Some Things Never Change escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 19
Peeta...


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas e amadas leitoras! Andam me perguntando se a fic está acabando... Não, ela não está acabando. Queria pedir por favor para verem o vídeo que deixei no link no meio do capítulo, por favor vejam o vídeo antes de começarem a ler o que vem depois, prestem atenção na tradução ok? E não o vejam antes da hora! Se não vão estragar tudo...
Beijos e boa leitura...



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Dois meses depois...

POV – Katniss

Acordei de madrugada com Chris me chutando na costela, doeu pra porra. Virei de um lado e pro outro, mas não conseguia pregar o olho. Peeta dormia ao meu lado calmamente e profundamente então resolvi deixá-lo dormir. Desci até a cozinha pra pegar um copo d’água e assim que abro a porta da geladeira um cheiro estranho vem na minha direção me dando enjôo. Corro até o banheiro e abro a tampa do vaso sanitário e começo a vomitar, mas percebo que estou vomitando sangue. Fecho a tampa do vaso e me sento em cima, olho pro chão e vejo que tem uma poça de sangue em volta dos meus pés.

— Peeta! Peeta vem aqui! Peeta! – Grito desesperada. Logo ouço seus passos descendo as escadas e então ele me chama.

— Katniss! Amor cadê você? – Ele grita desesperado.

— Eu to no banheiro. – Grito chorando e logo ele entra. Seus olhos paralisam no chão. – Peeta me ajuda! Tá doendo. – Ele rapidamente me pega no colo e me leva até o carro.

— Espera aqui. – Ele diz e entra em casa. Logo volta com a minha malinha na mão e com um casaco nos braços. – Põe esse casaco. – Ele diz e me entrega, faço o que ele pediu e então ele dá partida. Em questão de minutos chegamos ao hospital e ele entra gritando. – Por favor, um médico! Minha mulher grávida ta sangrando muito. – Em seguida um monte de gente vem até mim e me colocam em uma maca. Peeta vem atrás de mim segurando minha mãe até que me levam á um lugar que ele não pode entrar. – Vai dar tudo certo. – Ele diz e beija minha mão, então as portas se fecham e um Peeta desesperado desaparece do meu campo de visão. Assim que chegamos á uma sala eles me enchem de tubos com soro e remédios e então a dor começa a desaparecer e meu corpo vai ficado mole, meus olhos lutam para se manterem aberto.

— Peeta! – Chamo e então tudo fica escuro.

POV – Peeta

Ando de um lado pro outro na sala de espera sem nenhuma notícia, minha cabeça dói, meus olhos já estão ardendo de tanto chorar e então eu me sento em uma das poltronas. Vejo pessoas entrando e saindo, algumas alegres, ou chorando, crianças correndo ou no colo de seus pais e nada de nenhuma notícia...

Ouçam Small Bump – Ed Sheeran. ( E vejam a tradução por favor...)

Duas horas se passam e então o Dr. Aparece com um olhar não muito agradável. Levanto desesperado em sua direção.

— E então Dr.? Como está minha mulher e meu filho?

— Sua mulher está bem. – Ele diz e fica em silêncio.

— E meu filho? Dr. e meu filho? – Grito.

— Por favor, se acalme. – ele pede com calma.

— Não vou me acalmar! Como está meu filho? – Grito com as lágrimas já escorrendo pelo meu rosto. O médico coloca as mãos nos meus ombros.

— Me acompanhe, por favor, Sr. Mellark. – Ele diz e entra em um consultório, eu o sigo impaciente.

— Dá pra parar com o suspense e dizer o que está acontecendo? – Grito.

— Como disse, sua mulher está bem, mas ela perdeu muito sangue... – Ele dá uma pausa e suspira. – Eu sinto muito Sr. Mellark, mas sua esposa teve um aborto espontâneo. – No mesmo instante eu caio de joelhos no chão, meus olhos transbordam em lágrimas e é como se eu estivesse morrendo por dentro. Não pode ser, não, era o meu bebê, o meu Chris... Meu choro é incessante e desesperador, o Dr. Tenta me acalmar mas a única coisa que consigo fazer é gritar cada vez mais alto.

— Não! É o meu bebê! – Grito. – Dr. Por favor, traz meu bebê de volta! Eu quero meu bebê. – Grito cada vez mais alto e então de repente sinto uma leve picada no braço e eu desmaio.

...

— Sr. Mellark? – Abro os olhos e dou de cara com uma moça de cabelos loiros e olhos azuis. – Eu sou a enfermeira Cashmere. – Tento me levantar, mas minha cabeça dói, me fazendo deitar novamente. – Sua esposa já fez a cirurgia e acabou de acordar. – Ela diz e então eu me levanto mesmo com as dores.

— Onde ela está? – Pergunto desesperado. – Eu quero vê-la. – Ela assente e então me guia até um quarto, assim que entro vejo Kat deitada com a barriga pra cima, seus olhos estão fechados. – Amor. – Digo e então ela abre os olhos e me olha de lado. Vou até ela e coloco minha mão no seu rosto acariciando-o. – Você está bem? – Ela assente, mas não diz uma palavra, e assim ficamos, em silêncio durante alguns segundos, apenas encarando um ao outro. Então ela coloca as mãos na barriga e seus olhos começam a lacrimejar.

— Peeta o bebê... – Ela sussurra em meio as lágrimas. – Tiraram de mim Peeta... – Ela sussurra mais uma vez e então eu deito minha cabeça em seu peito, abraçando-a, eu não sei o que dizer, eu não sei nem o que pensar. Levanto minha cabeça e então ela me olha com tristeza. – Peeta... – Ela implora.

— Amor, por favor, não chora... – Digo acariciando seus cabelos. – Talvez alguém precisasse dele lá em cima. – Digo e então as lágrimas escorrem contra a minha vontade.

— Mas eu preciso dele aqui. – Ela diz chorando.

— Talvez alguém lá em cima precisasse mais... – Digo encarando seus lindos olhos

— Peeta era nosso bebê. Nosso Chris... – Ela sussurra e mais uma vez eu não sei o que dizer.

— Você tá com dor? – Pergunto.

— Um pouco... – Ela diz fechando os olhos e levando as mãos até o rosto. – O que vai acontecer agora? – Ela tira as mãos do rosto e me encara.

— Eu não sei... – Respondo e pego suas mãos. – Acho que vamos ter de descobrir juntos.

— Peeta eu não quero mais ficar aqui... Quero ir pra casa. – Ela diz manhosa.

— Eu também quero, mas primeiro o médico tem que dar alta pra você. – Digo acariciando seus cabelos.

— Amor, me promete uma coisa? – Ela pergunta chorosa.

— Qualquer coisa...

— Me promete que não vai me deixar?

— De onde tirou isso Katniss? Eu nunca vou deixar você amor...

— Eu perdi seu filho Peeta! – Ela tenta gritar, mas sua voz sai rouca.

— Não foi culpa sua. – Digo beijando sua testa. – E você acha mesmo que ia te deixar? Você é o amor da minha vida. – Digo chorando. – No altar eu prometi que estaria com você na alegria e na tristeza, na saúde e na doença não prometi? – Ela faz que sim com a cabeça. – Então... Eu não vou te deixar... Nunca. Não importa o que aconteça. Ok?

— Ok. – Ela responde e então eu começo a acariciar seus cabelos, um pouco depois ela cai no sono...

Eu tentei ser forte na frente dela, mas agora, não dá, não consigo. O que eu vou fazer agora? O que nós vamos fazer? Vamos entrar em casa e ver aquele quarto que estava praticamente pronto pra chegada do Chris, roupinhas, brinquedos, cortinas azuis, aviões como papel de parede... Como vamos enfrentar isso? Como vai ser daqui pra frente? Eu perdi meu filho, meu bebê... E ainda não sei por quê. Porque meu Deus? Eu só queria saber por quê?


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem e não desistam da fic... Ainda vem muita felicidade mais pra frente...
Beijos e até os reviews!