Agents of Hogwarts escrita por Carol Weasley Everdeen Jackson


Capítulo 2
Grant Ward, Mr. Cara Fechada


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoa legal que talvez leia a fic (talvez) e que lê as notas do capítulo.
Bem, eu não estou escrevendo as notas para dar uma boa notícia. A fic não teve um único review. Por isso, se estiver lendo, deixe um para falar, pelo menos, que gosta de pudim.



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Francamente, Grant ficou satisfeito por ir fazer suas compras para Hogwarts sozinho. Sem pais, sem irmãos. Apenas ele.

Ele já tinha ido na Diagon-Al quando o irmão fora aceite em Hogwarts. Tinha ficado sentado num canto de todas as lojas, observando friamente tudo o que se passava em seu redor. Agora, tudo (as ruas, as pessoas, as fachadas das lojas) parecia muito mais entusiasmante.

Tinha no bolso um saco com galeões de ouro, tilintando enquanto corria de loja em loja. Decidira organizar sua lista de compras, dividindo os materiais em «Importante», «De Menor Importância» e «Dispensável».

Na lista de coisas importantes, a varinha mágica estava no topo de todas elas. Depois, estavam os livros, o caldeirão e o telescópio. Na lista de Menor Importância estavam as roupas do uniforme escolar e os frascos para as poções. A lista de coisas Dispensáveis tinha apenas uma coisa: bichinhos de estimação.

Isso porque Grant Ward sabia que não o deixariam levar o seu animal favorito para a escola: um cachorro. Ele não tinha nada contra corujas, sapos ou gatos, mas ele simplesmente gostava mais de cachorros.

Ward sabia que a maioria dos alunos ia ao Beco Diagon-Al ia lá ligeiramente antes do almoço ou logo a seguir à refeição. Por isso, pouco depois do amanhecer, ele se encontrava em frente da Ollivander’s, mesmo quando as outras lojas ainda estavam fechadas, com os seus lojistas ainda tomando o café da manhã ou dormindo, provavelmente.

Entrou na loja. Lá dentro, era muito escuro, e quase não havia espaço para alguém com a constituição de Ward, que poderia facilmente aparentar uns 15, apesar de ter feito 11 à relativamente pouco tempo.

– Posso ajudar você, meu jovem? – Perguntou uma voz.

Ward ia quase atingindo o vendedor, Ollivander, com uma cadeira ao ouvir a sua voz surgir pelas suas costas.

Se acalmou após notar que era apenas um pequeno velhinho, com cabelo branco ralo e corpo magro como um espeto. Tinha o aspeto de uma foto de Albert Einstein, e a sua cara frágil convenceu-o de que não corria perigo, sozinho numa loja com aquele homem.

– Sim, vim comprar uma varinha. – Respondeu Grant, mostrando o saco com galeões.

O pré-adolescente com o corpo de um lutador profissional foi guiado até junto do que lhe pareceram milhares de varinhas. Ollivander pediu que estendesse os braços e, enquanto uma fita métrica media magicamente cada centímetro do seu corpo, Ward ouvia Ollivander falar.

– Hummm… Grant Ward? – Perguntei. – Vendi varinhas a todos os membros da sua família. Seu irmão tem uma de teixo, cordão de coração de dragão, 40 centímetros. Inflexível, usada geralmente para lançar maldições.

Ward resmungou entre dentes. Claro que a varinha do irmão tinha de servir para lançar maldições.

Ollivander olhou nos olhos escuros de Grant ao recolher a fita métrica e o levar até uma estante que estava totalmente coberta de caixas de varinhas.

– Ouvi dizer que ele foi expulso de Hogwarts e está indo para Dumstrang.

– É. – Ward não conseguiu resistir a dar um sorriso feliz. – Ele não vai este ano comigo.

O vendedor não foi capaz de pensar nos rumores dos problemas familiares dos Ward. Mesmo assim, passou os dedos pelas caixas e, sem fazer mais perguntas, lhe estendeu uma delas.

– Mogno, pena de fênix, 25 centímetros. Experimente.

Grant pensou no que fazer. Pegou na varinha e, tentando não parecer um idiota, abanou ela com violência. Ollivander tirou a varinha da sua mão e a voltou a guardar na respetiva caixa, de olhos esbugalhados.

– Fiz algo de errado? – Perguntou Ward.

– Foi apenas um pouco… brusco. – Suspirou Ollivander. – Era uma varinha frágil. Vamos tentar uma maior.

Ward apenas observou enquanto lhe era estendida outra varinha. Esta era bastante maior e inflexível.

– Aveleiro, pelo de cauda de unicórnio, 30 centímetros. – Mas, assim que a varinha tocou os dedos do garoto, foi-lhe retirada freneticamente. – Não, não. Ainda é muito pequena, e o material é errado. Tome, experimente esta…

Passou algum tempo. Diversas varinhas passaram pelas mãos de Ward: cerejeira, azevinho, macieira, salgueiro, nenhuma delas funcionava nas mãos dele. Algumas, como a de álamo, cipestre e videira, nem tiveram uma má reação, mas Ollivander continuava a insistir que existia uma varinha perfeita para ele.

Até que…

– Nogueira-negra, corda de coração de dragão, 38 centímetros. – Esperaram alguns momentos. Ward fez um movimento, e uma cortina de faíscas verdes e vermelhas saltou da ponta da sua varinha. – Perfeito! 5 galeões, por favor.

A varinha foi embrulhada e colocada num saco, e Ward pôde finalmente sair da loja.

Assim que colocou um pé na Diagon-Al, percebeu porque os alunos iam sempre comprar a varinha por último: ele demorara quase uma hora a experimentar varinhas.

Enquanto lá estava, as ruas foram começando a encher com os bruxos mais madrugadores, e em breve aqueles que acordavam ligeiramente mais tarde também lá estariam.

– Merda. – Murmurou Grant, entre dentes. Era melhor se apressar para chegar à Borrões e Floreados antes de ter de passar o resto do seu dia de compras junto de… pessoas e… interação social (notem Ward tremer com horror).

A livraria mais famosa do mundo bruxo estava lotada com nerds que passavam todo o santo dia lendo. Aquela foi uma parte fácil das compras: Ward apenas passou sua lista ao lojista, que voltou pouco depois com um saco de livros.

– Obrigado. – E saiu da loja. Na hora seguinte, esteve percorrendo lojas em busca do seu material. Caldeirão, telescópio e etc, agora apenas faltava a última coisa na lista do “obrigatório”.

O uniforme.

Ele tinha tentado evitar isso. A loja da Madame Malkin devia estar totalmente cheia de mães fofoqueiras e seus filhos. Mas ele não podia usar o uniforme do irmão (que era ainda maior que ele), logo, tinha de ir.

– Bom dia, querido. – Cumprimentou Madame Malkin. – É para Hogwarts.

– Sim. – Confirmou Ward, notando, aliviado, que apenas havia cinco pessoas: um garoto e duas garotas, da sua idade; um homem adulto de meia-idade que acompanhava as garotas; e uma mulher, que estava perto do garoto.

Ward ficou entre os dois grupos. O garoto tinha metade do seu tamanho, com olhos azuis e cabelo castanho cacheado. O grupo feminino consistia numa garota morena, com cabelo comprido e ondulado e olhos castanhos, e outra de aspeto mais frágil, com cabelo castanho-claro e olhos da mesma cor.

– Estique os braços. – Ordenou a vendedora, se virando para o homem. – Eu vou atender as suas alunas imediatamente, espere apenas um pouco, Professor Coulson.

O Professor Coulson assentiu.

– Você também vai para Hogwarts? – Perguntou ele, e Ward acenou afirmativamente. – Ótimo. Estou acompanhando duas alunas, criadas por trouxas. Estas são Ma…

– Caham. – Tossiu a garota de cabelo escuro, e o professor bufou.

– Estas são Skye e Jemma.

Skye se esticou, com o seu manto de Hogwarts ainda sem forma, e apertou a mão de Ward.

– Um prazer, realmente, Mr. Cara Fechada. – E voltou a sua posição inicial, começando a falar com Jemma como se fossem conhecidas de longa data, apesar de Ward poder jurar que elas apenas se conheciam à meia hora, no máximo.

Ele decidiu não responder. Skye não parecia o tipo de garota que ia deixar barato e que, provavelmente, ia pregar uma peça recheada de humor negro nele em Hogwarts.

Grant não estava assim tão longe da verdade.

Quanto ao garoto, permaneceu calado todo o tempo. Tal como Ward, ele não estava ali para se habilitar à compra de pulseiras da amizade e colares de BFF.

Madame Malkin regressou e terminou os mantos dos quatro. Ward verificou seu relógio de pulso. Tinha de estar em casa em meia hora, e podia fazer isso, tomando o Nôitibus Andante. O garoto estava se dirigindo para uma loja, e Sky, Jemma e o Professor Coulson falavam calmamente sobre irem comprar um bichinho de estimação.

– Eu vou comprar uma coruja! – Exclamou Skye.

– Você quer se comunicar com alguém do orfanato? – Perguntou o professor, ao que a garota respondeu com uma risada.

– Não. – E olhou para trás, sem saber que Ward estava ouvindo cada uma das suas palavras. – É para fazer ela picar o Mr. Cara Fechada.

– Bem, eu vou comprar um gato! – Exclamou Jemma. – São animais legais.

– E podem arranhar o Mr. Cara Fechada. – Acrescentou Skye.

Ward ouviu Jemma bufar.

– Sério, Skye, eu não me espantaria se vocês dois acabassem por se casar. – Riu Jemma.

Foi nesse momento que Grant Ward se apercebeu de uma coisa.

Jemma Simmons (ele mais tarde ia descobrir seu sobrenome) tinha sérios problemas mentais.


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Notas finais do capítulo

Deixem review!