–Acha que ela ficará bem…? -Mumurou Black olhando para White preocupado. Bianca sorriu para ele, como Rosa.

Ambas estavam no sofá, vendo Tv. Black perguntava a mesma coisa de 5 em 5 minutos, sempre olhando para o rosto calmo dela dormindo.

–Relaxe Black. Ela está bem, só precisa de descançar. -Falou Bianca descontraída.

–Mas… -Rosa virou- se para a cama onde White estava, confusa- O que N lhe fez?

Apenas cerrei o punho, com raiva. Não sabia o que N lhe tinha feito, até para a garota ter desmaiado assim… Era estranho.

–Não sei… -Olhei durante uns segundos para ela e sorri docemente.- Mas ela parece bem. Isso que interessa.

Nesse momento, ela murmurou algo, enquanto dormia. Fiquei sempre a olhar para o rosto delicado da mesma. Cara… Como ela era perfeita. Cada traço, cada detalhe… Era como se fosse uma obra de arte detalhada a cada milímetro.

Sorri para ela, beijando- lhe levemente a testa. Ela libertou um sorriso, segurando na minha mão como se fosse uma pelúcia, e abraçando a mesma. Fiquei preso ali.

Rosa e Bianca riram baixinho, enquanto eu olhei- as mortalmente. Seguidamente, suspirei, acariciando o rosto da minha gatinha, sorrindo.

[...]

–Nyaah… Minha cabeça dói… -Murmurou a mesma, em pensamentos. Quando deu por si, ela não conseguia controlar o seu corpo; Nem falar. Tudo o que conseguia era sentir, ouvir e ver.- O- O que está acontecendo?!

Quando reparou no que via, era o seu corpo sem lhe obedecer, machucando N. Ela ficou pensativa, sem acreditar.

–Porque… Não consigo mexer- me? O que está a acontecer?! -A garota começou a ficar assustada, até uma outra voz feminina ecoar na mente.

–Saia. Agora. Saia do meu corpo!!

–Do que está falando? -Ela murmurou, sempre olhando para o que estava a acontecer- E quem é você? E porque meu corpo não me obedece?

–Porque, em primeiro… Não é o seu corpo, sua ingrata. Segundo… Eu estou controlando. Terceiro… Grave este nome na mente, sua maldita!!

E ela apenas ouviu aquele nome, caindo num sono profundo.

[...]

–Nyaah… -Murmurou White à minha frente. Desviei os meus pensamentos, olhando para a mesma. Ela abriu lentamente os olhos, fintando- me timidamente- Black… Kun…?

–White!! -Sorri de orelha a orelha ao vê- la- Está melhor?

–Hmm… -Ela limitou- se a sentar, largando a minha mão- Eu… Não me lembro de muita coisa…

–O que N te fez White- Chan? -Perguntou Bianca, enquanto ela e Rosa vinham ter comigo e com a White.

–Ele… Não fez nada, eu acho. -Murmurou, olhando para baixo.

–Então o que aconteceu…? -Olhei nos olhos dela, preocupado. Ela pareceu paralisar, enquanto os seus olhos estavam distantes.

–...Gray.–Murmurou.

–Gray?–Perguntou Rosa, murmurando.

–Foi… A Gray… -Umas lágriamas começaram a cair rapidamente- Foi… Ela.

–Quem é a Gray? -Perguntei para ela, lentamente. Não queria confindir a mesma.

–Não sei… Mas ela… -A gatinha abraçou as suas pernas, chorando cada vez mais, com medo- Ela… Eu não sei quem é. Só me lembro desse nome… E sempre que o ouço, tenho vontade de chorar e correr. Tenho… Medo da Gray.

Eu olhei Rosa e Bianca confuso. Achei que ela estava delirando.

–Mas… Então N não fez nada? -Perguntei, e ela acenou negativamente.

–Ele tentou. Mas depois… -Ela encarou as suas mãos, fazendo uma pausa.- Depois o meu corpo foi totalmente controlado. Não me lembro de nada, só da Gray.

–Como é a Gray?–Perguntou Bianca um pouco preocupada.

–Não sei. Ela só falou comigo… E mal me lembro da voz dela. Tudo o que sei… -Ela olhou- me em lágrimas.- É ela Black- Kun. Eu sei que é. Ela é a Gray: A garota que vai te matar.

Gelei. Senti um aperto na barriga ao ouvir aquilo.

–Porque ela haveria de me matar? Eu nem a conheço, nem sei quem é!! -Tentei defender- me, até White me abraçar com força, chorando alto.

–Você prometeu não morrer!! Ela não te vai matar!! Prometa para mim, de novo, que não vai morrer!! -Ela berrava chorando cada vez mais. Fiquei totalmente surpreso. Tudo o que fiz foi sorrir docemente, beijando levemente a cabeça dela, e abraçando também.

–Nem N, nem essa Gray vão matar- me. Apesar de nem saber quem ela é… -Ri um pouco, enquanto a mesma olhou- me nos olhos.

...Hipnotizei. Ali. Com ela. Só nós os dois. E aí, comecei a aproximar- me. Aos poucos, fui fechando os olhos, assim como ela, perdendo lentamente a visão dos lindos olhos azuis, como se me chama- sem para a beijar; Os lábios dela pareciam implorar para os beijar ali. Agora.

–... Eles se esqueceram da gente Bell… -Sussurrou Rosa bem baixinho, enquanto Bianca ficou com uma gota.

–A gente vai ou fica?- Respondeu igualmente Bianca bem baixinho.

–Ficamos. Quero ver o romance.

Mal estava quase a beijá- la, apenas abri um olho, observando- as mortalmente. Foi o suficiente para as mesmas fugirem do local.

–...Black- Kun. -White parou a uns milímetros de mim.- Eu… Não posso.

….

….

….Acabei de levar uma FriendZone da minha pokémon?

Fiquei olhando para ela, afastando- me bem surpreso.

–A- Ah… -Não sei porquê, aquilo tinha machucado dentro de mim.

–Mais tarde ou mais cedo.. Vou virar uma Pokémon. Não quero magoar mais voc-

Interrompi a mesma, dando- lhe um selinho longo.

–Xiu. Você não vai virar; Eu não vou deixar. -Afirmei sério, olhando- a corada.- Eu não vou deixar… Que a garota que am- Quer dizer… Que a única garota que é bastante importante para mim vá embora assim.

Ela sorriu docemente, roubando- me outro selinho.

–Hihi, Black- Kun… -Ela colocou os braços em volta do meu pescoço, rindo.

–Sim White? -Sorri docemente para ela, segurando na cintura dela.

–Quer repetir… Aquela tarde de beijos? -Perguntou corada, enquanto eu apenas respondi com um beijo, acabando com a distância.

[.....]

–Que. Grade. Merda. -Murmurei, jogando- me na cadeira da sala de aula.- Como as férias passaram tão rápido?!

White riu baixinho, sentando- se ao meu lado. Hugh e os outros estavam na frente dos nossos lugares, falando com a gente.

–Então… Aos beijos também eu passava. -Murmurou Nate, cruzando os braços, fazendo biquinho corado, chateado. Rapidamente, corei imenso.

–E- EU NÃO BEIJEI MAIS A PARTIR DAQUELE DIA!! -Tentei defender- me, até Rosa e Bianca se olharem maliciosamente- Espera… Não me digam que…

–A gente viu tudo. T- U- D -O!! -Elas riram alto, enquanto eu joguei a minha cara nos livros.

–Desisto!! -Berrei, até a professora Juniper entrar na sala, e todos voltarem aos lugares.

–Bom dia alunos. Espero que as férias tenham sido ótimas, pois temos um novo aluno!! -Anunciou a mesma, sorrindo.- Ela transferiu- se para a nossa sala, pois disse que queria ficar mais próxima de alguém.

Nesse momento, entrou Emily sorrindo docemente para todos, acenando. Claro que os garotos (Menos N e os meus amigos), ficaram derretidos ao ver a garota.

–ELA!? -Berrei sem acreditar, até White ficar sorrindo.

–Viva!! Uma nova amiga!!- El pareceu animada, até olhar a mesma protestando.

–Amiga nada! Essa aqui quase quis matar você!! -Berrei protestando.

–Posso sentar- me ao lado do Black- Sama…? -Perguntou a mesma para White, sorrindo docemente (Maldito sorriso falso).

White ficou pensativa. Percebi que ela não queria ir, mas, ela levantou- se. Ela queria ser simpática.

–C- Cla-

Simplesmente, puxei a mesma, deixando- a sentada, com a cabeça no meu ombro. Automaticamente, a mesma corou, deixando Emily chocada.

–Sendo nova ou não, White estava sentada aqui. Se ela for, eu também vou. -Afirmei sério para ela. Ela ficou chocada, virando costas e indo embora.

–B- Black- Kun… -Murmurou White, enquanto eu sorri, sem deixar ela sair.

–Nunca a irei perdoar pelo que ela fez White. Ela te machucou. -Beijei levemente a cabeça dela, sorrindo.

Nesse momento, a professora Juniper olhou- nos, e riu baixinho.

–Black Hilbert e White, poderiam namorar lá fora por favor? Sala de aula não é necessariamente para esse tipo de coisas.

Todos os olhos da sala olharam- nos. White no meu ombro.

Ambos corá- mos violentamente, enquanto nos separá- mos.

–A- A GENTE NÃO É NAMORADOS!! -Berrá- mos, virando cada um os seus rostos para o lado oposto, cruzando os braços. A professora limitou- se a rir.

–Seeei… -Ela olhou- nos maliciosamente- Ainda bem, então posso juntar a White com outro garoto não é mesmo Black…?

Já disse que a minha professora é muito… De “shippar casalinhos” dos alunos dela?

–N- NADA DISSO!! -Berrei protestando, deixando a turma toda a rir. Resultado foi eu afundar o boné na cara de vergonha, deixando White rindo baixinho.

–Mas Black- Kun, a gente já se beijou e tudo! Lembra? E você até brinc-

Tapei a foca dela, completamente vermelho. Todos me olhavam de olhos arregalados, menos os meus amigos, que se cagavam de rir lá atrás.

–Beem… -Juniper olhou- me com os olhos semicerrados- Sexo na escola é proíbido, sabia Black?

–C- COMO ASSIM!? -Berrei super alto, totalmente em pânico.- NÃO ROLOU NADA MESMO PROF!!

White apenas mordeu a minha mão, enquanto protestei de dor.

–Ue, mas brincou pelo meu corpo!!

….

….

….

….Alguém tem um buraco para me esconder?

Todos me olhavam tão surpresos, até mesmo a professora. Apenas afundei- me tanto na cadeira que quase escorreguei para debaixo da mesa, afundando a cara totalmente no boné.

–Ignorem- na. Ela só fala coisas idiotas!! -Disse, olhando mortalmente para ela que logo entendeu.

–Ah… Não era para falar? -Perguntou confusa- Desculpe então Black- Kun, mais ninguém saberá das nossas tardes de beijos nem nada disso!!

...Limitei- me a fazer um grande facepalm.

Pronto. Em vez de a gente dar matéria em 50 minutos, não. A maldita Juniper ficou fofocando com a White, com os meus colegas de espetadores.

[...]

–Alô?

–Você de novo N?!

–Aparentemente, a situação complicou- se. O alvo 383 está envolvida ‘intimamente’ com um garoto.

–IMPOSSÍVEL!!

–Verdade.

–...Você tem de os separar já N! Seria impossível aquela garota gato ficar envolvida com um humano!!

–Eu sei… Já tentei. Mas é impossível!!

–Bem… Mas que tipo de intimidade?

–Diguemos… Amizade colorida.

–Com quem?

–Black Hilbert. 16 anos. Nuvema Town. Sem familiares. Tipo sanguíneo B. Signo Aires.

–Bem… Você fez o dever de casa N. Porém… Já ouvi esse nome em algum lugar.

–Hehe… Mais tarde deve lembrar- se,

–Muito bem. Então não vejo alternativa se não matá- lo, certo?

–Bem… Talvez. Mas tenho uma ideia melhor…

–Qual?

–Bem… Direi depois. Por agora preciso de vigiar o alvo.