Copiosamente escrita por Charbitch


Capítulo 13
Loucura Exposta


Notas iniciais do capítulo

Bom, pra quem está acompanhando "A Mártir da Arte" talvez tenha percebido que eu estou demorando a postar o próximo capítulo. Não se preocupem, eu não desisti da história, só ando um pouco ocupada. E sabe aquele garoto que eu descrevi numa das minhas poesias? A gente se beijou anteontem e foi o meu primeiro beijo! Eu nem acredito nisso, oh meu Deus, pelo jeito estou vencendo o triângulo amoroso, já que ele quase não conversa mais com a outra garota. Será que ele gosta de mim? Enfim, deixa isso um pouco pra lá, afinal vocês não vieram aqui pra saber sobre a minha vida amorosa e sim para ler a poesia kkk.



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LOUCURA EXPOSTA

Estão lutando contra os seus problemas

Dizem estar bem, mas as suas almas estão sangrando.

Ignoram as feridas abertas, porém sentem a dor.

A dor de perder tudo, tudo o que um dia amaram.

Eles querem apenas ser felizes, mas não sabem como.

Estão acorrentados e não fazem questão de se libertar

Desejam apenas um segundo de paz, mas recusam ajuda.

São espíritos independentes, embora tão perdidos.

A escuridão os invade e eles fecham os seus olhos

Tentando resgatar as boas lembranças, sorriem.

Não é como se nada tivesse mudado?

São os loucos, aqueles que se trancaram em si mesmos.

Já que um dia derramaram lágrimas pelo que não deveriam

Eles não querem ver o mundo lá fora porque têm medo

Não são covardes, apenas sofreram dia após dia.

E quando suplicaram ninguém os ouviu, agora querem a solidão.

Por mais contraditório que seja, a loucura possui as suas razões

As suas mentes são escombros, espirais coloridas, são tudo.

Não podem ser definidos, nem controlados, estão à frente de todos.

Contudo não são aceitos, são rejeitados, são ditos como lixo social.

E são apenas crianças traumatizadas que cresceram demais...

Eles não se encaixam numa categoria, são seres especiais.

Tudo o que eles querem é uma gota de compreensão

Um grão de amor, uma migalha de felicidade.

Todos os seus castelos de areia se desmancharam pelo mar

Todos os seus castelos de cartas se desmancharam pelo abalo

Eles não são culpados pelo que são, nasceram assim.

Não são como as outras pessoas, são livres da sociedade.

Mas será que são livres de si mesmos?

Eles recolhem os últimos resquícios das próprias almas

Eles são teimosos, querem recomeçar pela quinquagésima vez.

Reconstrui-los-ão quantas vezes for preciso

Darão a própria vida pelo o que acreditam, são mártires.

São criativos, se inventam e se reinventam todos os dias.

Fantasiam-se do que quiserem ser, estão se descobrindo.

Permita-os correr atrás das nuvens, não os pare.

Deixe que persistam, eles são capazes de qualquer coisa.

Se isso significar chegar mais perto da luz que almejam

Eles são odiados, mas têm o que todo normal gostaria de ter:

O fantástico dom de ver poesia onde não há.

São mais do que malucos, são um mundo a se desbravar.

Não são a normalidade que você costuma ver nas ruas

São fortes para suportar as críticas e ao mesmo tempo sensíveis.

Sabem exatamente quando alguém está mal, são especiais.

São julgados o tempo todo, oh doce melancolia a deles

Mas é fantástico como tais loucos nunca desistem de si mesmos

Não são extraterrestres, animais selvagens ou seres mágicos.

Apenas veem o mundo de uma forma diferente

Veem o agora, se apaixonam pelo agora, o depois é outra história.

As pessoas normais podem ter orgulho do que são

Mas será que nunca desejaram nem por um segundo serem loucas?

Porque as pessoas normais aprendem um pouco e se acham mestras.

Contudo os loucos podem saber muito e se dizerem aprendizes

A humildade é uma dádiva cada vez mais rara, oh loucos, salvem-nos.

O voo de vocês é o sinal da esperança, do renascimento do mundo.

Jamais desistam de voar, continuem sendo esses espíritos livres.

Não se deixem levar pelas tentações da vida normal tão corrompida

Sejam quem vocês realmente são, porque nisso vocês são especialistas.

E continuem procurando a felicidade, vocês a merecem...

São tão cheios de cicatrizes, mas se levantam quando caem.

Amar-vos deve ser a maior benção de todas

Obrigada loucos, por seguirem sem direção por essa vida estranha

E incrivelmente encontrarem o caminho certo que tantos procuraram

Obrigada.


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Notas finais do capítulo

Uma grande homenagem aos loucos (e eu acho que faço parte desse grupo). E comentem, por favor!