17° Desafio Sherlolly - O Melhor Amigo da Noiva escrita por Raura


Capítulo 2
Companheiros


Notas iniciais do capítulo

Estou amando participar do tema desse desafio, espero que gostem do que farei ^_^
quem quiser música para ouvir ~> https://www.youtube.com/watch?v=BRuNqliT_9k&hd=1

Boa leitura!



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Após se formarem na faculdade, Sherlock e Molly passaram a morar em Londres.

Sherlock ajudava a Scotland Yard com os casos que apareciam, segundo ele, sua profissão era um detetive consultor, vivia no laboratório do St Barts fazendo alguma experiência que não dava pra fazer no seu apartamento ou sempre que precisava analisar alguma evidencia de um crime, quando não estava resolvendo nenhum caso, nem com a melhor amiga, estava na cama de alguma mulher.

Molly tinha se formado em medicina e trabalhava como legista no hospital, estava no necrotério lavando as mãos quando Sherlock apareceu, abrindo as portas de vai e vem da maneira mais teatral possível.

— Bom dia Molly! – ela olhou no relógio, onze horas, pontual como sempre — O que eu perdi?

— Bom dia Sherlock! – respondeu secando as mãos, ele se encostou em uma das mesas — Se tivesse chegado dez minutos antes tinha pego a dissecação do cérebro do Sr Doyle.

—Passei para comprar café – ele estendeu um copo na sua direção.

— Obrigada – pegou o café — Hum... Você nunca erra – comentou provando.

— Só você gosta disso com caramelo, pronta para irmos almoçar? Fiz uma reserva num restaurante italiano.

— Sim.

Saíram do hospital e foram caminhando pelas ruas de Londres até o restaurante. Estavam acomodados na mesa, Sherlock servia vinho nas taças.

— Explica de novo essa sua regra – pediu Molly.

— É bem simples, eu não encontro a mesma garota duas vezes na semana.

— Então, na teoria se quiser, pode sair com a mesma garota no domingo e segunda sem violar essa regra?

— Isso! – Molly revirou os olhos, o garçom apareceu para anotar seus pedidos.

— O que vão querer hoje?

— Dois espaguetes a bolonhesa – Sherlock pediu, o garçom anotou e saiu.

— E o que a garota com quem esteve disse? – Molly perguntou.

— Não dei tempo para que dissesse algo, apenas disse que não nos veríamos hoje.

— Delicado como sempre – ironizou.

— Sincero como sempre – corrigiu-a.

— Eu sei, mas é horrível como você usa isso como escudo.

— Eu devia mentir, tipo o Geroge Clooney e dizer qualquer coisa para conquistar uma mulher.

— Como se você precisasse disso.

Sherlock e Molly se olharam e começaram a rir, ela conhecia perfeitamente o amigo e sabia, apesar de reprovar algumas, de suas técnicas de conquista, o garçom voltou com os pratos pouco tempo depois. Após o almoço caminhavam pela rua até uma padaria para comprarem o que comeriam de sobremesa.

— James me ligou ontem à noite, petit gateau? – Molly comentou enquanto caminhavam e decidiam o que iam escolher.

— Querendo voltar? Não, comemos isso dois dias atrás, faz quanto tempo que vocês terminaram? Uns 18 meses?

— 2 anos.

— Tá contando?

— Não.

— Arrã.

— Brownie? – eles entraram na fila aguardando para entrar na padaria.

— Não estou a fim disso hoje.

— Torta de morango?

— Não. Você já foi melhor Molly.

— Peraí... Hum... Bolo de nozes com cobertura caramelizada?

— Você é boa nisso – parabenizou-a, aguardaram chegar à vez deles para que pudessem comprar o bolo.

O restante da hora de almoço disponível de Molly, foi gasto ajudando Sherlock a escolher um presente de casamento para Sra Hudson em uma loja que vendia coisas novas e antigas.

— O que você acha disso? – ele mostrou a Molly um jogo de copos de cristal — A gente podia dar esse.

— Sherlock, eu não vou a mais um casamento da Sra Hudson.

— Molly, por favor... – ele recolocou o que pegou na prateleira.

— Porque não leva uma das garotas com quem sai? – eles passeavam pelos corredores da loja olhando as prateleiras.

— Eu não as levo em festas.

— Ah é! Esqueci-me disso, não dá uma boa impressão.

— Não mesmo! Eu tenho uma reputação internacional sabia? Você tem uma reputação internacional?

Sherlock caminhava pela loja sem decidir o que levar, sentado no final de um dos corredores viu um cachorro que lhe lembrava Redbeard, ele se aproximou, agachou-se e começou a fazer carinhos no cão.

— Olha que garotão bonito! Te amo sabia? Te amo, te amo, te amo – repetia para o cachorro enquanto passava as mãos nas suas orelhas.

— Você devia tentar dizer isso pra alguém sabia? – Molly apareceu atrás dele.

— Não se diz isso as pessoas, não é amigão? – Sherlock conversava com Molly e o cachorro acariciou novamente a cabeça do animal antes de se levantar.

— Por acaso já disse pelo menos para seus pais? – caminhavam lado a lado pelo corredores.

— Eu me importo com eles.

— Não consegue nem dizer aos seus pais! – a amiga indignou-se.

— Isso é coisa de homem – justificou — E você é a rainha do ‘eu te amo’ dizendo isso toda hora para todo mundo!

— Não, isso é coisa do Sherlock, e não sou a rainha do ‘eu te amo’ – ela balançou a cabeça, ele não tinha jeito mesmo voltou a olhar as coisas na loja para ver se encontrava o presente, olhava os vários óculos em um mostruário, pegou o mais retrô que encontrou e provou.

— Ficou uma graça – Sherlock comentou, ela sorriu e assoprou um beijo em sua direção, tirou os óculos e os recolocou onde estavam — Por favor, Molly, vamos comigo ao casamento, juro que é a última vez que te peço para me acompanhar.

— É a última vez – concordou.

— Obrigado! Não sei por que ela insiste em se casar de novo, eles só querem viver ás custas dela, mas eu não vou me intrometer, afinal a vida é dela.

— Quando não queremos interferir em algo, é só dizer ‘estou feliz que esteja feliz’.

— Eu vou me recordar disso.

– - - - - - -

A festa do quinto casamento de Sra Hudson seguia, todos os convidados espalhados pelo salão, alguns se divertiam dançando na pista, Sherlock tinha ido buscar bolo, voltava a sua mesa quando encontrou-se com a noiva.

— Parabéns Sra Hudson! – cumprimentou-a

— Oh Sherlock! Você sabe que a partir de agora não usarei mais esse sobrenome!

— Pra mim continuará sendo Hudson!

— Você trouxe a agradável Molly?

— Claro.

— Você sabe que se não fizer algo, outra pessoa fará não é?

Sherlock ignorou o comentário que a Sra fez, desejou novamente felicidades a ela e voltou à mesa com dois pedaços de bolo em mãos, entregou o branco para Molly e ficou com o de chocolate.

— Deixa eu provar um pedaço do seu – ela disse pegando um pedaço do bolo no prato de Sherlock.

— Por que não pediu que eu trouxesse um igual para você?

— Porque você tem que escolher um sabor diferente pra eu provar – Molly respondeu sorrindo, Sherlock sorriu também e pegou um pedaço do bolo branco.

— Ah não!

— O que foi?

— É Kitty Riley.

— Quem? – ela se virou procurando a moça, avistou uma mulher provavelmente da mesma idade que ela procurando alguém entre os convidados.

— Vem, vamos dançar – ele se levantou a puxando pela mão para pista de dança.

— Desde quando você foge de alguma mulher?

— É a garota do blog – explicou, Sherlock conduzia Molly pela pista de dança em meio aos outros casais — Ela é a responsável pelo artigo ‘O grande detetive e seu chapéu engraçado’

— A blogueira doida? – perguntou aos risos.

— É, me esconde – ele conduzia a dança de maneira a ficar fora das vistas da moça — O artigo tinha duas páginas, ela não acha que meu nariz acentua meu rosto assimétrico.

— Quem disse isso?

— Você, quando nos conhecemos.

— Eu menti, na verdade te achava um gato, mas como disse que eu parecia um cachorro...

— Eu só disse por que estava tentando dormir com você.

— Porque não tentou mais?

— Ué, porque eu gosto de ter você na minha vida.

— Gracinha – ele a inclinou no ritmo da dança ia puxá-la de volta quando a moça apareceu.

— Oi Sherlock! Viu o novo post no meu blog?

— Não, eu não vi.

— Quem é essa? – quis saber.

— Minha namorada – girou o corpo dançando com Molly, a moça acompanhava.

— Por que não me disse que tinha uma namorada?

— Porque não te conheço.

— A gente tem um relacionamento muito aberto – Molly comentou.

— A gente precisa falar sobre isso Princesa, eu não quero ficar com mais ninguém que não seja você!

— Princesa?! – Kitty revoltou-se

— Não sei se estou preparada para isso, conhece minhas regras – fingia entrando na farsa do amigo — Somos meio limitados emocionalmente – disse a moça.

— Acho que farei um novo blog agora – saiu pisando duro.

Sherlock e Molly continuaram dançando, estava aproveitando a dança com o amigo, o danado era muito bom, ia encostar a cabeça em seu ombro quando ele inesperadamente interrompeu a dança e soltou-a.

— Ela já foi, vem!

– - - - - - -

Caminhavam pelo parque de manhãzinha, ainda com as roupas que usaram no casamento, Sherlock carregava o terno em uma das mãos, de braço dado com Molly.

— Lembra-se da pesquisa que fiz para conseguir meu PhD?

— Sim.

— Um hospital de Los Angeles quer que eu apresente minha pesquisa lá.

— E quando você vai?

— Daqui uns dias.

— Vai ficar lá quanto tempo?

— Dois meses.

— É um tempão.

— Uhum.

— Isso é ótimo.

— Você acha?

— É uma ótima oportunidade, você é a maioral nessa área, meus parabéns – tinham parado do caminhar e sentaram-se no encosto de um banco, debaixo de uma árvore — Oito domingos...

— É são oito domingos.

— O que eu faço sem você?

— Ah... Eu posso imaginar – comentou com um sorriso.

Sherlock levantou-se de repente e foi para perto da árvore, amarrou uma ponta da gravata num galho e a outra no pescoço.

— O que você tá fazendo? – ela foi para perto dele.

— Vou me matar.

— Não!

— Eu não vou aguentar, oito domingos sem você?!

— Desamarra essa gravata daí Sherlock! – ele tirou a gravata do galho e a arrumou no pescoço — Vem, vamos pegar outro drink pra você – retomaram a caminhada.

— Acho que já bebi demais – Molly ria do amigo — Obrigado por ir comigo ao casamento.

— Foi divertido, mal posso esperar pelo sexto.

— Imagino que não vá demorar.

– - - - - - -

Molly estava no avião, tomando uma taça de vinho branco quando anunciaram nos alto-falante o pedido para desligarem os celulares e outros aparelhos eletrônicos. Pegou seu celular, olhou sua foto com Sherlock no papel de parede do aparelho, sorriu, inspirou o ar com força antes de desligá-lo.


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Notas finais do capítulo

Como fui com o segundo? :333



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