

–Bem, a...a água vem dos canos.

–E de onde os canos a conseguem?

–Não sei. Do...lugar aonde os canos vão.

–Oh, é mágico! – Molly sorria radiante.

A campainha tocou e Claire foi atender, era Janine que havia chegado para levá-la para a escola.

–Oi, amiguinha!

–Oi...oi Janine – A menina a cumprimentou espantada.

–O que me diz? Pronta pra dar um giro?

–Girar o que?

–Por que ainda está de pijama?

–É que as coisas estão meio confusas aqui hoje. – Claire deu uma risadinha.

Janine olhou em volta e ficou admirada com a limpeza do lugar – Uau! Está tudo muito limpo aqui. Arrumaram uma empregada?

–Não. Não exatamente.

Molly e Sherlock ainda estavam dentro do banheiro, e ele estava enxugando o chão. Molly pediu para que ele não se preocupasse com isso e começou a cantar para que as pombas fizessem esse trabalho. Acontece que ela não contava que uma pomba voaria bem na cabeça de Sherlock, fazendo com que ele se desequilibrasse e caísse de costas entre o banheiro e o corredor e Molly ao tentar segurá-lo, caiu por cima dele.

Ao ouvir as risadas de Molly, Janine foi até o corredor ver o que estava acontecendo. Sherlock ficou perplexo ao vê-la, afinal Molly ainda estava – só de tolha – em cima dele.

–Janine!

–Ah, olá! – Molly também a cumprimentou.

–Quem é essa? – Janine apontou para Molly.

–Não é nada.

Molly se levantou depressa indo em direção a Janine – Eu sou Molly! Eu estava a caminho do castelo para me casar...

–Ela é casada?

–Não, não é! – Sherlock pegou Molly pelos braços na intenção de afastá-la de Janine. -Ainda não, né Molly?

–O que significa “ainda”? – Janine estava confusa.

–Ela estava perdida e eu estou tentando ajudá-la.

–Ajudar a achar o chuveiro Sherlock?

–Ah, o chuveiro! O chuveiro é maravilhoso Janine! – Molly interrompeu.

–Já chega! – Janine foi em direção a porta e Sherlock a impediu de sair.

–Acalme-se Janine! Vamos conversar!

–Sobre o quê, Sherlock? Como eu nunca passei a noite aqui, porque concordamos que, com Claire presente, temos que manter certos limites? Ai eu pensei: “Sorte minha. Ele é sensível!” Está confundindo liberdade com libertinagem Sherlock! – Janine abriu a porta enfurecida.

–Então a gente conversa depois. – Sherlock tentava acalmar os ânimos.

–Não aposte nisso!

–Não vai levar Claire para a escola? Para terem aquela conversa de “gente grande”, lembra?

–Para quê? Para você ter uma conversa de “gente grande” com essa aí? – Molly do alto de sua ingenuidade, acenou para Janine. – Me engana que eu gosto, Sherlock! – E saiu do apartamento batendo a porta.

–Adeus! – disse Molly.

Sherlock virou-se possesso para Molly e ela continuou, meio sem jeito: - Ela é mesmo adorável.

–Vista-se, por favor. Para a escola! – Pediu Sherlock a Claire enquanto saia do apartamento - ainda de pijamas – para ir atrás de Janine.

Quando Sherlock chegou à calçada, Janine já estava dentro do taxi que arrancou o mais depressa possível. Voltando a seu apartamento, Sherlock bateu na porta do quarto onde Molly estava.

–Quem é?

–Você tem que ir embora. Não sei qual é seu problema, se está esperando o Príncipe Encantado...

–Príncipe Tom...

–Que seja! Posso colocá-la em um ônibus, trem, avião, no que quiser, e aí chega! Não posso mais me envolver, depois disso. E você não pode mais ficar aqui depois do que houve.

Molly destrancou a porta do quarto e saiu deslumbrante em um vestido longo, bicolor de verde água e rosa claro.

–O que é isso? Onde é que você conseguiu isso?

–Eu fiz! Você gostou?

Sherlock olhava incrédulo para a cortina de sua sala, que agora tinham diversos buracos em formato de vestido.

–Está infeliz?

–Você fez um vestido com a minha cortina? – Sherlock foi andando em direção a janela para olhar mais de perto.

–Ah, está mesmo infeliz. Eu sinto tanto.

–Não estou infeliz, estou zangado.

–Zangado?

–É, é uma emoção desagradável. Já ouviu falar?

–Ouvi falar, sim, mas eu...

–Você criou um problema totalmente desnecessário com a Janine, que eu vou ter que resolver. O fato é que eu estava me preparando para dar um passo muito sério. Na verdade, um pedido de casamento. - Molly soltou pequenos gritinhos histéricos com essa informação. – E agora ela está convencida de que eu e você...

–Nos beijamos? – Levou a mão na boca apavorada.

–Sim, algo do tipo.

–Você devia cantar pra ela!

–Cantar pra ela?

–Isso deve convencê-la de seu amor. Você tem que correr até ela, segurá-la em seus braços e abrir seu coração em uma linda canção! Aí ela vai se convencer, ai ela saberá com certeza... Por que está me olhando assim?

–Não sei. É como se você tivesse saído de um livro de contos infantis.

–E isso não é bom?

Sherlock continuava olhando boquiaberto para Molly, tentando entender de onde aquela mulher realmente havia saído. Claire apareceu na sala já de uniforme escolar deixando o pai alarmado, pois ele havia se esquecido de que a menina ainda precisava ir para a escola.

–Escola! Estamos atrasados! Precisamos correr! – Sherlock saiu correndo para mudar de roupa e levar Claire para a escola.

–--

A muitos quilômetros de distância dali, em Andalasia, a rainha Irene observava furiosa a tudo que Molly vinha fazendo no “mundo real”.

–Ah, ela adoraria voltar sorrateiramente para roubar a minha coroa e descartar-me, como se eu fosse lixo real!

–Talvez o Príncipe Tom não a encontre. – Anderson estava podando algumas árvores no jardim do castelo.

–Ou talvez encontre! – Irene falou com agressividade quase derrubando Anderson da escada onde se encontrava. Mas a rainha era tão esperta quanto uma raposa ao redor de um galinheiro. Olhando para Anderson e já sabendo de sua adoração por ela, continuou: – Ah, como eu gostaria que houvesse alguém que me amasse tanto a ponto de ir atrás dele.

Anderson a olhava com adoração ao mesmo tempo que soltava risos abobalhados enquanto ela falava.

–Um homem assim, forte e corajoso... Puxa! Eu faria qualquer coisa por ele. – Tirou o chapéu da cabeça dele e fez um longo cafuné.

–Não tema, minha rainha! Eu o deterei! – Anderson pulou no poço dos desejos com o intuito de deter Tom, para que ele nunca encontrasse Molly.

Anderson saiu pelo mesmo bueiro que Molly e Tom, no meio da Times Square. Os mesmos homens ainda estavam trabalhando ao redor do bueiro e o ajudaram a sair dali. –De onde vem essas pessoas? – Arty falava intrigado e ao perceber que todas as pessoas que saíam do bendito bueiro eram estranhas, ele sabia que aquele homem só podia estar atrás da tal linda donzela. – Vou adivinhar. Você está procurando uma linda moça também?

–Não. Eu estou procurando um príncipe, na verdade.

–Ah, tá. Está certo então.

De repente ouviu-se uma risada triunfante ao fundo. Tom estava no teto de um ônibus de passageiros e gritava com a espada em punho: -Encontrou um adversário a altura, seu monstro de metal! – Em um movimento rápido, Tom atravessou sua espada pelo teto do ônibus e a mesma furou um saco de milho que estava no colo de uma velhinha, causando pânico em todos os passageiros. A motorista do ônibus pisou no freio e ordenou:

–Todos vocês, fiquem no ônibus. – A motorista era uma negra, com peitos avantajados, voz grossa e cabelos presos no alto da cabeça.

Tom debruçou na porta do ônibus ficando de ponta cabeça e perguntou por Molly. – Molly? Meu amor? – Não encontrando Molly, falou para os passageiros: - O monstro de aço está morto, plebeus! Eu libertei todos vocês!

A motorista saiu do ônibus furiosa com Tom. – Você ficou doido? Ninguém esfaqueia meu ônibus! Vou arrebentar sua cara! Está ouvindo? Desça já daí!

Tom ficou atônito com aquela mulher falando com ele daquela maneira, por sorte, Anderson apareceu para “salvá-lo”.

–Com licença? Se me permite...

–Anderson, meu velho amigo! – Tom gritou ainda em cima do teto do ônibus.

–Alteza, posso sugerir que o senhor...

–Você? Amigo dele? Um maluco vestido de malha de ginástica atrapalhando meu serviço? – A motorista esbravejou para Anderson. – Eu acabo com vocês dois! Não se faça de inocente para cima de mim! – Toby subiu na cabeça da mulher e começou a sapatear. Quando ela percebeu, ficou desesperada achando que fosse um rato – Um rato! Tire isso daqui! – e saiu correndo chacoalhando os cabelos.

–Pra sua informação, trata-se de um esquilo. – Tom disse ao pular do teto do ônibus enquanto a mulher se debatia tentando tirar Toby de sua cabeça.

–Alteza, posso sugerir procurar sua noiva em outro lugar? – Anderson tentaria a todo custo impedir que Tom encontrasse Molly.


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Notas finais do capítulo

E aí? Críticas são bem vindas! :)



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