My Little Cat escrita por MartaTata


Capítulo 11
11. Os negócios entre N e Black!


Notas iniciais do capítulo

Estou na casa da minha amiga que postou o cap ontem *--*



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Os dias foram passando. Tudo ficou meio que normal, exceto o assunto de N. Quando os outros descobriram, White nunca mais foi vista sozinha, o que fez N, talvez, esquecer a White, pois ele agora a ignorava. Admito, White parecia triste com isso, talvez porque ela queria ser amiga de todo mundo, e eu respeito isso. Porém, eu não pude fazer nada.

Fora isso, ficou tudo perfeito. As férias estavam prestes a chegar, em umas duas semanas. White iria ficar comigo as férias todas, e isso era ótimo. Depois de 2 meses de férias (Durante estas férias, seria meu aniversário), vem mais 1 mês de aulas e novamente, 2 longas semanas de férias. Depois mais 2 meses de aulas e acabou o ano (Amo o horário escolar dessa escola, férias a cada semana quase).

–Oe Black- Kun… -Murmurou White chamando a minha atenção. Era um domingo bem entediante, e não se fazia nada. Bianca estava tirando o dia para ficar dormindo completamente, assim como Nate e Hugh. Rosa ficou no seu quarto, ficando numa sessão de filmes, comendo gelado. Cheren estudou como eu. E finalmente a White via tv.

–Sim White? -Desviei o olhar dos livros à minha frente, para a garota que estava no sofá atrás de mim. Ela levantou- se até mim, com um olhar curioso, porém meio assustado.

–...Eu quero saber uma coisa.–Afirmou a mesma, sentando- se na minha cama.

–Então, pergunte. -Falei confuso. Ela suspirou longamente.

–...É verdade… Que você não tem pais?–Ela foi logo para o assunto que eu odiava tocar. Afundei- me na cadeira, escondendo a cara no boné, com um longo suspiro saíndo dos lábios.

–Sim, é verdade. -Afirmei em resposta, sem querer dar mais informações, porém, a curiosidade dela foi mais além.

–...Porquê? -Perguntou novamente. Ela era inocente, mal sabia que estava a tocar numa ferida profunda dentro de mim.

–Por causa de um acidente.

–...Lamento. -Ela baixou as suas orelhas de gato, tristemente.

–Não tem que lamentar… -Suspirei longamente- Fui eu que os matei.

White ficou paralisada, como se tivesse visto um fantasma. Olhei para ela confuso.

–O que foi? -Eu estava normal com a situação, afinal, já havia quase superado. Ela levantou- se da cama que estava sentada, recuando um passo.

–V… Você matou…. O- Os seus pais?–Ela estava em pânico na altura. Nesse momento suspirei longamente, levantando- me da cadeira lentamente. Andei até ela, que ficou paralisada, contra a parede, vendo que não tinha escapatória.

–Praticamente, sim. -Afirmei, com um sorriso malicioso, prendendo a mesma- E… Que tal matar você?–Sussurrei lentamente ao ouvido dela.

–KYAAAAAAH SEU TARADO!! -Berrou mordendo- me com força no braço.

–AI ESTAVA BRINCANDO AGORA SOLTA ISSO DOIIII!! -Berrei, mas ela continuava a morder com mais força.

–NEM VEM ASSASSINO!!

–AAAAI WHITE TA DOENDO, LARGA!!

–NÃO, VOCÊ AINDA ME MAT- AAAAAIII!!

Eu havia puxado a cauda dela para me largar, o que a fez arrepiar.

–ALÉM DE ME QUERER MATAR, QUER- ME ARRANCAR A CAUDA?!

–EU ESTAVA BRINCANDO, NÃO VOU MATAR VOCÊ IDIOT- AAAAAIII!!

–PARA APRENDER DESGRAÇADO!! -Ela havia acabado de me arranhar desta vez. Suspirei longamente, prendendo- a totalmente cotnra a parede. Ambos estáva- mos colados totalmente, enquanto ela estava entre mim e a parede.

–Me ouça logo. Apesar de eu ser o principal culpado da morte deles, não significa que eu os matei totalmente. -Afirmei sério, olhando nos olhos dela. Ela fez exatamente o mesmo, enquanto ficá- mos 5 minutos nos olhando assim, como se tudo à volta não fosse nada.

–...Porque eu amo os seus olhos Black- Kun?–Perguntou ela num olhar inocente, mas sem desviar a atenção dos meus olhos. Corei um pouco meio surpreso.- Não sei porquê… Sinto vontade de…–Ela começou a aproximar- se do meu rosto. Porém, não impedi. Ela aproximava- se lentamente.

–E eu amo esses lindos olhos azuis…– Falei, aproximando- me igualmente. Ambos ficá- mos a uns bons e poucos milimetros. Nunca havia ficado assim tão… Próximo a ela. A respiração dela batia- me na cara e vice versa. Conseguia até sentir uma vontade enorme de beijar, pois ambos os nossos lábios pareciam quase ter o desejo de se tocarem, assim como cada um de nós. Eu queria… Mais que tudo, poder beijá- la o dia inteiro. Eu queria tanto... Era isso que eu sentia por dentro. A respiração igual; Ambos os corações baterem tão rápido e ao mesmo ritmo… Queria mais que tudo, beijá- la ali e agora.

–White… -Foi tudo o que consegui murmurar. Nenhuma palavra mais saiu da minha boca, igualmente o que aconteceu à garota. Ela tentou abrir a boca para falar algo, mas nada saiu. Decidi ignorar tudo. Mesmo que desse merda, eu queria. Queria mais que tudo beijá- la agora. Naquele local, o meu maior desejo era poder tocar naqueles doces e suaves lábios que…

–MAS QUE MERDA É ESTA?!–Berrou Rosa ao entrar no quarto e observar a cena. Rapidamente eu e White nos separá- mos totalmente, olhando a garota, que estava paralisada. Afastei- me de White o mais depressa que pude, assim como ela de mim.

–N- NÃO ERA O QUE PARECIA!! -Berrei, observando um grande sorriso malicioso da garota. Pronto, eu sou o próximo ship dela.

–Hehe… Whitezinha, vamos fofocar?–Perguntou a mesma maliciosamente. Ela me olhou corada, e logo sorriu inocentemente.

–Claro Rosy- Chan!! –Tadinha. Mal ela sabe que será ela a ser fofocada…

Suspirei, observando ambas sairem do quarto. Rosa me olhou mortalmente, com um olhar, falando:

–Se você a engravidar, está fudido comigo, meu caro amigo.

Aquilo me assustou, e muito. Espera… ENGRAVIDAR?! ELA É LOUCA?!

–Francamente… -Murmurei, suspirando e me jogando na cama. Toquei nos meus lábios, derrotado- Tão… Perto.

Mas o que se passava comigo?! Nem três meses passaram. Porque… Sinto- me estranho? Sempre que estou ao pe dela… Ela… Ah, sei lá.

Eu enlouqueci. Só pode. Ela é minha irmã Black!! Você não pode… Fazer essas coisas!!

...Se ninguém souber….–Respondi à minha mente.

“Se ninguém souber?! Ela é sua Pokémon. Seria impossível acontecer!!”

Por mais que não quisesse admitir, ele (Ou a minha mente) estava certo. Não queria encarar a verdade que, mais cedo ou mais tarde, White iria voltar a ser uma Pokémon. E eu não terei uma irmã. Foi a primeira vez em tanto tempo que tive de me preocupar a sério com alguém; Tive de cuidar de alguém importante para mim com a minha vida. E era isso que eu precisava. Eu agora, só queria a White comigo.

[...]

Estava jogando na minha Ps3, normalmente, o GTA V. Ouvi alguém bater à porta, colocando na pausa. Fazia 3h que estava jogando, entediado. Mal abri, esperando a White, sorri.

–Hey Wh- Automaticamente, fui interrompido com a visão que tive- M- Mas… O que faz aqui…?!

–...Precisamos de falar. Agora. -N estava ali, o que me deixou surpreso.

–Você? Quer falar comigo? Ahaha, sonhe. -Falei, momentos antes de tentar fechar a porta, porém, o mesmo impediu.

–É sobre a White.–Murmurou, deixando- me sério.

–Já disse, seu grande cabeça de merda: Se você tocar nela, está morto; Fudido da vida; Será espancado com a morte mais dolorosa que imaginar na mente.

–Não me refiro a isso, anormal. -Ah? Como assim??

–Então o que a White tem?? -Cruzei os braços, bravo. Nesse momento, ele sorriu de lado.

–Quero negociar.

–Nego… Ciar? -Perguntei confuso.

N era talvez, o ser mais popular da escola. A popularidade subiu brutalmente à 3 anos atrás, graças ao seu jeito perfeito para acordos e negócios. Porém, ele pode ser o maior mafioso e aldrabão de todos. Preciso de ter cuidado com todas as minhas opções a partir de agora. Quando N fala em negociar, ou você aceita, ou você está condenado.

–Exatamente. Posso entrar?–Perguntou normalmente. Pensei um pouco, vendo que ele estava completamente desarmado, deixei- o entrar. Escondi a chave no meu bolso, para que el não fize- se nenhuma loucura.

Eu me sentei na cama, e ele na secretária ao lado.

–Muito bem. Como sabe, eu tenho uma queda pela White. -Uma queda? Ahaha, nem brinque, você namora com metade da escola, o que você quer eu sei.

–Tá. E daí? -Murmurei sem interesse. Observei o sorriso malicioso em seus lábios, o que não me agradou.

–Decidi negociar. -Afirmou- Como sabe, White é uma garota inocente, e, pelo que sei, ela confia a própria vida dela a você. Além do mais, vocês estão sempre juntos e...

–...Como sabe disso?–Perguntei confuso, interrompendo o mesmo, enquanto ele riu um pouco.

–Tenho as minhas fontes… Diguemos que, você e ela estão sempre a ser observados, enquanto andam na escola normalmente. -Aquilo, confesso, me assustou um pouco. Porém, ele podia estar a fazer um bom jogo, para me deixar entre a espada e a parede. Decidi apenas escutar o resto.

–Vá direto para o assunto, por favor. Não aguento muito tempo na mesma sala que você sem querer partir toda a sua cara. -Afirmei meio bravo, enquanto ele riu.

–Muito bem… Dou tudo o que quiser pela White.- ….Ah…?

–Como assim? -Fiquei confuso.

–Tá. Dou dinheiro, popularidade, o que quiser. Basta pedir. -Afirmou- Um bom negócio. Até Pokémons posso dar. Os que quiser.

–Espera… Está dizendo que quer que eu troque a minha “irmã”, e a pessoa que mais adoro neste mundo por dinheiro…?! -Falei sem acreditar.

–Não só. Você pode até mesmo ter o título da Liga Pokémon se aceitar este acordo. Eu juro; Melhor: Prometo que terá tudo o que desejar por ela.

–NUNCA NA MINHA VIDA! -Berrei completamente bravo- Pode fazer o que quiser comigo, mas já disse: Não troco a White nem pela minha vida.

–... Então, vamos a um preço maior. -Afirmou N com um sorriso de lado. Senti- me assustado na hora.

–Nada vale a White. Agora, pode ir embora!! -Falei bravo, me levantando da cama em direção a ele.

–...Eu posso reviver os seus pais. -Parei de andar, paralisado. Como… Assim…?!

–Espera… Está dizendo que…. -Fiquei segundos a refletir o que ele disse.

–Sim. Existe uma forma de reviver seres humanos. Se me entregar a White, posso reviver a sua família inteira, se for necessário.

Fiquei em silêncio, uns bons segundos. Eu estava bem na situação que N queria. Com certeza, o seu plano B. Mas.. O que eu faria? Eu amo os meus pais. De verdade. Mas… Eu não posso dar a White. Mas… Se não der a White, nunca mais verei os meus pais.

Cerrei o punho, trincando os dentes.

O que eu faço...?

–E como sei que não vai fingir que os revive? -Perguntei, enquanto ele sorriu novamente.

–Eu sei que você não é daqueles que engana em negócios. Eu revivo os seus pais e os entrego primeiro. Logo a seguir, você entrega a White, e todos ficamos felizes.

Fiquei paralisado, jogando- me na cama, ficando sentado. Reviver… Os meus pais? Voltar… A ter uma família que me ama?!

–Eu… -Sorri um pouco- ...Quero muito voltar a vê- los. Amo- os mais que tudo, afinal, foram eles que em criaram. Sempre foram os meus pais, apesar de tudo. Mas… -N me olhou sério a cada palavra, perdendo o sorriso vituroso.

–Mas…?

–...Eu não posso dar a White. -Afirmei sério, olhando para ele- Espero que os meus pais me perdoem, mas eu não a posso dar. Ela precisa muito de mim, mais que tudo neste mundo. White é apenas uma garota inocente neste mundo, e sem mim, ela não era nada. Além disso, ela confiou- me a mim a sua vida. Se eu a trair, apenas para satisfazer a minha vontade, não seria honesto o suficiente para com ela.

N sorriu de lado, levantando- se da cadeira da secretária.

Você sabe… Que quem nega os meus negócios, fica com a vida desfeita certo?–Perguntou num tom desafiante. Engoli seco, sem responder- Irei perguntar uma última vez: Você trocaria os seus pais pela White?

–Eu não os estou a trocar. O destino fez isso, porque o fez. Quem sabe as coisas que isso mudaria no futuro? Seriam muitas. Até podia alterar totalmente o meu futuro já traçado, e até mesmo o seu, quando mais o de White. Lamento, mas irei negar a sua oferta. Por mais que ame os meus pais, também amo a White, ela é minha irmã.

–...Entendo.–Ele apenas dirigiu- se até à porta, que rapidamente se abriu, surgindo White, seguida de Bell e Rosa com um sorriso. Rapidamente, esse sorriso sumiu quando viu N no quarto, em direção à porta.

Observei White, com um olhar assustado e paralisada. N sorria de lado, olhando para a garota, parando frente a frente a ela.

Bianca e Rosa ficaram na frente da mesma, enquanto eu apenas assisti a cena, atrás de N. Ele sorriu novamente, porém maliciosamente, olhando para a garota gato.

–Sinta- se feliz White. Black negou o meu negócio de reviver os pais dele em troca de você. Ele gosta mesmo muito de você, ao ponto de não ter pedido os seus pais por você. -White me olhou, sem acreditar- Porém… Não pense que irei desistir.–Ele empurrou Rosa e Bianca, ficando frente a frente ao rosto dela, pegando no queixo da garota. Eles estavam a poucos milimetros um do outro, o que me deixou louco de raiva.

–Largue- a agora!! -Berrei, puxando a White para mim- NÃO TOQUE NELA!!

Bianca e Rosa observaram a cena surpresas, enquanto White corou. N olhou- nos os dois uma vez mais.

–White. -Murmurou o mesmo, enquanto ela o olhou, sempre atrás de mim. Ele sorriu docemente- Black não vale nada. Venha comigo! -Ele esticou a mão para a garota, que ficou confusa- Black vai trair você mais tarde ou mais cedo!! Venha comigo, e eu farei sempre tudo o que quiser!

–...- White ficou em silêncio, observando N que sorria docemente. Decidi deixar White escolher, já que ela deveria, com certeza, saber quem era o verdadeiro amigo dela.

–White… Por acaso, o Black se irrita sempre com você certo? O que significa que não te dá o valor que merece!! -Espera… O quê!? Ele... Está a virar o jogo contra mim!! - Além do mais, Black é um falhado.

–... -White ficou olhando para mim, e depois para N. N estendeu novamente a mão, deixando White pensativa.

Não me diga… Que ela o vai escolher…!!


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Notas finais do capítulo

Só para exclareces, o Black não os matou, mas foi o culpado disso :3
E não, N não estava mentindo, ele pode reviver pessoas :3



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