Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 17
Capítulo 17 - Passado


Notas iniciais do capítulo

Olha mais um capitulo fresquinho de novo...

Boa leitura



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— Ichigo —

O céu estava ridiculamente azul, os pássaros cantavam alegremente e todos pareciam felizes e viviam suas vidas normalmente. O dia tinha tudo para terminar bem. Eu com toda certeza pretendia terminar com minha pequena nos braços, mas tive meus planos frustrados pela mesma.

Irônico, não é mesmo?

Já faziam quase quarenta minutos que eu dirigia, sem pressa nenhuma, em direção a pequena cidade onde minha família residia desde o grave acidente de minha mãe, o qual eu era o único culpado.

Poderiam dizer o que fosse, mas eu tinha conhecimento de minha culpa.

Lembrava-me de tudo como se fosse ontem. De como ela sorria lindamente ao acompanhar-me em minha formatura e também lembrava o olhar decepcionado que me lançou ao saber de tudo o que eu havia feito para ter Rukia só para mim. Nós discutimos e eu disse coisas terríveis a ela, coisas essas que me arrependo amargamente. Sim, era minha culpa ela ter saído sozinha da festa e era minha culpa ela ter batido o carro de frente com uma camionete.

É claro que ninguém me culpava. Até porque somente eu sabia o que tinha ocorrido aquela noite.

Ah claro, não posso deixar de lembrar a dor que senti ao ouvir da boca de meu pai que minha querida mãe, sim havia sobrevivido, mas que estava em coma profundo.

Eu nunca havia sequer ido a visitar durante esses três anos que haviam se passado. E tudo por pura covardia. E agora aqui estava eu dirigindo em direção a meus erros e tudo graças a ela,minha pequena Rukia.

Foi graças a ela que pude notar o quão covarde eu havia me tornado.

Liguei me rádio na música mais me acalmava. Deixei que a melodia preenchesse, não somente o interior do carro, mas também meu próprio ser. E agora já mais calmo pude em fim estacionar em frente à grande casa de minha família.

Senti uma grande nostalgia apoderou-se de mim ao observar aqueles brancos portões de madeira. Tudo parecia extremamente igual ao que me lembrava. E olha que já faziam três anos que eu não voltava ali.

Continuei a observar aquela casa por mais alguns instantes e cheguei a conclusão de que eu não conseguiria encarra-los sem antes enfim pedir perdão a ela, minha mãe. Nem que ela não pudesse me ouvir eu diria tudo o que eu já devia ter dito a muito tempo e não disse por pura covardia.

Sem demora segui até o hospital e em menos de vinte minutos já me encontrava em frente ao monumental prédio branco.

Estava decidido. Sai do carro e caminhei apressadamente até a entrada.

Troquei poucas palavras com a recepcionista e seguia ao quarto que a mesma havia me indicado, logo parando em frente a porta branca onde havia o numero 26 entalhada.

Abri a porta de uma vez, eu não poderia fraquejar agora que já estava ali.

Esperava encontrar o quarto vazio, mas me surpreendo ao notar que não. Parado ao lado da cama estava Aizen Sousuke, médico e' amigo da família. Ele parecia estar examinando algo, mas parou ao me notar.

— Kurosaki-san?! — Indaga atônito. — Que surpresa. — Diz' sorrindo abertamente. — Suponho que veio visitar nossa querida Masaki, não é mesmo? — Pergunta calmamente.

— Sim, Aizen-san. — Respondo sorrindo amarelo. Eu não queria ter encontrado ninguém conhecido ali.

— Você deve querer ficar um tempo a sós com sua mãe. — Afirma parecendo ler meus pensamentos. — Só devo lembra-lo que hoje não é dia de visitas, por isso não demore. — Diz polidamente caminhando até a posta. — Venha mais vezes. — Diz ao fechar a porta.

Finalmente eu estava a sós, mas não sabia o que falar.

Será que ela não me ouviria mesmo?

Sentei-me em uma cadeira ao lado de sua cama olhando-a de perto. Ela não parecia ter mudado nada nesses três anos, até seus cabelos estavam bem cuidados. Meu velho definitivamente estava fazendo um ótimo trabalho.

Segurei-lhe a mão entre as minhas. E foi só ali que admiti o quanto eu sentia falta dela. Eu não havia me permitido admitir isso nesses últimos anos, afinal eu era o culpado. E eu não merecia nem ao menos sentir saudades. Era menos doloroso.

Segurei as lagrimas, eu não poderia chorar ali. Eu havia vindo me desculpar e não chorar.

— Olha eu aqui de novo te decepcionando, não é mesmo mãe?! — Digo não conseguindo mais me conter. — Você sempre me dizia que homem não deve chorar e eu estou aqui nesse estado. — Digo sorrindo amargo.

— Sabe, eu vim aqui me desculpar. — Diz recebendo o silencio como resposta. — Me desculpe mamãe. Por favor, me desculpe. — Sussurro beijando-lhe a mão que eu ainda segurava próxima ao meu rosto. — Eu sei que a senhora estava certa. Eu errei. Eu não devia ter mentido pro Kaien e muito menos pra Rukia., mas eu a amo e sempre fui um tremendo covarde. — Declaro apressado ainda sentindo as lagrimas molharem meu rosto. — Mas mãe, devo lhe confessar que eu fiz besteira de novo, acabando com mais um dos namoros dela. — Confesso baixo. — Mas sabe eu tenho uma novidade para te contar. — Digo tentando parecer animado.

— Eu finalmente me confessei a ela. Sim, deixei de ser pelo menos um pouco covarde. — Digo rindo amargamente. — Queria tanto saber sua reação. Será que você ficaria feliz em eu ter conseguido o que eu sempre quis? Talvez esse meu namoro com Rukia seja como um castelo de cartas, mas vou fazer de tudo para mante-lo em pé. — Declaro convicto.

— Mãe, você não sabe o quanto me faz falta. — Digo baixo. — Por favor volte, nem que seja para puxar minha orelha. Sei que o velho e as meninas precisam de você. — Digo levantando ainda segurando sua mão entre as minhas. — E me desculpe por não ter vindo antes. Como já disse: Eu sou um covarde. — Sussurro beijando-lhe a face. — Volto logo. — Despeço-me secando o meu rosto antes molhado por minhas lagrimas.

Sai do quarto encontrando Aizen me esperando no corredor.

— Aizen-san, você pode me dizer como vai o caso de minha mãe? — Pergunto caminhando ao lado do homem que cuidava dela a três anos.

— Claro. — Responde sorrindo. — O estado clinico estava estável, mas de uns tempos pra cá vem apresentando melhoras continuas. — Diz alegremente. — Resumindo ela pode acordar a qualquer hora. — Completa sorrindo.

Fiquei alguns segundo sem palavras.

Ela enfim estava melhorando, talvez seja por isso que o velho havia me ligado.

— Isso é muito bom. — Digo sorrindo verdadeiramente. — Até logo Aizen-san. Amanhã voltarei com minha família. — Digo ao me despedir acenando.

Eu estava realmente feliz. Minha vida parecia estar entrando nos eixos. Rukia e eu. Minha mãe. Tudo estava cada vez melhor.

Eu estava tão contente que ao estacionar em frente à minha antiga casa entrei apressado sem nem fazer cerimônia.

— Velho?! Yuzu?! Karin?! — Gritei adentrando a cozinha.

E é nesse momento que reparo que nada em minha vida acontecia do modo como eu queria, porque sempre haveria fantasmas de meu passado para me assombrar.

— A quanto tempo, Ichigo? — Diz usando um tom mordaz a fim de demonstrar todo seu desprezo em uma simples pergunta, fazendo com que o ar falte em meus pulmões.

— Kaien?!


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Qualquer erro me avisem, por favor.
Bjos e até o próximo...



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