Battle Cry escrita por Walker Sophia


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem n.n Feita com mais amor que o habitual xD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/522330/chapter/1

Battle Cry

Capitulo Único

“Eu não sou um cara tão mal... Mas eu também não sou tão bom ao ponto de impedir alguém de morrer.”

– Orihime Izaya

–------–------

Sempre te observei de longe. Em qualquer momento, meus olhos heterocromáticos acompanhavam seus movimentos enquanto meu corpo era escondido sobre a fina camada de névoa que minhas chamas proporcionavam.

Sabe, eu sempre via você, e mesmo estando invisível para todos, você também me via. Seus sorrisos direcionados ao vento, que convenientemente sempre eram em minha direção, eram seus sorrisos direcionados para mim.

Às vezes até mesmo queria tomar coragem para descobrir-me de minha camada de névoa e sentar-me a sua frente, sem qualquer empecilho para que você também me visse, enquanto eu observava meticulosamente cada movimento provindo de ti.

Mas eu nunca fiz isso. Nem se quer quando vi que estava a morrer diante de meus olhos. Eu deixe-te escapar por entre meus dedos, temendo que eu assim eu pudesse apegar-me a ti.

Temo em dizer a mim mesmo que já era tarde de mais.

Eu mal poderia saber que já tinha sido acorrentado aos seus encantos, sem nem se quer perceber.

Eu tinha... Não, eu tenho medo.

Não queria ter, mas tenho. Tenho medo de aproximar-me de alguém, e que a mesma machuque-me. Tenho medo dos seres humanos, dos sentimentos na qual sentimos e de nossos atos gélidos e calculistas. E dentre todos os seres humanos, o que eu mais tenho medo são os mafiosos. Nunca demostrei, mas eu tenho medo.

E bem, vendo suas ações, pude a ter certeza de que estava certo ao temer seus atos – atos de um chefe de máfia.

De começo, somente olhava-te para procurar uma brecha em sua rotina, para que eu pudesse vir a tomar o seu corpo, acabar com esses seres humanos tão horrendos que preenchem as belas ruas da Itália.

E desde o primeiro dia em que comecei a observar-te, você sorriu para mim. Aquilo me irritou por deveras tempo. Sentia que você estava debochando de mim. Sentia que você sentia-se vitorioso por descobrir-me vendo-te.

Ou assim deveria ser.

Mas nunca foi assim, certo? Você não era igual a todos os seres humanos. Você era alguém raro, praticamente inexistente no mundo, e agora, realmente inexistente.

E eu somente percebi tal coisa, quando seus sorrisos pararam de me irar, para fazer o meu coração acelerar.

Passei a te observar não somente de dia, como também de noite. Via atentamente todos os seus movimentos, e você não poderia fugir de mim. Nem se quer tentava.

E foi em uma dessas noites que eu vi. Vi o que você fazia entre a escuridão da noite e não queria mais que ninguém o observasse fazendo.

No entanto, eu quebrei seu espaço pessoal e observei-te ao...

Automutilar-se.

Você havia sorrido para mim. E dessa vez meu coração não acelerou, somente apertou-se, sufocara-se. E em quanto à pequena lamina cortava a pele de seu pulso, e o sangue avermelhado e quente escapava em pequenas gotas de seus braços, e eu via escondido, sem se quer fazer nada.

Afinal, você sabia, que eu sabia, que você sabia, que eu não iria fazer nada.

Foi sua escolha, não?! Você era um adulto, e sabia que todas as suas escolhas, atos, tinham consequências. Então... Se nem você poderia impedir-se, quem seria eu para fazer algo?

Todas as noites eu via aquele corte ser reaberto. Todas as noites eu via você cortar-se. Todos os dias eu via seu sangue ser despejado em vão.

Todas as noites. E eu não fazia nada.

E nem iria fazer.

Nem mesmo quando havia algum tipo de remédio, desconhecido para mim, em uma de suas mãos, e você o levou aos seus lábios, tomando-o, juntamente a um copo de água.

Você sorvera o liquido, antes de sua face virar-se para mim, e seus lábios moverem-se em pequenas palavras cansadas, juntamente a mais um de seus sorrisos penosos.

Adeus Mukuro.

E agora, dentro do carro, pergunto-me: O que poderia ter acontecido se eu tivesse desmanchado minha ilusão e aparecesse em sua frente?

Será que poderia evitar?

Duvido muito. Eu nem se quer posso impedir meus medos, quando mais os seus. Provavelmente eu somente teria transformado minha paixão por ti para um amor.

E nesse momento, não quero te amar.

Não por que fora fraco ao se matar, muito pelo contrario, sempre te achei forte por aguentar tudo o que não queria vivenciar.

Somente não quero te amar, por que você não merece alguém tão fraco como eu.

E agora ao choro de todos à minha volta, de seus amigos, de minha Chrome, sinto que talvez já seja um pouco tarde de mais para não te amar.

Desgraçado. Devo praguejar-lhe. Pensei que de todas as vezes que dissesse que nunca iria nos abandonar, fosse verdade.

Entretanto, como qualquer outro ser humano, você mentiu.

Maldito. E mesmo assim, não posso deixar de fazer com que meu coração palpite, e que meus olhos lacrimejem enquanto observo a rosa vermelha que joguei sobre seu tumulo.

Talvez seja melhor assim.

Eu nunca te mereci, nem se quer um pouco de sua atenção. Quanto mais presenciar sua morte e ser o único, a saber, o porquê da mesma.

Deveria sentir-me exclusivo?

Ou simplesmente solitário?

Nunca vou saber de seus lábios, afinal, nunca mais nos veremos.

Você deve ter ido para o Céu, junto a imensidão que você sempre mereceu estar, enquanto o inferno deve aguardar-me.

E mesmo que você não possa ouvir-me agora, sinto que devo me despedir de ti.

Até nunca mais, Sawada Tsunayoshi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. E ah... Desculpe se não foi uma 6927 dos mais kawaiis para um ano de amizade--' Foi uma ideia que cortou minha cabeça na hora. Byeeeee~~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Battle Cry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.