Passaram-se dois anos. Eu e White já viviamos juntos há algum tempo e eu estava pronto para dar o grande paço... Mas ela estaria? Estavamos em clima de festa, Crystal, Silver, Gold, Ruby e Sapphire tinham nos ido visitar, estavam de passagem por Sinnoh, então decidimos fazer um almoço.

– Quem quer bagas de oran para entrada? – Dawn sorria para nós que esperavamos White preparar o almoço.

– Ah, isto demora tanto! – Barry queixava-se. – Se continuam a demorar assim vou roubar-vos um milhão de pokémoedas!

– Ai, Barry, para de ser metido! – Queixava-se Lucas.

– Aqui está! – White chegou à mesa da sala com uma panela que deitava um aroma muito agradável. Ela sorria com aquele sorriso lindo que só ela tem.

– Viva! Comida! – Sapphire levantou os braços alegre.

White servio a comida por todos, muito gentilmente depositou o conteudo da panela nos pratos dos nossos convidados, depois no meu, e, por fim, no dela.

– A comida está ótima, White. – Elugiei levando mais uma garfada à boca. – Tens um talento nato!

– Oh, obrigado, Black! – Ela agradeceu pregando-me um selinho na minha face direita.

– Realmente está muito bom. – Silver constatou limpando o canto da boca com um guardanapo.

– Hum, depois de comer podemos ir ao pátio? Quero mostrarvos como as minhas bagas de oran cresceram depressa! – Barry vangluriava-se.

– Ai, Barry... Você é mesmo esibido... – Dawn constatava revirando os olhos e tomando outra garfada.

– Mas você gosta... – Barry provocou.

– Barry, o que falámos sobre acediar a Dawn? – Lucas perguntou um pouco enfurecido.

– Que foi? Que eu saiba não há relação nenhuma entre vocês! – Barry respondeu.

– E entre vocês também não! – Lucas retorquiu.

– Ei, amigos! Já disse, gosto muito dos dois, dai partilharmos a mesma casa, mas, não quero namorar nenhum! – Dawn dissera aquilo como se o tivesse feito por milesima vez.

– Sim, Dawn... – Os dois responderam desanimados.

A azulada riu com a situação, algo me diz que ela gosta muito dos dois... O almoço correu como planeado. Sapphire devorou a sobremesa, Ruby gargalhava com tudo, Gold ouvia música nos seus fones, Silver enervava-se com a má educação de Gold, Crystal pintava as unhas enervando ainda mais Silver, Barry vangluriava-se de ser o mais veloz e melhor em tudo, Lucas enervava-se com o ego de Barry e eu, Dawn e White riamos da situação.

Depois de um tempo lá saimos para Barry mostrar a sua horta de bagas... Ele tinha mesmo de fazer aquele seremão todo?!

– ... E é por isso que as MINHAS bagas de oran são as maiores, melhores e mais rápidas de toda a região de Sinnoh! – Barry acabou o seu discurso infindável.

– Hum... intersante... – Gold deixou escapar meio ensonado e exausto.

– Já ouvi essa história tanta vez... – Dawn partilhava o mesmo sentimento que Gold.

– Ei, é uma história muito boa! – Barry defendia o seu precioso tesouro.

– Mas a história é uma seca! – Dawn lembrou.

– Uma seca? Uma seca?! Não insultes a fabulosa lenda das minhas bagas de oran! – Barry sentiu-se insultado.

Eles começaram a discutir na hora, Lucas teve de intervir para não dar em porrada, mas acbou se machucando... Vi White a rir da situação, o seu riso tão melodioso chegou aos meus ouvidos deixando que eu soltasse um sorriso... Então lembrei-me do que queria fazer... Discretamente, chamei Ruby para vir comigo, saimos da zona sem darem por nada, indo para um ponto um pouco mais afastado da horta.

– Ruby, eu tenho de te pedir um concelho... – Comecei.

– Puxa, Black, que foi? – Ele perguntou preocupado.

– Bem... Eu já vivo com White há dois anos e estamos numa relação bem estável, então... eu queria pedi-la em casamento... – Eu expliquei.

– Casamento? Black, você tem vinte anos, ela ainda tem dezanove, não acha que são muito novos? – Ruby perguntou preocupado.

– Bem, nós meio que namoramos desde o final do fundamental, então... Não é que eu esteja a ser muito apressado... – Constatei.

– Bem, se é isso que quer... Eu vou apoiá-lo a cem por cento. – Ele piscou levantando um polegar.

– Obrigado, Ruby, era isso que eu precisava de ouvir. – Sorri piscando, também levantando o polegar. – Vou já fazer o pedido... – Disse saindo dali e indo em direção à White.

– Boa sorte! – Ele desejou.

Fui ter com a multidão que ainda assistia à briga de Barry e Dawn, com uma intervensãozinha do Lucas, e puxei White.

– White... Vem ali comigo? – Pedi um pouco nervoso.

– Claro, Black. Algum problema? – Ela perguntou preocupada.

– Não, nenhum. – Eu sorri para ela.

Então, levei-a para dentro de casa e rezei a Arceus com todas as forças que ela aceitasse...

......White......

Achei estranho aquele pedido. Porque ele queria falar comigo? E porquê aquela cara de preocupado? Ele... Quereria acabar tudo? Não podia ser... Vêm-me as lágrimas aos olhos só de pensar nisso...

– White, nós realmente estamos juntos há muito tempo, né? – Ele perguntou quando entramos na sala.

– Sim, muito mesmo... – Sorri ao lembrar do fundamental.

– Então... Acho que está na altura de oficializar-mos isto perante a sociedade... – Ele colocou-se frente a mim agarrando as minhas mãos.

Não intendi, do que ele estaria a falar? Seria... As dúvidas passaram quando ele se colocou de joelhos na minha frente e puxou de um anel.

– White... Aceita passar o resto da sua vida do meu lado? Aceita casar comigo? – Ele pediu beijando-me a mão.

– B-Black! Eu não sei... Ah... Somos tão novos... – Fui pegada de surpresa.

– White, nós já temos vinte anos, bem eu tenho, você só mês que vem. – Ele piscou. – E namoramos há tanto tempo, passamos tantas crises... Acho que está na altura de darmos este passo...

Os olhos dele brilhavam com entusiasmo, a sua cara estava ligeiramente rubra, mas séria, e possuia um sorriso irresistível...

– Hum... Ok... Eu aceito ser sua mulher, Black... – Respondi emocionada e corada.

– Sério? – Ele parecia espantado.

– Sério...

Ele sorriu ainda mais, mas agora com entusiasmo. Ele colocou o anel no meu dedo e levantou-se. Olhando-me nos olhos, depois agarrou-me pela sintura e levanto-me no ar, beijando-me ternamente nos lábios.

– Te amo tanto, minha White. – Ele práticamente que berrou para todo mundo ouvir.

– E eu te amo, meu Black! – Eu também berrei sem perconceitos.

Ele voltou a colocar-me no chão, abraçando-me forte. Eu respondi, estava abraçando o meu noivo. A pessoa que eu mais amo no mundo. Em breve estariamos casados, era tão bom pensar assim, que iria ficar ligada a ele eternamente...

...”até que a morte nos separe”...