O problema

O sol insiste em entrar pela janela que eu esqueci de fechar viro tentando encontrar uma posição confortável, mas eu nunca mais me senti confortável. Desistindo de tentar dormir, vou tomar um banho longo e demorado de banheira. Deixei a água me cobrir por inteiro, totalmente submersa. É assim que me sinto. Depois de horas na banheira levantei coloquei um jeans azul justo, uma regata branca e um casaco cinza. Calcei meus chinelos e fui atrás da correspondência. Só algumas contas e o meu fim: um convite de casamento da minha prima e meu ex-namorado. Voltei para meu apartamento desesperada, não podia deixar de ir, iam pensar que eu ainda me importava, mas na realidade eu não estou nem aí. Só que eu também não posso ir desacompanhada se não vão achar que eu ainda não superei o Derek. Me joguei no sofá e liguei para minha melhor amida Elena. Ela atendeu no terceiro toque.

-Eu preciso de ajuda! – deixei Lena, como gosta de ser chamada a par da situação e a mesma riu de mim.

-Venha para minha casa. – ordenou.

Depois do comum transito infernal de Nova Iorque, cheguei no prédio da Elena. Peguei o elevador e assim que cheguei no apartamento dela me joguei no seu sofá. E eu ia mesmo esquecendo de dizer quem sou. Valentina O´brian, 26 anos, renomada redatora do New York Times. Estou solteira a 3 anos e bem isso tem mudar em três dias.

-Agora me conta isso direito. – falou Elena me entregando uma xicara de chá.

- Minha prima e o Derek vão casar e eu fui convidada e eu preciso de um namorado por uma semana, já que a feste vai ser na fazenda da minha família e a comemoração começará na segunda e irá até o domingo. Bem é isso que consta no meu convite. – despejei

-E porque você não vai só? – perguntou como se fosse óbvio.

-As vezes eu esqueço que a loira aqui sou eu. Por que minha amiga, se eu for sozinha vão achar que eu não superei o Derek e se eu não for vão achar que eu me importo com o fato de ser abre aspa trocada pela minha prima fecha aspa. – falei e suspirei derrotada

- Querida você é uma das melhores redatoraS do NYT, qualquer homem se joga aos seus pés. Não precisa desse desespero todo. – falou

-Como não? Eu sei muito bem do que causo nos homens, mas eu preciso de alguém relativamente confiável e não qualquer um que eu vir assim que cruzar a esquina. – falei irritada

-Bem, talvez eu tenha a solução para o seu problema. – fez cara de pensativa que logo se iluminou com um sorriso de orelha a orelha.

-Sabe meu primo, o Nico? Ele tá na cidade e acho que ele toparia. – ela me olhou. Eu e Bernardo não dos damos muito bem. Longa história, mas resumindo eu e ele não conseguimos ficar no mesmo ambiente sem uma discussão.

-Elena você sabe, eu e o Nico... – falei receosa

-Você sabe de outra pessoa? – desgraçada me pegou – Não. Então não reclame.

Fiquei emburrada no sofá enquanto ela falava com ele ao telefone.

-Ele tá vindo aqui. – disse e 20 minutos depois a campainha tocou. Ficamos todos sentados no sofá discutindo até que eu explodi:

-CHEGA! VOCÊ VAI ME AJUDAR OU NÃO?

-Calma aí estressadinha, sim eu vou. Não perderia isso por nada. – falou sorrindo sínico.