Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 31
Capítulo 31 - O Ogro


Notas iniciais do capítulo

E ai gente o/
Finalmente eu estou finalizando minha maratona para o aniversario da Rukia o/
Espero que curtam o capítulo e boa leitura

Obs: LEIAM AS NOTAS FINAIS



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— Grimmjow —

O dia amanhecia rapidamente, iluminando o horizonte e eu estava ali a observar tudo da janela de meu apartamento.

A insonia havia virado minha companheira constante por esses dias e tudo o que conseguia era escrever e escrever me entupindo de cafeina.

Estava ansioso e torcia para que o dia passasse o mais rápido possível. Aquele, finalmente, seria meu dia, onde toda a editora entraria em festa com o pré-lançamento de meu mais novo livro.

Sabia que nada seria realmente em minha homenagem, afinal negócios e mais negócios seriam resolvidos naquela noite, mas ainda assim me sentia feliz e ansioso por aquela comemoração.

Minha pequena vizinha era o motivo de toda essa ansiedade, sabia disso. Ela já havia aceito meu convite, mas ainda me sentia inseguro quanto a sua palavra.

Suspirei cansado, fechando as cortinas logo em seguida, tentaria dormir para que o tempo passasse mais depressa.

Só teria que dar as caras na editora pela tarde e isso me dava até a hora do almoço de folga, então não tinha que me preocupar com atrasos.

Após me livrar de minhas roupas, joguei-me pesadamente sobre o colchão macio, assustando a pequena bola de pelos, que guinchou mostrando as pequenas unhas.

Pantera era uma gatinha bem arrisca e isso me fazia lembrar de Rukia, uma mulher independente de personalidade forte nada fácil de domar.

— Maldição — resmunguei. Aquela baixinha não saia de meus pensamentos e com isso as palavras pareciam se amontoar em minha mente, implorando para serem postas no papel.

Rukia era minha inspiração, isso era um fato inegável.

Já sem vontade alguma para dormir, peguei meu fiel companheiro, meu notebook, e coloquei a digitar freneticamente com a pequena gata de pelagem negra a se acomodar entre minhas pernas sobre o colchão macio.

Novamente eu não dormiria naquele dia e a culpada era dona do apartamento em frente ao meu.

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Com os olhos inchados escondidos atrás de meus impecáveis óculos escuros, adentrava a prédio comercial onde ficava a editora Alvorada, meu lugar de trabalho ou não, afinal eu só aparecia ali para entregar meus manuscritos e assinar contratos.

Cumprimente Halibel, a recepcionista loira e sexy, que me sorria sensualmente.

Não que eu fosse de me gabar, mas a maioria daquelas mulheres atiradas dali já se jogaram para si de mim e eu, como belo cavalheiro que sou, as tratei com carinho e dedicação o qual elas mereciam.

Apenas casos de uma ou duas semanas, mas elas sempre insistiam em querer algo a mais o que eu não podia dar, e não me arrependia, afinal, todas elas queriam dinheiro e fama.

— Boa tarde, Ulquiorra — saudei ao adentrar a sala do manda-chuva do lugar, Ulquiorra Schiffer era editor chefe dali e mandava em quase todos os funcionários daquele andar, menos em mim.

— Boa tarde — respondeu sem me olhar. — Os preparativos para o Coquetel de seu pré-lançamento já esta quase todo organizado. Apenas preciso que seja pontal, teremos muitos convidados importantes para a editora. — avisou ele com os olhos verdes ainda colados no notebook a sua frente.

— Certo, certo — resmunguei sentando-me a sua frente.

— Não dormiu mais uma vez, não é? — falou assustando-me por sua alta percepção. — Esteve escrevendo? — perguntou olhando-me dessa vez.

— Sim — respondi desinteressado. — É algo particular, talvez eu nem queira publicar — completei desviando meus olhos.

— Ainda sobre aquela mulher? — indagou ainda me encarrando. Havia contado-lhe quase tudo sobre Rukia, mesmo que ele fosse um Emo frio e sem sentimentos, era o único capaz de me ouvir, o que o tornava quase um amigo bem próximo.

— Ah! Isso não é assunto seu — rebati sem querer me entregar. Não estava a fim de falar sobre aquilo naquele momento.

— Ela vez ao coquetel, certo?

— Sim. Ela disse que sim — falei olhando-o mais uma vez.

— Interessante — murmurou ele voltando-se para a tele de seu notebook e eu apenas ignorei seu comentário deixando o silencio cair entre nos, enquanto desejava que o tempo passasse rapidamente.

~~~~

Andando de um lado para o outro, digitava rapidamente mais uma mensagem de texto para a baixinha marrenta conhecida por Rukia.

Já se passavam das oito, não que ela estivesse atrasada, longe disso, o evento nem havia inciado-se ainda, mas estava receoso e não queria ganhar um bolo naquele dia.

Após enviar a mensagem, joguei-me sobre o primeiro banco que vi e pus-me a observar em volta.

Tudo estava milimetricamente organizado, com meus livros a mostra no elegante salão oval da maior livraria da cidade, onde apenas algumas pessoas conversavam acertado os últimos detalhes.

Um bar bem montado fazia o segundo ambiente do evento, não gostava de nada tão formal e Ulquiorra levou meu pedido em consideração.

Sentindo o celular vibrar, abri a mensagem apressado ao ver o nome de Rukia brilhar na tela.

Não me esqueci. Logo estarei ai.

Rukia K.

Curta e grossa como de costume.

Sabia que estava marcando muito em cima, mas a cada minuto que Kurosaki estava longe, maiores eram minhas chances de conquista-la, sabia disso e por esse motivo, não queria perder tempo.

— Esta esperando alguém, Grimmjow-san? — uma voz desdenhosa soou atrás de mim.

— Ichimaru — saudei ignorando sua pergunta. Ichimaru Gin não era alguem tão confiável com seu cínico sorriso em face a todo momento.

— Você me parece ansioso e não acho que seja por causa do seu novo livro — declarou ele, sondando-me.

— Deixei-o, Ichimaru — mandou Ulquiorra juntando-se a nós.

— Ai! Como você é mau, Ulquiorra-san. Estava apenas preocupado com nosso astro da noite — rebateu ele cinicamente fazendo-nos revirar os olhos.

— Certo — respondeu o moreno a fim de encerrar o assunto e foi então que a vi adentrar o salão, que já se encontrava mais cheio pelos convidados que chegaram sem capturar minha atenção.

Caminhei lentamente até ela, que chegara acompanhada de uma bela mulher de seios fartos, que faria o meu tipo antigamente.

Era com mulheres como aquele loira que costumava me envolver, mas naquele momento, minha atenção era toda da pequena de curvas delicadas.

— Rukia-chan — saudei alcançando-as.

— Boa noite, Grimmjow-san — respondeu parecendo desconfortável com todos os olhares sobre nós.

— Pra que tanta formalidade, nanica? — sussurrei tentando descontrarir ao depositar um delicado beijo em sua mão macia, como um bom cavalheiro faria.

— Estamos em um evento formal, Grimmjow-san. Devemos seguir as regras da casa — rebateu ela, sorrindo.

— Ah! Entendo — falei voltando meus olhos para a loira peituda. — Quem é a bela moça? — perguntei sorrindo sacana, fazendo a mulher corar.

— Essa é Matsumoto Rangiku, uma grande amiga — apresentou ainda em seu formal.

— Muito prazer, Rangiku-san. Parece-me que Rukia-chan dispõem de belas amigas — elogiei ainda sorrindo.

— Obrigada, Grimmjow-san — agradeceu ela ainda com o rosto rosado.

— Venham. Irei leva-las para o bar, lá é bem mais interessante do que aqui — disse caminhando com Rukia e a loira ao meu lado.

— Pensei que te encontraria autografando livros e mais livros, mas vejo que me enganei — disparou a baixinha me acompanhando.

— Isso é amanhã, esse evento de hoje é só uma comemoração para poucos os que são prestigiados com a minha amizade — falei lançando um bela piscadela em sua direção.

— Ah sim — balbuciou sentando-se rente ao balção, onde vários barmens trabalhavam fazendo seus interessantes drinques.

— Podem pedir o que quiserem. Hoje tudo é por minha conta — declarei deixando-as, pois Ulquiorra acenava sentado ao lado de Gin, chamando-me.

— Então você estava, realmente, esperando alguem — disparou Gin sorrindo com seus olhos cerrados como de costume.

— Cala a boca, Ichimaru — resmunguei mal humorado.

— A loira é bem bonita, é ela a garota de seus olhos? — continuou, perguntando com interesse visível em sua face pálida.

— Vai fundo! — exclamei aliviado pelo mesmo não ter reparado em Rukia.

— Grimmjow — chamou Ulquiorra enquanto levantava para irmos até onde as moças estavam. — É a morena, certo? — perguntou em tom baixo para não ser ouvido pelo outro homem, sorridente ao nosso lado.

— Sim — respondi simplesmente ao alcançar o balcão. — Rukia-chan, Rangiku-san, lhes apresento meus colegas de trabalho. Ulquiorra Schiffer e Ichimaru Gin — falei chamando a atenção das duas mulheres.

— Muito prazer, senhores — saudou Rukia enquanto observava disfarçadamente a troca de olhares entre a loira e Gin.

— Prazer — disse Ulquiorra simplesmente, lançando um olhar estranho em minha direção antes de se sentar em frente ao balcão.

Algo devia estar muito errado, mas eu não me importaria no momento.

— O prazer é todo nosso por conhecer mulheres tão encantadoras quanto vocês — disparou Gin, se sentando ao lado de Matsumoto sem perder tempo, para logo iniciarem uma conversa bem animada e cheia de segundas intensões.

— Parece que fomos deixados de lado — declarei, sentando-me ao lado da morena que já pedia outra bebida. — Ei! Vai com calma na bebedeira — avisei.

— Não — respondeu simplesmente, sem me olhar. — Preciso beber hoje. Não trabalho amanhã e a Matsumoto que esta dirigindo — completou despreocupada.

— Mesmo assim, você não deveria exagerar — alertei também com um copo em mãos.

Ignorando-me, ela simplesmente deu de ombros e continuou bebendo uma bebida atrás da outra.

Para mim era claro seu descontrole. Ela se sentia incomodada e frustrada com algo e eu só me iludia dizendo a mim mesmo que nada tinha a ver com Kurosaki Ichigo, mesmo que aquilo estivesse quase diante de meus olhos.

O tempo corria e ela somente bebia mais e mais.

Queria para-la, mas como fazer isso? Com ajudar alguem que não quer ser ajudado?

— Eu acho que sua amiga esta caindo na lábia de Ichimaru — sussurrei chegando perto o suficiente para que meus sentidos fossem embriagados por seu maravilhoso perfume.

— Não tenha tanta certeza. Eu acho que ele caiu nos encantos dela — rebateu sorvendo mais um gole do liquido azul de sua taça.

— Serio? Você deve imaginar o que ele quer dela, não é mesmo? — indaguei descrente.

— Sim, eu sei e posso lhe assegurar de que ela quer o mesmo — respondeu segura de sua resposta.

E ali estava mais uma vez a mulher indomável a minha frente. Seu olhar seguro atiçava todos meus instintos mais primitivos e machistas em uma necessidade gritante de tê-la submissa a mim. Era algo quase que inalcançável, mas ainda assim me fazia desejar o impossível.

Querer vê-la a mim merce, implorando por mim e não pelo outro.

— Então, parece que você perdeu sua carona — disparei ao ver que Gin já sumira junto a moça.

— Droga — resmungou a baixinha sexy observando fixamente a tela de seu aparelho celular.

Já estava tarde e talvez aquela fosse minha ultima oportunidade de contar a ela como me sentia.

— Se quiser eu te levo, afina moramos no mesmo prédio — ofereci vendo-a indecisa a minha frente, com seus olhos violentas queimando sobre mim.

— Ah não. Não precisa. Pode curtir sua festa até o fim — disparou pegando sua pequena bolsa sobre o balcão.

— Não. Eu insisto — declarei bebendo o restante de minha bebida em um gole só. — Ulquiorra, eu já vou indo. Agradeça a todos por mim — avisei.

— Certo — respondeu sem nos olhar. Algo estava realmente errado.

O percurso até o estacionamento foi feito no mais perfeito silencio e eu tentava pensar em que a havia deixado tão abalada.

Parando em frente a meu lindo carro, apenas abri a porta para ela, que se acomodou rapidamente parecendo surpresa.

Sentia-me tentado a iniciar alguma conversa, mas logo notei que ela dormia tranquilamente, afundada no banco macio de meu carro, sorrindo as vezes em meio ao sono.

Vê-la assim me deixava calmo, pegava-me observando-a vez ou outra durante o trajeto. Sua beleza era rara e eu a queria para mim. Queria ser escolhido por ela e era por isso que deixaria tudo claro quando ela estivesse são e bem sóbria.

~~~~

O hall de entrada estava praticamente deserto, com exceção do porteiro que nem havia notado nossa chega, o que me deixava um pouco aliviado, afinal, o que diriam se me vissem chegando aquela hora com a linda Rukia-chan em meus braços? Com certeza não seria nada bom para a minha imagem e muito menos para a dela.

Sem acorda-la, resmunguei em busca de minhas chaves.

Sabia que não estava fazendo o certo, mas ela parecia tão tranquila em seu sono, que não quis tira-la dele, o que me impedia de saber onde a mesma havia deixado as próprias chaves.

Abri a porta com um emburram, o que fez Pantera miar assustada, se escondendo em algum canto do lugar.

Adentrei levando Rukia em meus braços até meu quarto de maneira desajeitada por desviar de minha própria bagunça.

Deixei-a sobre a cama, erguendo-me logo em seguia para contempla-la em toda sua majestosa beleza.

Pode até parecer exagero, mas ela estava perfeita com seus curtos cabelos negros espalhados por meu travesseiro branco.

Torcia para que seu doce cheiro impregnasse-os, para embalar-me em minhas constantes noites de insonia.

Sua pele cândida parecia se misturar perfeitamente em meio aos lençóis, enquanto seus pequenos lábios vermelhos — entre abertos — Destacavam-se , criando um belo contraste com toda aquela bela brancura.

Sua imagem naquele momento transbordava uma pureza tão surreal, que poderia compara-la com as mais belas princesas dos contos de fadas Ocidentais, onde a casta donzela vivia em um sono profundo a espera de seu virtuoso príncipe, que a salvaria dessa vida similar a morte.

Assustado, dei-me conta de que queria ser esse príncipe na vida de Rukia. Queria pertencer somente a ela e a queria somente para mim.

Sem pensar em mais nada, curvei-me, colando meus frios lábios aos dela, sentindo o doce gosto do proibido tomar-me por completo. Doce e amargo, uma mistura viciante para quem prova do pecado pela primeira vez.

Sentindo-a se mover abaixo de mim, afastei-me sem deixa-la por completo.

Seus belos olhos encontraram os meus, fazendo-me mergulhar em meio aquele mar de um tom violeta fatal. Sentia-me perdido em um hipnotizante cântico de sereias.

— Grimmjow — sibilou ela, fazendo meu corpo arrepiar se arrepiar por completo. — saia — mandou com sua voz rouca, porem segura, acordando-me de meu colorido mundo fantasioso.

Estava claro em seu olhar duro, que eu não era o príncipe que ela queria ou precisava. Talvez desistir fosse o certo, mas eu não estava convencido disso.

Maldito Kurosaki Ichigo, mesmo longe ele parecia ganhar de mim.

Essa batalha estava perdida, mas não a guerra. Pois, se no fim eu não era o príncipe certo para ela, eu me tornaria o ogro que lutaria pela mocinha a todo custo, mesmo que para isso, tivesse que jogar da maneira mais suja possível. Quem sabe assim, o ogro finalmente tivesse seu final feliz.


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Notas finais do capítulo

E ai povo? O que acharam? Grimm divou, eu sei u.u
Mas mudando de assunto, queria perguntar algo a vcs.
Tenho dois capítulos extras de Small Obsession e não sei se posto, vcs querem?
É algo tbm relacionado ao niver da Kia, se vcs quiserem eu posso postar, mas fica a cargo de vcs
Bom, é isso
Bjus e comentem, pf
Até a próxima o/



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