Semideuses Rebeldes escrita por Inalcanzable


Capítulo 20
Encontro constrangedor na cachoeira e abraço esclarescedor


Notas iniciais do capítulo

Hey, eu disse que ia postar outro hoje, né?
Aqui está, boa leitura!
Capítulo meio....



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– Ah, quer saber, Buck? Eu desisto! Essa música não ficou boa – disse Roberta

– Deixa eu ver guria – Buck disse e Roberta deu uma risadinha. Ele sempre a fazia rir.

Ela o mostrou a música e ele disse:

– Como assim não ficou boa? Ficou ótima! Mas porque em espanhol?

– Eu sou mexicana – disse Roberta com orgulho

– Sério? Sempre pensei que os mexicanos usavam aquele chapéu pra lá e pra cá

– Não. Só os Mariachis usam – Roberta disse

– Ah. Qual o nome da música?

– Bem... eu pensei em... El Mundo Detrás

– Bem, eu não falo espanhol, pode me explicar o que está escrito aqui?

Roberta então, fez a tradução do espanhol para o inglês. O que demorou não demorou muito, já que era fluente na língua.

– Peraí, se você não entendeu nada, como ficou ótima? - Roberta perguntou

– Bem, eu estava mentindo. Mas agora é sério, ficou incrível!

– Obrigada – ela agradeceu

Roberta percebeu em como ela estava fedendo.

– Nossa! Que catinga! Eu vou tomar banho – Roberta disse

Eles ainda estavam perto da cachoeira, então ela seguiu pra lá (sozinha) e se despiu, respirou fundo e entrou na água. Nadou um pouco, já que não tinha sabonete, ficaria meio complicado tomar banho.

– Será que eu... - ela se perguntou mexendo em sua mochila – Ah! Eu trouxe!

Ela comemorou. Tinha levado Shampoo, condicionador e sabonete, mesmo sabendo que não teria muito tempo de tomar banho.

Ela passou o Shampoo em seu cabelo vermelho e foi pra debaixo da cachoeira, enxaguar seu cabelo. Logo, passou o condicionador e o sabonete.

Ela já estava quase saindo quando ouviu um barulho no arbusto mais próximo.

Ela pegou seu arco e o armou. Era meio estranho, entrar numa batalha completamente nua, mas o que ela poderia fazer? A água lhe cobria até sua clavícula, de modo que não seria totalmente constrangedor entrar nessa luta.

O barulho ficou mais próximo, e Roberta engoliu em seco. Ela não queria enfrentar outra dracaenae completamente nua.

Na verdade, naquele momento, todos os seus problemas giravam em torno de uma coisa.

Ela estava completamente nua.

“Por que decidiram me atacar agora?” ela pensou

À medida que o barulho se aproximava, ela dava passos pra trás.

– Roberta? - ela ouviu uma voz conhecida

Ela baixou o arco.

Uma pessoa surgiu por entre as árvores, e arregalou os olhos quando viu Roberta

– Até que enfim eu te encontrei!

Ela estava de boca aberta.

Ela estava completamente nua.

E Diego estava na sua frente.

~Indo para o Norte~

Lupita, Mia e Miguel já tinham feito um bom avanço.

– Eu não entendo essa profecia! - disse Miguel, tentando quebrar o gelo entre ele e Mia

– Nem eu – disse Lupita

A maldição cai
sobre a filha da magia
Do equinócio de primavera,
viverá até o meio dia
Onde o dia se encerra,
com a pomba e o raio
encontrará as oferendas
e acabará o fardo
– recitou Mia – na verdade, é bem simples.

– Como assim? - perguntou Miguel

– Eu conversei com Roberta e... percebi que, ou ela tem a benção de Atena, ou ela tem passado muito tempo com Annabeth. Ela quase decifrou a profecia toda.

Lupita se virou com os olhos arregalados, e um sorriso.

– Sério? - ela perguntou

– Sim. A maldição cai sobre a filha da magia, é um verso óbvio. - disse Mia

– É. E “Do equinócio de primavera, viverá até o meio-dia” também é óbvio – disse Miguel

– Onde o dia se encerra, com a pomba e o raio... - disse Lupita

– Oeste. Comigo e com Mia – disse Miguel

– “Encontrará as oferendas e acabará o fardo” - disse Mia

– Com certeza, é o verso mais importante – disse Lupita

– Sim. Roberta disse que poderiam ser oferendas para os deuses, como fazíamos no acampamento. Ela disse, que... é possível que cada um tenha uma “oferenda preferida”, então... - disse Mia

– As oferendas que encontrarmos, vão ser pra um deus específico? - perguntou Miguel

– Exatamente – disse Mia

Miguel segurou o rosto de Mia e começou a rir.

– A Roberta é um gênio! - ele disse

Mia estava sorrindo.

Por dentro.

Ela ainda não ia perdoar Miguel.

– Eu sei – ela simplesmente disse e ele a puxou pra um abraço

Mia, hesitante, correspondeu o abraço. Deitando a cabeça no ombro de Miguel, com os olhos fechados.

Miguel estava ainda mais feliz. Ela também o abraçou. Afinal, ela não estava com tanta raiva assim, não é?

Lupita, que já estava acostumada em segurar vela, sorriu. Ela estava feliz pelos dois.

Mia, sem pensar, deu um beijinho no pescoço de Miguel, que a olhou, incrédulo, mas feliz.

Quando ela percebeu o que tinha feito, separou o abraço e pôs se a andar.

Miguel suspirou, derrotado e olhou pra Lupita.

– Foi quase, campeão. Quase – ela lhe disse – não se preocupe. Ela vai te perdoar

Os dois seguiram Mia, lado a lado. Miguel colocou o braço nos ombros de Lupita, e ela, passou o braço pela cintura dele.

– O que eu faria sem você? - perguntou Miguel

– Você ficaria completamente perdido. Mia e Roberta? Seguindo os conselhos uma da outra?

Ele riu, e ela também.

– Meu pai é Zeus. Sua mãe é Hécate. Eles são o que um do outro? - perguntou Miguel

– Não faço a menor ideia – disse Lupita

– Então, vamos ser irmãos – disse Miguel – de consideração

– Sim. Feito – ela disse e os dois sorriram, apressando o passo pra alcançar Mia

~De volta ao Canadá~

– Roberta? - Diego perguntou abobalhado

Ela permaneceu calada, com o arco em punho.

– Como... como vai? - ele perguntou, com cara de idiota

Ela ainda não respondia.

Ficaram se encarando por uns trinta segundos, até que Roberta...

– Sai. Daqui. Agora – ela disse, pausadamente, com raiva.

– M-mas...

– Mas nada! Eu estou completamente nua! Vai embora daqui AGORA! - ela gritou a última palavra

– Eu preciso falar com você

– E eu preciso vestir uma roupa

– Então veste – disse Diego, com um sorrisinho malicioso

– Você pensa que eu sou o que? Uma idiota? Não vou sair daqui até você sair! - ela disse, tentando tapar os seios (que estavam embaixo d'água, mas tudo bem, ela estava completamente desesperada).

– Não vou sair daqui – ele disse

Roberta, então, ficou com raiva. Adquiriu uma expressão que daria medo em qualquer um, mas Diego não arredou o pé dali.

– Diego – ela disse – saia daqui

Ele já ia responder quando percebeu que a água ao redor de Roberta borbulhava.

– O-o que tá acontecendo? - ele perguntou assustado. Como filho de Poseidon, ele sabia que a água não tinha ficado assim naturalmente.

Aquele calor que fazia a água ferver, vinha de Roberta, que ardia em raiva.

– Eu preciso que você responda minhas perguntas – ele disse, mas ela não respondeu, nem mostrou qualquer sinal de que ouviu. Então, ele disse, quase num murmúrio – por favor.

Mas ela não lhe ouvia, e a água borbulhava ainda mais. Parecia que a cada segundo, ela ficava com mais raiva, e sua temperatura aumentava.

– Se você não quer me responder. Ótimo – ele disse, com medo, mas com a voz firme – mas não pense que vai falar comigo nunca mais

– Você não está numa boa posição pra me ameaçar, Dieguinho – ela disse e começou a andar na direção de Diego

Ele já ia perguntar, quando ouviu.

Parecia que Roberta aprendeu a usar seus poderes.

Várias cobras, de várias espécies cercavam Diego. Que engoliu em seco, e fechou os olhos, esperando pelo pior.

Ele não sabia dizer quantos minutos tinham se passado, mas quando abriu os olhos novamente, não tinha nada.

Roberta e as cobras não estavam mais lá. A água tinha voltado pra temperatura normal. Nenhum barulho.

Diego se sentou. Não sabia mais o que fazer.

Se ele a seguisse, poderia acontecer algo muito pior.

Se ele a seguisse, ela poderia explicar as coisas.

Se ele voltasse... poderia não vê-la nunca mais.

Ele estava de frente para a cachoeira. Olhando a água caindo. Então, olhou para o céu.

– Apolo, Apolo... sua filha é tão complicada e... perfeita. - ele disse e riu – Ela fica linda e perigosa quando está com raiva. Esses poderes não ajudam muito. Eu só queria... poder voltar no tempo e consertar aquela briga idiota. Queria mandar Elisa embora mas... ela é a única maneira de chegarmos ao Palácio do Vento Norte. Roberta levou a bússola.

Não houve nenhuma resposta. Diego já esperava isso.

– Afrodite, por que? Por que você fez isso? Me apaixonar pela Roberta é... - ele pensou em mil maneiras de terminar aquela frase, de jeitos bons e ruins, mas nenhum lhe parecia suficiente

O único barulho que se ouvia era o barulho da água caindo.

– Se um dia... - começou Diego – se um dia, eu a beijar. Te dou meu jantar inteiro como oferenda. Vou passar o resto da vida te dando oferendas.

Ele riu, mas uma risada triste.

Ela não tinha ido embora. Ela ainda o observava, com um olhar confuso. Se ele era tão apaixonado assim, por que não demostrava? Por que sempre discordava? Por que sempre brigavam?

“Pode ser mentira” ela pensou

Mas Apolo é o deus da verdade. E ela sabia muito bem quando alguém estava mentindo.

– E agora? - ela sussurrou para si mesma e ele se virou, pensando ter ouvido alguma coisa

Sim, ele tinha escutado algo.

Mas não era ela.

Um movimento nos arbustos lhe chamou atenção. Não só dele, mas dela também.

Quatro criaturas horríveis, metade bode, com presas semelhantes à de vampiros e com olhos vermelhos, saíram do meio da floresta.

Diego estava cercado. Ele tinha aprendido sobre elas com Annabeth. Eram empousai. Metade bode, metade vampiro. Comiam carne humana.

– Olhe só garotas – uma disse – o nosso lanchinho


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Notas finais do capítulo

Uau... o que será que vai acontecer agora, em?
Empousai, primeira vez que criaturas assim aparecem na fic
Diego, todo fofo/triste conversando com Afrodite e Apolo...
E o abraço Ponny, anh?
Gostaram? Vou tentar postar o próximo amanhã!