The Soul escrita por Leh Stryder
Notas iniciais do capítulo
"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo."
Hermann Hesse
Abro os meus olhos com cuidado e vejo vários olhos pousados mim. Levanto a cabeça com cuidado e observo ás pessoas a minha volta. Para mim, são normais. Exceto os olhos... eles não tem uma coloração prata como a minha, característica das almas. São de cores divergentes, como castanho, azul e verde.
Agora eu me pergunto, o que estou fazendo meio meio de tantos humanos? Será que eles vão me machucar? E se forem como disseram na escola? ELES DEVERIAM ESTAR EXTINTOS. EXTINTOS.
Tento falar algo, mas as palavras insistem em se se sufocar em minha garganta, como algo impedisse a de faze-lo. Eles também não dizem nada, apenas me fitam estranhamente. Finalmente um cara de uns 60 anos e uma barba branca, como a do Papai Noel, se manifesta.
— Garota, eu sei que você deve estar se perguntando aonde está, mas não tenho tempo para explicações apenas dizer que agora você é uma das nossas.
— ... uma de vocês? Mas quem são vocês? São humanos. — respondo.
— Vou contar rapidamente. — diz ele. — nós extraímos almas de corpos, por defesa própria. Quando tiramos você da sua hospedeira, ela não voltou. Seria arriscado te colocar fora daqui de novo. E como somos contra matar almas ou humanos, colocamos você de volta nela.
— Ah.
— Como te chamam garota?
— Me chamam ... de Brisa da Lua. — respondo.
— Mas na lua não venta. Como assim Brisa da Lua?
— É por isso mesmo. — afirmo com uma risadinha. — Dizem que eu sou impossível.
— Bem Srta impossível, Peg vai lhe ajudar á se enturmar e lhe designar suas tarefas. Boa sorte aqui, Brisa.
Uma garota com um rosto angelical, bem baixinha, aparece na minha frente. Os olhos delas são assim como os meus e ela sorri de uma maneira amistosa.
Ao longo do dia, vou conhecendo Peg. Seu nome realmente é Peregrina, mas Jeb (o Papai Noel) resolveu encurtar. Contou sua história com Melanie (uma garota muito simpática) e explicou me muitas dádivas dessa vida que eu jamais ousaria conhecer. Contou me sobre como é ter algum falando em sua cabeça e amar duas pessoas.
— Sabe, Brida. — meu mais novo apelido. — Eu amava Jared, porque aquele corpo amava. Mas quem eu, Peregrina amava, era Ian. Sempre foi e sempre será.
— Eu nunca amei alguém em todas as minhas vidas. Eu sempre fui muito isolada do mundo. E também os sentimentos daqui, são bem mais intensos do que de qualquer lugar que eu tenha vivido.
— Esse é o mundo mais estranho de todos. — ela dá uma risadinha e parece se lembrar de algo. — Outra coisa de sentimentos que eu desenvolvi foi o meu amor por Jamie.
— Mas você não gostava de dois quando estava no corpo de Melanie?
— Não, não. — ela sorri divertida. — Jamie é o irmão mais novo de Melanie. Ele é bonzinho e responsável, mas ultimamente anda muito aéreo. Ele tem a sua idade.
Ela quis dizer a idade de Alice. Porque eu mesma, tenho meio ciclo do Sol deles.
Depois ela me leva para conhecer a caverna e fico feliz por eles terem me raptado. Eu ficaria nessa vida, provavelmente como fiquei nas outras. Sem amigos.
Ela me deixa um pouco sozinha para mim conhecer o resto. O lugar é incrível e POFT! Vou parar no chão, após algo esbarrar em mim.
— Oh, me desculpe. — diz uma voz masculina acima de mim.
Olho para cima e encaro a tal voz. Perco o folego no primeiro instante. O cabelo dele é de um marrom clarinho e sua pele é bem branquinha com pintas, provavelmente pelo tempo que não sai para fora. Ele deve ser mais alto que eu (quem não é né) e tem uma cicatriz na perna. Percebo que estou olhando de cima á baixo. Mas os olhos... de um azul tão intenso que jamais vi em todos os planetas habitáveis no Universo.
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TEXTO BEM GUEI PRA VOCÊS