Loucamente Sua escrita por Meena Swan


Capítulo 2
Desconhecido Infernal


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que postaria só sábado mais pensei melhor...
Espero que gostem.



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Capitulo um: Desconhecido Infernal



Com tantos brasileiros neste País, minha irmã tinha que arranjar um noivo em outro País? Porque tão longe meu Deus? Meu vizinho é lindo! Por que não ele?

Fechei minha mala e lutei com o zíper dela. Se alguém me visse perguntaria: Porque tanta roupa se só vai passar alguns dias? As pessoas não entendem como algumas roupas a mais podem ser importantes.

Elas querem que eu fiquei nua? Não posso deixar minhas belas roupas em casa, muito menos meus sapatos... Ah sapatos! Meus bebês não podem ficar em casa sós. Quem vai cuidar deles, impedir que a poeira os comam vivos?

Não! Não! Não! Já estar sendo difícil deixar alguns pares. Digamos que tenho muitos pares de sapatos e nem todos couberam na minha mala. Era de partir o coração, mas prometi a mim mesma que seria só alguns dias. Tomei as devidas precauções para que nada lhes acontecem.

Fazia menos de meia hora que tinha terminado de colocar o último par em um saco plástico. Depois sunguei todo o ar com um aparelho para que toda a poeira do ar não poluísse meu lindo sapato de salto, confortável. Sim! Eu sou consumista.

Ofegante, tirei o cabelo no meu rosto. Alguns fios tinham grudado no meu brilho labial. Parte deles ficaram cor de rosa. Ajeitei meu vestido, ele era rosinha e um pouco rodado. Coloquei sobre o braço meu casaco preto de mangas longas e do mesmo tamanho do vestido.

Suspirei já pronta para viajem. Um pouco chateada porque minha irmã tinha se mandado para Irlanda, não quis me esperar. O que eram duas semanas? Ela não podia me esperar por duas semanas? E qual é? Quem se casa com seis meses de noivado?

Eu avisei que era loucura, mas quem disse que ela me atendeu? Se mandou no primeiro voou do início da semana para a Irlanda. Irmã sem futuro essa. Alice saiu dizendo que tinha que preparar algumas coisas antes do casamento. Escolher vestido, decoração, buffet... Essas coisas complicadas.

Arrastei minha mala para fora do apartamento, mas antes de fechar a porta e a trancar me despedi dos meus sapatos.

– Até mais meus bebês. Se comportem.

Mandei um beijo para meus filhos e enfim deixei o apartamento. Arrastei minha mala até a escadas. Nunca usaria aquele elevador de quinta, não depois de ter ficado presa.

Foram os minutos mais longos da minha vida e os temerosos também. Cheguei ao térreo pingando. Aquela mala estava tão pesada que podiam desconfiar que estava com um corpo ali dentro.

Felizmente consegui um taxi rápido. Esperei enquanto o taxista lutava com minha mala, ele não era forte o que dificultava as coisas.

– Pesada essa sua mala. – afirmou com dificuldade – O que leva nela?

– Roupas e sapatos.

– Tem certeza?

– Claro. – Sorri fraco enquanto erguia as sobrancelhas.

– Está de mudança?

– Não. Vou viajar.

– Uma viajem longa, estou vendo.

– É de duas semanas.

O homem desconhecido tirou o chapéu e o apertou entre as mãos, seus olhos estavam grandes de surpresa.

– Caramba moça. Tudo isso para duas semanas?!

Revirei os olhos.

Que preconceito.

– Vamos deixar de ladainha. Leve-me para o aeroporto internacional.

Bati de leve em seu ombro e pus os óculos escuros. Baixei o vidro da janela e sorri com o vento que levantou meus cabelos.

A maior parte da viajem foi de um silêncio mortal, mas pensando bem não tinha o que conversar com aquele desconhecido. Ele me lançava olhares pelo o retrovisor interno e eu fingi que não percebia.

– Desculpe a intromissão, mas para onde a moça tá viajando?

– Irlanda.

– Poxa! Onde fica?

– Europa.

– Nossa. Eu nunca saí do Ceará.

– Essa é minha primeira vez, devo tudo a minha irmã.

– Por quê?

Encarei-o através do retrovisor interno e sorri.

– Muito curioso você.

– Desculpe. Tenho o sonho de viajem pelo o mundo.

– Os motivos não são lá tão bons, pelo menos, no meu ponto de vista. Vou a um casamento.

Ele franziu o cenho.

– Porque isso seria ruim?

– Eles só estão noivos a seis meses e já vão casar.

– Quanto tempo de namoro?

– Três anos.

O taxista ergueu as sobrancelhas.

– Estava na hora. Não acredito que esteja com o pé atrás com esse casamento só por causa disso.

– Talvez.

Não queria aprofundar mais naquele assunto, ainda mais comum estranho... Também porque se vasculhar mais encontrarei coisas que não quero ver e admitir.

– Desculpe. Pessoal demais.

– Exato. Como é seu nome mesmo?

– Seth.

– Isabella, mas me chame de Bella. Ainda que sejamos completos desconhecidos.

Ele riu.

– Ok. Bella. Tem namorado?

A pergunta me pegou de surpresa. Então meio que constrangida desviei o olhar para a janela.

– Não.

– Oh. Calcanhar de Aquiles.

– Hã? Não entendi o que quis dizer com isso.

– Essa área. É seu calcanhar de Aquiles. Seu ponto fraco.

Um risinho escapou da minha boca. Eu era tão previsível assim? Parece que sim. Eu tinha quase trinta... Tá! Estou exagerando. Mais ter vinte e cinco anos já é um avançar perigoso. Tipo, eu meio que estava atrasada. Se uma mulher tivesse um cronograma, estaria na idade de ter filhos e bem... Eu não tinha nem namorado.

Eu sentia o tempo passar... Todo mundo mudando de vida e eu permanecia do mesmo jeito de há cinco anos.

– Você é bom em ler as pessoas. Já pensou em ser psicólogo?

Seth deu de ombros.

– Quem sabe. – ele moveu o corpo e se recostou no banco ao pararmos em um sinal vermelho – Sabe, eu sei ler mão.

– Desculpe, não acredito nessas coisas.

– Tudo bem. Avise-me se mudar de ideia.

O carro voltou a se mover e o resto da viajem foi silenciosa. Ainda que faltassem menos de cinco minutos para que chegássemos.

Quando o carro estacionou em frente ao grande aeroporto com um enorme fluxo de pessoas ainda que para a época de férias escolares. Seth tirou minha mala do porta malas com a mesma dificuldade e observando bem... Ele era forte, minha mala que devia estar muito pesada.

– Bella!

Virei em reação ao meu nome.

– Sim?

– Tem certeza que não quer saber o que seu futuro reserva?

Encarei-o com desdém, pronta para dizer um não. Mas então pensei por um instante e o que eu tinha a perder? Eu tinha vinte e cinco anos e ao menos tinha um namorado! Segundo as estatísticas minhas chances de casar eram baixas. E qual era o problema de querer prever o futuro? O mínimo aquilo tudo seria mentira.

– Ok!

Estendi minha mão direita em sua direção.

– Não! É a mão esquerda.

Revirei os olhos e troquei de mão. Seth alisou a palma da minha mão e a fitou de forma intensa.

– Veja só. Sua linha da vida é bem longa, apesar de ter uma falha. Cuidado com o estilo de vida que leva Bella.

Pensei na má alimentação. Tenho que admitir que ingiro muita porcaria.

– Sua linha do dinheiro é bem funda o que significa algo bom, mas ela é curta. Pelo menos, em relação as outras. Então cuidado.

– Qual é Seth?! Sou professora do ensino médio. Nunca serei rica.

Pensei em meu estagio na editora... Fazendo o trabalho que sonhei ao escolher Letras – Português e Espanhol. E como era só um estágio e eu poderia ser chutada dele a qualquer momento... Não conto muito com ele. Sim! Eu tinha dois empregos. Eu era rica? Ganhava o suficiente para comprar sapatos de marcas. Daqueles que eram bem caros.

Ele sorriu em resposta.

– Você pode se surpreender com as voltas que a vida pode dar.

– Ok. – Disse irônica.

Seth voltou a fitar minha mão e sorriu.

– Porque estar sorrindo dessa forma?

– Sua linha do amor... Ela é.... Interessante.

– O que há de interessante na minha vida amorosa?

Ainda sorrindo Seth ergueu o rosto e me fitou nos olhos.

– Eu já disse. Pode se surpreender com as voltas da vida e pelo o que vejo aqui... Você vai se surpreender.

– E o que há de tão surpreendente?

– A sua linha o amor é bem funda e viva igual as outras duas. O que significa que o amor que encontrará vai ser bem forte... Apostaria que igual ao de ficção. A diferença é a bifurcação.

– Bifurcação?

– Isso. No final dela ela se dividi em duas. Apesar de uma delas permanecer ligada a linha original, com a mesma intensidade e a outra ser só um pequeno desvio, não tão intenso como a linha original. Tudo indica que terá dois amores. Um deles vai permanecer e o outro vai embora e não estou falando da pessoa em si, mas do próprio sentimento... Pode ser um ou o outro, talvez os dois.

– Não tenho ao menos um amor, imagine dois. Isso é loucura.

– Será?

– Nessa sua consulta não vê como tudo isso vai acontecer ou quando?

– Não tenho todas as respostas Bella. Só sei ler as linhas principais.

– Ah que pena. – Tentei desfaçar o efeito daquilo em mim.

Eu não estava desesperada para arranjar um namorado, há seis meses isso nem se passava por minha mente. Mas, de repente Alice e Jasper decidiram ser a hora de casar e então caiu a ficha que eu voltaria a ser só. Solitária como era antes de Alice vir morar comigo.

– Boa sorte Isabella.

– Obrigada. – pausa – Você tem algum cartão com seu contato? Vou precisar de um taxi quando voltar.

– Claro.

Seth puxou de um dos seus bolsos um cartão e me entregou. Guardei-o em minha bolsa de mão.

– Foi um prazer te conhecer Seth.

– Igualmente.

Acenei para ele enquanto me afastava. Lá dentro coloquei minha mala naquela esteira e logo ela desapareceu. Aquilo sempre me deixava nervosa. A ideia de ficar longe dos meus bebês e dava a sensação de que algo de ruim poderia acontecer.

Estava esperando a chamada para o meu voo quando um toque familiar tomou o ambiente. Era alto e meio constrangedor. Levei alguns segundos para perceber que era o meu celular. Atendi-o.

– Alô? – Não conhecia o número.

– Bella? Sou eu. Alice.

– Oi? Algum problema? – Perguntei preocupa. Porque ela se daria ao trabalho de ligar pra mim?

– Não. Quer dizer, só um. Pequenininho.

– Hum... – Respondi apreensiva.

– Não vou poder ir pegar você no aeroporto.

– Como assim? Alice! Eu não conheço o País do seu noivo! Vou me perder.

– Acha que não sei disso?! Vou mandar alguém no meu lugar.

– Hã? Quem vai me buscar.

– Um amigo do Jasper. Edward Cullen.

– Vai mandar um completo estranho me levar até você? E se ele for um psicopata?

Alice riu do outro lado.

– Ele não vai fazer nada com você! – pausa – Não se você não quiser.

– Poxa! É um mulherengo?! Legal Alice. – Disse irônica.

– Não disse nada. Você que tiro conclusões erradas. Relaxa Bella. Vai dar tudo certo. – outra pausa e então ela sussurrou – Ele tem os olhos verdes. Lindos olhos verdes. Sei que adora rapazes de olhos verdes.

Engoli em seco.

– Alice... Tem certeza que não pode fazer nada a respeito?

– Infelizmente não! Vou casar em duas semanas, tenho muita coisa para resolver. Sei que pode estar pensando: “não deve ter tanta coisa assim”. Acredite tem sim. Vai saber no dia em que se casar. Edward vai cuidar bem de você. Eu tenho que desligar agora. Vejo você quando chegar. Te amo.

E então a ligação caiu. Ela não esperou nem eu responder. Guardei meu celular na bolsa de mão e suspirei frustrada. Não gosto da ideia de passar um longo tempo na companhia de alguém desconhecido. Quer dizer, naquela situação eu preferia mil vezes que minha irmã fosse minha companhia.

Um estranho indo me buscar significaria menos tempo com Alice. Depois que ela casasse... Seria o fim. Não a veria com tanta frequência. Isso porque ela se mudaria para outro País. Eu voltaria a morar sozinha. Compraria um gato...

Balancei a cabeça controlando a raiva por alguém desconhecido. Esse coitado não tinha culpa. Mais infelizmente toda aquela situação em assustava e quando estava assustada eu não agia com decência.

Senhores passageiros do voo 536, por favor, compareçam ao portão de embarque”.

Bufei pela a segunda vez e entrei na fila para o embarque, sem conseguir tirar da mente o fato de que minha irmã mandaria um desconhecido e no fundo estava com medo. Medo de que quando chegasse a casa de Jasper, ela estivesse ocupada com o casamento e não me desse atenção.

Suspirei enquanto caminhava. A verdade é que eu sabia que dali em diante as coisas entre mim e Alice seriam completamente diferente. Afinal a vida dela agora era com Jasper Hale.

Então finalmente embarquei para encontrar um desconhecido infernal. Um cara que atendia por nome de Edward Cullen e que roubou alguns minutos com minha irmã.

E por mais que estivesse agindo como uma canalha, ao sentir sentimentos ruins por alguém que não fez nada contra mim, não consegui impedir que me corpo e minha mente colocasse aquele nome em minha lista negra.

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Próximo capitulo....

Ao seguir o fluxo de pessoas, ainda tonta, com a visão turva e meio fora de mim encontrei um lugar onde pessoas erguiam placas.

Forcei minha vista ao passar por elas, precisava achar meu nome. Até que eles caíram sobre um nome lindo e belo. Aproximei-me a passos largos.

– Eu sou Isabella Swan. - Minha fala saiu atropelada e enrolada.

– Senhora Swan! - Ele assentiu uma vez. Abri a boca em indignação.

Ergui as mãos e separei os dedos o máximo possível.

– Senhorita! Estar vendo algum aliança nesses lindos dedos? Solteira. Eu estou solteira!

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[N/A]: Olá! Não quis esperar até sábado. Motivos:

1º Amanhã tem jogo do Brasil, estou muito apreensiva e não quero me preocupar com outra coisa... Ah meu Deus vou surtar. Sim! Gosto de futebol. Só não entendo muita coisa.

2º Fiz burrada de responder os cometários pelo o cel... Saiu cagada, perdoem-me leitoras. Nunca mais faço isso, okay? Onde tiver a interrogação era uma letra com acento ou cedilha.

3º Queria que vocês soubessem mais um pouco da fic...

E é isso! Próxima postagem sábado. Agora não estou mentindo.

Beijos flores que colorem minha imaginação. E não esqueçam de comentar.

ps: Obrigada as lindas que comentaram. Vocês me deixaram muitos felizes. Dedico esse cap a vocês. Barbara e Andrea. Beijos amores.


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Notas finais do capítulo

Boa noite.



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