8 meses se passaram e eu comecei a namorar com o Josh. Lentamente e suavemente eu fui descobrindo o garoto sarcástico e doce que ele era. E ele lentamente foi me ajudando a superar a dor de perder um Parabatai. Mas eu nunca estava completamente curada. E Josh via isso e pelo Anjo, aquele garoto era persistente.

Quase todos os dia íamos para a rua combater demônios e investigar casos do Submundo. Ao mesmo tempo eu distraía-me, mas me lembrava de todas as batalhas ao lado do meu Parabatai.

Do lado de fora, uma batalha se firmava entre a Clave e Valentim. Nephilims eram escolhidos para o exército de ambos os lados. Mas, diante dos absurdos que aconteciam dos dois lados, qual era o mais certo a se escolher?

Dentro do Instituto fui ficando mais íntima de Kris, Ian e Em. Contava todos os meus segredos para Kris e Em. Ian se tornou meu irmão e me salvou umas 5 vezes de demônios. Kris e Em sabiam seduzir vampiros e Filhos da Lua. Ensinaram-me a ser uma guerreira melhor. Ian sabia negociar coisas que até então, eram impossíveis no meu universo. Meu aniversário chegou, fiz 18 e entrei para a Clave. Era oficialmente uma maior de idade. Visitei Idris e fui convocada para o seu exército assim como todos do Instituto de Londres. Josh não queria que eu fosse e não queria ir. Muito menos Em. Ian disse que era uma honra mas também um absurdo. Kris chorou e nos contou sobre o seu romance com Adam, Em a fez parar e todos dissemos que já sabíamos e que apoiávamos mesmo Adam sendo um vampirou. Por fim, Em a fez parar de chorar dizendo que estava tudo bem.

Formamos uma família. Josh e eu éramos um dos assuntos dos jantares á noite. Quando um demônio me machucou e eu fiquei na enfermaria por uns 5 dias ele só saía do meu lado para ir ao banheiro e tomar banho. E isso, se Em não tivesse o obrigado. Ele era um Anjo, só que sem asas. Estava na cara que eu o amava e vice-versa. Um dia Ian disse que esse nosso amor era a nossa fraqueza e então Josh retrucou dizendo que também era a nossa maior força.

Estava tudo bem. Até que recebi uma carta. E era de Adam.

“Ane,

Primeiramente parabéns e perdoe-me por não estar aí. Segundo, eu sei que está bem e está superando, porque troquei cartas com o Josh. Já até imagino a sua cara agora. Perdoe-nos também por esse segredinho. A situação com Valentim está piorando e acho que todos integrantes do Submundo e Nephilim já escolheram um lado. Mas não se alie à ele. Eu suplico que não faça isso.

Sei que não deveria dizer isso, mas estou com medo. Tenho 19 anos e uma enorme responsabilidade. Eu quero desistir, mas estão me lembro do rostinho sorridente da minha Parabatai. Da minha família que está aí. Valentim mandou ‘pessoas’ atrás de mim. Não quero mais fugir. Não quero mais odiar cada momento que passei ao lado de Valentim. Eu não quero desistir. Mas não tenho mais forças para resistir.

Adam”

Eu tinha tomado uma decisão. Eu seria a sua força. Eu iria atrás do meu Parabatai.

“Londres, 12 de dezembro de 1998

Josh, eu realmente sinto muito. Você deve estar se perguntando onde diabos eu estou. Ou por que estou fazendo isso.

Mas você tem um Parabatai. E sabe que não posso conter essa vontade, essa necessidade. Josher Heron Fair Lightwood. Não me condene e nem me julgue.

Esses 8 meses foram os melhores meses da minha vida. Oh, pelo Anjo Raziel. Eu o amo. E vou te amar até eu morrer. E se tiver uma vida depois disso eu vou te amar.* Eu não desisti de você assim como você não pensou em desistir sequer um mísero segundo de mim.

Pode parecer loucura o que estou falando. E é claro, o que vou fazer. Mas toda loucura tem um fundamento. Você não é um simples Nephilim. Você é o meu Nephilim. Você é a pessoa que sempre terá o meu amor. Mas eu não posso, não quero e não vou desistir do meu Parabatai. Eu não sou mais uma criança pela Lei, mas sei que você e todo mundo do Instituto ficará ferrado com o que vou fazer.

Somos irmãos de coração, alma e Marcas. Somos 2 guerreiros que pensam e agem como um só. Eu vou atrás do Adam e eu voltarei. Voltarei por você.

Ane”

Acebei de escrever o bilhete e o passei por debaixo da porta do Josh. Agora era é hora. Tinha que seguir meu próprio caminho.